‘Agenda da igualdade’, diz Eduardo Leite sobre seu governo
Eduardo Leite revelou em entrevista como lida com a bandeira LGBTQIA+ durante seu governo
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deu entrevista ao podcast “No Flow” e revelou como lidou com a descoberta da sua homossexualidade e as críticas que não só ele recebe, como seu namorado, Thalis Bolzan, além de como trabalha as questões LGBTQIA+ no seu governo. “Agenda da igualdade”, afirma em trecho.
Após entrevista recente a Pedro Bial em seu programa, Eduardo Leite disse ter recebido diversas críticas por ter falado publicamente sobre sua homossexualidade, mas também ter se sentido acolhido por muitos. "Falar publicamente sobre isso toca a vida das pessoas, me senti acolhido e pude oferecer acolhimento também. Recebi mensagens de gente que ficou mais à vontade para falar sobre o assunto com sua própria família”, revelou.
O governador aproveitou também para falar sobre as críticas que recebe por não levantar a bandeira LGBTQIA+ constantemente durante seu governo. “Acredito que nem todo gay precisa ser ativista. Não devo ignorar os temas, claro. Evidente que devem combater o preconceito, evidente que devem fazer enfrentamento desses temas. Mas não necessariamente será a causa da vida da pessoa. É bom e importante que existam os ativistas. Disseram que eu não teria agenda LGBT no governo. Não é absolutamente verdade. A agenda está e estará presente, mas não é uma agenda do LGBT, é uma agenda da igualdade”, declarou.
Eduardo Leite revelou ter namorado por quatro anos uma mulher antes de se descobrir homossexual aos 25 anos de idade. “Estava apaixonado, tinha prazer com ela, foi uma grande paixão. Aquele sentimento que tive me pareceu ter sido uma fase. Mas fiquei com um cara quando eu tinha 25 anos. Eu já era vereador quando aceitei isso na minha cabeça, de que era gay", explicou.
Perguntado se hoje ficaria com uma mulher, Eduardo Leite foi taxativo na sua orientação sexual. "Não sou bi, sou gay. Não ficaria com uma mulher porque estou comprometido e apaixonado. Aliás, estamos comemorando um ano de namoro", concluiu.
Presidência
Perguntado se tinha vontade de ser presidente, o governador do Rio Grande do Sul respondeu que é uma aspiração natural para o futuro, mas fez ressalvas. “Política não pode ser feita só pelo desejo pessoal, ainda mais Presidente da República e ainda mais nesse momento que o Brasil vem vivendo. Aspiração, desejo é importante, mas não estou na política pelo que a política pode fazer para mim, estou pelo que ela pode fazer pelos outros”, informou.