Zé Trovão diz que não volta ao Brasil para ser preso
O caminhoneiro está foragido há um mês e aguarda resposta do México para o pedido de asilo político
O caminhoneiro Marcos Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, afirmou que só pretende voltar ao Brasil quando sua situação estiver resolvida. Zé Trovão está foragido no México há um mês, ele é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por suspeita de incitar ataques ao Congresso Nacional e ao próprio STF.
Trovão disse que pode não voltar mais ao país, dependendo da condição. "Se me falarem: ‘Você só volta para o Brasil se fizer uma carta pedindo perdão para o ministro Moraes’, então vou passar o resto da minha vida fora do Brasil. Ambos têm de reconhecer seus erros e acertos. A próxima atitude que ele tomar, vou criticar novamente", declarou em entrevista ao Metrópoles.
"Perdão a gente pede quando está errado. Sou um homem que não se arrepende do que faz. Eu posso pagar um alto preço, mas não retiro o que disse. Talvez o tom das palavras tenha sido equivocado, mas não as críticas para Moraes e os outros que estão cometendo crimes. Se dentro desse acordo eles forem fazer o papel deles como ministros, para mim está tudo certo", emendou.
Segundo Trovão, os seus advogados seguem pedindo a revogação do mandado de prisão. "Pretendo voltar quando a situação da minha prisão for resolvida. Meus advogados já fizeram mais de dez pedidos, mas o ministro Alexandre de Moraes negou. Eles pediram que eu pudesse retornar ao Brasil sem ser preso. Voltar ao Brasil para ser preso está fora de cogitação. Não sou criminoso", frisou.
"O dia em que eu desistir de lutar, prefiro ir embora do Brasil definitivamente com minha família. Pedi asilo político aqui no México e ainda espero uma resposta. Fiz uma entrevista no consulado na semana passada. Talvez eu consiga uma autorização para trabalhar. Aí eu posso dirigir caminhão no México, que é o que eu sei fazer", completou.