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O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) foi denunciado pela ex-noiva, Ana Rosa Schuster, no último domingo, 19, pelo crime de agressão doméstica dentro do apartamento funcional ocupado pelo político, em Brasília. De acordo com a mulher, "o relacionamento sempre foi abusivo, permeado por violência psicológica e ofensas constantes". Ela afirmou à polícia que foi empurrada e teve o pescoço apertado após uma discussão.

Ao Estadão, o deputado negou ter agredido Ana Schuster e afirmou que ele é a vítima do ocorrido pois teria sido atacado pela ex-noiva. Segundo o parlamentar, "ela não aceitava o fim da relação". Ainda de acordo com ele, o relacionamento, iniciado em meados de março, havia acabado há cerca de um mês, mas ele permitiu que a mulher permanecesse no mesmo apartamento enquanto providenciava a mudança. "É falsa (a acusação de agressão). Eu fui agredido. Eu só segurei a pessoa" disse.

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A denúncia foi registrada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brasília, que encaminhou o caso ao 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos enquadrou Zé Trovão na Lei Maria da Penha e determinou, ainda no domingo, 19, uma série de medidas protetivas a favor da vítima, como a proibição aproximação e de contato por qualquer meio de comunicação.

De acordo com o depoimento de Ana Schuster, acessado pelo Estadão, a agressão ocorreu após ela entrar no quarto de Zé Trovão para pegar roupas. Os dois haviam rompido a relação e dormiam em quartos separados enquanto Ana procurava um imóvel para alugar.

O deputado teria empurrado e enforcado a mulher depois de dar início a uma discussão. "Vou acabar com você", teria dito Zé Trovão, de acordo com a denunciante.

A violência só cessou, segundo ela, quando o deputado ligou para a portaria do edifício funcional e solicitou que o Departamento de Polícia Legislativa expulsasse Ana do apartamento.

Ana Schuster afirmou em depoimento que essa não foi a primeira vez que Zé Trovão a agrediu. A vítima contou à Justiça que o parlamentar é "muito agressivo e costuma falar com tom de voz elevado com todas as pessoas com quem convive". Além disso, o deputado já a teria ameaçado de morte ao menos duas vezes com o uso de uma faca.

O Estadão procurou Ana Schuster mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.

O que diz Zé Trovão?

O deputado Zé Trovão afirma ter sido ele o agredido. Conforme a versão do deputado, a mulher não aceitava o contato que ele precisava manter com a ex-esposa por causa da criação do filho, de 2 anos, e também não aceitou o fim do noivado. Segundo o parlamentar, ele ficou com escoriações no braço.

"O fim foi 30 dias atrás. Eu estava inclusive com meu filho em Brasília quando nos separamos. Ela não aceitava que eu tinha que falar com a mãe do meu filho. Falava todo dia. Ela ligava pra ver, para falar com ele. Ela não aceitava essas coisas e um dia falou que não aceitava mais", disse. "Eu pedi pra ela se retirar do meu apartamento. O prazo seria agora no fim do mês. Mas aí ela não aceitou ter me visto num evento com outra pessoa."

Quem é Zé Trovão

Marcos Antônio Pereira Gomes, o "Zé Trovão", ganhou popularidade nas redes sociais por volta de 2021 quando passou a convocar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para protestar contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir a aprovação do voto impresso pela Câmara dos Deputados. Zé Trovão se apresentava nas redes como um dos líderes do movimento de caminhoneiros em apoio a Bolsonaro.

A militância inflamada, com ares antidemocráticos, o colocou na mira do ministro do STF Alexandre de Moraes, que chegou a determinar a prisão do então líder de caminhoneiros em 2021. A prisão acabou convertida em medidas cautelares posteriormente. Mesmo respondendo à Justiça, ele concorreu nas eleições de 2022 e foi eleito com mais de 70 mil votos. O hoje deputado foi diplomado pelo Estado de Santa Cantarina enquanto usava tornozeleira eletrônica por causa dos crimes que havia cometido.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou todas as medidas cautelares impostas contra o deputado bolsonarista Zé Trovão (PL-SC). Com isso, ele não precisará mais usar tornozeleira eletrônica e foi liberado para voltar às redes sociais.

Zé Trovão é acusado de convocar manifestações golpistas em meio a uma greve de caminhoneiros na véspera do feriado de 7 de setembro de 2021. Ele teve a prisão preventiva decretada e, após ficar foragido no México, se entregou à Polícia Federal (PF). Depois, teve a prisão substituída pelas medidas cautelares.

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Moraes entendeu que, neste momento da investigação, cabe a revisão das proibições. "Houve a cessação de divulgação de conteúdos revestidos de ilicitude, razão pela qual deve ser deferido o pedido da defesa e levantado o bloqueio, sendo viável a reativação de seus perfis."

E acrescentou: "No que diz respeito ao monitoramento eletrônico, no atual momento, verifico que a medida também não mais se justifica, ante a ausência de necessidade, pois não há nos autos, desde a eleição para o cargo de Parlamentar, notícias de qualquer violação, de modo que é plenamente possível a sua revogação."

Uma nova polêmica fez ressurgir o nome do deputado federal eleito por Santa Catarina, o caminhoneiro bolsonarista Zé Trovão, nas redes sociais. Isto porque, viralizou uma foto em que ele apareceu diante de uma mesa com três carreiras de um pó branco. Diante da imagem estar repercutindo bastante, ele gravou um vídeo, nesta quinta-feira (8) para se explicar sobre o assunto e confirmou que a imagem é verdadeira e que fez uso de cocaína e maconha, na casião. 

"Venho através dessa mensagem fazer um esclarecimento a todos! A vida é feita de momentos e escolhas, alguns deles bons e outros nem tantos, e as consequências precisam ser superadas. A vida passa e a gente muda, e ainda bem que muda. Hoje, no auge dos meus 34 anos carrego consequências de coisas que fiz ainda na juventude, mais eu mudei, mudei pela minha família, mudei pelos meus ideias e mudei por mim", escreveu na legenda da publicação no Instagram.

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No vídeo, ele afirmou que a foto é de 2018 e pediu que as pessoas não o julgassem pelos "erros passados". "Hoje, no auge dos meus 34 anos, carrego consequências de coisas que fiz ainda na juventude. Hoje estou me expondo pra dizer a todos que já fui dependente químico, mas venci isso. Nunca julgue uma pessoa pelos erros passados", diz.

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O caminhoneiro bolsonarista conhecido como Zé Trovão foi eleito como deputado federal com 71.140 votos em Santa Catarina. Após ficar foragido e romper com Jair Bolsonaro, ele foi preso com tornozeleira eletrônica, reatou com o presidente e se elegeu pelo mesmo partido. 

Líder do movimento que foi à Brasília para pressionar pelo voto impresso e pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), Marcos Antônio Pereira Gomes foi preso em outubro do ano passado. A prisão foi decretada às vésperas do ato de 7 de setembro, mas ele fugiu para o México, onde ficou foragido por mais de um mês. 

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Em dezembro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a substituição da pena pelo regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Até hoje com o dispositivo na perna, o deputado eleito ficou conhecido pelo eleitorado bolsonarista por vídeos no YouTube em defesa ao presidente e conseguiu conquistar 1,79% do voto catarinense. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira, 17, o caminhoneiro Marco Antonio Pereira Gomes, o Zé Trovão, a passar ao regime domiciliar com tornozeleira eletrônica. Ele teve a prisão preventiva decretada às vésperas dos atos do 7 de Setembro, mas só foi detido em outubro, depois de passar mais de um mês foragido no México.

Na avaliação do ministro, os elementos que motivaram a ordem de prisão já não justificam sua manutenção. Isso porque três meses se passaram desde as manifestações do feriado do Dia da Independência. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também deu parecer favorável à flexibilização do regime de detenção.

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"Apesar da gravidade das condutas do requerente, investigadas no âmbito deste inquérito, em razão do lapso temporal decorrido entre o feriado nacional de 7/9/2021 e a presente data, não estão mais presentes, em relação a Marcos Antônio Pereira Gomes, os requisitos fáticos necessários à manutenção da prisão preventiva", diz um trecho da decisão de Moraes.

O caminhoneiro também ficará proibido de manter contato com outros investigados no inquérito que apura o financiamento e convocação de atos antidemocráticos no 7 de setembro, de usar redes sociais, de conceder entrevistas em autorização judicial e de receber visitas sem o aval da Justiça, salvo no caso de familiares.

No início do mês, a Primeira Turma do STF negou um recurso da defesa para derrubar a ordem de prisão. Moraes se declarou impedido e não votou no julgamento.

Alvo de buscas na mesma operação que atingiu o cantor Sérgio Reis, o caminhoneiro foi apontado como um dos primeiros articuladores de uma espécie de ‘levante’ no 7 de Setembro. Dono de um canal derrubado do YouTube, Zé Trovão ganhou popularidade entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) quando começou a convocar protestos contra os ministros do STF e a pedir a aprovação do voto impresso pela Câmara dos Deputados.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já tem maioria para negar recurso do caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes e manter sua prisão preventiva por convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de Setembro.

O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, considerou que não havia 'situação de teratologia, ilegalidade flagrante ou abuso de poder' na decisão que decretou a prisão. Além disso, ponderou que não é cabível habeas corpus contra decisão de outro ministro da corte - no caso, Alexandre de Moraes.

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O entendimento foi acompanhado pelas ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no qual a prisão de 'Zé Trovão' foi decretada, se declarou impedido. Falta apenas o voto do ministro Dias Toffoli.

O caso é analisado no Plenário virtual do Supremo, ferramenta que permite que os ministros depositem seus votos à distância. O julgamento teve início no último dia 3 e está previsto para terminar no dia 13.

'Zé Trovão' está preso desde no final de outubro, quando se entregou para a Polícia Federal em Joinville (SC). Ele ficou foragido da Justiça por mais de 40 dias, chegando a ir para o México sob a alegação de que buscava "asilo político".

A prisão do caminhoneiro foi decretada à véspera do 7 de Setembro e foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes - relator do inquérito que apura a organização de manifestações violentas no feriado da Independência - sob o entendimento de que o bolsonarista tentava 'burlar a aplicação da lei penal'.

Zé Trovão também foi alvo de outras medidas cautelares - chegou a ser proibido de se aproximar da Praça dos Três Poderes e foi alvo de buscas no âmbito da mesma operação que atingiu o cantor Sérgio Reis.

Segundo a decisão que determinou as buscas, cumpridas em agosto, a articulação para uma espécie de 'levante' no 7 de Setembro teve início com Zé Trovão.

Despacho assinado pelo ministro Alexandre de Moraes diz que o caminhoneiro "incitou seguidores, a pretexto de fazer um pronunciamento sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, a invadir o Supremo e o Congresso Nacional e a 'partir pra cima' do Presidente e do Relator da CPI da Pandemia de modo a 'resolver o problema (do aumento) dos combustíveis no Brasil'".

Além de Zé Trovão, o Supremo investiga o deputado federal Otoni de Paula, o cantor Sérgio Reis e os bolsonaristas Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm, por insuflar a população, por meio das redes sociais, a se insurgir contra as instituições.

Foragido no México há dois meses, o militante bolsonarista e líder caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, voltou ao Brasil para se entregar à Polícia Federal. No início de setembro deste ano, o caminhoneiro foi alvo de uma ordem de prisão expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Zé Trovão é acusado de ter participado da organização de atos antidemocráticos que aconteceram no dia sete de setembro.

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"Neste 26 de outubro, eu me entreguei à Justiça brasileira, me apresentei à Justiça brasileira, porque, como diz o nosso hino, verás que um filho teu não foge à luta. E eu jamais iria abandonar o povo brasileiro”, diz o bolsonarista em seu canal no Telegram.

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O caminhoneiro Marcos Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, afirmou que só pretende voltar ao Brasil quando sua situação estiver resolvida. Zé Trovão está foragido no México há um mês, ele é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por suspeita de incitar ataques ao Congresso Nacional e ao próprio STF. 

Trovão disse que pode não voltar mais ao país, dependendo da condição. "Se me falarem: ‘Você só volta para o Brasil se fizer uma carta pedindo perdão para o ministro Moraes’, então vou passar o resto da minha vida fora do Brasil. Ambos têm de reconhecer seus erros e acertos. A próxima atitude que ele tomar, vou criticar novamente", declarou em entrevista ao Metrópoles.

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"Perdão a gente pede quando está errado. Sou um homem que não se arrepende do que faz. Eu posso pagar um alto preço, mas não retiro o que disse. Talvez o tom das palavras tenha sido equivocado, mas não as críticas para Moraes e os outros que estão cometendo crimes. Se dentro desse acordo eles forem fazer o papel deles como ministros, para mim está tudo certo", emendou.

Segundo Trovão, os seus advogados seguem pedindo a revogação do mandado de prisão. "Pretendo voltar quando a situação da minha prisão for resolvida. Meus advogados já fizeram mais de dez pedidos, mas o ministro Alexandre de Moraes negou. Eles pediram que eu pudesse retornar ao Brasil sem ser preso. Voltar ao Brasil para ser preso está fora de cogitação. Não sou criminoso", frisou.

"O dia em que eu desistir de lutar, prefiro ir embora do Brasil definitivamente com minha família. Pedi asilo político aqui no México e ainda espero uma resposta. Fiz uma entrevista no consulado na semana passada. Talvez eu consiga uma autorização para trabalhar. Aí eu posso dirigir caminhão no México, que é o que eu sei fazer", completou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) admitiu que os atos de 7 de setembro passaram a ser organizados após uma convocação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) feita semanas antes. Esta é a primeira vez que Bolsonaro é citado em um inquérito da PGR.

A PGR também tenta rastrear o envolvimento de ministros na organização dos atos antidemocráticos. De acordo com publicação do O Globo, o documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) não assevera investigação contra o presidente, nem aponta crimes pela motivação às manifestações que tiveram seu ápice na Esplanada dos Ministérios.

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No material enviado ao relator e ministro do STF, Alexandre de Moraes, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo aponta que a primeira convocação para a mobilização contra as instituições democráticas foi feita no dia 15 de agosto, quando Bolsonaro teria enviado uma mensagem para seus contatos no WhatsApp cobrando um 'contragolpe' às manifestações contra sua gestão.

"A princípio, a organização da realização de prováveis atos de ataque à democracia e às instituições iniciou-se com entrevista do presidente da República informando que haveria 'contragolpe' aos atos entendidos como contrários à sua gestão, em 15 de agosto", destacou a subprocuradora-geral.

A partir da data, a investigação busca rastrear o fluxo financeiro dos envolvidos para identificar financiadores. Um dos principais investigados é o caminhoneiro conhecido como Zé Trovão, que está foragido no México. 

Ele incitou a paralisação da categoria para pressionar a destituição do STF. Semanas antes do protesto, Zé Trovão foi à Brasília onde participou de uma reunião com a Secretária Especial de Articulação Social, Gabriele Araújo. O encontro foi registrado na agenda oficial com o tema “caminhoneiros autônomos”.

Na ocasião, o foragido ainda se encontrou com os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional e Gilson Machado, do Turismo, além dos deputados bolsonaristas Nelson Barbudo (PSL-MT) e Hélio Lopes (PSL-RJ). No depoimento à Polícia Federal (PF) antes da fuga, ele respondeu que os encontros foram casuais.

O primo dos filhos de Bolsonaro, Léo Índio, é outro investigado pela PGR, que verificou que ele também fez convocações e chegou a divulgar dados para arrecadar recursos para as mobilizações. Ele ainda vai prestar depoimento à PF, mas já negou ligação com os demais citados e disse que não recebeu doações.

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta terça-feira (21), o pedido de revogação do mandado de prisão preventiva de Marcos Antônio Pereira Gomes, o "Zé Trovão", investigado pela Corte por insuflar apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a cometerem atentados violentos contras as instituições durante as manifestações antidemocráticas de 7 de setembro.

Horas antes da decisão, grupos bolsonaristas circulavam notícias falsas de que o ministro Moraes teria encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de revogação do mandado de prisão de Zé Trovão. Na despacho, o magistrado diz que o influenciador "tenta burlar a aplicação da lei penal".

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O influenciador digital bolsonarista está foragido desde o dia 3 de setembro, data em que foi expedida a decisão de Moraes. Atualmente, Zé Trovão se esconde no México em busca de "asilo político". Ele diz ser vítima de perseguição política do ministro do Supremo. Os fatos que o levam a ser investigado, porém, estão associados aos vídeos com instruções aos manifestantes para atacarem o STF.

Dias antes das manifestações de 7 de setembro, Zé Trovão orientou bolsonaristas a "invadir Brasília" e assumiu que continuaria em fuga no México. No despacho de manutenção da prisão preventiva, Moraes afirmou que a jurisprudência do Supremo é pacífica ao compreender a fuga do local em que o crime foi cometido como fundamento justo para a manutenção da prisão preventiva. "Depois do 7 de setembro eu até posso me entregar, mas antes disso não", disse o influenciador bolsonarista.

"A prisão, no entanto, não foi efetivada até o presente momento, pois, conforme amplamente noticiado, o investigado evadiu-se do território nacional, fato por ele admitido, firmando esconderijo no México, após transitar pelo Panamá, de onde continuou a publicar vídeos incentivando atos violentos de protesto e a ofender a instituição do Supremo Tribunal Federal, revelando seu completo desprezo pelo Poder Judiciário", escreveu Moraes.

Após os atos antidemocráticos de 7 setembro, o influenciador continuou dando instruções aos apoiadores do presidente de fora do País e operou como um dos principais atores da breve greve de caminhoneiros ocorrida nos dias seguintes ao feriado da independência.

"Temos que agir agora. Cadê o povo brasileiro? Vamos invadir Brasília. Precisamos de todo o povo em Brasília. Ao mesmo tempo, precisamos de todo o povo das cidades nas rodovias. Vamos trancar as rodovias", dizia Zé Trovão pelas redes sociais.

Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, precisaram apelar diretamente aos caminhoneiros que não ouvissem o influenciador bolsonarista e encerrassem a greve. O ex-presidente Michel Temer, que assumiu a função de conselheiro do governo na crise pós-feriado da independência, chegou a dizer ao presidente que se a greve dos caminheiros persistisse por mais tempo a sua capacidade de governar seria exaurida.

"Além da fuga do distrito da culpa, há notícias de que Marcos Antônio Pereira Gomes solicitou asilo político ao Governo do México, com nítido objetivo de burlar a aplicação da lei penal, o que indica, nos termos já assinalados, a necessidade de manutenção da decretação de sua prisão preventiva", escreveu Moraes na decisão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a suspensão do mandado de prisão de Zé Trovão. O parecer do órgão enfatizou que "se o acusado está foragido, isso demonstra o pouco interesse em cooperar com a efetividade do processo penal".

Além de Zé Trovão, o Supremo investiga o deputado federal Otoni de Paula, o canto Sérgio Reis e os bolsonaristas Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm, por insuflar a população, por meio das redes sociais, a se insurgir contra as instituições.

A defesa de Marcos Antônio Pereira Gomes, o chamado “Zé Trovão”, declarou, na noite dessa segunda-feira (13), que o caminhoneiro solicitou refúgio no México sob a justificativa de que estaria sofrendo perseguição política no Brasil.  As informações são do jornal O Globo.

O advogado que atua na defesa do caminhoneiro, Levi de Andrade, disse que, no pedido de refúgio, alegou, entre outras coisas, a suposta restrição ao direito de opinião no Brasil. “No pedido foi juntada a busca e apreensão de 20 de agosto, a restrição à opinião que, em qualquer lugar do mundo, não é aceitável. Não existe no nosso ordenamento jurídico o crime de opinião, a censura”, afirmou ao jornal.

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Segundo Andrade, o México foi escolhido por Zé Trovão por ser um território de difícil extradição. Entre os fatores que dificultariam o retorno obrigatório ao Brasil, está a necessidade de condenação na Justiça, o que não ocorre no caso do caminhoneiro, já que a prisão dele é em caráter provisório.

Ele partiu em direção ao país no dia 27 de agosto, antes mesmo de ter a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF). De lá, gravou e divulgou vídeos nos quais incentivava os atos antidemocráticos que ocorreram no Sete de Setembro.

No mês passado, Zé Trovão já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em decorrência de suspeitas de seu envolvimento nos protestos de natureza golpista. Na ocasião, inclusive, a Justiça determinou que o ativista bolsonarista estava proibido de usar as redes sociais.

Apesar disso, Trovão participou de uma transmissão de vídeo feita pelo blogueiro Oswaldo Eustáquio, incitando ações contra o STF. A consequência da desobediência foi o pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República e determinado pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 3 de setembro.

Um dos principais líderes das manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro, Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, está no México. Considerado foragido da Justiça, ele, primeiro, afirmou que se entregaria às autoridades. Pouco depois, avisou que continuará em fuga e orientou bolsonaristas a "invadir Brasília".

Com ordem de prisão expedida, Zé Trovão continua dando instruções para apoiadores de Jair Bolsonaro pelo Brasil, por meio das redes sociais. Um dos principais meios de comunicação é um canal do Telegram com mais de 24 mil seguidores.

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Mais cedo, ele falou que estava cansado de fugir e que esperaria a polícia prendê-lo, em um hotel no México.

"Em alguns momentos, eu devo ser preso. Eu não vou mais fugir. Chega, eu estou cansado disso. Para quem não sabe, estou no México. A embaixada brasileira acaba de entrar em contato com o hotel que eu estou. Em alguns momentos, provavelmente a polícia vem aqui me recolher", afirmou.

Cerca de duas horas e meia depois, ele fez uma nova gravação. Desta vez, avisou que continuaria fugindo das autoridades. No mesmo vídeo, incitou bolsonaristas a "entrar em Brasília" para colocar pressão no Senado e no presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

"Estou mais uma vez fugido. Não vou me entregar, não querem que me entregue. Não vou me entregar. Estou lutando com vocês. Vamos para cima, vamos entupir Brasília, minha gente. Entrem em Brasília agora todo mundo. Cadê o povo de Brasília para entupir Brasília e ir para a frente do Senado Federal? Precisamos cobrar uma atitude de Rodrigo Pacheco. Está na hora", afirmou.

Cabe a Pacheco decidir sobre início de processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco já rejeitou um pedido contra o ministro Alexandre de Moraes apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Temos que agir agora. Cadê o povo brasileiro? Vamos invadir Brasília. Precisamos de todo o povo em Brasília. Ao mesmo tempo, precisamos de todo o povo das cidades nas rodovias. Vamos trancar as rodovias", afirmou Zé Trovão.

O próprio presidente Jair Bolsonaro já pediu para que caminhoneiros parem com as paralisações em rodovias porque elas prejudicam a economia e os mais pobres. Ao menos 15 estados registraram protestos nas estradas.

Bolsonaristas não acreditaram na veracidade da gravação. O próprio Zé trovão a pôs em dúvida e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, precisou aparecer em vídeo confirmando que a mensagem havia sido gravada pelo presidente.

Após ser contrariado pelo governo, Zé Trovão tenta desassociar o presidente dos protestos de caminhoneiros. Agora, segundo o foragido, as manifestações não são nem em defesa do presidente, mas a favor do Brasil.

"Pelo amor de Deus, as paralisações precisam ter faixas com a cara do Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal), pedindo o impeachment dele. Tirem as faixas em que está escrito Bolsonaro, apoio a Bolsonaro. Tirem essas faixas, pelo amor de Deus. Não estamos lutando a favor do Bolsonaro, estamos lutando a favor da família brasileira", afirmou, em vídeo divulgado no início da tarde desta quinta, 9.

"Nossa pauta é o impeachment dos ministros”: afirmação foi parte da declaração feita em vídeo pelo caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, na manhã desta quinta-feira (9). Nas imagens, o bolsonarista e espécie de liderança entre a categoria, pede para a população ir às ruas para apoiar a greve dos caminhoneiros. “Eu não sei o que vai ter que acontecer aí, não, mas o pau vai continuar torando", continuou o grevista.

Depois de uma semana foragido, Zé Trovão foi localizado pela Polícia Federal escondido em um hotel no México e deve ser preso ainda nesta quinta-feira (9), para então ser transportado de volta ao Brasil. O caminhoneiro deixou o país antes da ordem de prisão, expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o bolsonarista incitar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro.

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“Eu quero deixar um recado aqui para a população brasileira. Cadê a parte de vocês? Vocês estão em cima das pistas hoje ajudando os caminhoneiros? Porque a Polícia Federal está tentando a todo custo desmobilizar o movimento. Se vocês não estiverem nas pistas juntos, não forem pra cima juntos e não ajudarem esse movimento, fica difícil. Fica muito difícil”, disse Zé Trovão em vídeo.

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Zé Trovão se popularizou como um suposto líder dos caminhoneiros ao insuflar atos contra os ministros do STF. Segundo uma de suas postagens em redes sociais, os manifestantes só deixariam Brasília após todos os ministros do Supremo serem retirados. Até o início dessa tarde, o agitador mostrava ter ciência da sua prisão e dizia ter interesse em se apresentar à embaixada.

"Não tem moleque aqui, não. Nós não estamos brincando aqui, não. Não arredem o pé. Nós temos que segurar isso daí (...) Eu estou pedindo pelo amor de Deus, não abaixem a cabeça. Vamos para cima. Cadê o povo brasileiro? Ninguém foi às ruas para defender o presidente Bolsonaro, fomos às ruas para defender nossa bandeira verde e amarela. Nós não vamos cumprir ordem que não venha do presidente da República", disse.

O presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio pedindo aos caminhoneiros que liberem as estradas do país, segundo o G1. Na gravação, Bolsonaro diz que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”.

Alvo de uma ordem de prisão após convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de Setembro, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes - conhecido como Zé Trovão - publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado, 4, no qual diz que estará na Avenida Paulista durante a manifestação programada para o feriado. Ele ainda manda uma mensagem para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que expediu o pedido de prisão contra ele, e sugere: "que tal você mesmo vir à Paulista no dia 7 de setembro e me prender?"

No vídeo, ele ainda argumenta que a prisão não teria base legal. "Hoje é dia 4 de setembro de 2021, a Polícia Federal até o momento não cumpriu o mandado de prisão expedido pelo Alexandre de Moraes à minha pessoa, porque ordens ilegais não se cumprem", diz o caminhoneiro para, em seguida, fazer o "convite".

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A ordem de prisão contra o caminhoneiro foi expedida na sexta, 3, no âmbito de um inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado. A mesma investigação resultou na prisão do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza.

O blogueiro já havia sido alvo de buscas no último dia 20 na operação que atingiu o cantor Sérgio Reis. Ele também teve o canal de YouTube e o perfil no Instagram suspensos na investigação.

Desde o dia 20 de agosto, Trovão está proibido por ordem judicial de se aproximar de um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes. A mesma proibição vale para o cantor Sérgio Reis, o deputado Otoni de Paula e outras nove pessoas que, segundo a investigação, defendiam um 'levante' em Brasília no 7 de Setembro.

Além disso, Moraes também ordenou o bloqueio de uma chave Pix (e da conta a ela vinculada) que, segundo a PGR, tem recebido 'doações de particulares para financiar a paralisação' planejada pelo grupo.

'Levante'

Segundo a decisão que determinou as operações de busca e apreensão, no mês passado, a articulação para uma espécie de 'levante' no 7 de Setembro teve início com Zé Trovão. O caminhoneiro, diz o documento assinado por Moraes, "incitou seguidores, a pretexto de fazer um pronunciamento sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, a invadir o Supremo e o Congresso Nacional e a 'partir pra cima' do Presidente e do Relator da CPI da Pandemia de modo a 'resolver o problema (do aumento) dos combustíveis no Brasil'".

A Procuradoria-Geral da República relatou que o caminhoneiro bolsonarista se 'empolgou" com a repercussão da live e seguiu postando vídeos convocando a população a 'exigir a exoneração dos onze ministros do STF', dizendo ainda ter feito um contato com 'o agronegócio', para 'apoiar sua causa'. De acordo com a Procuradoria, havia uma 'preocupação de se evitar que órgãos de segurança pública tomem conhecimento da conspiração em andamento'.

Ainda segundo o órgão, a partir do dia 15 de julho, passaram a circular nas redes sociais publicações com as frases "Paralisação dos caminhoneiro e o povo", "exoneração dos ministros do STF", "07 de setembro 2021" e "agro, caminhoneiros e o povo, juntos num só objetivo". Dez dias depois, a mobilização teria começado a tomar forma, indicou o Ministério Público Federal, com uma reunião realizada no hotel no Blue Tree Premium Faria Lima, 'sob os auspícios do "Movimento Pro Brasil"'.

Investigado pela Polícia Federal (PF) por atentar contra a democracia, um dos principais representantes do movimento bolsonarista entre os caminhoneiros, Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, afirmou que o objetivo da mobilização do dia 7 de setembro é pressionar pelo impeachment dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zé Trovão ganhou destaque no YouTube e é um dos líderes do mesmo grupo de militantes composto pelo sertanejo Sérgio Reis. Nessa segunda-feira (30), ele teria apontado que “Todos estão em busca do mesmo ideal: impeachment dos 11 ministros” em um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Telegram, conforme o Antagonista.

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Ao lado de outros dois representantes do movimento, Juliano Martins e Turíbio Torres, no último dia 11, o caminhoneiro foi recebido no Palácio do Planalto por Rafael Dal Bo, chefe de gabinete do deputado Nelson Barbudo (PSL-MT). Entre os corredores, fez fotos com o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) e outros servidores aliados do presidente.

Na sexta (20), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa, na cidade de Joinville, Norte de Santa Catarina, após pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR) na apuração da incitação de atos violentos e ameaças à democracia.

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