Fachin critica autoritários que desinformam a população

O atual presidente do TSE ainda convocou as 'mentes democráticas' para educar a população e incentivar a 'paz cidadã'

qua, 15/06/2022 - 12:51
Marcelo Camargo/Agência Brasil O ministro do STF e presidente do TSE, Edson Fachin Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sem citar nomes, o ministro Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse, nesta quarta-feira (15), que "mentes autoritárias" propagam "desinformações para deseducar a população". O ministro comentava sobre a importância de proteger a democracia por meio das leis e das normas constitucionais.

Durante sua fala no IX Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais (ENEJE) na sede do TSE, em Brasília, Fachin interpretou o atual momento atravessado no país com lideranças tentando insuflar a população através de informações falsas. “É convocatório o tempo do agora. Mentes autoritárias assacam desinformações para deseducar. Cabe às mentes democráticas vigiar e educar para a paz cidadã”, declarou.

O ministro entende que a democracia passou a ser questionada em meio à insatisfação de parte da população. Porém, a solução seria aperfeiçoar a democracia ao invés de estimular o regresso da ditadura.

“No momento em que o descontentamento democrático tem se demonstrado em nível mundial, a educação para a cultura democrática, para uma cidadania consciente, se revela ainda mais essencial para a preservação do espírito democrático”, afirmou.

Para o magistrado, o respeito às instituições é fundamental para evitar recuos. “É preciso reafirmar nossa esperança, o valor da institucionalidade. É que essa sociedade não convive com a ideia de retrocesso democrático. Nenhum recuo nesses valores pode ser admitido”, frisou.

A atuação da Justiça Eleitoral também se mostra fundamental para defender a Constituição. “E nós, órgãos da Justiça Eleitoral, somos agentes que temos deveres, dentre eles o de não cruzar os braços para operar à luz da nossa responsabilidade no campo do diálogo, da reflexão coletiva e do fortalecimento dos valores democráticos”, complementou Fachin.

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