João Amoêdo declara voto em Lula no 2º turno
Esta será a primeira vez que João Amoêdo votará no PT. Em 2018, ele declarou voto em Bolsonaro
O fundador do Partido Novo, João Amoêdo, declarou voto em Lula (PT) no 2º turno da Eleições. Anteriormente, Amoêdo havia sinalizado que anularia a opção de voto, e agora mudou o posicionamento para "limitar danos adicionais ao nosso direito como cidadão".
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele reafirmou as críticas ao PT e ao candidato Lula. No entanto, salientou que o atual presidente apresenta maior risco para o Brasil. "Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior", explicou.
Em 2018, o fundador do Partido Novo, que concorreu à presidência da República, declarou voto, no 2º turno, a Jair Bolsonaro e justificou a opção por ser contra o projeto petista. Na época, a chapa do Partido dos Trabalhadores era composta por Fernando Haddad e Manuela D'Ávila (PCdoB). "Era inadmissível que um partido envolvido em tantos esquemas de corrupção e que conduziu o país à pior recessão pudesse retornar ao poder. Votar em Bolsonaro com todas as suas limitações não era uma opção, mas a falta delas", disse à Folha de S.Paulo.
Anular seria incoerente
Ainda à publicação, João Amôedo afirmou que anular o voto neste segundo turno seria incoerente. "O caminho mais fácil seria não declarar voto, mas seria incoerente com a decisão que tomei em 2010 de participar da vida pública. Vou compartilhar meu posicionamento no 2º turno deste ano e a lógica da decisão. Nestes quatro anos, regredimos institucionalmente e como sociedade. A paixão e o ódio dominaram o debate político, levando a polarização a níveis inaceitáveis", expôs.
Reafirmando as críticas ao ex-presidente Lula, Amoêdo ressaltou que será oposição nesta eleição. Além disso, ele esclareceu que esta será a primeira vez votanto no PT e classificou como "uma tarefa difícil".
"No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão "Confirma" será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos."