Eduardo Bolsonaro sugere adiar 2º turno das eleições

O clã Bolsonaro insiste na acusação, sem provas, da supressão de inserções eleitorais em rádios do Nordeste

por Jameson Ramos sex, 28/10/2022 - 10:14
Alessandro Dantas/PT no Senado Deputado Eduardo Bolsonaro Alessandro Dantas/PT no Senado

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) sugeriu o adiamento do 2º turno das eleições para que o seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), tenha as inserções que, segundo ele, não foram veiculadas em algumas rádios do país, reestabelecidas. O clã Bolsonaro acusa, sem provas, a supressão de inserções eleitorais em rádios do Nordeste.

"Se fosse dado todo o direito de resposta a Jair Bolsonaro, seria necessário tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição", disse Eduardo em entrevista à BNews TV, da Bahia. O deputado insiste no tema com o objetivo de provocar comoção entre os apoiadores do presidente.

"Cabe a nós fazer a denúncia para que seja feita uma comoção popular em favor dessa investigação", afirmou. "Tem um candidato que está sendo depreciado e tem um que está sendo favorecido. Isso é democracia? Não, isso está ferindo a democracia", complementou.

Na quarta-feira (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, indeferiu a petição apresentada pela coligação Pelo Bem do Brasil, de Bolsonaro, que pedia a suspensão da veiculação de peças de propaganda eleitoral da coligação Brasil da Esperança, de Lula, no rádio, e extinguiu o processo sem julgamento do mérito. 

Um processo administrativo também deve ser instaurado para apurar a responsabilidade em possível desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário por parte da campanha do presidente Jair Bolsonaro. 

Moraes concluiu que “não restam dúvidas de que os autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova”, o que viola a legislação eleitoral.

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