Prefeito da Mata Sul é investigado por corrupção

Nesta terça, 23, a Polícia Federal cumpriu 27 mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos

ter, 23/05/2023 - 09:09
Divulgação/RFB Agentes da Controladoria-Geral da União, Polícia Federal e da Receita Federal Divulgação/RFB

Nesta terça-feira (23), a Polícia Federal (PF) cumpre 27 mandados de busca e apreensão no Recife e em outras oito cidades de Pernambuco na investigação que apura um esquema de corrupção na Prefeitura de Água Preta, na Mata Sul. Agentes públicos, servidores e empresários são suspeitos de cometer os crimes de desvio de recursos públicos, sonegação, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros. 

O inquérito aponta que o atual prefeito teria contratado emergencialmente uma empresa de serviços de manutenção mecânica e elétrica para os veículos do município. No entanto, o que chamou atenção foi que, mesmo com várias empresas do segmento na região, a escolhida está localizada em Jaboatão dos Guararapes, a cerca de 110 km da cidade.

Também foi apurado que o gestor praticava agiotagem e tinha uma relação estreita com o empresário apontado. A empresa teria sido contratada com indícios de fraude na licitação e superfaturamento nos acordos. Ainda foi observado que o fornecedor pagou as despesas com passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e a esposa, que ocupa uma das secretarias do município. De acordo com a PF, a relação contratual permanece vigente. 

A investigação identificou evidência de que o dinheiro desviado era movimentado por contas de "laranjas", empresas fantasmas e de postos de gasolina. O principal alvo não foi confirmado pela PF, mas seria o prefeito de Água Preta, Noé Magalhães (PSB), casado com Dani Lyra, atual gestora da Secretaria de Desenvolvimento Social da cidade.  

A Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) também participam da Operação Dilúvio. Foram empregados 140 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da CGU para cumprir as 27 ordens judiciais em Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré, locais da residências dos suspeitos. Caso condenados, os envolvidos podem receber penas que ultrapassam 40 anos de reclusão. 

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