Sâmia aciona PGR após Eduardo Bolsonaro atacar professores
Filho 01 de Bolsonaro comparou professores a ''traficantes de drogas'', dizendo que ambos levam os jovens ao "mundo do crime"
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) acionou a Procuradoria Geral da República (PGR), nesta segunda-feira (10), contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), após ele comparar a atuação de professores com a ação de traficantes de drogas.
Através de suas redes sociais, Sâmia comunicou a denúncia, ao afirmar que o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "covarde" e "fascista".
"Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!", escreveu.
A declaração de Eduardo Bolsonaro ocorreu no último domingo (9), durante um ato pró-armas, em Brasília. Na ocasião, o parlamentar disse que um “professor doutrinador” pode ser pior que um traficante.
“Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação. Ele vai falar que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e que a instituição chamada família tem que ser destruída”, afirmou.
PF investigará declaração do deputado
Nesta segunda-feira (10), a Polícia Federal (PF) recebeu um pedido de investigação sobre o discurso do parlamentar e de outras pessoas presentes no ato bolsonarista. O pedido foi encaminhado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA).
Segundo o ministro, há indícios de discurso de ódio e apologia a violência nas declarações de Eduardo Bolsonaro.
"Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos", afirmou Dino, nas redes sociais.