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O dia 8 de janeiro marcou o ano de 2023, quando grupos bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília, se manifestando contra os resultados das eleições de 2022, quando o presidente Lula (PT) venceu a disputa. Apoiadores e seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já ocupavam acampamentos em frente a quarteis generais, entraram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e na Suprema Corte, vestidos com as cores da bandeira nacional, com palavras de ordem e violência. 

Prestes a completar um ano dos acontecimentos, na próxima segunda-feira (8), uma série de condenações já foram proferidas, além de inquéritos realizados pela Polícia Federal e um relatório foi confeccionado no Congresso Nacional após a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Entre as declarações proferidas por autoridades, o advogado-geral da União, Jorge Messias, se manifestou na última segunda-feira (1) nas redes sociais, defendendo que não haja anistia para os envolvidos. 

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“Todos os golpistas, tantos os que proveram os ataques in loco no 8 de Janeiro, quanto os covardes dos mentores intelectuais, estão sujeitos, na forma da lei, à investigação e eventual condenação, garantindo a todos o direito de defesa. Difícil entender algumas críticas aos defensores de nossa democracia. A geração de meus pais ficou 21 sob um regime ditatorial. Os golpistas almejaram destruir a Democracia, a Liberdade de Imprensa, a Liberdade de todos. O Brasil diz Basta! O Brasil quer paz! SEM ANISTIA!”, afirmou Messias. 

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Condenações 

Os invasores responsáveis pelos ataques em Brasília que foram presos começaram a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro. Até meados de dezembro, 30 réus já foram condenados, com penas que variam de três a 17 anos de prisão. A condenação ainda conta com o pagamento de uma multa coletiva no valor de R$ 30 milhões. 

No último dia 15, o ministro do STF Alexandre de Moraes votou, em sessão remota, pela condenação de outros 29 réus. Por estar acontecendo no período do recesso judiciário, os ministros têm até o dia 16 de fevereiro para proferir seus votos. 

Atos pela democracia 

Como uma forma de lembrar e reforçar os esforços das instituições para combater os atos golpistas ocorridos há um ano, o presidente Lula afirmou, na última reunião ministerial, realizada no último dia 20, a articulação de um ato pela democracia, no dia 8 de janeiro. O evento terá a presença dos presidentes do STF, Luiz Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O ministro Alexandre de Moraes também deverá participar dos discursos, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar da confirmação de diversas autoridades, governadores da oposição já confirmaram que não comparecerão ao evento

A ocasião servirá também para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se despeça do cargo. Após sua indicação e aprovação ao STF, Dino tomará posse na cadeira em 22 de fevereiro.

O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi o primeiro a dirigir perguntas para o senador licenciado e ministro da Justiça Flávio Dino (PSB-MA) e para o subprocurador Paulo Gonet, durante a sabatina realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Congresso, nesta quarta-feira (13). Em pauta, está a indicação de Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a de Gonet à chefia da Procuradoria-Geral da República. 

Em suas perguntas, Marinho revelou preocupação com o chamado "ativismo político" e alegou que não acredita que Dino possua imparcialidade e discernimento para ocupar o cargo desconsiderando o próprio viés político. 

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"Na minha opinião, além do que foi colocado, existem qualidades essenciais para ser ministro. Recentemente, vossa excelência não teve como apresentar as imagens do 8 de Janeiro do seu Ministério. De mais de 200 câmeras, apenas quatro foram apresentadas, e o senhor, de forma jocosa, disse que não era o autor, condutor ou gerente daquele contrato, então não tinha como apresentá-las. Não obstante, vossa excelência foi o primeiro a fazer julgamento prévio sobre aquele evento, de que as pessoas que haviam depredado e barbarizado eram terroristas e precisavam ser rebatidas como tal. Vossa excelência não teve o mesmo posicionamento na questão da Alesp, que é recente, ou sobre a depredação que ocorreu em 2017 na Esplanada dos Ministérios", argumentou o parlamentar. 

Em seu tempo de fala, Marinho também citou o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que teria se posicionado contra o "bolsonarismo"; na comparação, o legislador apontou que o comportamento é político e não condiz com o assento na Corte. Desta forma, supondo que Flávio Dino pode dispor do mesmo perfil. 

"Sobre a questão da isenção, da imparcialidade e equilíbrio de um magistrado: vossa excelência teve uma reunião com membros de big techs e utilizou palavras intimidatórias. Foi, no mínimo, grosseiro e deselegante, abusou da autoridade, e fez declarações, por mais bem intencionadas que tenham sido, que não coadunam com o exercício da sua função [ministro da Justiça]. Disse, inclusive, a liberdade e a forma como se via a 'questão da imprensa' não servia e que seriam tomadas medidas fortes. O senhor fez afirmações como 'Bolsonaro é um serial killer, é o próprio demônio'. Vossa excelência acredita que, caso seja ministro do Supremo, terá isenção para julgar o presidente Bolsonaro ou aqueles que têm uma questão ideológica próxima do bolsonarismo?", continuou. 

Resposta de Dino

Em sua réplica, Flávio Dino deu atenção à crítica sobre declarações feitas durante o encontro com empresários de tecnologia. O encontro abordou, entre muitos assuntos sobre fronteiras de liberdade de expressão, a prática de crimes cibernéticos e a organização de grupos terroristas através das redes sociais. 

"A situação ali, - e, infelizmente, houve uma edição -, era de ameaça à vida de crianças. Havia oito perfis na internet com o nome dos assassinos de Suzano [cidade onde houve um atentado a uma escola estadual]. Pedimos à empresa que os retirasse, pois se tratava de apologia ao fato criminoso. Aquela fala minha, indignada, como pai, é porque a empresa falou que não tiraria porque considerava que, à luz dos Termos de Uso e da liberdade de expressão, é de que ter o perfil de um homicida na internet não é apologia ao homicídio. Claro que a minha resposta foi aquela e esse é o fato, mas não era, portanto, nada desvinculado dos meus deveres", devolveu o ministro da Justiça. 

Assista à sabatina

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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou, nesta quarta-feira (8), em sessão plenária na Câmara dos Deputados, que se sua filha de 17 anos, que prestou vestibular por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tirar uma nota boa na prova “vai sofrer punição”. A fala foi proferida durante reunião com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios. 

O primeiro dia da avaliação, aplicada no último domingo (5), contou com as provas de Linguagens e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, e a redação, cujo tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. 

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O parlamentar, que faz parte da Frente Pela Educação Sem Doutrinação, criticou a formulação de diversas questões da prova. “Porque se uma pessoa que tirou uma nota boa nisso aqui, uma pessoa que se sai bem nessa abominação, já não é mais um indivíduo, é um avatar ideológico”, declarou em sua fala. 

As críticas continuaram, se estendendo a todos que tirarem boas notas nas provas. “É uma pessoa que nunca vai alcançar os seus reais potenciais, nunca vai conseguir pensar por conta própria. Mas talvez um dia vire um parlamentar pra sentar aqui pra defender as abominações que a esquerda defende”, declarou. 

 

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, nesta sexta-feira (13), uma pesquisa eleitoral na qual aponta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o favorito na corrida presidencial das eleições de 2026. O líder petista tem vantagem contra todos os possíveis substitutos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível por oito anos.

Os nomes de três governadores, apontados como "herdeiros" dos votos dos eleitores de Bolsonaro, foram sondados pela pesquisa: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Além deles, também foram citados outros políticos da direita como o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB-RS). No entanto, em todos os cenários, Lula tem vantagem.

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O levantamento, que entrevistou 2.020 eleitores nos 26 Estados e do Distrito Federal de forma presencial entre 29 de setembro a 3 de outubro, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%. Por não ser ano eleitoral, não foi necessário registrar a pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Veja os números:

Cenário 1

Lula – 36,6%

Tarcísio de Freitas – 12,7%

Simone Tebet – 7,4%

Sergio Moro – 6,7%

Ciro Gomes – 6,3%

Romeu Zema – 5,7%

Ratinho Junior – 4,6%

Eduardo Leite – 2,1%

Tereza Cristina – 1,9%

Ronaldo Caiado – 1,2%

Não sabe/ não opinou – 4,7%

Nenhum (a)/ Branco/Nulo – 10,2%

 

Cenário 2

Lula – 37,6%

Tarcísio de Freitas – 18,9%

Simone Tebet – 9,0%

Ciro Gomes – 8,7%

Eduardo Leite – 3,7%

Não sabe/ não opinou – 5,7%

Nenhum (a)/ Branco/Nulo – 16,5%

 

Cenário 3

Lula – 37,6%

Romeu Zema – 15,3%

Ciro Gomes – 8,8%

Simone Tebet – 8,8%

Eduardo Leite – 4,0%

Não sabe/ não opinou – 6,2%

Nenhum (a)/ Branco/Nulo – 19,3%

 

Cenário 4

Lula – 37,7%

Ratinho Junior – 12,8%

Ciro Gomes – 9,2%

Simone Tebet – 8,7%

Eduardo Leite – 4,1%

Não sabe/ não opinou – 6,4%

Nenhum (a)/ Branco/Nulo – 21,0%

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta sexta-feira (6), que foi transformado em ‘vilão’ pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus aliados como parte de uma estratégia para mobilizar apoiadores em nome de um projeto autoritário.

"Você tem que achar dentro da instituição um inimigo, de carne e osso, porque aí você personifica. No caso do Brasil, foi carne, osso e sem cabelo", brincou o ministro em um evento no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. "Você vai batendo, porque dá ibope. É uma novela. Não existe novela em que o vilão é uma instituição, o vilão tem que ser uma pessoa."

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Moraes afirmou ainda que os ataques, dirigidos também aos colegas no STF, não se restringiram aos ministros e alcançaram seus familiares. O filho de Moraes, o advogado Alexandre Barci, foi hostilizado no aeroporto de Roma, na Itália, em julho.

O ministro é relator de investigações sensíveis que atingem o ex-presidente e foi alvo de pesados ataques do bolsonarismo ao longo do governo anterior. Bolsonaro ameaçou descumprir decisões judiciais e chegou a protocolar no Senado um pedido de impeachment contra Moraes.

Trechos do relatório da Polícia Federal sobre as imagens do Aeroporto de Roma que flagraram entrevero envolvendo ministro Alexandre de Moraes, do STF

Perícia da PF em imagens de aeroporto aponta que ‘aparentemente’ empresário bateu no filho de Moraes

Além de ministro do STF, Moraes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e foi responsável por organizar as eleições de 2022. Ao longo da campanha, precisou lidar com narrativas infundadas difundidas pelo próprio Bolsonaro de que as urnas eletrônicas não eram confiáveis e podiam ser fraudadas.

Moraes afirmou que as redes sociais foram instrumentalizadas pela extrema-direita para transformar eleitores em ‘fanáticos’ e para espalhar fake news sobre o processo eleitoral.

"É uma verdadeira lavagem cerebral. O algoritmo percebe o viés de interesse e, partir disso, vai induzindo uma série de informações verdadeiras que constroem uma narrativa e uma conclusão falsas", afirmou o ministro. "Essas bolhas vão sendo alimentadas, conquistadas, fanatizadas e aí surge o retorno do discurso de ódio."

O ministro ironizou ainda o discurso popular entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o avanço do comunismo. "Você fala em comunismo, principalmente entre pessoas mais velhas, é um negócio. ‘Por que você é contra não sei o quê? Porque vão instalar o comunismo no Brasil’", ironizou. "É impressionante como o comunismo dá ibope. 99% das pessoas que falam nem sabem o que é comunismo."

A avaliação do ministro, no entanto, é que as instituições democráticas no Brasil foram capazes de garantir a democracia: "Às vezes as pessoas confundem estabilidade democrática com necessariamente um período de tranquilidade. E, das maiores democracias, a brasileira talvez seja a que mais sofreu ataques e teve problemas e superou esses problemas em virtude do fortalecimento que a Constituição deu às suas instituições."

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou com um processo criminal contra Luan Araújo, jornalista que foi perseguido por ela com arma em punho, na véspera das eleições do ano passado. Na queixa-crime, a bolsonarista acusa o homem de iniciar a discussão, já que ele estaria “insatisfeito" com a sua ideologia política. 

A parlamentar ainda alega que o jornalista promoveu ofensas contra sua pessoa e cita um artigo escrito pelo jornalista no site Diário do Centro do Mundo, em que o profissional critica a apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

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"Zambelli, que diz estar com problemas, na verdade está na crista da onda. Continua no partido pelo qual foi eleita, segue com uma seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades", diz um trecho.

Na publicação, Luan ainda diz que sofreu "diversos ônus" desde o dia do conflito e viu sua vida pessoal virar "de cabeça para baixo".

Em outro trecho questionado pela defesa de Zambelli, ele escreve: "para ela, uma mulher branca com conexões com pessoas poderosas, foi apenas mais um espaço para fazer o picadeiro clássico de uma extrema direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte".

Para a defesa da deputada, o episódio foi traumatizante tanto para Luan quanto para Zambelli, mas não garante à suposta vítima ofender a parte acusada.

“Não há explicação para o tom de suas palavras. Não há dúvida que os episódios vivenciados pelas partes tenham sido traumatizantes e tenham gerado consequências para o próprio querelado, como narrou em sua coluna. Contudo, as consequências não foram diferentes para a querelante, que sofreu danos de imagem, além de repercussões políticas, profissionais, judiciais e, principalmente, pessoais”, diz trecho da queixa-crime.

Embora o Ministério Público tenha discordado da tese de bolsonarista e afirmado que o jornalista não a ofendeu, o juiz Fabricio Reali Zia, da Vara Especial Criminal paulista, entendeu que no momento não é possível rejeitar os pedidos da autora da ação e determinou a realização de uma audiência preliminar, ainda sem data para ocorrer.   No entanto, de imediato, o magistrado determinou que Luan remova, em 48 horas, a postagem em que faz referência à Carla Zambelli. Cabe recurso. 

Relembre o caso 

No dia 29 de outubro do ano passado, Zambelli foi filmada apontando uma pistola Taurus G3C contra o rapaz, em uma rua dos Jardins, em São Paulo.  A parlamentar alegou que quis se defender após ter sido agredida e empurrada pelo homem. Porém, imagens do momento da confusão mostram que isso não aconteceu, pois a bolsonarista teria caído sozinha.

Em 20 de dezembro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Carla Zambelli entregasse a pistola que usou para perseguir Luan. O ministro atendeu um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

A parlamentar cumpriu a decisão em 27 de dezembro, quando entregou a pistola e as munições na Superintendência da PF no estado de São Paulo.  Sendo assim, o STF marcou para agosto o julgamento que pode tornar ré a aliada de Bolsonaro por perseguição armada. O julgamento será em plenário virtual, modalidade em que os ministros apenas depositam seus votos em um ambiente digital.

O senador Alan Rick (União Brasil-AC) hostilizou um atendente da companhia aérea Latam no aeroporto de Brasília depois de perder um voo para Rio Branco. Imagens de vídeo mostram o parlamentar enfurecido. Ele bate no balcão e grita com o funcionário após ser avisado que só poderia embarcar no dia seguinte. 'O caralho, você tem que me respeitar, rapaz', esbravejou Alan Rick.

O vídeo com o ataque de fúria de Alan Rick começou a circular agora nas redes. Segundo a assessoria do político, o entrevero ocorreu no início do ano passado. Ele aguardava o voo, mas a companhia aérea teria alterado o portão de embarque, o que o fez perder a hora.

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Na gravação, o senador afirma que não ouviu o aviso. Irritado, ele bate com as mãos no balcão. 'Tá aqui, 24, tá aqui no meu bilhete, 24! O senhor tem que me colocar no voo', exige.

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Quando o funcionário afirma que é impossível e que ele precisaria esperar até o dia seguinte, o senador fica tomado de fúria. "Na sua mão o caralho, você tem que me respeitar, rapaz."

Alan Rick foi eleito senador nas eleições de 2022, depois de dois mandatos consecutivos como deputado federal no Acre. Além disso, ele é jornalista, apresentador de TV, pastor evangélico na Igreja Batista do Bosque e trabalha para se cacifar como candidato ao governo do estado nas eleições de 2026.

O parlamentar foi um dos senadores que assinou o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, depois que o ministro afirmou 'derrotamos o bolsonarismo' em um congresso. Além dele, os únicos outros parlamentares do Acre a assinarem o documento foram o senador Márcio Bittar e o deputado federal Ulysses Araújo.

No começo do ano, Rick chegou a ter suas contas nas redes sociais bloqueadas por supostamente apoiar os atos golpistas de 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes só voltou a liberar o acesso depois de apelo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ainda assim, impôs multa diária de R$ 10 mil, a ser eventualmente descontada do salário do parlamentar, em caso de compartilhamento de desinformação sobre o sistema eleitoral.

COM A PALAVRA, SENADOR ALAN RICK

Em nota enviada ao Estadão, o senador pede desculpas por perder o controle no 'lamentável episódio', mas também critica o que chamou de 'péssimo atendimento' das companhias aéreas.

Sobre o vídeo que circula nesta quinta-feira, 20, esclareço que é um recorte de um lamentável episódio ocorrido no início do ano passado. Estava esperando o horário do meu voo em Brasília e a cia. aérea alterou por várias vezes o portão de embarque. Tive que correr o aeroporto todo pra tentar embarcar. Quando cheguei o rapaz informou que não podia mais embarcar e naquele momento, não deu a devida atenção à situação. Eu tinha agendas importantes e inadiáveis.

Humano que sou, admito que fiquei nervoso e fui grosseiro. Errei, me desculpei e reitero meu pedido de desculpas pelo erro.

Lembro que temos literalmente "brigado" com as companhias aéreas por causa do péssimo serviço oferecido aos acreanos. Já fiz várias reuniões com Gol, Latam e também com a Azul Linhas Aéreas para melhor atender os acreanos.

Já perdemos voos por culpa das companhias aereas, sofremos atrasos que atrapalham a vida e o trabalho das pessoas.

Infelizmente, na política, há os adversários que jogam limpo e os que jogam sujo. Esse jogo de tentar manchar a imagem dos outros não é o meu. Mas como diz minha mãe, dona Gorete: 'o mal por si só se destrói.

COM A PALAVRA, LATAM

A reportagem do Estadão entrou em contato com a Companhia Aérea Latam, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para sua manifestação.

Durante uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), realizada nesta quarta-feira (19), o ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv (PROS-PR), conhecido como Boca Aberta, foi preso em flagrante na cidade de Londrina. A prisão aconteceu devido a posse ilícita de arma de fogo.

A operação também contou com o apoio do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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Conforme o MP, Boca Aberta é investigado por concussão e desvio de verba pública, crime conhecido como “rachadinha”, que consiste no desvio de dinheiro de assessores.

Após pagar fiança, Emerson Miguel Petriv foi solto, porém a Justiça determinou que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Além disso, a ação apreendeu celulares, computadores e uma arma localizada com ele.

A investigação apura supostas investidas ilegais feitas pelo ex-parlamentar contra ex-assessores e testemunhas da ação que investiga as supostas rachadinhas, que teriam acontecido quando Boca Aberta cumpria seu mandato.

Também há relatos feitos por testemunhas e vítimas que dizem que Emerson teria usado as redes sociais para atacá-las, buscando desacreditá-las para atrapalhar o processo.

Através de suas redes sociais, a ex-deputada federal Joice Hasselmann fez críticas à ex-amiga e deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ao opinar sobre a bolsonarista, Joice definiu Zambelli como "biruta", "bandida" e "burra", além de afirmar que ela anda a "passos largos rumo à sua cassação".

Segundo Joice, a aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um personagem "folclórico", digno de "deboche" por parte dos colegas parlamentares. Ela ainda afirma que os deputados federais não escondem o seu "desprezo por tamanha estupidez em forma de gente". 

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“Carla Zambelli é a perfeita oligofrênica. No bom popular, burra mesmo. A criatura consegue protagonizar uma cena mais dantesca que a outra”, continua. Ao lembrar sobre o episódio que Zambelli sacou um revólver contra um homem às véspera do segundo turno das eleições, Hasselmann a chamou de “bandida” e “biruta”.

Sobre as recentes polêmicas de Zambelli e seus possíveis envolvimentos com ataques à democracia brasileira, a ex-tucana disse: "É óbvio que esses encontros eram conspiradores contra a democracia brasileira. Como também é óbvio que os líderes da Câmara, e o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, não colocarão mais as mãos no fogo para salvar Carla Zambelli, como já fizeram outras vezes, quando ela andava de amores com o Bolsonaro". 

A fala ocorre após desdobramentos do caso do "hacker da Vaza Jato", Walter Delgatti Neto. Ele relatou à Polícia Federal (PF) ter recebido uma proposta de Carla Zambelli para tentar "invadir" as urnas eletrônicas, bem como o e-mail e celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Zambelli rebate críticas

Em resposta às acusações de Joice Hasselmann, Carla Zambelli questionou ao jornal O Globo o desempenho eleitoral da ex-deputada, mencionando que ela teria conquistado apenas 13 mil votos nas eleições do ano passado, mesmo tendo gasto mais de R$ 3 milhões para sua campanha.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, participou, na noite dessa quarta-feira (12), da abertura do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília e foi vaiado por um grupo de estudantes que exibiu uma faixa com os dizeres : “Barroso inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.

Em reação e no início do seu discurso, o ministro disse que suspendeu, no ano passado, o pagamento do piso nacional dos enfermeiros para viabilizar os recursos para garantir os repasses. Barroso foi o relator do caso no Supremo.

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“Eu venho do movimento estudantil. De modo que nada que está acontecendo aqui me é estranho. Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo. E mais que isso, foi eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro. Não tenho medo de vaia porque temos um país para construir”, rebateu.

Barroso ainda defendeu a democracia e o enfrentamento da pobreza no país. “Eu continuo a dizer pelos meus sonhos de juventude, enfrentar a pobreza, a desigualdade abissal que existe nesse país e ser capaz de construir argumentos democráticos em favor do bem e da justiça contra a intolerância”, disse.

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*Com a Agência Brasil

 Um vídeo com o pastor Waldemir Farias durante um culto na Assembleia de Deus de Pernambuco vem viralizando nas redes nos últimos dias. Na pregação, o líder religioso faz críticas à comunidade LGBT+ e, recomenda aos homens a não cruzar "as perninhas igual uma moça" quando forem se sentar. 

Na gravação, o pastor aparece no culto realizado na sede central da igreja, localizada no bairro de Santo Amaro, região central do Recife, desaprovando a aceitação dos comportamentos de alguns fiéis que, segundo ele, são considerados "afeminados".

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  "Nós não queremos ouvir do mundo, irmãos, dizer 'na Assembléia de Deus tem um clube do arco-íris", afirmou. Ele ainda criticou as vestimentas justas e "coloridas" de homens de templos da denominação cristã, recomendando mudanças no modo de se vestirem. Após o discurso, internautas ficaram revoltados e acusaram o pastor de LGBTfobia. 

"Quando não tem o que pregar, daí sai esse tipo de palavra que não vem do céu", escreveu um perfil no Instagram. "Isso não é evangelho, o nome disso é homofobia, e parece que virou moda nas igrejas atacarem as pessoas, ao invés de acolherem. Homofobia é crime", pontuou uma internauta. 

Porém, a declaração de Waldemir encorajou outras pessoas a escreverem ataques à comunidade LGBT+. 

 "Parabéns Pastor pela coragem e retidão no acerto da pregação! É preciso se indignar com o pecado por trás disso. A biologia é clara, só existe macho e fêmea. O resto, é ideologia, invenção humana. Devemos amar a todos, mas não aceitar isso como normal", declarou uma pessoa na página assembleianos de valor, onde foi publicado o vídeo na semana passada. 

Waldemir que assume sua postura política em suas redes sociais, é conhecido por discutir assuntos polêmicos em seu perfil no Instagram. 

No dia 30 de outubro do ano passado, data em que foi realizado o segundo turno da eleição presidencial, o pastor publicou uma imagem que fazia críticas ao aborto: "Se você é cristão, não pode votar em uma pessoa ou partido que mata bebês no útero". 

Além disso, no dia 14 de outubro, o líder religioso postou uma foto ao lado do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), derrotado na disputa eleitoral de 2022 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"Estamos vivendo em tempos de guerra moral e espiritual, não carregaremos na consciência o peso da omissão, é necessário que nos posicionemos como líderes e servos de Deus, somos a favor da vida e contra o Aborto, estamos em defesa das nossas crianças e contra ideologia de gênero, lutamos em favor da família e de seu modelo bíblico, pregamos pela liberdade, queremos continuar pregando o evangelho, não seremos cúmplices de ideias comunistas", afirmou, declarando apoio ao bolsonarismo.

O LeiaJá tentou entrar em contato com o número disponibilizado pela Assembléia de Deus de Pernambuco, dirigida pelo pastor Ailton José Alves, para saber o posicionamento da igreja diante a declaração do pastor Waldemir Farias, porém ninguém atendeu a ligação.

  A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) acionou a Procuradoria Geral da República (PGR), nesta segunda-feira (10), contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), após ele comparar a atuação de professores com a ação de traficantes de drogas. 

Através de suas redes sociais, Sâmia comunicou a denúncia, ao afirmar que o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "covarde" e "fascista". 

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"Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!", escreveu. 

 A declaração de Eduardo Bolsonaro ocorreu no último domingo (9), durante um ato pró-armas, em Brasília. Na ocasião, o parlamentar disse que um “professor doutrinador” pode ser pior que um traficante. 

 “Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação. Ele vai falar que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e que a instituição chamada família tem que ser destruída”, afirmou. 

PF investigará declaração do deputado 

Nesta segunda-feira (10), a Polícia Federal (PF) recebeu um pedido de investigação sobre o discurso do parlamentar e de outras pessoas presentes no ato bolsonarista. O pedido foi encaminhado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA). 

Segundo o ministro, há indícios de discurso de ódio e apologia a violência nas declarações de Eduardo Bolsonaro. 

 "Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos", afirmou Dino, nas redes sociais.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é um dos nomes que está no radar do PL diante da possível inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciado nesta quinta-feira, 22, acirra os ânimos dos que pretendem ocupar a liderança do ex-presidente no espectro político da direita.

Se o TSE condenar Bolsonaro no caso da reunião de 18 de julho de 2022 com embaixadores, ele ficará inelegível por oito anos, criando um "vácuo" na direita. Outros nomes, como o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), também são cotados para assumir essa liderança. Uma pesquisa da Genial/Quaest mostra Tarcísio como principal opositor de Lula, na perspectiva do eleitorado. No entanto, aliados do chefe do Executivo paulista defendem a conclusão do mandato e a busca da reeleição.

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Em segundo mandato, Zema pertence a uma ala do Novo mais próxima do bolsonarismo, mas não é visto pelo eleitorado como um radical. O "flerte" com o PL não é de hoje. Como mostrou a Coluna do Estadão, o governador mineiro está desde o começo do ano no radar de Valdemar Costa Neto, com vistas à eleição de 2024 - quando o País terá disputas municipais -, e busca distância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ratificando seu lugar de oposição.

A proximidade de Zema com Bolsonaro e a oposição a Lula mudaram a balança dentro do Novo, que suspendeu um dos seus fundadores, João Amoêdo, por causa da declaração de voto no petista na eleição passada. Diante da pressão dos pares e da declarada insatisfação com os rumos que a sigla tomou, o ex-candidato à Presidência deixou o Novo. Na época, em entrevista ao Estadão durante o período eleitoral, Zema negou o rótulo de bolsonarista.

Outro episódio recente que mostra o protagonismo de Zema no campo da direita foi uma troca de farpas com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na quinta-feira passada. Silveira é próximo de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), possível candidato ao governo mineiro em 2026.

Na eleição de 2022, Zema se reelegeu em primeiro turno com 6.094.136 votos (equivalente a 56,18% do eleitorado mineiro), vencendo o seu opositor, Alexandre Kalil (PSD), vice-prefeito de Belo Horizonte, que recebeu 35% dos votos.

Moderação e disputa

Na avaliação do cientista político e professor do Mackenzie Rodrigo Prando, Zema é palatável para o eleitorado, mas ainda está atrás de outros nomes. "Ele tem a possibilidade de ocupar esse espaço, mas tem que disputá-lo com o governador de São Paulo."

Prando avalia que os dois governadores têm como estratégia a construção da imagem do "gestor técnico", ligado a realizações governamentais, o que conquista o eleitorado de centro. "Bolsonaro sempre teve um carisma voltado à manutenção ideológica da sua base radical. Ele tem um carisma muito singular, que nem Zema nem Tarcísio possuem. Porém, na campanha, apelou para o ataque", afirmou o professor.

Os ataques de 8 de janeiro provocaram um "impacto simbólico" do qual os políticos simpatizantes do ex-presidente têm tentado se desvincular, em busca de sustentação da governabilidade, avalia Prando. O professor pontua: "Bolsonaro discursava para os radicais, mas sempre tinha de tentar apoio junto aos políticos de centro".

Rancho da família

O governador de Minas autorizou um investimento de R$ 41,2 milhões na reforma de um trecho de 107 quilômetros da rodovia MG-428, de acordo com o jornal O Globo.

A pista que terá o asfalto recuperado começa no entroncamento com a BR-262, em Araxá (MG), e termina na divisa de Minas com São Paulo, onde fica o "Rancho Zema", de propriedade da família do governador. Ele divulgou uma nota refutando quaisquer ilegalidades na obra e justificando que escolha do trecho para reforma se baseou em "quesitos técnicos".

A reportagem entrou em contato com o governador Romeu Zema, que, por meio da sua assessoria, negou que uma mudança o PL esteja sendo negociada. A avaliação do governador é que sua gestão vive um bom momento.

Ainda de acordo com a assessoria, Zema não tem ambição de ser presidente, mas defende uma candidatura única da direita. Ele não descarta, contudo, uma negociação futura, caso seu nome se mostre ser o mais competitivo.

A influência cada vez mais latente do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), nas decisões tomadas pela governadora Raquel Lyra (PSB) tem deixado o meio político em alerta. Além da entrada de políticos da extrema direita em cargos importantes do governo desde o final do ano passado, como a secretária de Educação, Ivaneide Dantas, no último sábado (18) foi divulgada a nomeação de Anselmo de Araújo Lima para a Secretaria Executiva de Justiça e Promoção dos Direitos do Consumidor. 

A indicação de Anselmo Lima se soma à lista dos cargos preenchidos nos altos níveis do governo estadual por intermédio da influência de Anderson Ferreira. O atual presidente do Partido Liberal em Pernambuco também indicou Carlos Ferreira para assumir a presidência do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), André Trajano para sua diretoria regional, e ainda Igor Cadena como o cargo de secretário-executivo de Gestão da Rede. Cadena foi superintendente de Educação da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes.

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Além de Igor Cadena, os demais nomes citados, que foram indicados por Ferreira, passaram pela prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, quando ele foi prefeito da cidade. Sua renúncia ao cargo foi em março de 2022, para que ele fosse candidato ao governo do estado, tendo ficado em terceiro lugar no primeiro turno. No segundo turno, disputado entre Lyra e Marília Arraes (Solidariedade), Anderson declarou apoio à chapa de Raquel, que assumiu como chefe do executivo estadual em janeiro deste ano.

Mas o que a movimentação de Anderson Ferreira no atual governo pode trazer como consequências? Ao LeiaJá, a cientista política Priscila Lapa explica que a influência já era esperada e não surpreende. Segundo a especialista, o apoio de Ferreira no período eleitoral fez com o que ele conquistasse esse espaço na gestão atual, que também foi aberto a Miguel Coelho (União Brasil), mas não houve a mesma aproximação até o momento.

“Anderson fez essa movimentação na eleição na direção de Bolsonaro, ele lidera o partido de Bolsonaro no Estado, mas ele não é, digamos assim, o ‘bolsonarista raíz’ da história. Tem outros atores políticos locais que agora com mandato, como por exemplo Alberto Feitosa que tem mandato, ele tem um outro conjunto de variáveis para chegar em uma negociação. E o caso do Anderson Ferreira estar sem mandato nesse momento o coloca no outro patamar de negociação, digamos assim. É como se Raquel tivesse tratando essas coisas como ações separadas”, avalia Lapa, mencionando o deputado estadual que é líder da bancada do PL na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Plantando verde para colher maduro

Para Lapa, a participação de Anderson na indicação de nomes para cargos de gestão no atual governo são sementes que poderão trazer frutos favoráveis a ele no cenário local. “Eu acho que o bolsonarismo em Pernambuco está claramente vivendo um processo de ostracismo e aí eu acho que sim, ele não chega para emplacar uma rede bolsonarista no governo. Ele chega para emplacar, pragmaticamente, nomes que possam viabilizar uma possível candidatura dele em 2024.”, complementa.

Confira a lista completa das indicações de Anderson Ferreira no governo Raquel Lyra

Nome: Ivaneide Dantas

Cargo atual: Secretária estadual de Educação

Cargo antigo: Secretária de Educação de Jaboatão dos Guararapes

Nome: Carlos Ferreira

Cargo atual: Presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran)

Cargo antigo: Secretário-executivo de Habitação e secretário municipal de Saúde do Jaboatão dos Guararapes

Nome: André Trajano

Cargo atual: Diretor-regional do Detran

Cargo antigo: Secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes

Nome: Igor Cadena

Cargo atual: Secretário-executivo de Gestão da Rede

Cargo antigo: Superintendente de Educação da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes

Fora do Brasil desde 2019, quando abandonou o mandato de deputado federal após sofrer ameaças de morte, Jean Wyllys espera que o atual governo reconheça medida cautelar de proteção à sua vida para voltar ao país. Em entrevista ao Globo, ele falou que é o momento de combater a extrema-direita através da responsabilização dos crimes cometidos. 

"Sei que quero voltar e vou voltar", afirmou. Hoje na Espanha, Jean usa a perspectiva de vítima de fake news para escrever tese de doutorado sobre o tema pela Universidade de Barcelona. Enquanto o pedido de proteção feito à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA não é atendido pelo governo brasileiro, ele também tem as artes plásticas como hobby.  

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Mesmo filiado ao PT, o ex-parlamentar contou que não foi convidado a atuar no atual governo, mas se mostrou disposto a contribuir caso seja chamado. "Hoje, não quero fazer campanha eleitoral. Já dei minha contribuição, cumpri dois mandatos de vanguarda, abri caminho para muita gente bacana. Posso contribuir com o governo Lula pensando políticas públicas nas áreas em que transito, devolver o que acumulei de experiência no exílio", indicou. 

Para Jean, o atual momento do Brasil pode ser a oportunidade para começar a extinguir o bolsonarismo. “A desbolsonarização e o combate ao antipetismo são ações que devem ser feitas em conjunto. Se não as fizermos, o que nos restará será puxar a cadeira, sentar e esperar a história se repetir. Enfrentar a extrema-direita e sua ideologia em todos os níveis, inclusive no plano das políticas econômicas, não é revanche política: é justiça. Sem responsabilização dos culpados, não pode haver reconciliação nem aprendizado para o futuro”, complementou. 

Reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) busca uma marca própria à frente do Palácio Guanabara e, aos poucos, se afasta da base bolsonarista radical no Estado, berço político do clã Bolsonaro. A movimentação para o centro dividiu o seu próprio partido, o PL, na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, na semana passada. E ameaça se aprofundar, deixando sequelas na relação do mandatário com o bolsonarismo.

Sem falar com o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, Castro tenta equilibrar o afastamento com a manutenção da base bolsonarista. A estratégia expôs o racha no PL e a perda de força de Bolsonaro no Rio. A bancada aliada a ele é a maior da Alerj, mas começa a sentir a força do governador.

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Dos 17 deputados estaduais do PL, Bolsonaro ainda tem apoio de ao menos oito: Doutor Serginho, Douglas Ruas, Anderson Moraes, Samuel Malafaia, Jair Bittencourt, Márcio Gualberto, Thiago Gagliasso e Fillipe Poubell.

Um dos símbolos do bolsonarismo raiz, o deputado Rodrigo Amorim se aproximou do governador, interessado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça, desejo que deve oficializar nos próximos dias.

Inconformado, um grupo do PL lançou a candidatura de Jair Bittencourt à presidência da Casa contra o candidato de Castro, Rodrigo Bacellar (PL), ex-secretário de Governo. A escolha do governador foi resultado de uma articulação iniciada ainda no ano passado. Já Bittencourt teria a simpatia do ex-presidente. Às vésperas da votação para a Mesa Diretora, porém, o deputado recuou e decidiu apoiar a chapa única de Bacellar, que acabou eleito com ampla maioria dos votos.

Atritos

Fiel a Bolsonaro, Poubell minimiza os atritos na bancada e diz que não ficou ruído após o racha interno: "Unidade total". Parlamentares aliados do ex-presidente ainda aguardam um sinal de Bolsonaro ou da direção do PL no Rio para "calibrar" o nível de resistência que devem aplicar às pautas de Castro na Alerj.

Paz

De sua parte, o governador tem procurado demonstrar distância de pautas caras ao bolsonarismo. Durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais, em Lisboa, neste sábado, 4, ele afirmou que o "verdadeiro povo brasileiro" apoia o Judiciário. "Contem com os governos e com governadores. O que queremos é paz para esse País", afirmou, citando os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que estavam na plateia do evento. (COLABOROU DAVI MEDEIROS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a recondução ao cargo, o defensor público-geral da União, Daniel de Macedo Pereira, tenta se manter na função. Como seu nome ainda precisa ser apreciado no Senado e o governo petista já indicou que pretende rever as nomeações patrocinadas pela gestão bolsonarista, Pereira está apelando aos colegas por apoio.

Na quinta-feira (12), o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, que "não pode ficar ninguém que seja suspeito de ser bolsonarista raiz aqui dentro [no governo]". Em carta aos pares, o chefe da DPU alega que vem sofrendo uma campanha difamatória "sem precedentes" e diz não ser ligado a "grupos políticos".

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"Há 40 (quarenta) dias venho passando por uma campanha difamatória sem precedentes no Senado Federal, em um claro processo de erosão democrática a partir da desinformação", afirma Pereira na carta que enviou aos colegas.

Segundo apurou o Estadão, Pereira é visto como apoiador de Bolsonaro e chegou ao cargo com a ajuda de grupos ligados ao ex-presidente dentro da DPU. Na sua primeira indicação ao posto, ele foi apoiado publicamente por políticos ligados ao antigo governo e pela a Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), fundada em 2012 com apoio da agora senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra de Bolsonaro. Na época, a associação divulgou nota dizendo que o apoio se devia, entre outros fatores, ao compromisso de Pereira em defesa dos direitos do nascituro. No ano seguinte, ele chegou a dar palestra em evento da Anajure.

No ano passado, pouco antes das eleições, Pereira comandou um processo em que todos os defensores públicos da União votaram para formar uma lista tríplice com indicações de nomes para comandar o órgão a partir de 2023. Pela lei que regulamenta o funcionamento da defensoria, o presidente da República é obrigado a indicar um dos três nomes da lista ao Senado, que tem de sabatinar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovar no plenário a escolha antes da nomeação.

Pereira ficou em primeiro lugar da lista. Bolsonaro enviou a indicação de Pereira ao Congresso em 13 de novembro, mas, com a eleição de Lula, o processo ficou paralisado. O Congresso está atualmente em recesso e retorna aos trabalhos em fevereiro, mas houve um esforço concentrado dos senadores em 22 de novembro para analisar indicações a embaixadas e a órgãos do Judiciário, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O defensor público-geral da União não entrou na lista.

No DPU, a avaliação é que a divulgação da carta foi um "gesto desesperado" e que o nome de Pereira deve ser retirado e substituído pelo do segundo colocado da lista, o defensor público da União Igor Roque. Roque é considerado de perfil de esquerda - ele chegou a ser fotografado em manifestações contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Procurado pela reportagem, Roque disse que o processo de escolha para o cargo de defensor público-geral da União se dá por meio de um processo político e "existe uma correlação de forças que acabou mudando em virtude da mudança do governo federal". "O Daniel era ligado ao presidente Bolsonaro, eu historicamente sou uma pessoa progressista e, com a eleição do governo Lula, estou me colocando à disposição, pensando no melhor para a instituição", afirmou.

Apesar da ligação com o ex-presidente, Pereira afirma na carta aos colegas que, com a vitória de Lula nas eleições, o órgão que comanda passou a dialogar, contribuir e ocupar espaços na equipe de transição. "Há um compromisso ardente com falas e ações concretas do novo governo federal com a promoção de direitos humanos em todas as dimensões", completa.

O defensor público diz que o apoio institucional ao candidato indicado para chefiar a DPU deveria ser o "caminho mais seguro" após o encaminhamento do nome ao Senado. "Contudo, na Defensoria Pública da União nem todos pensam assim. Pior, agem nos bastidores e no subterrâneo para inviabilizar o nome escolhido e, no meu caso, com expressiva votação - a maior da história da Defensoria Pública da União", diz um trecho do documento.

Procurado, o defensor público-geral da União, Daniel de Macedo Pereira, afirmou que sempre se pautou pelo princípio da independência institucional e do diálogo com todas as forças políticas. "Refuta-se, assim, toda ligação minha com a quaisquer grupos políticos", disse, em nota. O defensor público ressalta que a DPU ajuizou, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), uma ação civil pública contra Bolsonaro por causa de falas racistas. Pereira também afirma que teve respaldo interno para ser indicado à recondução ao cargo.

Procurada, a DPU informou que "aguarda a sequência do processo para realização da sabatina do nome indicado ao cargo de defensor público-geral federal e, assim, não se manifestará sobre o assunto no momento".

O cantor de axé Netinho, conhecido pelo hit Milla, teve um show cancelado por conta de apoio à ações antidemocráticas. Nesse final de semana, o baiano informou que não irá mais se apresentar no Iate Clube de Aracaju, em Sergipe, no Bloco Por Amor Ao Iate. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Netinho disse em uma postagem que ficou surpreso com a decisão da organização do evento, e que também não incentivou ataques à democracia.

 "Não são fake news que irão apagar toda a minha história positiva de décadas com o povo de Aracaju e Sergipe. Eu nunca misturei política com a minha música, nunca, nem é agora que farei. Mentem a respeito disso", disse. O artista afirmou que tomará providências sobre as pessoas que disseram que ele havia apoiado o terrorismo em Brasília, no dia 8 de janeiro.

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De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o músico teria falado em "invadir pacificamente Brasília" na internet. Netinho reforçou em um comunicado que, nos seus 35 anos de carreira, nunca incitou discussão e nada de negativo entre fãs e foliões que iam aos seus shows. No ano passado, Netinho foi candidato a deputado pelo estado da Bahia, mas não se elegeu.

Em nota, o Iate Clube de Aracaju declarou que não compactua e nem apoia atos antidemocráticos. Para a nova programação da festa, a direção da instituição convocou o cantor Tatau, ex-vocalista da banda Ara Ketu.

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Principal militante de oposição digital à extrema-direita, o deputado federal André Janones (Avante) relatou que as ameaças de morte se intensificaram mesmo após as eleições. O parlamentar contou que foi atribuído a um print falso em que ele dizia que iria matar famílias bolsonaristas asfixiadas. 

O deputado cobrou mais presença virtual dos seus seguidores e da ala progressista para combater o bolsonarismo nas redes e disse que as ameaças não vão lhe parar. Janones ainda externou o sentimento de insegurança em virtude da passividade do policiamento com os vândalos que invadiram a Praça dos Três Poderes. 

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Depois de eleger as maiores bancadas do Congresso Nacional, o PL mudou seu estatuto para reforçar laços com bandeiras bolsonaristas. O objetivo é se apresentar como o principal partido de oposição do País e manter o recall de 58 milhões de votos do ex-presidente, que viajou para os Estados Unidos sem data ainda para retornar.

O partido fundado pelo deputado Álvaro Vale em 1985 tinha em seu programa um viés mais econômico e não era conectado com uma pauta de costumes mais identificada com a direita.

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No estatuto original já constava o fortalecimento da empresa privada, o reconhecimento à propriedade, reforma tributária, mas também a importância dos direitos das minorias, trecho que não consta entre as novas diretrizes centrais.

As modificações foram aprovadas na última convenção nacional da sigla, que aconteceu em dezembro e reuniu representantes dos 27 diretórios estaduais. O documento, porém, só será divulgado após a homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Estadão apurou que o novo programa terá a liberdade de expressão como uma peça central e incluiu temas como defesa da vida, família, equilíbrio entre os Poderes. No campo da economia, reforçou diretrizes como a mínima intervenção do Estado na economia, o direito à propriedade, desestatização e incluiu as concessões da infraestrutura nacional.

Com o lema "Não existe democracia sem liberdade", o documento faz um contra-ataque à narrativa de "golpismo" feita pelos adversários de Bolsonaro e defende o "fortalecimento do estado democrático de direito", só que com uma leitura própria.

Durante a campanha presidencial, os bolsonaristas acusaram o Supremo Tribunal Federal (STF) de censura devido ao inquérito das fake news e a prisão de militantes de extrema direita acusados de planejar atos antidemocráticos.

Em um de seus discursos, Bolsonaro afirmou que as pessoas podem viver sem oxigênio, mas não sem liberdade. "Para o partido Liberal, os direitos de ir e vir, de ser, pensar, agir e falar são invioláveis", diz o novo programa.

Narrativa - Em conversas reservadas, integrantes da sigla presidida pelo ex-deputado Valdemar da Costa Neto admitem que as posições controversas de Bolsonaro e sua oratória incontrolável causaram os desgastes que ajudaram na derrota nas urnas.

A ideia agora é construir uma narrativa mais palatável para os próximos quatro anos. "Passamos por guerras e pandemia, tudo banhado pela constante luta entre a verdade de cada cidadão e suas narrativas", diz o texto de apresentação.

Em outro trecho, o estatuto diz que o povo brasileiro pôde nos últimos quatro anos "reascender em sua essência" sentimentos que estavam adormecidos. "Resgatamos o orgulho da nossa bandeira, o amor pela pátria, a valorização do seio familiar e o fortalecimento da liberdade individual e econômica na sua vertente mais crua, sem tutelas do estado".

As novas diretrizes do PL também fazem acenos aos evangélicos, que formam uma das principais bases do bolsonarismo. "Resguardamos e defendemos os valores conservadores da sociedade brasileira. Reafirmamos nossa crença na Vida e na Liberdade em todas as suas vertentes, direitos naturais e inalienáveis; na Sociedade, unidade orgânica e comunidade de homens; na Política, atividade essencial para a administração da sociedade e manutenção da ordem e da moral", diz o documento.

Em uma das passagens mais contundentes, o PL prega que a liberdade "é tão importante quanto a própria vida": "Não se negocia a LIBERDADE, nem a VIDA!", afirma o texto.

Em outra referência aos deputados que os bolsonaristas dizem terem sido perseguidos, o novo programa do Partido Liberal defende que a "inviolabilidade" da tribuna parlamentar deve ser assegurada, sem que aí se inclua o direito à impunidade, nos casos de crime comum.

As críticas às urnas eletrônicas, um dos bastiões bolsonaristas, também ganharam espaço no novo programa, mas de forma indireta. "O processo eleitoral deve ser transparente e auditável, a fim de impedir qualquer possibilidade de fraude ou manipulação".

No capítulo "Propriedade e Reforma Agrária" o PL faz um ataque indireto ao MST ao dizer que Estado deverá desenvolver políticas públicas efetivas que garantam a segurança e a liberdade para o pequeno, médio ou grande produtor, resguardando sua propriedade e seus bens e combatendo atos antidemocráticos de invasões.

Na parte sobre "Defesa Nacional", o novo programa faz sinais às Forças Armadas, que foram um dos pilares da administração Bolsonaro. "As Forças Armadas devem ter suas tropas aparelhadas e adestradas com capacidade de pronto emprego. O avanço dos projetos estratégicos das Forças Armadas e da Base Industrial de Defesa contribuem para o desenvolvimento de produtos duais e incrementam a capacidade dissuasória face às ameaças à segurança nacional."

Em relação à política externa, destaca a "significativa importância" do ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento termina com um tom religioso. "Deus abençoe o nosso país."

Frustração - O PL mudou seu estatuto para se adaptar ao bolsonarismo e deu o cargo de presidente de honra a Jair Bolsonaro. Como membro da executiva do partido, o ex-presidente terá direito a salário de R$ 39 mil e escritório em Brasília. Parlamentares e integrantes da direção da sigla, porém, se dizem "frustrados" e "apreensivos" com os últimos gestos de Bolsonaro após deixar o cargo.

Há também no partido uma ala mais moderada, ou fisiológica, dependendo do interlocutor, que resiste a "bolsonarização". Esse grupo diz que o PL é maior que o ex-presidente e que caberá ao presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, administrar a convivência entre os dois grupos.

Pelo planejamento estratégico do dirigente, que controla o maior Fundo Partidário do Brasil, Bolsonaro deve rodar o País nos próximos quatro anos em palestras, encontros e eventos partidários, enquanto Michelle Bolsonaro deve assumir o comando do PL Mulher, que será turbinado.

O silêncio de Bolsonaro após a derrota e sua viagem para Orlando sem data de retorno gerou incertezas sobre a disposição do ex-presidente em assumir essa missão. Valdemar da Costa Neto estabeleceu como meta dobrar o número de prefeitos do PL em 2024 - hoje são apenas 352 em todo País. Para isso, ele conta com Bolsonaro como garoto propaganda.

Com Bolsonaro ausente, o general Braga Netto, que foi candidato a vice em 2022, assumiu protagonismo na máquina partidária e já está desde dezembro despachando na sede da legenda em Brasília. A convenção nacional foi comandada por ele e Valdemar da Costa Neto.

O partido de Bolsonaro conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados neste ano, com crescimento dos 76 deputados atuais para 99 na próxima legislatura. Em segundo lugar está a federação PT-PCdoB-PV, com 80 deputados eleitos (PT com 68, PCdoB com 6 e PV com 6).

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