PE: Prefeito é alvo de ação da PF que investiga fraudes

Wellington Siqueira, gestor de Ibimirim, no Sertão, é suspeito de contratar empresas 'fantasma' através de ação comandada por grupo especializado em fraudes

por Vitória Silva qui, 13/07/2023 - 11:03
Divulgação/PFPE Agentes da Polícia Federal atuam em mandado de busca e apreensão Divulgação/PFPE

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), uma operação que investiga uma organização criminosa especializada em fraudar a administração pública e em lavagem de dinheiro. Há mandados de busca e apreensão em andamento em endereços no Recife, Camaragibe, Caruaru, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Itacuruba, Inajá, Salgueiro e Ibimirim. Nesta última cidade, o prefeito Wellington Siqueira (PCdoB) também é alvo da operação, por suspeita de contratar empresas “fantasma”. 

Os 86 mandados em cumprimento foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que obteve as informações iniciais para a investigação. A organização é suspeita de obtenção de dados financeiros, lavagem de dinheiro, possível desvio de recursos públicos, além da contratação de empresas que não existem ou foram criadas para objetivo criminoso, apenas. Além disso, também há indícios de licitações fraudulentas, contratações irregulares e superfaturamento. 

Quanto ao prefeito Wellington Siqueira, a Polícia Federal informou que o gestor teria contratado empresas fantasma e ligadas ao mesmo grupo ou aos mesmos empresários, para o fornecimento de material e prestação de serviços nas áreas de saúde (aquisição de medicamentos e serviços de consultas médicas), obras de engenharia, pavimentação de vias e locação de veículos. 

Em licitações realizadas pelo município, há indícios da indicação, por um dos empresários beneficiados pelo esquema, de pessoa que assumiria o cargo de pregoeiro, com o fim de garantir a vitória de empresas previamente selecionadas. Há também elementos que sugerem que os investigados teriam mantido contato prévio para ajustar quais empresas ganhariam as licitações e os valores, obtidos irregularmente, que deveriam ser pagos a cada participante. 

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