Brics: Lula defende que o Brasil paute a desigualdade

O Brasil vai presidir o Brics em 2025

ter, 22/08/2023 - 10:08
Ricardo Stuckert/PR O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (22) que em 2025, quando o Brasil presidir os Brics, a principal discussão do bloco será sobre desigualdade. Lula está em Joanesburgo, na África do Sul, para a reunião de cúpula do grupo.

"Quando for pro Brasil [em 2025] o tema principal é a gente acabar com desigualdade racial, desigualdade de gênero, desigualdade na educação, desigualdade na saúde, desigualdade no salário", disse o petista. Lula falou no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal produzida pela EBC. Ele tem feito o programa mesmo quando está fora de Brasília.

Lula também defendeu que os países que compõem o Brics – grupo atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – se tornem membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, apenas Rússia e China integram o conselho de forma permanente. “É preciso que a gente convença a Rússia e a China que o Brasil, a África do Sul e a Índia possam entrar no Conselho de Segurança.” 

Lula falou ainda sobre a entrada de novos integrantes no bloco. “Esse é um debate que vamos fazer. Inclusive, pra gente possibilitar a entrada de novos países, a gente tem que limitar [a discussão] a uma certa coisa que todo mundo concorde. Se não houver um grau de compromisso dos países que entram no Brics, vira uma Torre de Babel. A gente está construindo isso. Penso que, desse encontro aqui, deve sair uma coisa muito importante sobre a entrada de novos países. Sou favorável à entrada de vários países. A gente vai se tornar forte.” 

Em seu programa semanal Conversa com o Presidente, Lula citou ainda a criação de um banco que atue de forma diferente à do Fundo Monetário Internacional (FMI). “A gente quer criar um banco muito forte, que seja maior que o FMI, mas que tenha outro critério para emprestar dinheiro para os países. Não de sufocar, mas de emprestar na perspectiva de que o país vai criar condições de investir o dinheiro, se desenvolver e pagar, sem que o pagamento atrofie as finanças do país”. 

*Com a Agência Brasil

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