Haddad diz que reunião de Lula e Campos Neto foi excelente

Ao ser questionado por jornalistas se o tema do corte de juros havia sido tratado, Haddad respondeu que os participantes não conversaram de tópicos específicos

qui, 28/09/2023 - 07:01
Diogo Zacarias O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Diogo Zacarias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "excelente e produtiva" a reunião que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto. Ao ser questionado por jornalistas se o tema do corte de juros havia sido tratado, Haddad respondeu que os participantes não conversaram de tópicos específicos, e apontou a agenda como um encontro institucional, de "construção de relação" e de pactuação em torno de "conversas periódicas".

Segundo o ministro, Lula deixou claro no encontro o respeito pela instituição do BC. "E a reciprocidade foi muito boa por parte do Roberto. Foi conversa de alto nível", disse Haddad. "Excelente, de trabalho, muito produtiva, cordial. Lula recebeu bem, conversa transcorreu muito bem", acrescentou o ministro.

Perguntado ainda sobre a mediação para que o encontro entre Lula e Campos Neto acontecesse, Haddad respondeu que não havia necessidade de trabalhar pela aproximação. "Esse encontro iria acontecer, eu ajudo no que posso", concluiu.

A reunião entre Lula, Haddad e Campos Neto começou com quase uma hora de atraso. Antes de recebê-los, Lula esteve reunido com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e ainda participou de um evento do Ministério de Minas e Energia. Campos Neto já estava no Palácio do Planalto desde o horário inicialmente marcado para o encontro, às 17h30. A reunião entre o trio começou pouco antes das 18h30 e durou cerca de 1h20. Não houve pronunciamento no Planalto ao final do encontro.

Este foi o primeiro encontro entre Lula e Campos Neto desde que o petista assumiu o governo. O presidente e aliados de primeira hora vinham tecendo críticas duras à atuação da autoridade monetária, sobretudo pelo nível da Selic, considerado muito elevado.

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