Bolsonaro destaca que Hamas parabenizou Lula após eleições
Nesta manhã, insurgentes palestinos da Faixa de Gaza realizaram um ataque sem precedentes no sul de Israel, disparando milhares de projéteis e deixando pelo menos 70 mortos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) leu uma nota oficial de repúdio aos ataques do grupo insurgente Hamas contra Israel, que já deixou ao menos 268 pessoas mortas na manhã deste sábado (7). Bolsonaro participa de um evento do PL Mulher em Belo Horizonte e destacou que o Hamas parabenizou a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro do ano passado.
Nesta manhã, insurgentes palestinos da Faixa de Gaza realizaram um ataque sem precedentes no sul de Israel, disparando milhares de projéteis e deixando pelo menos 70 mortos. O governo israelense declarou que está "em guerra", e respondeu contra-atacando alvos em Gaza. Segundo autoridades palestinas, o número de vítimas na região chegou a 198
"Pelo respeito e admiração ao povo de Israel, repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luiz Inácio Lula da Silva quando o TSE anunciou o vencedor das eleições de 2022. Fundado em 1948, por deliberação da ONU de 1947, em sessão presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, Israel é um país irmão com profundos laços culturais e religiosos com o nosso povo", disse o ex-presidente.
No dia seguinte à eleição de Lula, o Hamas publicou uma pequena nota assinada por Busin Naim, membro da alta cúpula do grupo, que chamou o petista de "lutador pela liberdade". Naim também declarou que a vitória do presidente foi significativa para "todos os povos oprimidos em todo o mundo, particularmente para o povo palestino, pois ele [Lula] é conhecido pelo seu apoio forte e contínuo aos palestinos em todos os fóruns internacionais". Lula não deu respostas oficiais ao comunicado. A nota do Hamas pode ser lida neste link.
Bolsonaro também disse que, para que uma paz possa ser estabelecida na região de Israel e da Faixa de Gaza, as lideranças palestinas devem deixar de lado a violência armada e reconhecer o direito de Israel como estado soberano. Tanto a Palestina como o estado israelense não se reconhecem como nações independentes e vivem uma tensão politica e religiosa que já dura oito décadas, com um vasto histórico de conflitos e ataques bélicos perpetrados por ambos.
"Lamentamos as mortes de civis e militares israelenses, bem como condenamos o sequestro de mulheres e crianças pelos terroristas do Hamas para dentro da Faixa de Gaza. Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisam abandonar o terrorismo e reconhecer o direito de Israel a existir. Somente assim, um acordo entre as partes poderá existir. Shalom, Jair Bolsonaro", completou.