Kodak pede concordata, nos Estados Unidos
Após falha em captar recursos, empresa pretende reorganizar contas e estratégia
A Eastman Kodak, fundada em 1888, em Rochester (EUA), apresentou um pedido de concordata a um tribunal do Estado de Nova York — e que abrange também as suas subsidiárias. Segundo a própria empresa, através de um comunicado divulgado nesta quinta-feira (19), o pedido voluntário de "proteção contra falência" foi uma medida que visa reorganizar os negócios.
A empresa pretende reorganizar as suas contas se concentrando em negócios mais competitivos, e rentabilizando a propriedade intelectual não estratégica — como o licenciamento e até a venda de patentes do setor de imagem digital —, entre outras medidas, após falhar na captação de investimentos para uma recuperação financeira à longo prazo.
Para revitalizar a sua saúde financeira, a empresa recebeu um financiamento de US$ 950 milhões, do Citigroup, e nomeou vice-presidente do conselho da FTI Consulting como Chefe de Reestruturação, segundo o The Wall Street Journal.
"A reorganização dos negócios tem o objetivo de impulsionar nossa liquidez nos EUA e no exterior e monetizar propriedade intelectual o bastante para resolver passivos herdados, e permitir que a empresa se concentre em suas linhas de negócio mais valiosas", diz o comunicado.
A Kodak tem 19 mil funcionários, só nos Estados Unidos, e o pedido de concordata põe em risco o destino profissional de cada um deles, além dos aposentados que dependem de pensões e assistência médica providas pela empresa. A exoneração desses compromissos poderia ser atendida por tribunais americanos, caso a empresa tente fugir das obrigações legais.
Em 2003, a companhia contava com mais de 66 mil funcionários. Os postos de trabalhos foram cortados gradativamente, com o fechamento de 13 fábricas e 130 laboratórios de processamento.
*Com informações de agências