Kodak pede concordata, nos Estados Unidos

Após falha em captar recursos, empresa pretende reorganizar contas e estratégia

por Belenos Govannon qui, 19/01/2012 - 06:54
Flickr (cc) dragonflyeye Detalhe da fachada do edifício-sede da Kodak, em Rochester, Nova York (EUA) Flickr (cc) dragonflyeye

A Eastman Kodak, fundada em 1888, em Rochester (EUA), apresentou um pedido de concordata a um tribunal do Estado de Nova York — e que abrange também as suas subsidiárias. Segundo a própria empresa, através de um comunicado divulgado nesta quinta-feira (19), o pedido voluntário de "proteção contra falência" foi uma medida que visa reorganizar os negócios.

A empresa pretende reorganizar as suas contas se concentrando em negócios mais competitivos, e rentabilizando a propriedade intelectual não estratégica — como o licenciamento e até a venda de patentes do setor de imagem digital —, entre outras medidas, após falhar na captação de investimentos para uma recuperação financeira à longo prazo.

Para revitalizar a sua saúde financeira, a empresa recebeu um financiamento de US$ 950 milhões, do Citigroup, e nomeou vice-presidente do conselho da FTI Consulting como Chefe de Reestruturação, segundo o The Wall Street Journal.

"A reorganização dos negócios tem o objetivo de impulsionar nossa liquidez nos EUA e no exterior e monetizar propriedade intelectual o bastante para resolver passivos herdados, e permitir que a empresa se concentre em suas linhas de negócio mais valiosas", diz o comunicado.

A Kodak tem 19 mil funcionários, só nos Estados Unidos, e o pedido de concordata põe em risco o destino profissional de cada um deles, além dos aposentados que dependem de pensões e assistência médica providas pela empresa. A exoneração desses compromissos poderia ser atendida por tribunais americanos, caso a empresa tente fugir das obrigações legais.

Em 2003, a companhia contava com mais de 66 mil funcionários. Os postos de trabalhos foram cortados gradativamente, com o fechamento de 13 fábricas e 130 laboratórios de processamento.

*Com informações de agências

COMENTÁRIOS dos leitores