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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira (5), que se condene "energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, em Boston.

"Os terroristas do Hamas infligiram tanta dor e sofrimento às mulheres e meninas como puderam e depois as assassinaram. Isto é devastador", disse Biden.

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"Nas últimas semanas, sobreviventes e testemunhas dos ataques compartilharam relatos terríveis de uma crueldade inimaginável", incluindo estupros, mutilação e profanação de cadáveres, acrescentou.

"Pôr fim à violência contra as mulheres e às agressões sexuais é uma das batalhas da minha vida", reforçou, insistindo em que os Estados Unidos consideram o Hamas o único responsável pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, após a trégua temporária que permitiu a libertação de reféns, embora nem todos tenham sido soltos.

"O mundo não pode simplesmente olhar para o outro lado diante do que está ocorrendo. Depende de todos nós... Condenar energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", disse o presidente durante o evento de campanha.

"Tratam-se de civis, a maioria com idades entre 20 e 39 anos, que o Hamas se recusou a libertar", o que não possibilitou a extensão da trégua, acrescentou o presidente democrata, de 81 anos.

"Estas mulheres e todos os que continuam retidos pelo Hamas precisam voltar às suas famílias de imediato. Não vamos parar até trazer cada um para casa e será um processo longo", reforçou Biden.

As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupros e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel por islamistas do Hamas, em 7 de outubro. Na segunda-feira, os milicianos palestinos qualificaram estas acusações de "mentiras infundadas" em um comunicado.

Em Israel, ativistas denunciaram o silêncio das organizações internacionais na defesa dos direitos das mulheres frente a estas acusações de crimes sexuais.

Além das 1.200 mortes, a maioria de civis, registradas por Israel durante a incursão do Hamas em outubro, a polícia investiga denúncias de violência sexual, entre estas estupros coletivos e mutilação de cadáveres.

Uma casa explodiu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, na noite dessa segunda-feira (4), em Arlington, condado no estado da Virgínia, no Sudeste dos Estados Unidos. Segundo a mídia local, alguns agentes ficaram feridos na ação, mas passam bem. A polícia foi enviada ao local por volta das 16h45, após receber uma denúncia sobre uma pessoa não identificada disparando uma arma de fogo entre 30 e 40 vezes, de acordo com informações do Departamento de Polícia do Condado de Arlington.  

A equipe de policiais tentou entrar em contato com o suspeito por telefone e por alto-falantes, mas ele não respondeu e permaneceu barricado dentro de casa. Depois de obter um mandado de busca, os policiais abordaram a casa pouco antes das 20h25 (quase 22h30, no horário de Brasília). O suspeito abriu fogo contra o efetivo e, pouco depois, a explosão aconteceu. 

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Não ficou claro se os tiros foram disparados de um sinalizador ou de uma arma diferente, mas a polícia acredita se tratar de uma arma de fogo. Apesar da casa ser um duplex, nenhum outro ocupante, além do suspeito, foi encontrado no local. Pelo risco na estrutura, a polícia não pôde entrar no local até que a casa passasse por avaliação da concessionária, o que prejudicou o atendimento e identificação do suspeito. 

Três policiais sofreram ferimentos leves, mas nenhum precisou de hospitalização. O Corpo de Bombeiros do Condado de Arlington disse que o incêndio estava sob controle por volta das 22h30, mas as equipes ainda precisaram cuidar de pequenos focos de fogo; o motivo da explosão não pôde ser identificado e será investigado. De acordo com relatos locais, a explosão foi vista e ouvida a três quilômetros de distância e muitos moradores especularam que havia acontecido um acidente aéreo. A Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) e o Departamento Federal de Investigação (FBI) investigam o caso. 

 

O presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, deixa Washington nesta terça-feira (28) com uma impressão "muito boa" do governo do democrata Joe Biden, que lhe estendeu as mãos em um primeiro contato.

Em seu segundo dia nos Estados Unidos, Milei esteve na Casa Branca para se reunir com colaboradores de máxima confiança de Biden, que viajou para Atlanta para o funeral da ex-primeira-dama Rosalynn Carter.

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O presidente eleito, junto com uma equipe reduzida, falou de política e economia com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional; com Juan González, principal conselheiro presidencial para a América Latina; com o subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, e com o embaixador dos Estados Unidos na Argentina, Marc Stanley.

Milei partilhou com eles "sua visão sobre a agenda geopolítica internacional alinhada com o Ocidente e a sua defesa dos valores da liberdade", informou seu gabinete em um comunicado publicado na rede social X.

A reunião lhe causou uma impressão "muito boa", declararam à AFP fontes de seu partido, A Liberdade Avança.

- Boa 'predisposição' -

No encontro, Sullivan "manifestou a predisposição" dos Estados Unidos "para colaborar na transição do novo governo argentino diante da desafiadora conjuntura política, econômica e social que atravessa o país", acrescenta o comunicado argentino, junto de uma foto da reunião.

Milei veio aos Estados Unidos para abrir portas e o fez pelas mãos do embaixador Stanley, com a esperança de converter o país norte-americano em seu principal aliado e marcar distâncias com China e Rússia.

Pelo que se sabe, não houve encontros com membros do Partido Republicano nem com o ex-presidente Donald Trump, com quem Milei se dá muito bem e é frequentemente comparado.

Da Casa Branca, ele seguiu para o aeroporto para retornar à Argentina, sem se reunir com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva, com quem falou na sexta-feira por videoconferência.

Seu chefe de gabinete Nicolás Posse e Luis Caputo, cotado como futuro ministro da Economia argentino, permaneceram nos Estados Unidos para uma reunião a nível técnico no FMI liderada pela número dois da organização, Gita Gopinath. Pela manhã, mantiveram outro encontro com funcionários do Departamento do Tesouro americano.

A Argentina tem que saldar um empréstimo de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 215 bilhões na cotação atual), em meio à sua pior crise econômica em duas décadas, com inflação de 140% e 40% da população na linha de pobreza.

- 'Desafios complexos' -

"Debateram os desafios complexos que o país enfrenta e os planos para fortalecer urgentemente a estabilidade e assentar as bases de um crescimento mais sustentável", informaram fontes oficiais do FMI.

"Ambas as equipes vão continuar colaborando estreitamente no futuro", acrescentaram.

A equipe de Milei espera que a relação com o Fundo seja fluida, dado que o presidente eleito, que se autodefine como anarcocapitalista, não teme os cortes de gastos.

O novo presidente propõe privatizar boa parte das empresas estatais e prometeu cortar os gastos públicos, inclusive mais do que pede o FMI.

Este "outsider" da política que tem aversão ao que chama de "casta", a elite política tradicional, advertiu que vai tomar decisões "difíceis" quando assumir o cargo em 10 de dezembro.

De cara, a Argentina precisa de recursos para fazer frente ao último vencimento do ano.

Para isso, teria que passar na análise regular do Fundo para averiguar se o país cumpre as condições fiscais e de reservas. O problema é que os números não batem. Milei também pode optar por repensar o programa de crédito com o FMI.

Enquanto isso, continuam as gestões para definir o governo que moldará a nova Argentina.

O último nome confirmado é o de Eduardo Rodríguez Chirillo, que estará à frente da pasta de Energia, segundo confirmou o gabinete de Milei em comunicado.

A primeira viagem aos Estados Unidos de Milei como presidente eleito começou nesta segunda-feira em Nova York, onde ele almoçou com o ex-presidente democrata Bill Clinton e com Christopher Dodd, assessor de Biden para América Latina.

Antes, usando um kipá, visitou o túmulo do rabino de Lubavitch na metrópole dos arranha-céus. Um ato simbólico para o político argentino, de religião católica, mas muito interessado no judaísmo e a estreitar laços com Israel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece vocal sobre o conflito no Oriente Médio e voltou a criticar as táticas israelenses de represália aos ataques do grupo fundamentalista e terrorista Hamas. Desde o ataque do dia 7 de outubro, as forças de Israel têm orquestrado ataques e invasões à Faixa de Gaza e Cisjordânia, em um plano de ação que já matou mais de 10 mil palestinos. 

Na primeira entrevista após a recepção dos 32 repatriados de Gaza, nessa segunda-feira (13), Lula reafirmou, nesta terça (14), o papel do Brasil na busca pela paz e condenou o veto dos Estados Unidos à proposta brasileira de uma solução de dois Estados - um israelense e outro palestino. "É inadmissível que a gente não tenha uma solução para isso", disse o líder brasileiro. 

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"Produzimos uma nota que teve o apoio de 12 países e apenas um país teve o direito de vetar, e vetou, que foi os Estados Unidos. Isso é incompreensível, a ONU precisa mudar. A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023. Por isso a gente quer mudar a quantidade de pessoas e o funcionamento, e acabar com o direito de veto", acrescentou.

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Durante o "Conversa com o Presidente" desta terça-feira (14), o mandatário disse que as ações de Israel são de teor terrorista e que há um claro interesse em esvaziar Gaza para uma nova ocupação. Esse conceito é conhecido na literatura como "limpeza étnica". 

“Essa guerra, do jeito que vai, não tem fim. Eu estou percebendo que Israel quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do Estado Palestino para que eles possam viver em paz com o povo judeu”, disse Lula. 

O presidente evidenciou, mais uma vez, que é preciso reconhecer o ataque terrorista do Hamas em outubro, mas insiste que a resposta contra civis palestinos é desproporcional.   

“É por isso que eu disse ontem que a atitude de Israel com relação às crianças e com relação às mulheres é uma atitude igual terrorismo. Não tem como dizer outra coisa. Se eu sei que tá cheio de criança naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro, eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”, enfatizou Lula. 

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O governo dos Estados Unidos está doando 400 câmeras corporais ao Brasil, por intermédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a assessoria de imprensa da embaixada norte-americana, o donativo permitirá às forças de segurança pública brasileiras avaliar vantagens e inconvenientes do uso dos aparelhos, enquanto o país desenvolve seu próprio projeto nacional de emprego da tecnologia.

Também será doado um programa de computador (software) de gerenciamento das imagens e vão treinar servidores públicos para operar o sistema. De acordo com a embaixada, somados, câmeras, software e treinamento equivalem a uma transferência de aproximadamente US$ 1 milhão - pouco mais de R$ 4,86 milhões pelo câmbio desta terça-feira (8).

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Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que as câmeras já estão em território brasileiro, na embaixada, que está concluindo os últimos procedimentos burocráticos necessários à entrega dos equipamentos. A expectativa é que os aparelhos sejam liberados até o fim de dezembro.

PRF

Duzentas câmeras serão repassadas à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que as empregará no chamado Projeto Estratégico Bodycams (do inglês, câmeras corporais). Desde março deste ano, a corporação vem realizando estudos e testes para acoplar as filmadoras no uniforme de parte de seu efetivo.

Segundo a PRF, o uso das câmeras corporais “visa ampliar e manter a segurança dos agentes rodoviários e das pessoas abordadas nas rodovias federais, aprimorando as práticas da instituição na prestação de serviços à sociedade”.

Em maio deste ano, durante evento para apresentar o projeto estratégico a jornalistas, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, citou o episódio em que o sergipano Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, foi morto por asfixia, por policiais rodoviários federais, em Umbaúba (SE), um ano antes.

“Os fatos ocorridos foram traumáticos para nós [PRF] e isso desencadeou algumas recomendações, sobre orientação do próprio ministro da Justiça Flávio Dino”, disse Antônio Fernando sobre a importância das bodycams. “Entendemos o projeto das câmeras corporais como um passo fundamental para o futuro da PRF, por ser esse um instrumento de garantia, não só para a sociedade, mas, na visão da PRF, fundamental para a segurança do próprio policial.”

Consultada pela Agência Brasil, a PRF informou que, por conta da doação norte-americana, a equipe responsável pelo projeto estratégico pretende antecipar algumas das atividades que já estavam previstas para ocorrer no âmbito da preparação do processo licitatório para a futura compra de câmeras.

Ainda segundo a PRF, a gestão e o armazenamento das imagens registradas pelas 200 câmeras doadas por intermédio do Escritório de Assuntos de Aplicação da Lei Internacional de Narcóticos, do Departamento de Estado norte-americano, ficarão sob responsabilidade da empresa fornecedora dos equipamentos – cujo nome não foi confirmado. Já a instalação das câmeras nos uniformes, a coleta e o recebimento das imagens serão de responsabilidade da própria PRF.

Bahia

O Ministério da Justiça e Segurança Pública repassará as 200 câmeras ao governo da Bahia, que também já vinha tocando seu próprio projeto de compra e instalação de câmaras corporais nos uniformes de parte dos policiais estaduais.

Segundo a pasta, a entrega de parte da doação norte-americana à Secretaria da Segurança Pública da Bahia se dará por meio de um acordo de cooperação técnica, no âmbito do Projeto Nacional de Câmeras Corporais.

A elaboração do projeto nacional está a cargo das secretarias de Segurança Pública (Senasp) e de Acesso à Justiça (Saju), do ministério, com a participação de representantes da PRF. A proposta do ministério é estabelecer diretrizes a serem observadas pelas forças policiais e unidades federativas que adotarem a tecnologia.

Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu limites à realização de operações policiais em favelas da cidade do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19. Um ano e meio depois, o plenário da Corte definiu o alcance da decisão liminar de Fachin, determinando, entre outros pontos, que o governo fluminense deveria apresentar, em até 90 dias, um plano visando à redução da letalidade policial e o controle de violações de direitos humanos.

Entre as medidas a serem adotadas estava a instalação, em até 180 dias, de equipamentos de GPS e de sistemas de gravação de áudio e vídeo nas viaturas policiais e nas fardas dos agentes de segurança – iniciativa que, já na época, estava prevista em lei estadual.

No mês passado, quando a morte de um miliciano desencadeou uma série de ataques a veículos, durante os quais criminosos incendiaram ao menos 35 ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que estender a decisão do STF para as forças de segurança federais era um “obstáculo momentaneamente intransponível” à atuação da Polícia Federal, da Força Nacional e da Força Nacional nas comunidades cariocas.

“Este é um obstáculo intransponível que não temos como atender, neste momento”, disse Dino, ao explicar que, devido a um questionamento do Ministério Público Federal (MPF), foi forçado a rever o plano de enviar a Força Nacional para auxiliar as polícias estaduais em ações nas favelas, concentrando a ação do efetivo da tropa federativa em áreas de competência federal.

Segundo Dino, a atual gestão federal está decidida a adquirir câmeras de vídeo para os uniformes policiais e só não o fez ainda porque o ministério ainda não decidiu qual tecnologia empregar. “Vamos comprá-las. Isso já está decidido desde o começo do governo. Uma missão nossa já foi à China, outra foi aos Estados Unidos, e fizemos, há cerca de 15 dias, uma reunião com todas as policias estaduais discutindo câmeras”, destacou Dino.

“Mas colocar a câmara no uniforme é a parte fácil do processo. O fundamental é saber para onde estas imagens irão? Quais os critérios normativos? Quais os critérios de análise destas imagens e, sobretudo, quais as ferramentas analisarão estas imagens? Porque, evidentemente, não há um policial [apto a analisar as imagens] para cada policial que está na rua. E se as filmagens ficarem em um arquivo morto, isso não fará nenhum sentido”, ponderou o ministro, defendendo uma resolução que se aplique a todo o país.

“Não posso pensar só nas nossas forças. Tenho que pensar de modo coordenado segundo a lógica do Sistema Único de Segurança Pública. As polícias estaduais estão sob autoridade dos governadores. Não adianta eu baixar uma portaria e dizer que a polícia estadual do Amapá vai cumpri-la, porque isso vai depender da decisão do governador”, finalizou o ministro.

Patrícia Ramos compartilhou em suas redes sociais que está em Nova York, nos Estados Unidos. Entretanto, o que era para ser uma viagem tranquila, acabou se tornando assustadora. A influenciadora relatou em seu Stories uma situação tensa que passou com um homem desconhecido em uma loja de roupas.

"Eu peguei um casaco em cima de uma mesa. Nisso, se aproximou um homem dizendo que o casaco era dele. Pedi desculpas e me afastei. Passados uns cinco minutos, ele veio atrás de mim dizendo que iria me dar o casaco de presente. Eu disse que não precisava, mas ele fez questão. Não vi maldade na hora", começou ela.

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"Eu continuei andando na loja, e ele voltou, veio atrás de mim colocando as mãos nos bolsos do casaco, dizendo que estava checando se não tinha esquecido algo. Só que achei muito estranho porque ele veio com o celular na minha cara, como se tivesse me filmando. Na hora eu saquei a maldade e devolvi o casaco para um segurança", disse.

"O cara ficou me rondando a loja inteira, o tempo inteiro. E me filmando. Ele estava nitidamente me filmando, tirando foto. Ele tirava foto, dava zoom e mandava para alguém. Eu fiquei muito nervosa. Foi muito assustador, eu fiquei chocada. Eu me senti completamente invadida e incapaz de fazer qualquer coisa", finalizou Patrícia.

Para concluir seu relato, a apresentadora aproveitou para alertar seus seguidores.

"É mais do que óbvio que a gente não pode aceitar nada de estranhos na rua. Só que a situação foi acontecendo e eu nem percebi", observou.

Desaparecido no mar há quase duas semanas, um pescador foi encontrado à deriva, no Canadá, um dia após o fim das buscas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. O resgate ocorreu na quinta (26), a cerca de 110 quilômetros da costa norte-americana.

O barco Evening deixou Grays Harbor, em Washington, no dia 12 de outubro. Segundo um canal de televisão de Seattle, o pescador foi encontrado por dois homens identificados como Ryan e John. "Eu vi o que parecia ser um bote salva-vidas à distância, corri para dentro e peguei um binóculo. Então ele disparou um sinalizador", recordou Ryan.

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"Nós o puxamos para bordo. Ele me deu um grande abraço e foi emocionante", continuou John. Ele informou que apenas um tripulante foi encontrado no bote e que o pescador disse ter pescado um salmão depois da comida acabar.

"Preparamos um café da manhã para ele. Ele bebeu três garrafas de água [...] ele estava com muita fome, coitado", contou. As autoridades não relevaram a identidade do pescador e informaram que ele está em condições estáveis.

O náufrago foi levado ao continente pela Guarda Costeira canadense e outra agência de resgate. Ele deu entrada em um hospital antes de retornar aos EUA.

O outro marinheiro que estava no Evening não foi encontrado. A Guarda Costeira ressaltou que o incidente continua sob investigação.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (20) o "discurso poderoso" de seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu na quinta-feira mais apoio de Washington ao país que está em guerra contra a Rússia.

"O investimento dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia garantirá a segurança da Europa e do mundo a longo prazo", afirmou Zelensky na rede social X.

Biden anunciou na quinta-feira em um discurso que solicitará ao Congresso que aprove em caráter de urgência financiamentos de ajuda para Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou.

Desde que a Rússia iniciou a invasão em fevereiro de 2022, Estados Unidos e União Europeia são apoios cruciais para a Ucrânia e forneceram bilhões de dólares em ajuda financeira e militar.

No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou nesta sexta-feira que impediu um novo ataque russo na cidade industrial de Avdiivka, leste do país, que as tropas de Moscou tentam controlar há vários dias.

"O inimigo reiterou os ataques e não abandona as tentativas de cercar Avdiivka", anunciou o Estado-Maior ucraniano no Facebook.

"Nossos soldados resistem de maneira firme nas linhas de defesa", acrescentou. O Exército russo perdeu quase 900 homens e 150 veículos blindados foram destruídos na região nas últimas 24 horas, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

Israel e o Hamas voltaram a cruzar fogo nesta quinta-feira (12), antes da chegada a Tel Aviv do secretário de Estado americano, Antony Blinken, que viajou em uma demonstração de solidariedade para com seu aliado israelense, no sexto dia de uma guerra que já deixou milhares de mortos.

Israel jurou "destruir" o movimento islâmico palestino Hamas, responsável pela sangrenta ofensiva de 7 de outubro, e que mantém como reféns 150 pessoas capturadas em solo israelense.

Segundo o porta-voz militar Richard Hecht, o Exército israelense contempla uma "manobra terrestre" na Faixa de Gaza, embora "ainda não se tenha tomado uma decisão" a esse respeito.

O mesmo porta-voz acrescentou que o objetivo neste momento é a "liquidação" do governo do Hamas em Gaza.

Durante a noite, Israel continuou bombardeando a Faixa, governada pelo Hamas, que respondeu disparando foguetes em direção ao sul do Estado Judeu.

O Hamas também disparou foguetes contra Tel Aviv, em represália aos bombardeios israelenses "contra civis" em dois campos de refugiados no enclave palestino. Correspondentes da AFP presenciaram dezenas de bombardeios aéreos contra o campo de Al-Shati e no norte de Gaza.

Tudo isto aconteceu horas antes da chegada de Blinken, que, após aterrissar em Tel Aviv, reiterou o apoio dos Estados Unidos a Israel.

"Apoiamos vocês hoje, amanhã e iremos apoiá-los todos os dias que vierem", disse ele.

"Estamos determinados a garantir que Israel obtenha tudo de que precisa para se defender", acrescentou Blinken, antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os Estados Unidos já forneceram ajuda militar adicional a Israel desde o início do novo conflito. O presidente Joe Biden pediu a Israel, no entanto, que respeite "as leis da guerra" em Gaza.

Na sexta-feira, Blinken se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e com o rei da Jordânia, Abdullah II, na Jordânia.

De acordo com autoridades de ambos os lados, a guerra matou mais de 1.200 israelenses e pelo menos 1.354 palestinos em Gaza. O Exército também afirmou ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas em solo israelense.

- Pilha de cadáveres -

Por terra, mar e ar, centenas de militantes do Hamas atacaram Israel no sábado, coincidindo com o fim do feriado judaico de Sucot.

Nas ruas, nas casas, nas cooperativas agrícolas e até em um festival de música, realizaram massacres de civis sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948.

Israel adotou represálias, declarando uma guerra para destruir as capacidades do Hamas. Está atingindo implacavelmente a Faixa de Gaza e mobilizando dezenas de milhares de soldados em torno do território palestino e em sua fronteira norte com o Líbano, onde houve trocas de disparos com o movimento pró-Irã Hezbollah, aliado do Hamas.

"Cada membro do Hamas é um homem morto", declarou Netanyahu, na quarta-feira (11), em seu primeiro discurso formal com seu governo de emergência, formado ontem mesmo com Benny Gantz, um dos principais líderes da oposição.

Na entrada do kibutz Beeri, a menos de cinco quilômetros da fronteira com Gaza, uma pilha de corpos testemunhava a magnitude do ataque.

"A devastação aqui é absolutamente imensa", disse Doron Spielman, porta-voz do Exército israelense.

"E isso sem contar os muitos membros do kibutz que foram feitos reféns e levados para Gaza", acrescentou outro porta-voz do Exército, Jonathan Cornicus.

- Gaza sem serviços básicos -

O ministro israelense da Energia, Israel Katz, afirmou nesta quinta-feira que seu país não autorizará a entrada de bens essenciais, nem de ajuda humanitária em Gaza enquanto o Hamas liberte os reféns.

"Ajuda humanitária a Gaza? Não vão poder ligar nenhum interruptor elétrico, não vão poder abrir nenhuma torneira, nenhum caminhão de combustível vai entrar, enquant os israelenses sequestrados não tiverem voltado para suas casas", frisou.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse estar em contato com o Hamas para tentar libertar os reféns.

O diretor regional do CICV para o Oriente Médio, Fabrizio Carboni, apelou a ambos os lados para "reduzirem o sofrimento dos civis".

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios", alertou, expressando especial preocupação com os recém-nascidos colocados em incubadoras e com os pacientes que precisam de oxigênio, ou fazem tratamento de diálise.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também iniciou negociações com o movimento islâmico, segundo uma fonte oficial.

Dezenas de especialistas independentes da ONU condenaram os "crimes horríveis" cometidos pelo Hamas e a resposta de Israel em Gaza, que chamaram de "punição coletiva".

Os bombardeios israelenses atingiram dezenas de edifícios, fábricas, mesquitas e lojas, segundo o Hamas.

"É como um apocalipse, ou um terremoto", disse, em meio a escombros, um morador do distrito de Karama, em Gaza, que não quis dar seu nome. Os israelenses "vieram para destruir, como se essas pessoas não merecessem viver. Como se não fossem humanos", acrescentou.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, convocou os países islâmicos e árabes a cooperarem para enfrentar Israel.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, acusou o Irã, por sua vez, de ter permitido o ataque contra o Estado judeu, por seu apoio ao Hamas nos últimos anos. Scholz disse ainda que usará "todos os seus contatos" para evitar uma escalada na região e libertar os prisioneiros.

A polícia dos Estados Unidos matou a tiros o motorista, cujo carro invadiu o consulado chinês em San Francisco, na segunda-feira (9).

Um vídeo não verificado postado nas redes sociais mostra o veículo dentro do prédio. Policiais apontam suas armas para a porta do motorista, enquanto as pessoas desciam as escadas e saíam do edifício.

Um porta-voz do consulado disse que o suspeito entrou "violentamente na sala administrativa do nosso consulado, causando uma séria ameaça à vida dos funcionários e das pessoas no local e causando sérios danos".

A sargento da polícia de San Francisco, Kathryn Winters, disse que os policiais responderam após serem alertados sobre o veículo que invadiu o escritório de vistos.

"Os policiais entraram, fizeram contato com o suspeito e houve disparos com a participação de um policial", disse Winters aos repórteres.

A polícia e os paramédicos afirmaram que tentaram salvar a vida do suspeito, mas ele foi declarado morto no hospital, acrescentou Winters. A polícia não deu detalhes sobre a identidade do suspeito morto.

O canal de notícias local ABC7 disse que seus correspondentes viram um homem coberto de sangue e aparentemente inconsciente enquanto era retirado do local.

"Esta é uma investigação em andamento, e o Departamento de Polícia de San Francisco está trabalhando em coordenação com os investigadores do Departamento de Estado", explicou Winters.

San Francisco é o lar de um grande número de moradores de etnia chinesa, incluindo muitos de Taiwan, uma ilha autônoma que Pequim considera parte do seu território.

Os Estados Unidos irão endurecer ainda mais as medidas para conter a imigração ilegal, alertou nesta quinta-feira (5), no México, o secretário de Segurança Interna americano, Alejandro Mayorkas, após um acordo com a Venezuela para deportar cidadãos daquele país.

“Tornaremos mais difícil ingressar por meios ilícitos”, disse Mayorkas após uma reunião de segurança com funcionários mexicanos presidida pelo chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. Em consequência, será feita "uma repatriação rápida, o retorno de imigrantes e a proibição da sua reentrada", acrescentou, ao confirmar o acordo com o governo de Nicolás Maduro.

“Os Estados Unidos anunciaram hoje um acordo com a Venezuela para repatriar venezuelanos que não aproveitam as vias legais e chegam de forma irregular à fronteira sul", indicou o secretário, sem detalhar se o acordo implica uma mudança na política de Washington para a Venezuela, submetida a sanções econômicas.

Mayorkas ressaltou que o presidente Joe Biden não mudou sua posição sobre o muro fronteiriço, que será ampliado em áreas vulneráveis: “Não existe nenhuma política nova do governo em relação ao muro."

A seleção de basquete dos Estados Unidos ganhou um reforço de peso para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O pivô camaronês Joel Embiid, que também tem nacionalidade americana e francesa, optou por defender a equipe da América do Norte atendendo ao apelo de LeBron James.

A escolha do pivô deixa o já forte time dos Estados Unidos como grande favorito para a medalha olímpica no próximo ano. A equipe titular dos EUA deve contar com Stephen Curry, LeBron James, Kevin Durant, Embiid e Devin Booker ou Jaysun Tatum.

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Atual MVP (jogador mais valioso) da temporada regular da NBA, o camaronês do Philadelphia 76ers era cotado para defender seu país no Pré-Olímpico que terá 24 equipes disputando quatro vagas para Paris. Mas aceitou a "convocação" de LeBron para recolocar os EUA no topo após fracasso no Mundial. O astro dos Lakers disse que os melhores jogadores da NBA devem jogar a Olimpíada do ano que vem defendendo o país.

"Meu filho é americano, e você acrescenta isso ao fato de eu estar aqui há tanto tempo, sinto que nos últimos anos isso tem sido cada vez mais baseado na família", justificou o pivô. Ele namora com a modelo brasileira Anne de Paula, de 28 anos, com a qual está há cinco anos e são pais do pequeno Arthur, de 2 anos e 11 meses.

A seleção americana pode ter no elenco para a Olimpíada, ainda, kyrie Irving, Anthony Davis, Kawhi Leonard, Damian Lillard, Bam Adebayo, Anthony Edwards e Jordan Poole, em composição de um novo Dream Team após não conquistar medalha no Mundial.

Questionado se tinha alguma relação com o anúncio de Embiid em defender a seleção dos EUA, LeBron James foi irônico: "Não tenho ideia", disse. Mas celebrou a notícia ao ser informado sobre a decisão do pivô. "Isso é ótimo, um grande momento."

A idosa Dorothy Hoffner se tornou a pessoa mais velha a saltar de paraquedas. Aos 104 anos, ela chegou à área de decolagem com um andador, nesse domingo (1º), em Ottawa, no Illinois, nos Estados Unidos, e uma multidão se reuniu no solo para acompanhar o salto.

A primeira experiência de Dorothy com o paraquedas ocorreu para celebrar a marca do seu primeiro século de vida. O novo salto lhe reaproximou da adrenalina e, de quebra, bateu o recorde então registrado pelo Guinness Book. Em maio do ano passado, a sueca Rut Lunnéa Larsson pulou aos 103 anos e se tornou a paraquedista mais velha.

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"A coisa toda foi encantadora, maravilhosa. Não poderia ter sido melhor [...] a idade é apenas um número, vocês sabem ", afirmou Dorothy.

A companhia Skydive Chicago participou do feito e já deu entrada para o reconhecimento da comissão do Guinness, segundo a Fox 32 Chicago

Simone Biles voltou com estilo às grandes competições de ginástica. Após dois anos sem competir, cuidando de sua saúde mental, a ginasta norte-americana deu um show em Antuérpia, na Bélgica, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística. A campeã olímpica fez novamente o salto sobre a mesa mais difícil da modalidade, liderou o quadro geral individual, garantiu a primeira posição dos Estados Unidos no classificatório e ainda somou a nota mais alta em três dos quatro aparelhos.

Neste domingo, todos os olhos estavam em Biles. E a atleta de 26 anos provou, mais uma vez, o porquê é considerada uma das maiores ginastas de todos os tempos. No salto sobre a mesa, Simone executou novamente o Yurchenko Double Pike, movimento tão complexo que tem a maior pontuação no código da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Seu prestígio é tamanho, que o salto foi homologado e passará a se chamar "Simone Biles".

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Com dois saltos sobre a mesa, a norte-americana somou 14,949 pontos, seguida de perto pelas companheiras de time. No solo, onde sempre brilhou, Biles conquistou a pontuação de 14,633, além da boa performance na trave de equilíbrio, com 14,566 pontos. O único aparelho que Simone não liderou foi nas barras assimétricas, ficando na segunda posição com 14,400, atrás da companheira de time Shilese Jones, que fez 14,833.

Os resultados de Biles e companheiras elevaram os Estados Unidos para a primeira posição na classificação geral deste domingo, com pontuação de 171,395. As finais começam a partir de segunda-feira, 2, e podem marcar o reencontro de Simone com a brasileira Rebeca Andrade, atual campeã mundial, após um longo período sem competirem em conjunto.

O filme "Assassinos da Lua das Flores", cuja pré-estreia aconteceu na noite de quarta-feira (28) em Nova York, fala sobre as mortes de ameríndios há cem anos nos Estados Unidos. A história "milenar" e universal é um "choque de culturas", disse o cineasta Martin Scorsese à AFP.

Durante a noite de tapete vermelho no Lincoln Center, em Manhattan, o escritor americano David Grann, cujo livro homônimo foi adaptado para o cinema por Scorsese, disse à AFP que "Assassinos da Lua das Flores" denuncia os "crimes genocidas" cometidos no início do século XX por americanos brancos contra os povos nativos.

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Apresentado em maio fora de competição no Festival de Cannes, a obra cinematográfica conta com 3h26 de duração.

O elenco desta produção milionária, que custou US$ 200 milhões (R$ 994,2 milhões), conta com Robert De Niro e Leonardo DiCaprio.

O filme deve chegar aos cinemas dos Estados Unidos em 20 de outubro, antes de ser disponibilizado na plataforma Apple TV+.

- Tribo Osage, rica em petróleo -

O novo filme de Scorsese conta o que aconteceu no início da década de 1920 nas terras do povo Osage, em Oklahoma, região central dos Estados Unidos, após a descoberta do petróleo - acontecimento que trouxe riqueza ao povo, mas também destruição.

Leonardo DiCaprio interpreta Ernest Burkhart, um homem apaixonado por uma indígena interpretada por Lily Gladstone, que se vê no meio de uma trama arquitetada pelo magnata do gado William Hale (interpretado por De Niro), ansioso para aumentar sua fortuna com petróleo.

Um agente do FBI, interpretado por Jesse Plemons, fica encarregado de solucionar uma série de mortes estranhas entre a população nativa.

"Trata-se de um choque de culturas, de um mal-entendido mútuo, de um sentimento de direito", explicou Scorsese, de 80 anos.

O cineasta nova-iorquino de origem italiana, que se descreve como "euro-americano", afirmou que "os americanos lá (em Oklahoma) eram principalmente europeus".

A violência e os assassinatos reportados no filme "podem ocorrer hoje em qualquer lugar do mundo. É uma história que se perpetua ao longo dos séculos", afirmou o cineasta, que filmou a superprodução nas pradarias de Oklahoma, com a participação de quase 40 indígenas da tribo Osage.

O jornalista e escritor da revista cultural The New Yorker, David Grann, conta que tanto seu livro, publicado em 2017, quanto o filme de Scorsese contam "a história de um dos mais monstruosos crimes e injustiças raciais perpetrados por colonos brancos contra os povos indígenas pelo dinheiro do petróleo".

"Quando a ganância se mistura com a desumanização de outros povos, leva a estes crimes genocidas", indicou o escritor.

Grann acredita que a história e o destino dramático da tribo Osage foram "em grande parte apagados da consciência coletiva" americana.

"Não foi ensinado em nenhum dos meus livros escolares, nunca aprendi", lamentou em conversa com a AFP.

Ao seu lado no tapete vermelho, o chefe da tribo Osage, Geoffrey Standing Bear, denunciou que tanto o "povo Osage quanto outros povos indígenas tiveram uma vida muito difícil por 500 anos".

"E o filme mostra que isso ainda está acontecendo", acrescentou.

Segundo dados oficiais, nos Estados Unidos existem hoje cerca de 6,8 milhões de indígenas "nativos" ou "autóctones" - 2% da população.

Desde 2021, por decreto do presidente democrata Joe Biden, o país comemora toda segunda segunda-feira de outubro o "Dia Nacional dos Povos Indígenas".

A agência reguladora de aviação dos Estados Unidos informou, nesta quarta-feira (27), que a Blue Origin deve concluir "21 ações corretivas" antes de retomar os lançamentos, encerrando assim uma investigação sobre o acidente de um veículo não tripulado que envolveu a companhia espacial de Jeff Bezos no ano passado.

Sobre o acidente ocorrido em 12 de setembro de 2022, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) reportou que uma falha do bocal do motor, causada por temperaturas mais altas que o esperado no motor, fez com que o foguete New Shepard caísse no solo pouco depois da decolagem, embora a cápsula com experimentos de pesquisa tenha saído ilesa e retornado à Terra.

"Durante o acidente, os sistemas do veículo de lançamento a bordo detectaram a anomalia, abortaram a operação e separaram a cápsula do módulo de propulsão como estava previsto, e desligaram o motor", disse a FAA.

Embora seja positivo o fato de a cápsula ter sido expulsa imediatamente, o que significa que uma eventual tripulação teria se salvado do acidente, o encerramento da investigação não representa a "retomada imediata dos lançamentos do New Shepard", disse a agência reguladora.

"Recebemos a carta da FAA e planejamos voar logo", disse, no entanto, a Blue Origin na rede social X, o antigo Twitter.

Desde julho de 2021, a Blue Origin transportou um total de 31 pessoas, entre clientes que pagaram pela viagem e convidados. O próprio Bezos participou do primeiro voo.

Enquanto a companhia de Jeff Bezos foi forçada a permanecer em terra, a Virgin Galactic, concorrente fundada pelo bilionário britânico Richard Branson, já realizou quatro voos espaciais este ano.

Ambas as empresas competem no setor do turismo espacial e oferecem serviços como minutos de gravidade zero no espaço "suborbital".

As "passagens" da Virgin Galactic foram comercializadas por entre 200.000 e 450.000 dólares (entre R$ 1 milhão e 2,6 milhões, na cotação atual), enquanto a Blue Origin não revela publicamente os preços que pratica.

Houve um tempo em que Washington era o epicentro da epidemia de crack e "a capital do homicídio" dos Estados Unidos. Embora as taxas associadas à violência dos anos 1990 estejam distantes, atualmente o aumento da criminalidade se tornou preocupante.

Enquanto a número de homicídios diminuiu em outras cidades do país, esta taxa aumentou em 28% na capital americana, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Vários casos se tornaram símbolo deste fenômeno: uma menina morta após ser atingida por uma bala perdida, um jovem afegão que fugia de talibãs e acabou sendo assassinado, um adolescente morto a facadas durante uma discussão sobre molhos à porta de um McDonald's ou um trabalhador da construção civil salvadorenho que perdeu a vida durante uma tentativa de assalto na Universidade Howard.

Segundo as estatísticas oficiais, o número de roubo de veículos a mão armada mais que dobrou na capital federal.

A situação, entretanto, está longe de ser comparada à das décadas de 1980 e 1990, quando grande parte da cidade era considerada perigosa. Ainda assim, turistas continuam chegando à capital americana, onde muitos museus são gratuitos e os moradores elogiam a qualidade de vida.

Mas alguns reconhecem que tiveram que mudar seus hábitos, como deixar de abastecer seus carros à noite para não correrem o risco de serem assaltados.

A sensação de insegurança também foi relatada nas redes sociais, onde um restaurante pediu "ajuda" na plataforma X (antigo Twitter).

O consulado do México em Washington pediu aos seus cidadãos que "tomem precauções" diante do "aumento significativo de crimes em áreas anteriormente consideradas seguras".

- Múltiplos fatores -

A tendência, entretanto, ainda é "um pouco misteriosa", disse o criminologista da Universidade de Missouri-St. Louis, Richard Rosenfeld.

Enquanto em Nova York, Chicago, Filadélfia e Baltimore o número de homicídios diminuiu em relação ao mesmo período de 2022, Washington "é uma exceção", completou.

Para Joseph Richardson, professor da Universidade de Maryland, as causas exatas deste aumento ainda são desconhecidas, embora ele "especule" que pode ser a soma de múltiplos fatores, como uma mudança no comando da polícia da cidade ou até mesmo a minimização do papel do tráfico de drogas na violência armada.

Além de um potencial efeito "desestabilizador" da gentrificação, um processo de transformação urbana que eleva o custo de vida em determinada região, o que acaba por excluir a população mais pobre. Em Washington, o fenômeno deslocou muitos moradores negros, causando profunda agitação social em alguns bairros.

As autoridades alegam, por sua vez, uma falta de policiais ou o fato de que dois terços das detenções não serem seguidas de processos judiciais. Mas estes argumentos não convencem Rosenfeld. E a quantidade de armas não é algo específico da cidade.

"O que posso dizer é que Washington parece se recuperar mais lentamente das mudanças da pandemia (de covid-19) do que outras cidades", afirma ele, tendo áreas muito menos movimentadas do que antes de 2020, devido ao fechamento de empresas ou ao teletrabalho.

- "Dá no mesmo" -

Nomeada no meio do ano, a nova chefe de polícia de Washington, Pamela Smith, prometeu em julho uma abordagem que mobiliza "todo o governo" da capital federal, no momento em que "parece haver um aumento do número de menores que comentem" certos crimes violentos.

Dias depois, o membro do Conselho do Distrito de Columbia Trayon White declarou apoio à mobilização da Guarda Nacional para Washington com o objetivo de combater estes crimes.

O assunto chegou a ser abordado no Congresso americano. Em março, os republicanos convocaram uma sessão com as autoridades da capital e acusaram-nas de alimentar uma crise com a sua "frouxidão".

Jada, uma segurança afro-americana de 28 anos que trabalha no centro de Washington, consegue ver os efeitos da gentrificação, e duvida que as autoridades resolverão este fenômeno.

"Tenho a impressão de que se trata principalmente de crimes cometidos por pessoas negras contra pessoas negras. E como se trata de negros contra negros, ou de latinos contra latinos, dá no mesmo", disse ela à AFP.

Na segunda-feira (25), um jovem foi morto a tiros na região onde ela mora, no sudeste dos EUA.

Com milhares de migrantes que chegam diariamente, a fronteira dos Estados Unidos com o México vive momentos de tensão e emoções marcados pela determinação de quem busca viver o sonho americano sem visto.

Na cidade de Eagle Pass, no estado do Texas, o sol mal nascia no domingo (24), quando dezenas de migrantes já lutavam na água para resgatar um bebê de um ano e sua mãe, que foram atingidos por uma correnteza no meio do caminho.

Os migrantes haviam juntado seus cintos para usá-los como corda, mas a corrente de água os rompeu.

O resgate foi feito pelos próprios migrantes, que se mobilizaram enquanto a pequena Olga chorava e os militares na costa americana observavam.

A onda de aplausos e alívio ao chegarem ao solo logo foi sucedida por um último obstáculo: um emaranhado de arame farpado que as autoridades do Texas reforçam diariamente e que impede a passagem em regiões como esta, que não possuem muros, ao longo dos mais de 3.000 quilômetros de fronteira.

Voltar não é uma opção, então os migrantes seguem o caminho.

Mais abaixo, Yonder Urbina, que salvou Olga, e seu primo, Oskeivys González, encontraram uma parede de contêineres que escalaram para chegar aos EUA.

Enquanto a patrulha da fronteira resgatava o restante do grupo preso na água, outros na orla de Piedras Negras começaram a cruzar até o lado americano da costa.

- "Conseguimos" -

Após os momentos de tensão no rio, onde os agentes comumente intervêm com um barco salva-vidas, centenas de pessoas se reuniram em frente à intimidante parede de arame farpado.

Quando a sensação términa ultrapassou os 40ºC, a patrulha da fronteira precisou cortar parte deste arame para resgatar os migrantes da temperatura insuportável.

"Só queremos pegar nossos filhos e seguir em frente", disse a venezuelana Yusmayra Pirel, de 38 anos.

A maioria dos migrantes estava apenas com a roupa do corpo, além de seus celulares danificados pela travessia, documentos e dados de seus familiares nos EUA.

Ana Hernández pediu água para derramar na cabeça de seu bebê de 10 meses.

"Eles queriam roubar nossos bebês de um supermercado [no México], então corremos", disse ela.

Após o meio-dia, quando mais de 300 pessoas já haviam atravessado, outra mãe com três filhos chegou à costa americana. Seus filhos ficaram feridos ao passarem pelo arame farpado à beira do Rio Grande, mas foram resgatados pela patrulha.

"Graças a Deus conseguimos", disse o venezuelano Leonel Fernández.

Enquanto os militares da Operação Lone Star - lançada pelo governador do Texas, Greg Abbott - cobriam os buracos da grade de arame farpado com fios novos, mais migrantes continuavam a entrar no rio.

"Este é um lugar quente. Hoje foi tenso, mas para nós é mais um dia na fronteira", admitiu um dos agentes.

O presidente Joe Biden prometeu, nesta quinta-feira (21), apoio e armas de defesa aérea ao seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, que advertiu que a Rússia poderia derrotar Kiev se os congressistas republicanos reduzirem a ajuda militar dos Estados Unidos.

Joe e Jill Biden receberam Zelensky, vestido com seu uniforme caqui habitual, e sua esposa, Olena Zelenska, com tapete vermelho, bandeiras e militares vestidos de gala.

Em seguida, os dois chefes de Estado se dirigiram ao Salão Oval, onde o presidente americano prometeu "garantir que o mundo apoie" a Ucrânia.

Zelensky destacou que começou o dia no Congresso para agradecer pelo apoio e que "aprecia muito a ajuda dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo russo".

A Casa Branca é um terreno amigável para Zelensky, embora até o momento não tenha conseguido convencer Biden a fornecer os mísseis táticos de longo alcance que ele deseja.

Consciente do risco de cansaço de seu grande aliado americano, o presidente ucraniano alertou de manhã os congressistas republicanos que seu país corria o risco de perder a guerra se deixasse de receber ajuda.

- "O mundo livre" -

"Eu enfatizei que uma vitória da Ucrânia garantiria que nem a Rússia, nem qualquer outra ditadura, possam desestabilizar novamente o mundo livre", declarou Zelensky na rede social X, antigo Twitter.

"Para ganhar, temos que permanecer unidos", insistiu.

Porém, no Capitólio, o líder ucraniano enfrentou um campo de batalha político e financeiro.

De um lado, está o Senado, de maioria democrata e onde a oposição republicana é favorável à ajuda à Ucrânia.

Do outro, está a Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos e onde diversos congressistas conservadores pedem o fim imediato da ajuda a Kiev.

Tudo isso em meio ao perigo, a partir de 1º de outubro, de uma paralisação orçamentária se ambos os partidos não chegarem a um acordo sobre uma lei de orçamento provisória.

- "Prestar contas" -

O clima mudou em Washington desde que Zelensky visitou a capital americana pela primeira vez em 21 de dezembro de 2022, meses após as tropas terem invadido a Ucrânia em fevereiro do mesmo ano.

O líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não esteve ao lado do presidente ucraniano em sua chegada ao Capitólio nesta quinta. Tarefa que coube ao lider dos conservadores no Senado, Mitch McConnell.

McCarthy, pressionado pela ala mais à direita de seu partido, disse na terça-feira que pedirá que Zelensky preste contas do dinheiro que já foi gasto.

Mas o republicano Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, acredita que uma nova ajuda de 24 bilhões de dólares (R$ 118 bilhões) será aprovada.

A Casa Branca afirmou que Biden anunciará um novo pacote de ajuda ao país que inclui "defesa aérea para ajudar a Ucrânia". Mas "decidiu que não entregará (mísseis) ATACMS, ainda que não tenha exluído tal possibilidade no futuro".

O presidente americano também está consciente do perigo de perder impulso, à medida que a guerra vá se prolongando e vá se aproximando o inverno.

À noite, um ataque russo "massivo" contra várias localidades da Ucrânia causou três mortos em Kherson, no sul, e sete feridos em Kiev, a capital.

"A Rússia acredita que o mundo se cansará e vão deixar que ela destrua a Ucrânia sem consequências", advertiu Biden, que aspira a um segundo mandato em 2024,na ONU na terça-feira.

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