Brasil é o 72º em ranking mundial de inclusão digital

Segundo índice divulgado, 51,25% da população brasileira tem acesso ao computador, à internet, ao celular e ao telefone fixo

por Carlos S Silvio qua, 01/08/2012 - 18:17
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Dentro de 156 países, o Brasil ocupa a 72ª posição no Índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular (Itic) de Inclusão Digital. Divulgado ontem (31) pela primeira vez, o indicativo mostra que 51,25% da população brasileira têm acesso ao computador, à internet, ao celular e ao telefone fixo, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Fundação Telefônica/Vivo, - baseando-se nos dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Gallup.

Segundo a pesquisa, a média mundial de acesso à conectividade é 49,1%. O país que possui o maior indicador é o da Suécia, com 95,8%, seguido pela Islândia e Cingapura, empatadas com 95,5%. Nas últimas colocações estão a Etiópia, com 8,25%%; República Centro-Africana com 5,5% e Burundi (5,75%), todos no Continente Africano. Já na América Latina, a Venezuela possui o maior índice de acesso às tecnologias da informação com 62%, seguida pelo Chile e Uruguai, ambos com 55%.

Para o economista da FGV e responsável pela pesquisa, Marcelo Neri, o Brasil está no meio do caminho quando o assunto é inclusão digital. "O Brasil é um copo meio cheio ou meio vazio, depende da maneira como se vê" avaliou, durante a divulgação dos dados. Para o economista, nos próximos anos, o acesso ao telefone celular será um fator decisivo.

A pesquisa da FGV também levou em consideração a inclusão digital entre os municípios brasileiros. Das mais de 5 mil cidades listadas no Censo de 2010, a conectividade é maior em São Caetano do Sul (SP), Santos (SP), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Niterói (RJ) - todas com indicador acima de 70%.

Segundo Marcelo Neri, as cinco cidades apresentam melhores condições socioeconômicas, facilitando o acesso ao mercado digital. "Uma condição necessária para usar internet é um grau de educação que camadas pobres ainda não dispõem. É preciso acelerar [a inserção] por meio de plataformas como o celular, que as pessoas já usam", sugeriu.

Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ocupam a 19ª, 20ª e a 21ª posições no ranking nacional, respectivamente.

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