Pai da computação recebe perdão real 59 anos após a morte
Britânico ganhou notoriedade graças ao seu trabalho realizado durante a Segunda Guerra Mundial
O britânico Alan Turing recebeu o perdão real da rainha Elizabeth II nesta terça-feira (24). Condenado pelo Reino Unido em 1952 por ser homossexual, o matemático é considerado o pai da computação graças ao seu trabalho envolvendo algoritmos e inteligência artificial. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu decodificar transmissões alemãs graças a um computador projetado sob sua liderança, o Colossus.
Como a homossexualidade era crime na época, ele precisou aceitar o tratamento com hormônios femininos e a castração química como alternativa à prisão. Dois anos depois de receber sua sentença, em 1954, Turing faleceu devido a um suposto autoenvenenamento por cianeto, segundo identificou o legista na época. Sua mãe e outros parentes, no entanto, alegaram que foi um acidente.
A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, concedeu o perdão a Turing, depois de uma campanha online que durou anos e contou com apoio de cientistas influentes. Em 10 de setembro de 2009, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown já havia feito um pedido oficial de desculpas público, em nome do governo britânico, devido à maneira pela qual o Turing foi tratado.