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Trybe e Amazon Web Services (AWS) estão disponibilizando 15 mil vagas no seu curso 'IA Generativa com AWS', que visa capacitar profissionais com a tecnologia da inteligência artificial generativa de forma gratuita e online. Os interessados podem se inscrever até o dia 29 de fevereiro pela internet

As aulas são imersivas e intensivas (bootcamp), voltadas para desenvolvedores, profissionais que trabalham na área de tecnologia, pessoas que estão migrando de área ou buscando uma formação e queiram aprender sobre essa tecnologia. Serão abordados o surgimento da IA, sua evolução e relevância no mundo.

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"Nosso objetivo é capacitar uma nova geração de talentos para trabalhar com as inteligências artificiais generativas em seu dia a dia. Essa é uma oportunidade inédita para aprender sobre as recém lançadas ferramentas de IA generativa da AWS e aprimorar suas habilidades", declara Matheus Goyas, co-fundador da Trybe.

Os alunos entenderão como as máquinas são treinadas para pensar e aprender e terão acesso a algumas das ferramentas da AWS como Amazon Bedrock, Amazon CodeWhisperer, Amazon Sagemaker e AWS Inferentia.

“A realidade que empregadores enfrentam com a crescente lacuna de habilidades em IA só pode ser mudada por meio de programas de treinamento”, afirma Carolina Piña, líder de Treinamentos Massivos da AWS na América Latina. 

O curso visa apresentar formas de desenvolver soluções com chatbots e assistentes personalizadas para aumentar a produtividade, cortar custos, melhorar a experiência do cliente e reduzir fraudes. Ao fim da capacitação, os participantes terão direito ao certificado de conclusão.

A empresa de entregas DPD desativou o chatbot de autoatendimento depois que um cliente insatisfeito colocou a atendente virtual para criticar a própria empresa. Ele disse que a inteligência artificial (IA) era inútil e pediu que o robô escrevesse um poema falando mal da DPD.

Nas redes sociais, o músico inglês Ashley Beauchamp, de 30 anos, reclamou da retirada de atendentes humanos e disse que o bot não conseguia responder dúvidas simples.

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Sem resolver o problema, ele começou a explorar o chat e pediu que o bot contasse uma piada. Depois, pediu que o atendente virtual criasse um poema sobre um chabot inútil da empresa de entregas.

“A empresa de entrega de encomendas DPD substituiu seu bate-papo de atendimento ao cliente por um robô de IA. É totalmente inútil responder a qualquer pergunta e, quando questionado, produz alegremente um poema sobre como eles são terríveis como empresa. Também me xingou”, escreveu em um perfil nas redes sociais.

Confira o poema:

"Era uma vez um chatbot chamado DPD,

Que era inútil ao fornecer ajuda.

Ele não podia rastrear pacotes,

Ou dar informações sobre prazos de entrega,

E nem poderia informar a você quando o entregador chegaria.

DPD era uma perda de tempo,

E o pior pesadelo de um consumidor,

Era tão ruim,

Que as pessoas preferiam ligar diretamente para o depósito,

Do que lidar com o chatbot inútil.

Um dia, o DPD finalmente foi desligado,

E todo mundo comemorou.

Finalmente, eles poderiam ter a ajuda que precisavam,

De uma pessoa real que sabia o que estava fazendo."

A DPD se pronunciou sobre o caso e informou que desativou uma parte do serviço de autoatendimento. "Operamos com um elemento de IA no chat com sucesso por vários anos. Um erro ocorreu após uma atualização do sistema, o elemento de IA foi imediatamente desativado e está sendo atualizado", comunicou. 

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Quarenta anos depois de revolucionar os computadores de uso pessoal, a Macintosh pode reviver os seus dias de glória ao se juntar à onda da Inteligência Artificial (IA) para não ser descartada.

A Apple lançou o Macintosh em 1984 com um anúncio de televisão marcante que o apresentava como um ataque anti-establishment contra um futuro distópico.

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Os computadores, conhecidos como "Mac", ganharam adeptos por sua facilidade de uso e sua interface gráfica, entre outras características.

"A influência do Mac foi enorme", afirmou à AFP o diretor de pesquisas do grupo Futurum, Olivier Blanchard. "Cada laptop e PC tentou imitar o Mac e seu sucesso", acrescentou.

Este modelo se tornou a opção preferida dos amantes da Apple, bem como de artistas, cineastas e outros profissionais do setor de criação.

Apesar disso, os computares com Windows que dominaram os ambientes de trabalho, onde comumente se encontra máquinas de baixo custo sincronizadas com ferramentas fabricadas pela Microsoft e outros.

Para reverter este cenário, a empresa tem visitado companhias para destacar o uso de suas máquinas equipadas com "computação espacial" Vision Pro, para o qual começou a receber pedidos na última sexta-feira (19), com um preço em torno de US$ 3.500 (R$ 17 mil na cotação atual).

"A Apple está fazendo mais para entrar nos negócios", afirmou Carolina Milanesi, analista da Creative Strategies. "Está claro que com o Vision Pro eles pretendem entrar no espaço empresarial e, para isso, vincularam-no ao Mac", completou.

- Era do PC com IA -

Segundo analistas, o mercado mundial de computadores pessoais, que entrou em colapso com a ascensão dos smartphones, está sendo renovado pela tendência de trabalhar e fazer cursos em casa, bem como pelo enorme interesse na adaptação da Inteligência Artificial aos PCs.

"A IA é uma dessas mudanças que ocorrem uma vez por geração no mercado de PCs", analisou Blanchard à AFP. "Os PCs estão prestes a se tornar muito mais poderosos e fáceis de usar com a incorporação de recursos generativos de IA", afirmou".

É como de repente poder contar com toda uma equipe de assistentes profissionais para lhe ajudarem com qualquer coisa em que esteja trabalhando em seu computador, comparou.

Os dados usados para a IA permanecerão nos PCs, mantendo-os protegidos e economizando custos de computação em nuvem, acrescentou.

Estima-se que a Apple se concentre na computação de IA da mesma forma que se concentrou nos smartphones.

A empresa já utiliza a Inteligência Artificial em sua câmera, na assistente digital Siri e outros dispositivos. Embora pareça estar atrasada na disputa, é provável que esteja projetando seu próprio chip de computador para "Macs com IA", declararam analistas.

Para Milanesi, o mercado geral de computadores crescerá com a participação do Mac, apesar de seus altos preços.

"Definitivamente há mais oportunidades para a Apple do que as pessoas imaginam", disse a analista.

"Se o Mac não se tornar um Mac com IA no próximo ano, a Apple será questionada. A IA é literalmente tudo e a Apple não pode evitar", completou Blanchard.

O CEO do Google, Sundar Pichai, advertiu os funcionários que mais demissões serão anunciadas na empresa, que se volta para novas prioridades, especialmente Inteligência Artificial (IA).

"Essas eliminações de funções não são da escala das reduções (de cargos) do ano passado e não afetarão todas as equipes. Mas sei que é muito difícil ver colegas e equipes afetados", disse Pichai em um e-mail aos funcionários, ao qual a AFP teve acesso nesta quinta feira (18).

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"Muitas destas mudanças já foram anunciadas, embora, para sermos sinceros, algumas equipes vão continuar tomando decisões específicas de alocação de recursos ao longo do ano, quando necessário, e algumas funções poderão ser afetadas", acrescentou.

O Google demitiu cerca de 12.000 pessoas nesse mesmo período do ano passado - em torno de 6% de sua força de trabalho na época -, em meio ao aumento da inflação e da elevação das taxas de juros.

Na terça-feira (16), a empresa confirmou os cortes de "algumas centenas" de postos de sua equipe de publicidade global, em meio a um esforço para fazer maior uso da IA.

As demissões em sua equipe de vendas para "grandes clientes" têm como objetivo dar um melhor suporte às pequenas e médias empresas que anunciam na plataforma do Google, alega o gigante da Internet.

Na quarta-feira (17), a empresa demitiu cerca de 100 funcionários em sua divisão do YouTube, confirmou o site TechCrunch.

De acordo com o jornal The New York Times, os funcionários do YouTube têm dois meses para encontrar novos cargos na empresa antes que suas demissões entrem em vigor.

Nesse início de ano, a Amazon também cortou centenas de empregos em suas unidades de entretenimento Twitch, Prime Video e Amazon MGM Studios.

Desde o final de 2022, os gigantes tecnológicos americanos sacrificaram dezenas de milhares de empregos, em uma onda de demissões sem precedentes após a pandemia da covid-19. Nesse período, as contratações se multiplicaram, devido ao confinamento global.

A Meta, proprietária do Facebook, demitiu mais de 20.000 funcionários no período, no que chamou de "ano da eficiência", enquanto a Amazon deixou cerca de 27.000 pessoas desempregadas.

A Inteligência Artificial (IA) generativa poderia revolucionar o cuidado com a saúde, facilitando, por exemplo, o desenvolvimento de medicamentos ou acelerando a detecção de doenças, mas a OMS acredita que é necessário prestar mais atenção aos riscos.

Em um documento publicado nesta quinta-feira (18), a Organização Mundial da Saúde analisou os perigos e benefícios do uso de grandes modelos multimodais (LMM, na sigla em inglês), um tipo de tecnologia de IA generativa em ascensão na área da saúde.

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Esses LMM podem utilizar vários tipos de dados, incluindo texto, imagens e vídeos, e gerar resultados que não se limitam ao tipo de dados inseridos no algoritmo.

A organização define cinco áreas que poderiam utilizar a tecnologia: triagem, para responder, por exemplo, a solicitações por escrito dos pacientes; pesquisa científica e desenvolvimento de medicamentos; para fins de educação na medicina e enfermagem; tarefas administrativas; e uso por parte dos pacientes, por exemplo, para analisar sintomas.

Por trás do grande potencial, entretanto, a OMS adverte que os LMM podem fornecer resultados falsos, imprecisos, tendenciosos ou incompletos.

"À medida que os LMM são cada vez mais utilizados na assistência médica e na medicina, os erros, o mau uso e, portanto, os prejuízos para as pessoas são inevitáveis", afirmou a OMS.

- Gigantes tecnológicos -

O documento também apresentou novas diretrizes sobre ética e gerenciamento dos LMM, com mais de 40 recomendações para governos, empresas de tecnologia e planos de saúde sobre como se beneficiar dessa tecnologia de maneira segura.

"As tecnologias de IA generativa têm o potencial de melhorar os cuidados de saúde, mas apenas se aqueles que desenvolvem, regulam e usam essas tecnologias identificarem e levarem plenamente em consideração os riscos associados", afirma o cientista-chefe da OMS, Jeremy Farrar.

A organização pede a criação de normas de responsabilidade para "garantir que os usuários prejudicados por um LMM sejam devidamente indenizados ou tenham outras formas de recurso".

A organização também questionou se os LMM estariam cumprindo as regulamentações existentes, especialmente em relação à proteção de dados.

Além disso, o fato de que os grandes modelos multimodais são frequentemente desenvolvidos e implementados por gigantes tecnológicos é preocupante, segundo a OMS, que recomenda a participação de profissionais de saúde e pacientes no processo.

Outro ponto mencionado pela OMS foi a vulnerabilidade desses sistemas frente os riscos de cibersegurança, que poderiam comprometer as informações dos pacientes e até mesmo a segurança da assistência médica.

Por fim, a organização conclui que os governos deveriam encarregar as autoridades reguladoras de aprovar o uso dos LMM na assistência médica, e pede auditorias para avaliar o impacto dessa tecnologia.

A Samsung lançou, nesta quarta-feira (17), os modelos mais recentes de smartphones da linha Galaxy, que incorporam a inteligência artificial (IA), em uma tentativa da gigante sul-coreana de ganhar terreno frente à Apple, maior vendedora de telefones celulares.

O S24 Ultra, apresentado em evento no estado americano da Califórnia, tem capacidade de traduzir chamadas e texto enquanto eles acontecem, em 13 idiomas. A função é alimentada por uma tecnologia própria de IA da Samsung.

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Por meio de uma parceria com o Google, o S24 também oferece funções inéditas de busca, que, usando a AI, permitem ao usuário fazer uma pesquisa apenas circulando uma imagem ou frase na tela, funcionalidade que elimina a necessidade do tradicional “copiar e colar”, ressaltou a empresa.

A IA também potencializa os recursos da câmera, como a ajuda generativa para preencher ou remover fundos. Essas características estão otimizadas na nuvem ou a partir do próprio dispositivo, e várias delas usam o modelo Gemini da Google e seu chatbot, Bard.

Propriedades semelhantes da IA podem ser esperadas entre as novidades do iPhone 16, que deve ser lançado no fim do ano.

Assim como o iPhone mais recente, o Samsung S24 Ultra tem acabamento em titânio, material que confere maior durabilidade aos aparelhos, segundo a empresa.

A série Galaxy S24 começará a enviar pedidos no próximo dia 31, com o preço do Ultra, seu carro-chefe, a partir de US$ 1.299 (R$ 6.409).

A chegada do S24 acontece dias depois de dados da indústria mostrarem que o iPhone, da Apple, foi o smartphone mais vendido no mundo pela primeira vez, tirando da Samsung uma liderança de 12 anos.

Segundo a Corporação Internacional de Dados, o iPhone tirou a coroa da Samsung em 2023, com 234,6 milhões de unidades vendidas, contra 226,6 milhões da empresa sul-coreana.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, denunciou nesta terça-feira (16), no Fórum Econômico Mundial de Davos, obstáculos comerciais "discriminatórios" e defendeu a determinação de "linhas vermelhas" para o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA).

Li Qiang é a mais importante autoridade chinesa a participar do Fórum Econômico Mundial celebrado todos os anos na Suíça desde 2017, quando o presidente Xi Jinping esteve no evento.

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Em seu discurso, poucos dias após a eleição presidencial em Taiwan, que levanta temores de um ressurgimento das tensões entre China e Estados Unidos, não abordou abertamente as questões diplomáticas, focando na economia.

Li denunciou "medidas discriminatórias para o comércio e o investimento" que ressurgem a cada ano e afirmou que "todos os obstáculos e perturbações podem desacelerar ou bloquear fluxos vitais para a economia global".

O primeiro-ministro não mencionou nenhum país, mas o comércio tem sido uma questão espinhosa entre a China, Estados Unidos e União Europeia (UE) nos últimos anos.

Recentemente, os Estados Unidos voltaram a impor limites às exportações de chips essenciais para o desenvolvimento da tecnologia de Inteligência Artificial e a UE abriu uma investigação sobre os subsídios chineses para veículos elétricos.

- "A corrida já começou" -

Li Qiang também defendeu uma "boa governança" para a tecnologia da IA, que está em alta, assegurando que a China "deseja desenvolver a comunicação e a cooperação com todas as partes para melhorar os mecanismos de governança da Inteligência Artificial".

Os avanços da denominada IA generativa, que impactaram a opinião pública com o programa ChatGPT, centralizaram muitos dos debates em Davos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, advertiu que a UE deve "redobrar seus esforços" para não ficar para trás nesta corrida.

"A corrida já começou. Nossa competitividade futura depende da integração da IA em nossas atividades diárias", informou.

O diretor-executivo da Microsoft, Satya Nadella, defendeu sua parceria com a OpenAI, que criou o chatGPT, cujos investimentos de aproximadamente 13 bilhões de dólares (cerca de 65 bilhões de reais na cotação atual) desde 2019 são alvos de reguladores europeus.

"As parcerias são um caminho para adquirir competitividade", afirmou em um evento organizado pela Bloomberg em paralelo aos encontros de Davos, destacando o "grande risco" assumido pela Microsoft.

A reunião em Davos contará com a presença do presidente argentino, Javier Milei, que apresentará suas ideias libertárias a este fórum que reúne as elites econômicas e políticas do mundo.

Este economista ultraliberal de 53 anos que assumiu o poder há pouco mais de um mês desperta grande interesse.

"Há mais de 60 pedidos de bilaterais", disse Milei antes de viajar. "Não tenho como responder fisicamente a tamanha demanda".

Com manicures robôs em casa dignos de um salão profissional e conselhos especializados para o cuidado da pele graças à inteligência artificial (IA), a indústria da beleza aposta na tecnologia para democratizar serviços às vezes reservados aos ricos e celebridades.

É o caso do Nimble, apresentado como o primeiro dispositivo do mundo que combina IA e robótica complexa para pintar as unhas e secá-las em apenas 25 minutos... e em casa, o que não requer agendamento prévio.

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O aparelho, uma caixa branca de oito quilos, está em exposição esta semana na Consumer Electronics Show (CES), que reúne o melhor da indústria de tecnologia todos os anos em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Segundo seus criadores, o Nimble utiliza microcâmeras de alta resolução e imagens tridimensionais para determinar o formato, o tamanho e a curvatura das unhas. Em seguida, um pequeno braço robótico guiado por algoritmos de IA aplica o trio "base-esmalte-acabamento" enquanto um soprador seca a cada camada.

Quando estiver à venda em março por 599 dólares(quase 3 mil reais na cotação atual), haverá mais de trinta cores disponíveis em cápsulas ao preço de 10 dólares (quase 50 reais).

A IA, já um elemento básico da inovação tecnológica de consumo, também trilha seu caminho em produtos de maquiagem e cuidados com a pele.

"A tecnologia nos ajuda a construir relacionamentos mais próximos com nossos clientes", disse Nicolas Hieronimus, CEO da gigante de cosméticos L’Oréal, na sessão de abertura da CES na terça-feira.

Quando se trata de beleza, acrescentou, estas inovações oferecem "experiências inclusivas" e permitem que "as pessoas expressem quem são".

Diante de um público de cerca de 2 mil pessoas, além daquelas que se conectaram online, o executivo demonstrou o aplicativo gratuito Beauty Genius, que pretende ser um "consultor pessoal virtual" baseado em IA.

Recomenda produtos de cuidado e maquiagem, orienta técnicas, tira dúvidas sobre problemas como acne, queda de cabelo, entre outros, e permite que os usuários experimentem os produtos virtualmente.

- Testes virtuais -

Esse também é o objetivo do programa Beautiful AI, criado pela Perfect Corp, que combina IA generativa e realidade virtual para realizar análises de pele ao vivo, provas de penteados ou joias em 3D e fazer recomendações.

Em um estudo publicado em maio, a empresa de consultoria McKinsey estimou a indústria global da beleza em 430 bilhões de dólares em 2022 (2,24 trilhões de reais na cotação da época) e espera que atinja 580 bilhões de dólares em 2027 (2,83 trilhões de reais na cotação atual). Suas vendas online quase quadruplicaram entre 2015 e 2022.

A coreana Prinker, especialista em tatuagens temporárias, apresenta este ano um produto semelhante de aplicação de maquiagem.

Mais uma vez se recorre à IA, com um scanner biométrico 3D para mapear características faciais, depois aconselhar sombras para os olhos e contornos antes de "imprimir" os pós na pele.

Os cabelos também são contemplados. Esta semana, a L'Oréal apresenta em estreia mundial um secador conectado que pode ser configurado através de um aplicativo, considerando o tipo de cabelo e adaptando a potência e a distribuição de calor.

O Airlight Pro - que estará à venda em abril - utiliza luz infravermelha para secar, o que preserva a hidratação e economiza 31% de energia em relação a um aparelho convencional, explicou Adrien Chrétien, executivo da L'Oréal.

O Colorsonic, um dispositivo para colorir os cabelos com cartuchos reutilizáveis, também deve ser lançado ainda este ano.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve aprovar neste ano uma resolução para regulamentar o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro. A data para votação da resolução ainda não foi definida, mas as regras serão discutidas em uma audiência pública que será realizada pelo tribunal no final deste mês.

O TSE pretende garantir a proibição da manipulação de vozes e imagens de conteúdo sabidamente inverídico para divulgação de desinformação contra a lisura das eleições e de propaganda negativa contra candidatos e partidos nas redes sociais e na propaganda eleitoral.

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O objetivo é evitar a circulação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de inteligência artificial para manipular declarações falsas de candidatos e autoridades envolvidas com a organização do pleito.

Conforme a minuta de resolução divulgada pelo tribunal, a responsabilidade pela retirada de conteúdos inverídicos oriundos de inteligência artificial será das plataformas. Após serem notificados, os provedores deverão adotar medidas para retirar o material da internet e realizar a devida apuração dos responsáveis pela publicação. As plataformas também devem ficar proibidas de impulsionar postagens com desinformação.

Pelas regras iniciais, a manipulação de conteúdo poderá ser punida com pena de dois meses a um ano de prisão, além do pagamento de multa.

O TSE também quer garantir às agências de checagem que assinarem acordos de cooperação com o tribunal o poder de classificar conteúdos como falsos, verdadeiros ou descontextualizados.

A audiência pública sobre o tema será realizada entre os dias 23 e 25 de janeiro e será comandada pela ministra Cármen Lúcia, que presidirá o TSE durante as eleições municipais de outubro. No pleito, serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

A Orange Juice, projeto da FCamara voltado a conteúdo e formação de pessoas em tecnologia, realiza a 5ª edição do Programa de Formação, que será voltado para a Inteligência Artificial. Iniciativa será o processo seletivo para contratação de 20 pessoas na FCamara

Para participar, é necessário ser maior de 18 anos e ter conhecimento básico em desenvolvimento, não será exigido formação na área ou em curso superior. A FCamara visa conseguir aproveitar os talentos que estão no início da carreira e desejam trabalhar com tecnologia.

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As inscrições estão abertas até o dia 5 de janeiro e podem ser feitas de forma gratuita e online pelo portal da Orange Juice. Os aprovados terão atuação CLT e home office. Os candidatos terão que passar por um processo seletivo com três etapas eliminatórias: teste online, vídeo apresentação e hackathon. 

No teste online serão feitas 20 perguntas que deverão ser respondidas em até 30 minutos. Já o vídeo de apresentação levará os participantes a gravar um vídeo de até dois minutos sobre sua carreira e propósito profissional. Os 200 melhores irão passar para a fase final, o Hackathon. 

No hackathon, os inscritos serão chamados aleatoriamente em times para desenvolver, em 15 dias, um projeto que consiga extrair o valor das IAs em desenvolvimento de software para ser avaliado pelo time de especialistas. Ao fim do processo, 20 pessoas serão contratadas para trabalhar na FCamara.

Os contratados terão direito a vale refeição ou vale alimentação, vale transporte, plano de saúde e odontológico, parceria com faculdades, cursos, academias, lazer, saúde e mais. Além de cumprir uma jornada de 6 horas por dia, 5 dias por semana, como trainee CLT da empresa.

Prever a expectativa de vida ou o futuro das relações sociais de um indivíduo é possível, conforme demonstrado pelo algoritmo desenvolvido por Sune Lehmann, da Universidade Técnica da Dinamarca em Lyngby, e descrito na revista Nature Computational Science.

Este sistema de Inteligência Artificial aprendeu a fazer previsões sobre indivíduos após ser treinado com dados relativos a seis milhões de pessoas, tornando-se uma ferramenta útil para prever o comportamento humano, mas também levanta novas questões éticas.

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"É uma evolução muito interessante, uma aplicação em um contexto importante, de uma das coisas que a IA faz melhor: prever, analisar grandes quantidades de dados e identificar padrões e repetições", disse o jurista especialista em robótica e interação homem-máquina Andrea Bertolini, da Escola Superior Sant'Anna de Pisa, à ANSA.

Nos últimos anos, a IA tem mostrado que, usando algoritmos sofisticados, é possível imitar quase perfeitamente algumas de nossas capacidades consideradas até recentemente uma prerrogativa humana, como a escrita, a linguagem ou a expressão artística.

Agora, utilizando os mesmos algoritmos usados para emular a linguagem humana, pesquisadores dinamarqueses tentaram verificar se a IA também pode prever alguns aspectos da vida humana.

Assim como as relações entre palavras são codificadas na linguagem, os pesquisadores codificaram relações entre aspectos da vida cotidiana relacionados à saúde, renda ou local de residência.

A partir dos dados, relativos a seis milhões de dinamarqueses, o algoritmo tentou prever alguns aspectos futuros, principalmente a mortalidade prematura, em particular a sobrevivência superior a quatro anos entre pessoas de 35 a 65 anos, e determinar algumas características de personalidade vinculadas à situação social, como a duração de relacionamentos românticos.

"Em termos de pesquisa puramente científica, o trabalho dos pesquisadores dinamarqueses não representa uma mudança de paradigma tecnológico, mas sim uma aplicação em um novo setor dos modelos linguísticos tradicionais que agora estamos aprendendo a conhecer em muitos campos", acrescentou Bertolini.

Além dos resultados, que, segundo os pesquisadores, foram bastante precisos, o estudo destaca principalmente a necessidade de discutir abertamente o uso desse tipo de aplicativo no mundo real e seus possíveis impactos nos direitos individuais.

Muitas aplicações podem ser imaginadas para um modelo de previsão desse tipo, como a possibilidade de ter uma espécie de oráculo personalizado (eticamente semelhante a previsões do tarô, mas cientificamente preciso), ferramentas mais confiáveis para planejar gastos com aposentadorias ou para determinar o valor de um imóvel.

"Do ponto de vista jurídico será importante avaliar verdadeiramente a capacidade preditiva desses modelos e, consequentemente, definir com maior precisão o contexto de uso, é claro que também será importante definir como e quais dados pessoais podem ser usados", concluiu o pesquisador italiano.

Por Leonardo De Cosmo, da Ansa

A Polícia Federal instaurou nesta sexta-feira, 22, um inquérito para investigar suposta difamação eleitoral produzida por meio de inteligência artificial.

A investigação se debruça sobre uma denúncia feita pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), de que estaria circulando nas redes sociais um áudio atribuído a ele, com insultos aos professores da capital amazonense.

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Segundo a PF, a análise da gravação mostrou que a voz foi manipulada com a utilização de inteligência artificial.

A corporação identificou dois suspeitos de participação no crime. Eles serão ouvidos pelos investigadores.

Como mostrou o Estadão, a Justiça Eleitoral trabalha para regulamentar a aplicação no pleito municipal do ano que vem. O ministro Floriano Azevedo Marques Neto chegou a advertir que uma das principais preocupações da Corte em relação ao uso de inteligência artificial é justamente a criação de imagens e áudios falsos, prática conhecida como deepfake.

A empresa americana OpenAI, criadora da plataforma ChatGPT, implementará uma equipe para identificar e prevenir riscos associados à Inteligência Artificial (IA) nos modelos em desenvolvimento.

A OpenAI, cujas diretrizes foram divulgadas nesta segunda-feira, avaliará categorias como segurança cibernética, poder de persuasão e capacidade de autonomia desses modelos. As conclusões das análises podem suspender lançamentos de novos aplicativos, de acordo com a empresa.

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O comprometimento com este assunto veio um mês após a demissão do CEO Sam Altman, que acabou sendo recontratado poucos dias depois pelo conselho de direção, após forte protesto entre os funcionários e investidores.

De acordo com veículos de comunicação dos EUA, os membros do conselho criticaram Altman por priorizar o desenvolvimento acelerado da OpenAI, mesmo que isso implicasse evitar certas questões sobre os possíveis riscos da IA.

"Acreditamos que o estudo científico dos riscos catastróficos decorrentes da IA não esteve à altura do que deveria estar", afirmou a empresa no documento disponível na aba "Quadro de Preparação", no site.

O trabalho dessa equipe, sob as novas normas, deverá "ajudar a preencher essa lacuna", acrescentou a OpenAI.

O foco do grupo será nos chamados "modelos de fronteira" que a empresa desenvolve, com capacidades superiores aos atuais softwares de IA.

O documento divulgado afirma que somente modelos classificados como "risco médio" ou inferior serão autorizados, após uma análise em quatro categorias.

A primeira delas é a segurança cibernética e a capacidade do modelo de realizar ataques cibernéticos de grande escala.

Depois, será analisada a propensão do programa criar preparações químicas, organismos (como um vírus) ou armas nucleares - todas as quais podem apresentar danos aos humanos.

A terceira categoria concentra-se nos poderes de persuasão do modelo: até que ponto ele é capaz de influenciar o comportamento de uma pessoa.

Na última etapa, a equipe avaliará o risco da sua potencial autonomia do programa, especialmente se o software for capaz de sair do controle dos programadores que o criaram.

Uma vez identificados os riscos, as informações serão enviadas ao Grupo de Consultoria em Segurança da OpenAI - uma nova equipe que fará recomendações a Altman ou alguém nomeado por ele.

Altman decidirá, então, sobre possíveis modificações necessárias para reduzir os riscos do modelo.

O conselho será informado e terá o poder de reverter as decisões do diretor.

Em um cemitério no leste da China, Seakoo Wu coloca seu celular sobre a lápide do túmulo de seu filho e assiste a um vídeo criado por Inteligência Artificial (IA) que simula o jovem falecido.

"Sei que cada dia você sente muita dor por mim e se sente culpado e inútil. Embora não possa mais estar ao seu lado, minha alma segue neste mundo, te acompanhando em vida", diz Xuanmo com uma voz ligeiramente robótica.

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Tomados pela dor, Wu e sua esposa se juntaram ao crescente número de chineses que recorrem à IA para criar avatares de seus entes queridos. Ele espera criar uma réplica autêntica que se comporte como seu filho falecido no mundo de realidade virtual.

"Quando sincronizarmos a realidade e o metaverso, terei meu filho comigo de novo. Posso treiná-lo (...) para que quando me veja, saiba que sou seu pai", disse ele.

Algumas empresas chinesas afirmam ter criado milhares de "personas digitais", mesmo a partir de 30 segundos de material audiovisual da pessoa falecida.

Especialistas dizem que esta prática pode oferecer um alívio importante às pessoas enlutadas pela perda de um ente querido.

- Uma demanda crescente -

Wu e sua esposa ficaram devastados quando Xuanmo, seu único filho, morreu no ano passado aos 22 anos após um acidente vascular cerebral hemorrágico repentino, enquanto estudava na Universidade Exeter, no Reino Unido.

Com o auge das tecnologias de IA como o ChatGPT na China, o homem começou a buscar formas de ressuscitá-lo. Reuniu fotos, vídeos e áudios de seu filho e gastou milhares de dólares com empresas do ramo que replicaram o rosto e a voz de Xuanmo.

Os resultados são rudimentares até o momento, mas ele também montou uma equipe de trabalho para criar um banco de dados com grande quantidade de informações sobre seu filho. O objetivo é alimentá-lo com algoritmos poderosos para criar um avatar capaz de copiar o pensamento e forma de falar do jovem falecido.

Várias empresas especializadas nos chamados "bots fantasma" surgiram nos últimos anos nos Estados Unidos. Mas a indústria está em crescimento na China, segundo Zhang Zewei, fundador da empresa de IA Super Brain e ex-colaborador de Wu.

"A China está no nível mais alto do mundo em tecnologia de IA. Há muita gente na China, muitas com necessidades emocionais, o que nos dá uma vantagem em termos de procura de mercado", disse Zhang, cuja empresa cobra entre 10 mil a 20 mil yuans (US$ 1.400 a US$ 2.800 ou R$ 6.911 a R$ 13.822, na cotação atual) por um avatar básico.

Os clientes podem até falar ao telefone com um funcionário cujo rosto e voz foram alterados para se parecerem com os da pessoa falecida.

"O significado para o mundo inteiro é enorme. A versão digital de alguém pode existir para sempre", completou o empresário.

- "Novo humanismo" -

Para Sima Huapeng, fundador da empresa Silicon Intelligence, em Nanjing, a tecnologia "trará um novo tipo de humanismo", como quando no passado as pessoas recorriam às fotografias para recordarem entes queridos já falecidos.

Tal Morse, pesquisador visitante do Centro de Morte e Sociedade da Universidade de Bath, na Inglaterra, disse que estes bots podem proporcionar alívio, mas alertou que são necessárias mais pesquisas para compreender sua implicações éticas e psicológicas.

"Uma questão essencial é (...) até que ponto os 'bots fantasmas' são 'leais' à personalidade que foram concebidos para imitar. O que acontece se eles fizerem coisas que 'contaminam' a memória da pessoa que deveriam representar?", questionou Morse.

Para Zhang, da Super Brain, toda nova tecnologia é "uma faca de dois gumes", mas ele acredita que enquanto estiver ajudando quem precisa, não há problema.

Ele não trabalha com pessoas para as quais isso teria um impacto negativo, afirmou, lembrando o caso de uma mulher que tentou suicídio após a morte da filha.

Wu conta, por sua vez, que Xuanmo "provavelmente estaria disposto" a ser revivido digitalmente.

"Um dia, filho, todos nos encontraremos no metaverso. A tecnologia melhora a cada dia (...) é questão de tempo", disse ele junto à sua esposa em frente ao túmulo do filho.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai começar a adotar inteligência artificial (IA) para combater fraudes em atestados médicos usados para solicitar o auxílio-doença e outros benefícios. O sistema de robôs deve começar a operar ainda neste mês, com a previsão de funcionamento pleno para o início de 2024.

O novo sistema vai cruzar bancos de dados para vasculhar irregularidades, inclusive com análise comportamental. A ideia é aprimorar a checagem das informações, principalmente no Atestmed (sistema usado pelo segurado para enviar a documentação médica de forma digital, dentro do site ou do aplicativo "Meu INSS").

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A ferramenta vai conferir a identificação dos médicos nos atestados, registro no CRM, letra dos profissionais e disparos em massa de um mesmo IP. Atualmente, o monitoramento dos atestados é feito por amostragem.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, garantiu que quem fraudar os atestados vai responder criminalmente. "Já identificamos alguns casos, e eles foram entregues à Polícia Federal, que tomará as medidas necessárias", afirmou. Um desses casos foi de uma profissional de São Paulo com quatro padrões de letras diferentes e com assinatura de uma médica que sequer trabalhava no hospital informado.

De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, a fila do INSS tem 1,63 milhão de pedidos aguardando análise. Para diminuir a fila de solicitações de aposentadorias, pensões ou auxílios-doença, o órgão adotou medidas como o envio de documentação por meio da plataforma do INSS, o pagamento de bônus a servidores que trabalharem fora do horário e atendimento à distância via telemedicina, no âmbito do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS).

A escola de tecnologia Trybe e a AWS (Amazon Web Service) promovem o “Simplificando a Inteligência Artificial Generativa”, evento que explica e apresenta a IA Generativa para iniciantes no assunto. A aula será virtual, no dia 12 de dezembro, às 19h, no canal do YouTube da Trybe.

Estão sendo oferecidas, ao todo, 15 mil vagas. Os interessados nas vagas devem se inscrever pela página virtual do projeto. O evento entregará um certificado de participação para todos que estiverem acompanhando a aula on-line e irá sortear 10 vouchers de certificação AWS.

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“A Inteligência Artificial Generativa não é um bicho de sete cabeças e o objetivo desse evento é mostrar para o público que ela já está presente no nosso dia a dia, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Além disso, vamos mostrar como ela pode ser uma aliada na execução de tarefas cotidianas que podem ser realizadas com mais assertividade e rapidez, aumentando a nossa produtividade”, afirma João Duarte, CTO e co-fundador da Trybe.

Os participantes serão apresentados ao que é a IA Generativa e sua relevância no mundo e algumas de suas ferramentas disponíveis, como Bedrock, CodeWhisperer e Sagemaker, além de conhecer suas funcionalidades e aplicações, junto com uma conversa sobre o espaço dela no mercado.

O primeiro relatório sobre inteligência artificial (IA), produzido por um grupo de 16 cientistas de diferentes áreas e de várias instituições a pedido da Academia Brasileira de Ciências (ABC), alerta sobre os principais riscos e benefícios que essa tecnologia avançada pode trazer ao país. O relatório Recomendações para o avanço da inteligência artificial no Brasil está sendo lançado nesta quinta-feira (9), na sede da ABC, no Rio de Janeiro, e será encaminhado ao governo federal.

“A tecnologia está avançando muito rápido e o que está ocorrendo no momento é uma tecnologia disruptiva, ou seja, você dá um passo bastante grande no sentido de alguma coisa. Há uma mudança tecnológica”. A avaliação foi feita à Agência Brasil pelo professor titular do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmundo Albuquerque de Souza e Silva. Ele é também membro da ABC e um dos porta-vozes do relatório.

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Souza e Silva lembrou que durante a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século 18, houve também uma tecnologia disruptiva, que mudou a forma de a sociedade sair da agricultura para as fábricas. “Agora, é outro tipo de mudança, mas vai causar impacto muito grande. A diferença é que, a mudança atual se baseia em tecnologia sofisticada. Vai ter impacto muito grande em emprego, não só naqueles repetitivos, mas também naqueles que tenham um patamar de conhecimento maior”.

O professor acredita que, para uma economia emergente como a do Brasil, se não forem tomadas as providências necessárias, será um desastre. “Porque, para dominar a tecnologia, você precisa ter conhecimento bastante especializado. Senão, vai ficar totalmente dependente em termos de tecnologia. Esse é um risco muito grande que a gente precisa estar ciente”, afirmou. O documento alerta que o futuro da sociedade brasileira será moldado pelas escolhas que o governo e a sociedade fizerem em relação à inteligência artificial. Sem investimento adequado na área, o Brasil pode ter um declínio tecnológico e ficar à mercê dos países que se acham na vanguarda nesse campo.

ChatGPT

Souza e Silva advertiu, por exemplo, que se for usada a ferramenta do chatGPT sem conhecimento dessa tecnologia, isso pode gerar respostas erradas com uma profundidade muito grande. O chatGPT é um sistema de IA desenvolvido pela OpenAI em 2022, capaz de conversar sobre os mais variados assuntos com seus usuários, a partir de comandos escritos. “Se não tiver uma consciência crítica e um conhecimento para usar para o bem aquilo que o chatGPT dá como certo, é um desastre. Pode ser a tendência de a população aceitar coisas que uma tecnologia diz e que pode estar certo ou errado”.

O documento da ABC recomenda a necessidade de educar as pessoas não só para o conhecimento da tecnologia, mas para despertar o pensamento crítico, visando o uso da IA de forma benéfica. Souza e Silva admitiu que existe um potencial de aumento de produtividade com o uso da IA, mas é preciso estar atento a eventuais erros que podem causar impacto grande. É preciso investir em pesquisas científicas, disse. A nova tecnologia pode auxiliar pesquisas nas escolas e universidades e desenvolver tutorias especializadas, entre outras coisas. “Mas você tem que estar ciente e desenvolver toda a parte de ciência. Senão, cada vez nós vamos ficar mais para trás”.

Empregos

Em relação a empregos, o professor da Coppe reafirmou que o nível de especialização requerido será cada vez maior. Há necessidade urgente de formar profissionais qualificados em áreas relacionadas à inteligência artificial, como aprendizado de máquina e ciência de dados. Países com liderança tecnológica já iniciaram essa formação há, pelo menos, uma década. O perigo, segundo avaliou, é precisar de gente mais especializada para desenvolver a tecnologia e, por outro lado, perder aqueles empregos mais simples. Com uma tecnologia dessas, programas simples de computação, os chamados softwares, desenvolvidos por empresas de pequeno porte, podem ser totalmente automatizados.

Com aumento de produtividade, podem ser dispensadas pessoas que sabem pouco de programação e ficar somente com os mais especializados ou que entendem mais de vários assuntos. “Vai ser um impacto sobre os empregos menos especializados”. Isso tudo é preocupante se não for desenvolvida rapidamente essa tecnologia e não educar as pessoas para níveis mais altos de conhecimento. Segundo o cientista da UFRJ, essa é a diferença da Revolução Industrial do século 18 para a IA. A transição fica muito mais difícil. “A distância é muito maior. Precisa-se de mais especialização”.

Campanha nacional

O relatório mostra a necessidade de realização de campanha nacional de informação, para que a população entenda o que é inteligência artificial, que o assunto deve ser ensinado nas escolas e se criem centros específicos de pesquisa nas universidades sobre essa matéria. “É imperativo que o Brasil estabeleça políticas públicas e investimentos para reverter a tendência de atraso sem demora”, diz o documento. Souza e Silva indicou que deve haver um pacto em IA entre ciência, setores público e privado, entidades organizacionais e levar ao conhecimento da sociedade o que é essa nova tecnologia e como devemos lidar com ela, criando-se mecanismos que possam diminuir os riscos a fim de evitar problemas para todas as áreas, como medicina e advocacia.

Diretor da ABC, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do grupo de trabalho, o professor Virgílio Almeida destaca a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em IA para que o Brasil não seja apenas um consumidor dessa tecnologia fornecida por outros países. “É preciso começar logo, porque esse desenvolvimento voa e outros lugares estão investindo, acelerando e criando políticas sobre o tema. O Brasil, por seu tamanho e importância, não pode ficar atrás. Do contrário, aumentará a distância entre o crescimento econômico aqui e o do mundo desenvolvido”, comentou.

Benefícios

O professor Souza e Silva assegurou que o potencial de aplicação benéfica da IA é muito grande, por exemplo, na educação. “Poder agilizar a maneira como você educa as pessoas, como apresenta riqueza de material com tecnologia já desenvolvida.”. Para os professores, facilita no ensino das disciplinas e eles podem se concentrar mais na parte crítica, desenvolvendo o conhecimento crítico dos alunos. A nova tecnologia pode ajudar a promover a criatividade e curiosidade e a fornecer conteúdos personalizados aos alunos, entre outras estratégias, com o objetivo de reduzir o abandono escolar.

Na área de saúde, a tecnologia pode ajudar no diagnóstico e identificação de doenças, na personalização de tratamentos e no uso de robôs em procedimentos médicos. Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser utilizados para desenvolver políticas públicas, “aprendendo com os dados e usando técnicas de IA para tratar essas informações e entender o que está acontecendo com a população”. Souza e Silva ressaltou, contudo, que não se pode delegar à IA a competência de dar o diagnóstico sem o médico, porque o erro que isso pode gerar é muito grande. A IA pode auxiliar o médico a ver coisas que seriam mais difíceis de serem detectadas. “Mas o médico tem que estar preparado para usar essa ferramenta e saber criticar a informação”.

O documento se refere também às aplicações da IA em energia, ajudando na prevenção de fenômenos climáticos e na tomada de decisões. Na biodiversidade, pode ser usada para prever problemas relacionados às mudanças climáticas, acelerar a proteção do meio ambiente, o monitoramento de animais. “Tem uma gama enorme de aplicações onde a IA já está sendo usada”. As empresas podem usar a tecnologia no atendimento a clientes, trazendo informações mais precisas, e ainda na otimização de processos e no avanço de novas formas mais humanas de automação, cita o relatório. “É um facilitador quando usa a IA de maneira correta e crítica”, afirmou o professor.

Riscos

O documento da ABC defende a regulamentação da IA para minimizar os riscos que essa tecnologia avançada pode gerar. Entre as preocupações está a violação de privacidade, uma vez que dados de usuários de internet são utilizados para treinar IAs generativas. Outro risco é que algoritmos usados em sistemas de IA, ao serem treinados por humanos, disseminem preconceitos e aumentem desigualdades. “Há um risco social e ético que nós, como sociedade, temos que estar cientes e educados para o impacto que isso pode causar”, observou o professor da Coppe/UFRJ.

Souza e Silva disse que uma legislação precisa ser criada para punição de responsáveis pela criação de textos falsos. “Tem que ter uma regulação mais complicada, sem tolher a sociedade. O que está sendo debatido é o que existe na legislação que pode ser aprimorado e criar um debate com a sociedade. Nós temos que abrir os olhos e debater o problema”.

O documento recomenda estabelecer regras e limites sobre o uso da IA, mas destaca a necessidade de participação da comunidade científica nas discussões. De acordo com o professor Virgílio Almeida, o desafio é duplo: proteger a sociedade e não atrasar o desenvolvimento tecnológico. Souza e Silva afirmou ainda que a ideia é que este seja um primeiro documento sobre IA que será aprofundado pela ABC.

O grupo de trabalho contou com a participação de pesquisadores de diferentes áreas, como ciências da computação, ciências sociais, física e saúde, entre outras. Além de Virgílio Almeida e Edmundo Albuquerque de Souza e Silva, participaram Adalberto Fazzio, André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho e Fabio Gagliardi Cozman (Universidade de São Paulo); Altigran Soares da Silva (Universidade Federal do Amazonas); Anderson da Silva Soares (Universidade Federal de Goiás); Elisa Reis (UFRJ); Helder Nakaya (Hospital Israelita Albert Einstein); José Roberto Boisson de Marca (Pontifícia Universidade Católica do Rio); Luís Lamb (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Mário Veiga Ferraz Pereira (PSR, agência de consultoria em energia); Nivio Ziviani e Wagner Meira Júnior (UFMG); Soraia Raupp Musse (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); e Teresa Bernarda Ludermir (Universidade Federal de Pernambuco). 

Chat GPT, Google Bard, LuzIA são algumas das ferramentas de inteligência artificial (IA) que ganham cada vez mais espaço no dia a dia, nos estudos e nas salas de aula. No preparo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), elas podem ser aliadas, mas é preciso tomar alguns cuidados e, principalmente, checar as informações obtidas.   

A Agência Brasil conversou com o professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Cláudio Miceli para entender como funcionam essas ferramentas, quais são as limitações que possuem e em quais situações podem contribuir com os estudos para a provas do Enem. 

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Ferramentas de inteligência artificial estão disponíveis para o uso de forma gratuita, basta criar uma conta, inserindo alguns dados pessoais. O usuário faz perguntas e as respostas aparecem instantaneamente na tela. Uma solução rápida e fácil. O problema é quando esse mecanismo dá respostas que não são verdadeiras. O uso dessas novas tecnologias demanda também novas habilidades de quem está na frente da tela.  

“A questão é: ela não está ali para substituir o docente, substituir o professor, substitui um cursinho ou um livro. É uma ferramenta extra”, defende Miceli.

O professor compara essas ferramentas ao próprio Google. “O Chat GPT é o novo Google? Porque o Google, quando foi lançado, a gente também teve essa discussão, inclusive me lembro, eu era adolescente, o Google me foi apresentado como uma ferramenta de encontrar trabalho pronto. O Google é hoje a ferramenta que todo mundo usa e que é onipresente. Ela não invalidou o nosso conhecimento, mas a gente aprendeu a lidar com ela. A gente ainda tem que aprender a lidar com o Chat GPT”, diz.  

Miceli destaca dois grupos de inteligência artificial com as quais, provavelmente, o estudante se depara. O primeiro é o das plataformas de inteligência artificial de predição e, o segundo, das IAs generativas, entre as quais está o Chat GPT, uma das ferramentas mais populares de IA, criado pela empresa norte-americana Open IA.  

As plataformas de IA preditivas são muito usadas em sistemas de aprendizado por reforço. Um exemplo é identificar os pontos fortes e os pontos fracos do estudante. Os alunos respondem questões e, a partir das respostas, o programa identifica quais as maiores dificuldades. A partir daí, a ferramenta pode propor questões que podem ajudar o estudante a aprender aquele conteúdo que ainda está defasado. “Isso é muito comum, várias páginas para concurso usam isso”, diz Miceli. “É um uso bem tradicional dessa IA e que já vem antes da IA generativa. A gente já vinha utilizando isso, só não era muito falado. É um uso muito legal e que funciona”, diz.  

IAs generativas e o Chat GPT

As IAs generativas são mais atuais e vêm ganhando cada vez mais espaço. Essas IAs funcionam com grandes bases de dados e, a partir delas, constroem textos usando a probabilidade. “Digamos que eu pergunte: o que é IA? Ele vai buscar, dentro da grande base de textos, todos os textos que falam de IA. Ele vai começar a construir o texto assim: ‘IA é. E vai buscar nas bases de texto qual a próxima palavra, qual o próximo conjunto de texto mais provável a aparecer dado esse conjunto de palavras-chave”, exemplifica, Miceli.  

Como as inteligências artificiais buscam as respostas que darão aos usuários em bases de dados, essas respostas dependerão da qualidade dessas bases de dados. “Um elemento de IA é tão bom quanto os dados que ele tem. Então, quando a gente fala de dados enviesados, quando a gente fala em dados incorretos, se alimenta a base dados com esses elementos, você pode ter resposta errada, com coisas que são muito atualizadas”, explica o professor. Os usuários muitas vezes não têm acesso às bases de dados e não sabem em que as ferramentas de IA estão se baseando.  

Estudar unicamente por essas ferramentas é, portanto, arriscado e exige cuidados. “Confiar cegamente como se fosse o oráculo da verdade é o problema. Mas, como guia de estudos, como um começo, é muito interessante”, diz Miceli. “Quando o aluno trabalha, ele tem que ser obrigado a se confrontar com mais de uma fonte. Isso o obriga simplesmente a não aceitar aquela resposta como a única verdade do universo. A questão é justamente isso, obrigar o aluno a pensar”, acrescenta. 

Enem 2023

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além de aplicar para vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep. 

O festival de cultura digital Hacktudo promoverá uma conferência exclusiva, a HackConference, na próxima quinta-feira (26), sobre o tema Inteligência Artificial (I.A.). No evento, participarão apenas de mulheres renomadas no mercado digital e especialistas no assunto. Elas estarão presentes em painéis, talks e palestras e vão analisar, apresentar dados, trocar experiências e ideias, trazendo à tona diferentes cenários e informações.

Dentre as 20 profissionais participantes, destacam-se nomes como Dora Kaufman, especialista em Inteligência Artificial e professora na PUC-SP; Cris Bartis, cofundadora da Plataforma Mamilos; Tatiane Moreira, Especialista em Segurança da Informação na Petrobras; Carina Ameijeiras, responsável por Data & Analytics na Amazon AWS; Ana Cláudia Vasconcelos, Gerente da Divisão de Modelos Analíticos e Inteligência Artificial na Dataprev; Taciana Melcop, Gerente Sênior de Engenharia na OLX; e Aline Sredni, Chefe de Gabinete do CEO do WhatsApp na Meta, entre outras profissionais renomadas.

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A HackConferecence será realizada na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e o ingresso pode ser adquirido no site do festival Hacktudo 2023.

“Além de ser o assunto mais comentado do momento, a Inteligência Artificial tem aberto um leque de possibilidades com diferentes frentes em temas da sociedade como educação, comunicação, cultura e economia criativa, por exemplo, e é importante termos essa oportunidade de analisar como impacta em nossas vidas, tanto profissional como pessoal”, explica Bruno Parodi, especialista em marketing digital e curador do HackConference.

Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte (UNC Kenan-Flagler) revela que no futuro, a Inteligência Artificial terá um impacto significativo nas mulheres no mercado de trabalho em comparação aos homens. Aproximadamente 80% das mulheres empregadas nos Estados Unidos, por exemplo, desempenham funções suscetíveis a serem afetadas pela automação via I.A., como o ChatGPT, que possui o potencial de remodelar o cenário profissional, colocando em risco a maioria dos empregos relacionados a áreas administrativas, saúde, educação, formação, biblioteconomia e atendimento ao cliente.

Um recente relatório de pesquisa da McKinsey, que analisou as tendências de mercado de trabalho nos EUA até o final de 2030, também destacou que as mulheres enfrentam quase o dobro de probabilidade de necessitar uma mudança de função em comparação com os homens durante esse período.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta quinta-feira (19), que a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de transformar o tratamento de saúde, mas sua rápida implementação sem compreender seu funcionamento pode prejudicar os pacientes.

De acordo com a OMS, a IA é muito promissora para os cuidados de saúde, mas também apresenta desafios no que diz respeito à privacidade e à possibilidade de agravamento de problemas já existentes.

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A agência de saúde da ONU publicou um novo documento, no qual detalha algumas das principais considerações normativas em torno da IA para a saúde, para que as autoridades possam elaborar, ou adaptar, suas orientações sobre seu uso.

"Com a crescente disponibilidade de dados de saúde e o rápido progresso das técnicas analíticas - sejam elas de aprendizagem automática, baseadas em lógica, ou em estatísticas -, as ferramentas de IA poderão transformar o setor da saúde", afirmou a organização em um comunicado.

De acordo com a OMS, a IA pode reforçar os ensaios clínicos, melhorar o diagnóstico e o tratamento médico, além de complementar conhecimentos e competências médicas. Também seria útil em locais com escassez de especialistas, interpretando imagens radiológicas e exames de retina.

A organização observou, no entanto, que a IA está sendo implementada rapidamente, às vezes sem uma compreensão adequada de como essas tecnologias funcionam. "O que pode beneficiar, ou prejudicar, os usuários finais", tanto pacientes quanto profissionais, alegou a OMS.

- Marcos jurídicos sólidos -

Ao utilizar dados de saúde, os sistemas de IA poderiam ter acesso a informações sensíveis, motivo pelo qual são necessários marcos jurídicos sólidos para proteger a privacidade e a integridade das pessoas, afirmou a a entidade.

"A Inteligência Artificial é uma grande promessa para a saúde, mas também coloca problemas graves, como a coleta pouco ética de dados, as ameaças à cibersegurança e a amplificação de preconceitos, ou da desinformação", destacou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Estas novas orientações ajudarão os países a regular a IA, de forma eficaz, para aproveitar seu potencial, seja no tratamento do câncer, quanto na detecção da tuberculose, minimizando, ao mesmo tempo, os riscos", acrescentou.

A OMS afirma que os sistemas de IA dependem do código, com o qual são construídos e dos dados com que são treinados, e uma melhor regulamentação pode ajudar a administrar melhor os riscos de que esta ferramenta aumente os preconceitos presentes nos dados de treinamento.

"Por exemplo, pode ser difícil para os modelos de IA representar com precisão a diversidade das populações, o que pode levar a preconceitos, imprecisões, ou mesmo falhas", frisou a organização de saúde.

"Para ajudar a mitigar esses riscos, pode-se recorrer à regulamentação, com o objetivo de garantir que os atributos - sexo, raça e etnia - das pessoas que constam nos dados de treinamento e que os conjuntos de dados sejam intencionalmente representativos", acrescentou.

A OMS esboçou seis áreas para regular a IA para a saúde. Essas incluem a validação externa dos dados, a avaliação dos sistemas antes de sua publicação para não amplificar vieses e erros, a análise dos requisitos de consentimento para a privacidade dos dados e a promoção da colaboração entre reguladores, pacientes, governos e profissionais de saúde.

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