Cartilha dá dicas sobre uso da internet por crianças

Documento elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) traz regras práticas

por Nathália Guimarães seg, 07/11/2016 - 12:12
Reprodução Objetivo é criar uma cultura do uso correto da internet Reprodução

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou neste domingo (6) um manual de orientação para médicos, pais, educadores, crianças e adolescentes sobre como lidar com a internet. O documento foi inspirado em estudos e recomendações internacionais e adaptadas à realidade nacional. As regras práticas versam sobre cuidados ao utilizar a webcam, respeito no ambiente online e sobre limites para o uso de dispositivos eletrônicos. O guia completo está disponível neste link.

No texto, são abordados os principais problemas ligados ao uso excessivo da tecnologia por crianças e adolescentes. Entre as consequências estão o aumento da ansiedade, a dificuldade de estabelecer relações em sociedade, o estímulo à sexualização precoce, a adesão ao cyberbullying, o comportamento violento ou agressivo, os transtornos de sono e de alimentação e o baixo rendimento escolar.

"Existem benefícios e prejuízos advindos dessas tecnologias. O desafio é saber usá-las na dose certa. Nestes contextos, o pediatra tem um papel central, pois, pelo respeito e confiança que recebe das famílias, pode ser o agente de mudanças ao orientar os pais a agirem diante de cenários de risco", ressaltou a presidente da SBP, Luciana Rodrigues da Silva. 

As primeiras orientações do manual chamam a atenção para o tempo de uso da tecnologia digital. Neste contexto, a SBP pede que esse período seja limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento dos jovens. Crianças entre dois e cinco anos, por exemplo, devem ficar expostos a estes conteúdos por no máximo uma hora por dia. 

Além disso, os pediatras desencorajam e pedem para que seja evitado ou até proibida a exposição passiva às telas digitais, com acesso a conteúdos inapropriados de filmes e vídeos, para crianças com menos de dois anos, principalmente, durante na hora das refeições ou nas horas que antecedem o sono.

Conversar sobre as regras de uso da internet, sobre o nível de segurança e privacidade e sobre nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais ou se expor a pessoas desconhecidas, também fazem parte das recomendações. Os pediatras também incentivam os pais e responsáveis a monitorar os sites, programas, aplicativos e vídeos que crianças e adolescentes acessam, visitam ou trocam por mensagens, sobretudo nas redes sociais.  

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