Limite de internet banda larga começa a vigorar em 2017

Mudança deve acontecer a partir do segundo semestre

por Nathália Guimarães sex, 13/01/2017 - 11:35
Reprodução Estratégia de impor limites ao serviço de banda larga fixa começou em 2008, nos EUA Reprodução

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, confirmou nesta quinta-feira (12) que o governo federal vai limitar os dados para os assinantes de banda larga fixa ainda este ano. A informação foi divulgada em entrevista ao site Poder 360. A mudança deve acontecer a partir do segundo semestre.

As declarações reacenderam nesta sexta-feira (13) um debate que parecia ter esfriado. No Twitter, a hashtag #NaoAoLimiteDeInternet está entre as mais comentadas entre usuários de todo o mundo. Os internautas aproveitam o espaço para criticar o serviço prestado pelas operadoras atualmente.

Segundo o ministro, o objetivo da medida é beneficiar os usuários. "O ministério trabalha para que o usuário seja beneficiado com melhores serviços. Esperamos que esse serviço seja o mais elástico possível, mas que tenha um ponto de equilíbrio, pois as empresas têm os seus limites", explicou, em entrevista ao site Poder 360.

A ideia é que as empresas possam contar com várias opções de pacote, inclusive um que ofereça uso ilimitado da rede. Nos demais, entretanto, os consumidores terão que pagar um valor extra em sua conta sempre que quiserem continuar navegando após atingir o limite da franquia proposta no contrato.

Enquanto a decisão final não for tomada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as prestadoras que oferecem o acesso à internet por meio de banda larga fixa continuam proibidas de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar pelo tráfego excedente nos casos em que os consumidores utilizarem todo o pacote contratado.

A estratégia de impor limites ao serviço de banda larga fixa começou em 2008, nos EUA, com a Comcast. Nos primeiros anos, clientes eram raramente acionados pelo uso. Atualmente, porém, há número crescente de reclamações de consumidores que atingem o limite e são obrigados a pagar mais. A também norte-americana AT&T adotou igual estratégia em 2011.

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