Criptografia de ponta-a-ponta é inviolável, diz WhatsApp

Co-fundador do WhatsApp foi pessoalmente ao STF defender a tecnologia utilizada pelo aplicativo

por Nathália Guimarães sab, 03/06/2017 - 10:48
Wikimedia Commons WhatsApp, que pertence ao Facebook, já foi bloqueado três vezes no Brasil Wikimedia Commons

O co-fundador da WhatsApp, o engenheiro Brian Acton, foi pessoalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta sexta-feira (2) defender a criptografia ponta-a-ponta utilizada pelo aplicativo para proteger as trocas de mensagens entre os usuários. A tecnologia foi implantada no serviço de bate-papo em 2016, e desde então vem causando polêmicas entre a empresa e a justiça brasileira.

Ele afirmou que os pilares do sistema são segurança e acessibilidade e que a tecnologia inviolável, até mesmo por parte do próprio WhatsApp. "Vim pessoalmente porque o Brasil é muito importante para o WhatsApp e o WhatsApp é importante para o Brasil", disse Brian, ao informar que o país tem 120 milhões de usuários do aplicativo.

Na avaliação do engenheiro, a criptografia de ponta-a-ponta faz com que mais de um bilhão de pessoas se comuniquem sem medo em todo o mundo, razão pela qual investiram no melhor sistema disponível atualmente. Ele afirmou que as chaves que integram o sistema não podem ser interceptadas.

"As chaves relativas a uma conversa são restritas aos interlocutores dessa conversa. Ninguém tem acesso, nem o WhatsApp", ressaltou. Brian Acton afirmou ainda que as mensagens já transmitidas não podem ter a criptografia retirada e acrescentou que a única forma de reverter esse quadro seria desativar a tecnologia para todos, deixando os usuários à mercê de ataques hackers.

A audiência no STF averigua se os pedidos de bloqueio ao WhatsApp no Brasil violam princípios garantidos na lei. Desde 2015, o aplicativo, que pertence ao Facebook, foi alvo de quatro pedidos de suspensão. Três deles foram postos em prática. O debate terá continuidade na segunda-feira (5).

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