Verizon fará cortes após fechar compra do Yahoo
A demissão atinge cerca de 15% da força de trabalho do Yahoo e do AOL, a unidade da Verizon que será fundida
A Verizon planeja demitir 2,1 mil pessoas após completar sua aquisição da divisão de internet do Yahoo, amanhã. A demissão será amenizada para alguns funcionários do Yahoo que perderam o emprego: uma elevação de 10% no preço das ações da empresa na quinta-feira (8) aumentou o valor de seu estoque acionário.
A demissão atinge cerca de 15% da força de trabalho do Yahoo e do AOL, a unidade da Verizon que será fundida.
O Yahoo, que tinha 8,6 mil funcionários em tempo integral em 31 de março já passou por muitos cortes. Durante os cinco anos em que a executiva Marissa Mayer chefiou a empresa, a força de trabalho caiu 46%. O AOL também sofreu repetidas ondas de demissões, a mais recente em novembro, quando cortou 500 empregos.
Nenhuma das duas companhias comentou os planos de demissão. Mas o constante encolhimento do Yahoo e do AOL revela os grandes desafios enfrentados por ambos em sua competição com os dois gigantes da internet, Google e Facebook, e pelos dólares dos anunciantes.
Na quinta-feira, acionistas do Yahoo aprovaram a venda do negócio para a Verizon e os arranjos de compensação. Após o fechamento do negócio, amanhã, o que restou do Yahoo será renomeado Altaba e ficará com o dinheiro da venda, bem como uma parte significativa de ações do grupo Alibaba e do Yahoo Japan.
As ações do Yahoo subiram US$ 5,16 após a votação de quinta-feira, fechando em US$ 55,71. Isso elevará os dividendos dos funcionários do Yahoo que foram dispensados.
Com base na elevação do preço das ações, Marissa Mayer sairá levando US$ 264 milhões pelos cinco anos que trabalhou no Yahoo, frente aos US$ 239 milhões que levaria na sexta-feira.
Outros altos executivos do Yahoo demitidos receberão grandes indenizações, incluindo mais de dois anos de pagamento e antecipação de vencimento de contrato de ações. Por exemplo: Lisa Utzschneider, chefe da coleta de impostos e obrigações, receberá US$ 22 milhões, e Ken Goldman, diretor financeiro, cerca de US$ 12 milhões, com base no atual preço das ações e informações para a Securities and Ecchange Commission.
Empregados de escalões mais baixos também receberão benefícios ampliados que foram estabelecidos antes de o negócio com a Verizon ser decidido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.