Smartphones podem reduzir a capacidade do seu cérebro

Estudo indica que a mera presença do aparelho é capaz de reduzir a capacidade cognitiva do cérebro

por Nathália Guimarães qui, 29/06/2017 - 15:09
Wikimedia Commons Smartphone afeta negativamente a habilidade do cérebro de manter e processar dados, diz estudo Wikimedia Commons

A mera presença de um smartphone reduz a sua capacidade cognitiva, afetando negativamente a habilidade do cérebro de manter e processar dados a qualquer momento, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da McCombs School of Business da Universidade do Texas, nos EUA.

"Os resultados indicam que, mesmo quando as pessoas conseguem evitar a tentação de verificar seus telefones a todo tempo, a simples presença destes dispositivos é capaz de reduzir sua capacidade cognitiva", diz o estudo. A pesquisa também informa que essa perda é ainda mais grave naqueles com um nível de dependência maior destes aparelhos.

No experimento, os pesquisadores solicitaram que 520 pessoas colocassem seus smartphones no modo silencioso, com a tela voltada para baixo, no bolso ou em outro cômodo. Depois, o grupo precisou completar uma série de testes destinados a medir sua capacidade cognitiva.

Os pesquisadores descobriram que os participantes que colocaram seus telefones em outra sala se saíram melhor nos testes do que aquele que guardaram o celular no bolso. Houve também um segundo experimento, em que 274 pessoas foram solicitadas a colocar seus aparelhos no modo silencioso ou desligá-los completamente.

Essas pessoas também realizaram uma série de testes e responderam algumas perguntas destinadas a avaliar o nível de dependência de seus smartphones. Os resultados foram claros ao mostrar que os participantes mais apegados aos aparelhos apresentaram um desempenho pior nas avaliações, mas apenas quando o dispositivo estava por perto.

"Os consumidores que estavam envolvidos com tarefas cognitivas contínuas foram capazes de manter seus telefones não apenas fora de suas mãos, mas também fora de suas mentes. No entanto, a mera presença desses dispositivos deixou poucos recursos atencionais disponíveis para que eles pudessem se envolver com a tarefa designada", informou o relatório.

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