É praticamente impossível nos imaginar sem um telefone nas nossas vidas, o tempo foi passando e com isso ganhou cada vez mais espaço na sociedade. No dia 10 de março o telefone completou 146 anos.
O aparelho surgiu de forma inesperada, de surpresa, com a ideia de aperfeiçoar as transmissões do telégrafo, aparelho de comunicação da época. Naquela época não se imaginava o que o telefone se tornaria.
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Primeiro telefone
Em 1876, o cientista e inventor Alexander Graham Bell resolveu solucionar o problema do telégrafo que só permitia uma única mensagem por vez. O que muitos não sabem é que o inventor percebeu que seria possível transmitir mais de uma mensagem através da música. Naquele momento ele nomeou de telégrafo múltiplo, que seria o telefone da época.
O primeiro aparelho funcionava de maneira bem básica, de forma que ou você ouvia ou falava, não era possível fazer os dois ao mesmo tempo. Ele possuía uma caixa de madeira que era sua bateria. Ele chegou ao Brasil um ano depois de sua criação, em 1877 e foi feito especialmente para Dom Pedro II. Ele ficou instalado no Palácio Imperial de São Cristovão localizado na Quinta da Boa Vista, hoje o Museu Nacional no Rio de Janeiro, e era ligado às casas ministeriais, esta sendo a primeira linha telefônica brasileira.
Telefone Castiçal
Passando um pouco mais adiante em 1904, foi criado o segundo modelo. Sua aparência dividia opiniões, ele apresentava um bocal montado na parte superior do estande, além de um receptor que o usuário segurava no ouvido. Para fazer a ligação era através de uma manivela, e um telefonista completava a ligação. Esse tipo de modelo exigia instalação nas proximidades de um conjunto que abrigava a campainha para anunciar as chamadas recebidas e os circuitos elétricos (capacitor, bobina de indução, gerador de sinalização, terminais de conexão) para conectar o aparelho à rede telefônica. O que não era nada confortável e já foram iniciando novos projetos para o aparelho.
Orelhão
Com o tempo os modelos de telefone foram evoluindo. Nessa época se notava o impacto da globalização na vida das pessoas, elas passavam mais tempo nas ruas do que em casa. Pensando nisso, chega ao Brasil em 1972 os telefones públicos. Seu formato de um ovo chamava muita atenção, mas o que muitos não sabem é que isso era uma alternativa para trazer mais privacidade durante as ligações. Os aparelhos ficavam espalhados pelas cidades, facilitando o acesso das pessoas.
É importante ressaltar que o orelhão possuía letras para viabilizar a utilização da mesma forma que fazíamos com os celulares que não dispunham de teclado QWERTY.
Telefone sem fio
Mesmo com as pessoas passando mais tempo na rua do que em seus lares, ainda existia o interesse em ter o aparelho dentro de casa. Por isso o telefone passou por diversas evoluções até chegar no telefone sem fio.
Criado em 1980, ele chegou para facilitar. A criação também marcou um salto da tecnologia para a época, pois possibilitava as pessoas a andarem dentro de um raio de distancia enquanto falavam ao telefone. Ele possuía uma base conectada a tomada e a uma conexão telefônica.
Vale lembrar que, até mais ou menos a década de 80 as pessoas que possuíam alguma rede telefônica tinham boas condições financeiras, tendo em vista que um aparelho desses em casa significava status na vizinhança. Em comparação, o valor de um aparelho telefônico era o mesmo que de um carro zero.
Tijolão
Mesmo com tantos modelos, as pessoas ainda sentiam falta de um aparelho telefônico portátil. Pensando nisso, o celular chegou para mudar tudo. Um marco do anos 90, o famoso tijolão é lançado como o primeiro celular no Brasil, criado pela Motorola. Mas seu valor não era tão acessível… se fosse nos tempos atuais seu valor chegaria a R$ 15 mil. Isso fez com que os telefones fixos se tornassem mais populares, sendo comum pessoas classe média baixa possuírem um desses em casa. Vale lembrar que seu nome é referente ao tamanho muito grande que sempre chamou muita atenção, e nele continha uma tela que possibilitava ver os números.
Apple
O tempo passava e com ele a possibilidade de ter um aparelho completo em suas mãos foi aumentando. Em 2007, a Apple lançou o primeiro telefone inteligente (smartphone). A empresa revolucionou e lançou o iphone, aparelho touchscreen com seu próprio sistema operacional.
O aparelho era conhecido como computador de bolso, com Wi-Fi, câmera 2 MP, Bluetooth e outras ferramentas. Muitas pessoas não sabem mas a ferramenta copiar e colar, que hoje é uma característica básica dos smartphones, só foram implementados nas versões futuras do iPhone. Devido ao sucesso do iPhone foi polarizado o uso dos smartphones, deixando de ser um item de luxo para algo essencial.
Smartphones Qwerty
Mesmo com a chegada do iPhone, as pessoas de classe média e baixa, também queriam um aparelho touch, com câmera. Sendo assim chega em 2008, um modelo que chamou muita atenção. Os aparelhos com teclado Qwerty, uma versão do teclado do computador. Na época o celular era sonho de consumo dos adolescentes da época.
Com cores coloridas ele se tornou muito popular na, e aparecia muito em filmes adolescentes. Vale lembrar que esse não era um smartphone, eles chegaram em outras marcas alguns anos depois.
Evolução dos smartphones
E finalmente, em 2011 chegam os celulares mais evoluídos e com suas características próprias. Nessa época são lançados vários sistemas operacionais, com capacidade de vários aplicativos. Além disso, a maioria dos celulares já suportam conexão com a internet e as fotos tiradas com a câmera possuem melhor definição. O que tirou um pouco do foco do iphone, sendo possível pessoas com menos dinheiro possuírem um celular inteligente.
Tempos Atuais
E chegamos nos dias de hoje, temos os smartphones com uma gama enorme de características, como câmeras frontais, desbloqueio da tela por meio da digital, dentre outras. Tem de todos os preços para todos bolsos. Hoje, as empresas investem cada vez mais em versões customizadas de aplicativos para facilitar sua interação com os usuários.
E assim vamos nós, a cada ano um novo modelo, uma nova atualização. Não sabemos como serão os celulares daqui a alguns anos, mas o que sabemos é que quanto mais tempo passa, mais nos tornamos dependentes desse aparelho que cabe na nossa mão.