WhatsApp falha em proteger dados do usuário, diz estudo
Popular aplicativo recebeu críticas por potencialmente deixar que governos observem as mensagens privadas trocadas na plataforma
Os dados do 1,2 bilhão de pessoas que usam o WhatsApp não estão sendo mantidos em segurança, de acordo com um novo relatório. A organização sem fins lucrativos Electronic Frontier Foundation (EFF) lançou uma pesquisa sobre como as empresas de tecnologia mantêm as informações de seus usuários seguras. E o popular aplicativo recebeu críticas por potencialmente deixar que governos observem as mensagens privadas trocadas na plataforma.
"Ainda existem muitas empresas que estão atrasadas, não conseguem implementar as melhores práticas em torno da transparência ou não priorizam a privacidade dos usuários", diz o relatório, que menciona especificamente as companhias Amazon e WhatsApp. Ambas poderiam se esforçar mais para proteger estes dados, diz o estudo.
A pesquisa diz que as empresas não têm políticas públicas fortes relacionadas à notificação de usuários sobre pedidos de dados governamentais. ''Estimulamos tanto a Amazon quanto o WhatsApp a melhorar suas políticas no próximo ano para que elas correspondam aos padrões de outros serviços online importantes'', informou o relatório.
O estudo, realizado anualmente desde 2011, traz um novo critério este ano, que versa sobre a venda de dados de usuários para outras empresas. O tópico analisa se as gigantes da tecnologia têm políticas e práticas que impedem que estas informações pessoais sejam usadas para fins de vigilância.
O Twitter, por exemplo, instituiu uma política que proíbe explicitamente a venda de dados de usuários para agências de aplicação da lei ou de vigilância. Mas o WhatsApp não faz o mesmo. Os termos e condições do aplicativo de bate-papo levantam ainda mais dúvidas.
"Quando compartilhamos suas informações com fornecedores externos, exigimos que eles usem suas informações de acordo com nossas instruções e termos ou com sua permissão expressa", informa o WhatsApp. Segundo a EFF, a explicação dada pela empresa é vaga e a companhia deve se esforçar para esclarecer quem pode comprar os dados de seus usuários.
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