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Após casos de intoxicação alimentar no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife, ocorrido em setembro de 2023, o relatório da vigilância sanitária aponta falhas na manipulação e armazenamento de alimentos servidos à comunidade acadêmica da instituição. O documento reúne dados coletados dois dias após cerca de 1200 estudantes apresentarem sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais depois do consumo de alimentos servidos pelo RU, que é gerido pela empresa General Goods. 

Na ocasião, algumas vítimas precisaram de acompanhamento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um protesto, em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento, foi realizado para pedir a saída da General Goods e melhorias na qualidade e segurança do serviço de alimentação oferecido à comunidade acadêmica.

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Estudantes realizam ato no RU da UFPE ( Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo)

O relatório aponta problemas como: presença de alguns insetos (moscas) e vestígios de baratas e contaminação por bactérias, alimentos armazenados em embalagens furadas ou sem embalagens, produtos com validade inelegível, carnes expostas, possível vazamento de gás e panelas em estado precário de conservação. Confira o documento na íntegra aqui

Parte do relatório realizado pela vigilância à saúde do Recife

Estudantes relatam serviços precários e riscos à saúde

Em entrevista ao LeiaJá, a universitária e moradora da Casa do Estudante Ana* relata que o cardápio oferecido pelo restaurante universitário não apresenta variação, principalmente, quem é vegetariano. “Semana após semana costuma ser as mesmas opções de mistura e guarnição, consequentemente, tendo baixa variedade de nutritiva. Os grãos são mal cozidos, gerando má digestão e dores de estômago, os vegetais da guarnição também são mal cozidos, o que pode ser prejudicial, porque alimentos como a batata, por exemplo, precisam ser minimamente cozida para eliminar substâncias que podem ser tóxica. Digo isso pois recorrentemente pego batatas tão duras que parecem cruas”, afirma.

Além disso, a estudante aponta má higienização das verduras e que esses são servidos em um estado ruim de conservação. “O tomates são maduros que estão perto de estar estragado, alfaces já “passados” (sic), com partes pretas”. À reportagem, ela conta que é “recorrente encontrar objetos estranhos na comida, como o pedaço de uma máscara, assim como insetos, larvas, e outros bichos”.

Paula*, que é graduanda do curso de psicologia da UFPE, avalia o serviço prestado pela General Goods como “bem precário, feito sem cuidado e responsabilidade pela empresa que organiza”. A universitária cita que em alguns momentos chegou a não consumir a refeição toda por causa da qualidade. “A qualidade é bem baixa, uma vez ou outra alguma refeição está levemente saborosa, mas maioria das vezes são arroz e feijão requentado de sabe-se lá quantos dias, restos de carnes de outros dias também e as opções vegetarianas são feitas com pouco empenho. Muitas vezes tive que estragar comida, pois estava intragável ou suspeita”.

Ao LeiaJá, Paula* afirma que já presenciou estudantes com dúvidas sobre “o que estavam vendo nos pratos eram larvas ou algum tipo de bicho, eu mesma já estive nessa posição e normalmente, tanto eu como as pessoas que convivo, descartam a comida quando estranham algo. Já encontrei cabelo na comida, o qual claramente não era meu ou de qualquer pessoa que estivesse almoçando comigo”, frisa.

O que diz a UFPE

Procurada pela reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da Superintendência de Comunicação, salientou que a nota emitida no início de dezembro destaca que “a empresa [General Goods] cumpriu com adoção de medidas corretivas relativas ao controle da potabilidade da água, no manejo de resíduos sólidos, na seleção de fornecedores, armazenamento de alimentos e higienização do local, equipamentos e utensílios. Mantendo, portanto, a licença sanitária até dia 15 de setembro de 2026”.

No comunicado, a instituição de ensino salienta que, antes da divulgação do laudo da vigilância, “a UFPE tomou medidas administrativas para ampliar as ações de fiscalização e acompanhamento do serviço no restaurante. O quadro de nutricionistas da equipe técnica da instituição foi ampliado, assim como o apoio de profissionais especialistas na área de saúde e alimentos no apoio à comissão de acompanhamento, que conta também com representação estudantil. A empresa General Goods também ampliou seu quadro e fez substituições do responsável técnico”.

A Superintendência de Comunicação da UFPE também reforça que, apesar das falhas apontadas, o relatório finaliza esclarecendo que “em 18/12/2023, foi realizada inspeção sanitária pela equipe VISA DS/IV, e foi constatado que as exigências feitas anteriormente foram cumpridas e continuam sendo mantidas as boas práticas de higiene e manipulação de alimentos”.

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. A empresa foi escolhida após processo licitatório e a contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023

. No episódio de intoxicação alimentar, ocorrido em setembro deste ano na UFPE, a reportagem questionou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

O governo de Mato Grosso tem reforçado o monitoramento contra a influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) em aves migratórias e residentes, em ninhais da região do Pantanal, informou o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).

Em nota, o Indea disse que equipes do instituto, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Organização Não Governamental (ONG) ambientalista Ecotrópica percorreram na última semana pontos de paradas e reprodução de aves silvestres do Pantanal.

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O trabalho irá contemplar cinco cidades: Barão de Melgaço, Cáceres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Santo Antônio do Leverger. "Através das imagens geradas pelo equipamento (drones) que sobrevoa os ninhais, nós conseguimos observar o estado das aves e se há mortalidade fora do normal nos ninhais", explica na nota a fiscal de Defesa Agropecuária do Indea, Caroline Bourscheid. No total são 43 ninhais, cujo período de povoamento varia conforme a espécie da ave podendo ser de fevereiro a março ou de julho a outubro.

Mato Grosso não tem registro de casos da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), e desde que os primeiros casos foram confirmados em janeiro deste ano na Bolívia, reforçou o monitoramento da sanidade avícola.

Sete Big Techs globais serão alvos de vigilância do poder Executivo da União Europeia com base em novas regras antitruste estabelecidas pela Lei de Serviços Digitais.

A medida será imposta às americanas Google, Apple, Meta, Amazon e Microsoft, à chinesa ByteDance (dona do TikTok) e à sul-coreana Samsung.

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O anúncio foi feito pelo comissário de Indústria da União Europeia, Thierry Breton. Segundo ele, essas empresas "têm dimensões que incidem sobre o mercado interno" e, por isso, são classificadas como "gatekeepers", ou seja, têm o potencial de criar eventuais distorções na economia digital.

Até o dia 6 de setembro, será divulgada uma nova lista de empresas com maior poder de mercado, e a partir dessa data as companhias terão um prazo de seis meses para comprovar a adequação à Lei de Serviços Digitais. O cumprimento das medidas será uma condição obrigatória para que as multinacionais permaneçam no mercado europeu.

A UE também lançou novos protocolos para garantir "uma aplicação mais rigorosa" do regulamento europeu acerca de privacidade. Segundo a Comissão Europeia, um dos objetivos será o de cooperar internacionalmente pela proteção de dados, especialmente em casos relacionados às Big Techs que envolvam mais de um país.

"A proposta vai contribuir para diminuir disputas e facilitar o consenso entre as autoridades desde as fases iniciais de investigações", afirmou o comissário europeu de Justiça, Didier Reynders. 

Da Ansa

Sete sites de educação de São Paulo e Minas Gerais coletaram e enviaram dados de estudantes para empresas de publicidade. A denúncia foi publicada nesta segunda-feira (3), pela organização Human Rights Watch (HRW), que investigou o assunto entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, nos dois estados de maior população do país.

Os sites são: Estude em Casa, Descomplica, Escola Mais, Explicaê, MangaHigh, Stoodi e Centro de Mídias da Educação de São Paulo. Eles foram contratados pelos governos estaduais para dar apoio aos estudantes durante a pandemia de covid-19, quando as aulas presenciais estiveram suspensas.

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A pesquisadora de tecnologia e direitos das crianças do Human Rights Watch, Hye Jung Han, afirma que governos estaduais acabaram permitindo que qualquer pessoa tivesse acesso e coletasse informações pessoais das crianças. A pesquisa aponta que os portais monitoraram os estudantes dentro de suas salas de aula virtuais e também acompanharam os jovens enquanto navegavam pela internet, fora do horário de aula.

Cinco desses sites, segundo o estudo, aplicaram técnicas de rastreamento particularmente intrusivas para vigiar estudantes de forma invisível e de maneiras impossíveis de se evitar ou se proteger. Depois da investigação, a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que removeu todo o rastreamento de anúncios de seu site.

Já a Secretaria de Educação de São Paulo ainda não respondeu ao questionamento. A Constituição Federal protege o direito à privacidade. E o Brasil também ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que confere às crianças e adolescentes proteções especiais que resguardam sua privacidade.

Outro lado

A Escola Mais informa que não faz uso de dados de alunos em seu site para quaisquer fins e que sua política de privacidade está adequada à legislação vigente. "A escola não vende e nem repassa dados de alunos a terceiros, ao contrário do que aponta o relatório", diz, em nota.

Segundo a instituição, pelo segundo ano consecutivo, a HRW confunde a Escola Mais com uma plataforma de aprendizado online. "A Escola Mais oferece ensino presencial a mais de 3 mil alunos em 9 unidades físicas nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Importante esclarecer que nosso site institucional é utilizado apenas para divulgar comercialmente a escola, com informações destinadas a adultos interessados em conhecer as unidades e os métodos pedagógicos desenvolvidos", acrescentou. 

No idioma mayoruna, um jovem alerta por rádio comunicador a presença de "nauas" (não indígenas) no Rio Itaquaí, na Amazônia, dentro de terra indígena. Um kanamari põe no céu um drone e documenta a invasão do território protegido. Em pouco tempo, a polícia terá em mãos o flagrante e a identificação dos caçadores. É a vigilância indígena, que passou a subsidiar a fiscalização oficial e a impor derrotas ao crime dentro da floresta.

Por trás do trabalho de ensinar matises, kanamaris, mayorunas, kulinas e marubos a operar uma parafernália tecnológica que muitos nunca tinham visto está o indigenista Bruno Pereira, desaparecido desde o último dia 5. A pedagogia foi inspirada na técnica de trabalhar com desenhos que os Médicos Sem Fronteiras usam para ensinar procedimentos a tribos da África. "O Bruno ia com a gente pelo mato, ensinava tudo. A gente trabalha aqui no risco, de noite e de dia para cuidar da nossa terra de todos pescadores e de tudo", contou um mayoruna que, por medo da reação de criminosos, pediu para não ser identificado.

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A vigilância começou a ganhar corpo em setembro de 2021 e em pouco tempo os cerca de vinte indígenas treinados já deram resultados. Bruno queria expandir o projeto para o Maranhão. Além de prejuízos financeiros a caçadores e a pescadores ilegais, eles têm subsidiado a fiscalização em Atalaia do Norte, Tabatinga e Manaus (AM). Ao desaparecer, Bruno Pereira levava à Polícia Federal um novo conjunto de diários, fotos, vídeos e informações georreferenciadas feitos pela equipe.

A ideia nasceu de uma demanda conjunta dos povos do Vale do Javari como solução ao arquivamento de denúncias por "falta de informações qualificadas". O monitoramento se mostrou necessário por um motivo vital. Os infratores adentram os territórios preservados em busca principalmente de tracajás, pirarucus e antas para vender no mercado paralelo. "São recursos vitais para os irmãos isolados que vivem ali. Estão vulnerabilizando os parentes marubos e temos informações de que está faltando comida para os Korubos", diz Beto Marubo, principal liderança indígena do Javari, que atua em parceria com Bruno. Como revelou o Estadão ontem, Marubo anda escoltado e está ameaçado de morte.

A equipe de vigilância indígena agora está dedicada a descobrir o paradeiro de Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Ontem, a melhor pista era um trecho de mata revirada na calha do Itaquaí. Até o fim do dia, nenhum sucesso. A Polícia Federal periciou o freezer de pescados de uma embarcação, mas não apresentou avanços.

Apesar de toda a movimentação militar, os indícios de atividade ilegal não param no extremo da Amazônia, na fronteira com o Peru. Um irmão do único suspeito de ligação com o desaparecimento tem percorrido as imediações da base móvel da equipe de vigilância. "O Caboclo está aqui, o freezer dele parece estar cheio de pirarucu. Avisa a polícia e pede pra fazer uma revista, ele está perto do furo do Itaquaí", alertou um kanamari.

TESOURO. A riqueza extraída por causa de uma fiscalização deficitária é imensurável. Há muito mais riqueza que peixes, ouro e madeira nos rios e florestas do Vale do Javari. Com recentes descobertas de áreas de nióbio, potássio, manganês e óxido de tântalo em outras regiões da Amazônia, o território indígena no extremo oeste do País onde atua o indigenista Bruno Pereira voltou a atrair a cobiça internacional. Possíveis campos de extração de gás e óleo na reserva de 85 mil quilômetros quadrados foram mapeados ainda nos anos 1980, quando a Petrobras realizou pesquisas de campo.

A ofensiva pelas riquezas do Javari tem outras frentes conhecidas. A atuação de dragas para garimpar ouro, a pesca de espécies raras como o pirarucu, um dos maiores peixes brasileiros, e o comércio de madeira são as mais visíveis delas. Essa cadeia econômica criminosa na região de Tríplice Fronteira tem como liga o tráfico de drogas, que despeja dinheiro e armas pesadas nos municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

Bruno Pereira esteve envolvido em todas as mais recentes operações contra o crime ambiental nessa região do Alto Solimões. Em 2019, coordenou a missão policial que resultou na destruição de mais de 40 dragas, um duro golpe no mercado do garimpo. Pouco depois, perdeu a coordenação que ocupava na Fundação Nacional do Índio (Funai) e passou a atuar voluntariamente na União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

PASSO A PASSO. A última expedição começou em 2 de junho, uma quinta-feira, quando subiu o Itaquaí para se reunir com a equipe de vigilância indígena, na companhia do jornalista inglês, colaborador do The Guardian que percorre a Amazônia para a produção de um livro. Como os "nauas" não podem entrar no território demarcado, o encontro foi na comunidade do Lago do Jaburu.

No domingo, 5, desceriam o Itaquaí e o Javari com novos dossiês. Tinha uma agenda prevista com a Polícia Federal em Tabatinga. No caminho, parou em uma das comunidades conhecidas por servir de entreposto para narcotraficantes e exploradores para conversar com uma liderança local. E sumiu.

Pouco antes, Amarildo Costa, o Pelado, suspeito preso, passou de barco acompanhando por um outro caçador fazendo intimidações. O Estadão localizou uma das testemunhas que prestou depoimento à Polícia Civil. "Eles levantaram as armas e um deles tinha uma cartucheira na cintura, que não é comum. Eles foram filmados. O Bruno ia levar o vídeo pra PF e agora sumiu tudo", diz a testemunha kanamari.

IDH. O prefeito de Atalaia do Norte (AM), Denis Paiva (PSC), negou vínculo com Pelado, único preso por suspeita de ligação com o desaparecimento. Ele visitou a casa do suspeito após a prisão e o procurador municipal chegou a assumir temporariamente a defesa. "Meu histórico não permite isso, meu caráter não permite isso. Quem me conhece sabe. As pessoas querem induzir, colocar palavras na nossa boca. Eu o conhecia, sim. Se disser que não, estou mentindo. Mas não tinha amizade, de compadre, de ele ir na minha casa e eu ir na casa dele", disse.

Atalaia do Norte tem o terceiro pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH) e o pior do estado do Amazonas. A cidade, afastada do Peru somente pelo rio Javari, é pacata, mas tem um entorno conhecido pela intensa movimentação de infratores. Há influência de narcotraficantes brasileiros, peruanos e colombianos, segundo policiais e pesquisadores. O prefeito reclama do desamparo dos órgãos federais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No idioma mayoruna, um jovem alerta por rádio comunicador a presença de "nauas" (não indígenas) no Rio Itaquaí, na Amazônia, dentro de terra indígena. Um kanamari põe no céu um drone e documenta a invasão do território protegido. Em pouco tempo, a polícia terá em mãos o flagrante e a identificação dos caçadores. É a vigilância indígena, que passou a subsidiar a fiscalização oficial e a impor derrotas ao crime dentro da floresta.

Por trás do trabalho de ensinar matises, kanamaris, mayorunas, kulinas e marubos a operar uma parafernália tecnológica que muitos nunca tinham visto está o indigenista Bruno Pereira, desaparecido desde o último dia 5. A pedagogia foi inspirada na técnica de trabalhar com desenhos que os Médicos Sem Fronteiras usam para ensinar procedimentos a tribos da África. "O Bruno ia com a gente pelo mato, ensinava tudo. A gente trabalha aqui no risco, de noite e de dia para cuidar da nossa terra de todos pescadores e de tudo", contou um mayoruna que, por medo da reação de criminosos, pediu para não ser identificado.

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A ideia nasceu de uma demanda conjunta dos povos do Vale do Javari como solução ao arquivamento de denúncias por "falta de informações qualificadas". O monitoramento se mostrou necessário por um motivo vital. Os infratores adentram os territórios preservados em busca principalmente de tracajás, pirarucus e antas para vender no mercado paralelo. "São recursos vitais para os irmãos isolados que vivem ali. Estão vulnerabilizando os parentes marubos e temos informações de que está faltando comida para os Korubos", diz Beto Marubo, principal liderança indígena do Javari, que atua em parceria com Bruno. Como revelou o Estadão ontem, Marubo anda escoltado e está ameaçado de morte.

A equipe de vigilância indígena agora está dedicada a descobrir o paradeiro de Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Ontem, a melhor pista era um trecho de mata revirada na calha do Itaquaí. Até o fim do dia, nenhum sucesso. A Polícia Federal periciou o freezer de pescados de uma embarcação, mas não apresentou avanços.

Apesar de toda a movimentação militar, os indícios de atividade ilegal não param no extremo da Amazônia, na fronteira com o Peru. Um irmão do único suspeito de ligação com o desaparecimento tem percorrido as imediações da base móvel da equipe de vigilância. "O Caboclo está aqui, o freezer dele parece estar cheio de pirarucu. Avisa a polícia e pede pra fazer uma revista, ele está perto do furo do Itaquaí", alertou um kanamari.

TESOURO. A riqueza extraída por causa de uma fiscalização deficitária é imensurável. Há muito mais riqueza que peixes, ouro e madeira nos rios e florestas do Vale do Javari. Com recentes descobertas de áreas de nióbio, potássio, manganês e óxido de tântalo em outras regiões da Amazônia, o território indígena no extremo oeste do País onde atua o indigenista Bruno Pereira voltou a atrair a cobiça internacional. Possíveis campos de extração de gás e óleo na reserva de 85 mil quilômetros quadrados foram mapeados ainda nos anos 1980, quando a Petrobras realizou pesquisas de campo.

A ofensiva pelas riquezas do Javari tem outras frentes conhecidas. A atuação de dragas para garimpar ouro, a pesca de espécies raras como o pirarucu, um dos maiores peixes brasileiros, e o comércio de madeira são as mais visíveis delas. Essa cadeia econômica criminosa na região de Tríplice Fronteira tem como liga o tráfico de drogas, que despeja dinheiro e armas pesadas nos municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

Bruno Pereira esteve envolvido em todas as mais recentes operações contra o crime ambiental nessa região do Alto Solimões. Em 2019, coordenou a missão policial que resultou na destruição de mais de 40 dragas, um duro golpe no mercado do garimpo. Pouco depois, perdeu a coordenação que ocupava na Fundação Nacional do Índio (Funai) e passou a atuar voluntariamente na União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

PASSO A PASSO. A última expedição começou em 2 de junho, uma quinta-feira, quando subiu o Itaquaí para se reunir com a equipe de vigilância indígena, na companhia do jornalista inglês, colaborador do The Guardian que percorre a Amazônia para a produção de um livro. Como os "nauas" não podem entrar no território demarcado, o encontro foi na comunidade do Lago do Jaburu.

No domingo, 5, desceriam o Itaquaí e o Javari com novos dossiês. Tinha uma agenda prevista com a Polícia Federal em Tabatinga. No caminho, parou em uma das comunidades conhecidas por servir de entreposto para narcotraficantes e exploradores para conversar com uma liderança local. E sumiu.

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IDH. O prefeito de Atalaia do Norte (AM), Denis Paiva (PSC), negou vínculo com Pelado, único preso por suspeita de ligação com o desaparecimento. Ele visitou a casa do suspeito após a prisão e o procurador municipal chegou a assumir temporariamente a defesa. "Meu histórico não permite isso, meu caráter não permite isso. Quem me conhece sabe. As pessoas querem induzir, colocar palavras na nossa boca. Eu o conhecia, sim. Se disser que não, estou mentindo. Mas não tinha amizade, de compadre, de ele ir na minha casa e eu ir na casa dele", disse.

Atalaia do Norte tem o terceiro pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH) e o pior do estado do Amazonas. A cidade, afastada do Peru somente pelo rio Javari, é pacata, mas tem um entorno conhecido pela intensa movimentação de infratores. Há influência de narcotraficantes brasileiros, peruanos e colombianos, segundo policiais e pesquisadores. O prefeito reclama do desamparo dos órgãos federais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Kampala, a capital de Uganda, teve sua vigilância reforçada nesta quarta-feira (17), com ruas bloqueadas e postos de controle e patrulhas armadas instalados nas ruas, um dia depois de um duplo atentado suicida reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico (EI).

As duas explosões ocorreram pela manhã, com três minutos de intervalo, perto do quartel-general da polícia e do Parlamento, no distrito financeiro e administrativo de Kampala.

"A segurança foi reforçada em Kampala e em seu entorno para garantir que a população esteja protegida de qualquer perigo", disse à AFP o porta-voz da polícia metropolitana da capital ugandesa, Like Owoyesigyire.

Hoje pela manhã, via-se muitos policiais e militares nas ruas de Kampala, assim como pontos de controle em algumas avenidas, provocando engarrafamentos, observou um jornalista da AFP no local.

Os investigadores continuam inspecionando os locais dos ataques, que deixaram três mortos e 33 feridos, segundo as forças policiais. De acordo com a Cruz Vermelha de Uganda, a maioria dos feridos são policiais.

O primeiro ataque teve como alvo um posto de controle próximo ao QG da polícia por um homem carregando uma bomba em uma mochila. No segundo, dois homens "disfarçados de mototáxis" deflagraram sua carga explosiva, perto da entrada do Parlamento.

As forças de contraterrorismo detiveram um quarto terrorista e "apreenderam um dispositivo explosivo caseiro não detonado de sua casa", relatou ontem a polícia.

A explosão perto das instalações da polícia destruiu janelas, e a outra, perto do Parlamento, incendiou veículos estacionados na área.

A polícia de Uganda atribuiu o duplo atentado de terça-feira (16) a um "grupo local ligado às ADF", as Forças Democráticas Aliadas, uma rebelião ativa no leste da vizinha República Democrática do Congo (RDC).

Posteriormente, no entanto, o Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelos ataques, em nota publicada ontem em seus canais no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram. Nela, o EI anunciou que os ataques foram cometidos por três homens-bomba.

Este é o segundo atentado mortal em Uganda reivindicado pelo EI em poucas semanas. Em 23 de outubro, o grupo já havia reivindicado a autoria de atentado a bomba em um restaurante de Kampala. Nesta ocorrência, uma garçonete morreu, e várias pessoas ficaram feridas.

Desde abril de 2019, o EI assume a responsabilidade por alguns ataques cometidos pelas ADF, às quais se refere como sua "Província da África Central" (Iscap, na sigla em inglês).

Em março, os Estados Unidos incluíram as ADF à sua lista de "organizações terroristas" afiliadas ao EI.

strs-sva/mar/me/tt

A Amazon apresentou nesta terça-feira (28) um robô equipado com microfones e câmeras que os usuários podem utilizar para monitorar a segurança de suas casas, um dispositivo que transforma "ficção científica em realidade", nas palavras de um dos responsáveis pelo projeto.

A empresa tecnológica saudou o robô batizado de "Astro" como uma grande inovação para a segurança e conveniência de seus usuários, mas especialistas em tecnologia alertam que ele pode oferecer riscos para a privacidade.

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Astro é um dispositivo de aproximadamente 60 centímetros de altura e nove quilos de peso. Ele pode mapear a planta de uma casa e obedecer a comandos específicos, como "olhar" mais de perto para um determinado lugar com auxílio de uma câmera telescópica.

"Agora, quando você não estiver em casa, você pode usá-lo para patrulhar de forma proativa a sua residência e averiguar atividades", afirmou o executivo da Amazon, Dave Limp, em um vídeo sobre o lançamento do produto.

Além disso, o dispositivo, que também funciona integrado à assistente virtual Alexa, pode ser ensinado a reconhecer rostos e a aprender os hábitos dos moradores da casa.

- Um dilema de privacidade digital? -

A Amazon afirma que Astro também pode ser útil para ajudar a verificar remotamente familiares mais idosos, como uma espécie de babá eletrônica, e lembrar os usuários de realizar certas atividades de rotina.

"Ele está transformando a ficção científica em realidade", afirmou Suri Maddhula, que participou do desenvolvimento do robô, no vídeo de apresentação.

Por outro lado, Matthew Guariglia, analista de políticas de grupo Electronic Frontier Foundation, uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos de liberdade de expressão e privacidade no contexto da era digital, manifestou preocupação com o risco potencial que o dispositivo representa.

Segundo Guariglia, o dispositivo pode permitir que hackers vejam o interior da casa de um usuário se for invadido. Além disso, a própria polícia pode requerer acesso ao mesmo através de um mandado de busca.

"Existem alguns cenários em que [Astro] pode ser útil, assim como existem cenários em que uma câmera de vigilância em sua casa também pode ser útil", disse o analista à AFP.

"Contudo, o problema é que você precisa saber que [o dispositivo] traz consigo um problema de vulnerabilidade", acrescentou.

Para evitar esse problema, Limp, que é vice-presidente sênior para dispositivos e serviços da Amazon, afirmou em uma conferência de imprensa que Astro possui recursos integrados para proteção contra abusos.

Segundo o executivo, os usuários podem desligar as câmeras e microfones de Astro, e o dispositivo também emite um alerta sonoro e visual em seu display quando alguém tenta acessar as câmeras de maneira remota.

"Se alguém 'hackear' sua conta ou algo do tipo, e esse alguém pode ser um criminoso obviamente, queremos que qualquer pessoa que estiver em casa saiba o que está acontecendo", afirmou.

Limp também destacou que a Amazon não tem acesso remoto às câmeras de seus dispositivos e, portanto, "jamais permitiria que um departamento de polícia tivesse acesso ao dispositivo".

O Instituto de Vigilância Sanitária interditou quatro estabelecimentos desde a noite de sábado (13) até a madrugada de domingo (14), entre eles um baile de carnaval com centenas de pessoas no Bosque Bar, no tradicional Jockey Club, na zona sul do Rio de Janeiro. O estabelecimento foi multado e interditado tanto pela Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização (CLF, da Seop) quanto pela Vigilância Sanitária, além de ter equipamento de som apreendido. O público foi dispersado, segundo informação da Seop.

A Seop, a Guarda Municipal e o Instituto de Vigilância Sanitária, com o apoio da Polícia Militar, percorreram locais com denúncias de eventos na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Ipanema, Gávea e Lagoa. Equipes da Guarda também atuaram no Leblon, na Tijuca e em outros pontos da cidade.

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Ao todo foram inspecionados 11 estabelecimentos e 7 multas foram aplicadas. Também foram apreendidos pelos fiscais sanitários e acautelados pela Coordenadoria de Controle Urbano (CCU, da Seop) equipamentos de som em três estabelecimentos.

Na Barra da Tijuca, a casa noturna Lalu Lounge, na Avenida Armando Lombardi, também promovia aglomeração e foi fechada. Além da interdição cautelar (até as 7h deste domingo) e multa, o local teve equipamento apreendido.

Desde a sexta-feira, já foram feitas 43 inspeções sanitárias, com 25 autos de infração, 14 interdições e 7 apreensões de equipamentos de som, informou a Seop.

A Guarda Municipal também está desde sexta-feira realizando fiscalizações na cidade e já fez 309 ações até o momento, sendo 227 multas de trânsito, 32 notificações sanitárias por falta do uso de máscara, aglomeração e 48 ocorrências e auxílios ao público e a outros órgãos. A ação foi concentrada na altura do bar Jobi, um dos mais famosos do Leblon, zona sul do Rio.

As equipes também fizeram a desobstrução da via pública ao trânsito, na altura da Praça Cazuza, e coibiram irregularidades de trânsito, como o estacionamento em fila dupla cometido por motoristas de táxis. Duas caixas de som foram apreendidas na Rua Dias Ferreira e na Avenida Ataulfo de Paiva. Uma banca de jornal em frente ao bar Jobi teve bebidas apreendidas conforme proibição estabelecida por decreto municipal

Como medida para coibir a aglomeração nas ruas, os agentes utilizam ainda sirenes das viaturas para provocar a saída das pessoas da via pública, informou a Seop.

A Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro, órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) interceptou e impediu a comercialização de mais de 140 toneladas de uvas passas contaminadas que tinham como destino a região metropolitana de São Paulo.

Segundo as autoridades, a interceptação do produto importado ocorreu entre junho e setembro em postos de fronteira do Porto de Santos (SP) e do Porte Seco de Foz do Iguaçu (PR), após constatação de que apresentava “quantidade de ocratoxina A acima do permitido” – substância produzida por alguns tipos de fungos.

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Segundo o Ministério da Agricultura, em condições ambientais adequadas, a substância pode estar presente em produtos alimentares, como cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumos de fruta. “No entanto, excedendo o limite permitido de micotoxina torna-se tóxica, sendo prejudicial à saúde”, informou, por meio de nota, o ministério.

“Já foram bloqueadas cargas de uva passa com mais de nove vezes o limite máximo permitido de ocratoxina", detalha o auditor fiscal da operação, Tiago de Dokonal Duarte, do Ministério da Agricultura, ao informar que lotes importados de amendoim, milho, amêndoas, pistache, frutas secas e milho de pipoca, incluindo os seus subprodutos, só podem ser liberados para a comercialização no Brasil após a análise de micotoxinas feita por laboratórios credenciados.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 22, o início do uso de câmeras de vigilância acopladas aos uniformes de policiais militares em serviço. De acordo com o governo, os policiais poderão desligar os equipamentos, que não irão filmar todas as ações. O anúncio inicial, feito no dia 13, havia ocorrido em meio à divulgação pela imprensa de uma série de imagens de abusos cometidos por PMs nas ruas de São Paulo. O governador disse que o monitoramento por câmeras já estava em testes e teria início em breve.

Nesta quarta, Doria esclareceu que as câmeras ficarão desligadas e serão acionadas quando o PM se envolver em alguma situação que julgue necessária filmar as ações. O equipamento terá um botão de acionamento. Ao ser acionada a câmera, as imagens serão transmitidas para uma nuvem protegida, que poderão ser acessadas pela PM, pela Justiça e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Depois disso, o equipamento é desligado.

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A estreia dos equipamentos na rua está prevista para o dia 1º de agosto (sábado), com o início de operação de 585 equipamentos cedidos por uma empresa privada. Uma licitação para a aquisição de mais 2.500 câmeras será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (23), que devem operar até dezembro. No anúncio, não foi dito se essa empresa que fez a doação ao Estado poderá participar da licitação. Dessa forma, o total de câmeras será de pouco mais de 3.000.

A PM tem 85 mil agentes. O secretário da Segurança Pública, João Campos, disse que a escolha sobre como distribuir as câmeras será feita por regiões, não a partir de critérios sobre os PMs que portarão os equipamentos. Ele destacou que a câmera não monitora só um agente, mas sim a ocorrência de uma equipe.

O secretário executivo da PM, Álvaro Camilo, foi questionado durante entrevista coletiva sobre o tema, mas não informou se policiais que não acionem o equipamento estarão sujeitos a punição. "Nos testes feitos no ano passado, houve interesse dos policiais em manter a câmera ligada", disse o secretário, que é ex-comandante geral da corporação e ex-deputado estadual pelo PSD. Segundo Camilo, o policial se sentiria mais seguro de seus atos com a máquina ligada.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que haverá protocolos repassados aos PMs determinando quais situações vão determinar que a filmagem comece. Se o agente não cumprir o protocolo, e deixar de filmar uma ocorrência que deveria ser monitorada, ele estará sujeito a punição administrativa.

Ao apresentar a iniciativa, a PM informou que o programa terá como vantagens um "maior respaldo para o policial em sua atuação", "reforço da transparência" e "fortalecimento da prova judicial". Camilo destacou ainda que outras polícias do mundo que usam equipamentos parecidos também não filmam 100% do tempo e que será critério do Estado e da Justiça decidir quais imagens captadas poderão ser disponibilizadas para a sociedade.

Uma das orientações detalhadas pelo governo é ligar as câmeras durante o atendimento de casos de violência doméstica, mas também há a recomendação para o uso durante abordagens a policiais e perseguição a suspeitos. A Polícia Militar bateu o recorde histórico de mortes de civis durante operações no primeiro quadrimestre do ano. Em maio, os números tornaram a subir.

Sempre repleto de pegadinhas, o 1º de abril, considerado Dia da Mentira, gerou tumulto em frente a Águia Vigilância, localizada no Barro, Zona Oeste do Recife. Em tempos de pandemia, com isolamento social necessário, a empresa notifica que a oferta de vagas que circula nas redes sociais é falsa e pediu que as pessoas evitem  aglomerações, devido a exposição ao coronavírus. 

A empresa, que pertence ao Grupo Adlim, disse ter sido pega de surpresa na manhã desta quarta- feira (1º) com o anúncio de oportunidades e pontuou que não estão recebendo currículos no momento, devido às recomendações preventivas emitidas pela Secretaria de Saúde do Estado (SSE). 

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Segundo a Águia Vigilância as pessoas devem seguir as orientações repassadas pelas autoridades da área de saúde, bem como ficar atentas as informações de vagas em canais confiáveis.

A prefeitura de Barcarena, por meio da Vigilância Sanitária, monitora todos os dias os caminhoneiros que chegam ao município. Uma equipe volante e multidisciplinar faz as orientações no Trevo do Peteca, da Alça Viária (Castanhalzinho), e num posto de gasolina nesse trecho.

São profissionais de vários ramos da saúde, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, dentre outros, que realizam um trabalho de orientação nas entradas rodoviárias da cidade, explica a coordenadora da vigilância sanitária, Daniele Araújo.

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“Estamos com uma escala de domingo a domingo para cobrir todas as entradas de Barcarena. Essa equipe faz um trabalho de monitoramento para informações de onde a pessoa vem, se apresenta algum sintoma, e de acordo com as situações encaminhamos para atendimento médico”, disse.

A nutricionista Alice Carvalho atua na equipe da vigilância nesse procedimento com os caminhoneiros. “Perguntamos por quanto tempo eles ficam na cidade, se são idosos ou têm problemas crônicos. Orientamos quanto a higienização, isolamento, evitar contatos etc. Preenchemos um formulário com as principais informações e, caso haja sintomas, encaminhamos para outros procedimentos”, informou.

O movimento de carretas e caminhões nesses trevos é intenso todos os dias. O caminhoneiro Carlos Barbosa avaliou como positivas as orientações da equipe de saúde. “Pra mim foi muito importante eles virem aqui dar esse apoio, mais instruções, já que a gente não assiste televisão, é mais rádio. Pena que muitas pessoas não levam a sério os cuidados, mas eu sempre lavo as mãos."

Da assessoria da prefeitura de Barcarena.

 

Na manhã deste sábado (4), uma equipe da Vigilância Sanitária percorreu as orlas de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa, localizadas na Zona Sul do Recife, e iniciou o período de fiscalização do comércio de alimentos nas praias. A inspeção, realizada aos fins de semana, segue até fevereiro com o intuito de evitar doenças transmitidas através da armazenagem inadequada.

Além de recolher produtos impróprios para consumo, ambulantes e quiosques vão receber orientações sobre a temperatura ideal de conservação e o tipo de recipiente adequado. "Explicamos ao vendedor o motivo pelo qual a mercadoria está sendo apreendida e, na mesma hora, orientamos sobre como ele deve fazer para levar o produto para vender, na próxima vez", explica a gerente da Vigilância Sanitária Daniele Feitosa.

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Só no ano passado, cerca de 21 mil casos de doenças diarreicas agudas foram registrados. O que representa um aumento de 18% em relação a 2018. Dentre as orientações, os comerciantes devem usar roupas claras e manter o cabelo preso. Aos que utilizam gelo, o produto deve conter selo sanitário de autorização para conservar carnes, ostras, camarão, queijos e embutidos.

Molhos como ketchup e maionese devem ser fornecidos apenas em sachês. Frutas e verduras devem estar cortadas e guardadas em recipientes com tampas. Material de vidro não foi permitido. Todos os produtos devem evitar exposição ao sol.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou imagens inéditas de um índio que vive isolado na Amazônia. A Funai observa o índio há 22 anos, planejando ações de vigilância do território onde vive e garantindo sua proteção contra ameaças externas.

Conhecido como o "índio do buraco", ele é o último sobrevivente de sua etnia. De acordo com a Funai, na década de 80, a colonização desordenada, a instalação de fazendas e a exploração ilegal de madeira em Rondônia provocaram sucessivos ataques aos povos indígenas isolados, num constante processo de expulsão de suas terras e de morte.

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Segundo a Funai, após o último ataque de fazendeiros ocorrido no final de 1995, o grupo do índio isolado que provavelmente já era pequeno (a partir de relatos, a equipe local acreditava serem seis pessoas) tornou-se uma pessoa só. Os culpados jamais foram punidos. Em junho de 1996, o órgão teve o conhecimento da existência e da traumática história deste povo, a partir da localização de acampamento e outros vestígios de sua presença. 

Quando há a presença confirmada ou possível de povos indígenas isolados fora de limites de terras indígenas, a fundação se utiliza do dispositivo legal de Restrição de Uso (interdição de área), visando a integridade física desses povos em situação de isolamento, enquanto se realizam outras ações de proteção e tramitam processos de demarcação de terra indígena.

A atual delimitação da Terra Indígena (TI) Tanaru, onde vive o índio isolado, foi estabelecida em 2015, por meio de portaria que prorrogou a interdição de área por mais 10 anos. A área demarcada tem 8.070 hectares. As primeiras interdições de área ocorreram na década de 1990, logo após a confirmação da existência do indígena no local.

A partir da confirmação da presença do índio isolado, em 1996, a Funai realizou algumas tentativas de contato, mas logo recuou ao perceber que não era da vontade dele. A última tentativa ocorreu em 2005. Deste então, os servidores que o acompanham deixam apenas algumas ferramentas e sementes para plantio em locais que ele passa frequentemente. Por volta de 2012, o órgão registrou algumas roças de milho, batata, cará, banana e mamão plantadas pelo indígena, que vive basicamente desses alimentos e da caça.

Nos últimos 10 anos, a Funai realizou 57 incursões de monitoramento do indígena e cerca de 40 viagens para ações de vigilância e proteção da TI Tanaru.

A China está criando seu próprio bando de pássaros robóticos equipados com tecnologia de vigilância para espionar tudo o que acontece no solo. Segundo informações do jornal South China Morning Post, os drones já estão em operação em pelo menos cinco províncias.

Os drones semelhantes a pombas são desenvolvidos por pesquisadores da Northwestern Polytechnical University, na província de Shaanxi, que já trabalharam em caças furtivos usados ​​pela força aérea.

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Cada ave robótica é equipada com tecnologia GPS, uma câmera de alta definição e um sistema de controle de voo que se conecta aos satélites em órbita. Os drones também fazem uso de um pequeno motor elétrico para acionar o movimento das asas.

As máquinas do atual bando de robôs da China replicam cerca de 90% dos movimentos de uma pomba real, disse a pessoa envolvida no projeto, acrescentando que elas também produzem pouco ruído.

Apesar dos avanços tecnológicos, os drones da China ainda estão longe de serem perfeitos. Eles são incapazes de viajar longas distâncias ou manter o curso em ventos fortes. Seu desempenho também pode ser prejudicado pela chuva forte ou neve.

Além disso, a ausência de um mecanismo anti-colisão significa que os drones são propensos a colidir com objetos quando voam a baixas altitudes, enquanto seus circuitos eletrônicos são vulneráveis ​​a distúrbios eletromagnéticos.

No entanto, os pesquisadores estão trabalhando duro para resolver esses problemas, e com os avanços na tecnologia de inteligência artificial, eles esperam que a próxima geração de pássaros robóticos possa voar em formações complexas e tomar decisões independentes no ar.

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Um drone deixou um pacote no pátio da prisão de Valence, sudeste da França, o que preocupou os carcereiros, que lidam diariamente com a entrada ilícita de produtos no local.

O veículo "pousou no local às 15H30 (de terça-feira), uma hora em que quase todos os detentos estão fora das celas. Tinha uma câmera e transportava um pacote claramente identificado", afirmou uma fonte penitenciária.

O drone passou através da rede antihelicópteros que cobre o pátio da prisão ultramoderna. "O alerta foi dado imediatamente pelas torres de vigilância e os detidos foram registrados. Mas foi impossível encontrar o conteúdo do pacote, do qual os presos se apropriaram e passaram de mão em mão", lamentou a fonte.

"É um primeiro passo para a introdução de coisas mais perigosas. Hoje foi provavelmente droga. Da próxima vez poderiam ser armas, explosivos ou uma forma de estudar a prisão com a câmera do drone para tentar uma fuga...", completou.

De acordo com a mesma fonte, quase todos os dias são jogados produtos ilícitos por cima dos muros da prisão.

Os dados do 1,2 bilhão de pessoas que usam o WhatsApp não estão sendo mantidos em segurança, de acordo com um novo relatório. A organização sem fins lucrativos Electronic Frontier Foundation (EFF) lançou uma pesquisa sobre como as empresas de tecnologia mantêm as informações de seus usuários seguras. E o popular aplicativo recebeu críticas por potencialmente deixar que governos observem as mensagens privadas trocadas na plataforma.

"Ainda existem muitas empresas que estão atrasadas, não conseguem implementar as melhores práticas em torno da transparência ou não priorizam a privacidade dos usuários", diz o relatório, que menciona especificamente as companhias Amazon e WhatsApp. Ambas poderiam se esforçar mais para proteger estes dados, diz o estudo.

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A pesquisa diz que as empresas não têm políticas públicas fortes relacionadas à notificação de usuários sobre pedidos de dados governamentais. ''Estimulamos tanto a Amazon quanto o WhatsApp a melhorar suas políticas no próximo ano para que elas correspondam aos padrões de outros serviços online importantes'', informou o relatório.

O estudo, realizado anualmente desde 2011, traz um novo critério este ano, que versa sobre a venda de dados de usuários para outras empresas. O tópico analisa se as gigantes da tecnologia têm políticas e práticas que impedem que estas informações pessoais sejam usadas ​​para fins de vigilância.

O Twitter, por exemplo, instituiu uma política que proíbe explicitamente a venda de dados de usuários para agências de aplicação da lei ou de vigilância. Mas o WhatsApp não faz o mesmo. Os termos e condições do aplicativo de bate-papo levantam ainda mais dúvidas.

"Quando compartilhamos suas informações com fornecedores externos, exigimos que eles usem suas informações de acordo com nossas instruções e termos ou com sua permissão expressa", informa o WhatsApp. Segundo a EFF, a explicação dada pela empresa é vaga e a companhia deve se esforçar para esclarecer quem pode comprar os dados de seus usuários.

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A Alemanha aprovou nesta quinta-feira (22) uma lei para permitir às autoridades vigiar o conteúdo de mensagens criptografadas dos aplicativos WhatsApp e Skype com mais facilidade. Sob as novas regras, os investigadores podem instalar malwares em smartphones, tablets e computadores que lhes permitem ler as mensagens e outras comunicações pessoais dos usuários destes serviços.

Os políticos da União Democrata Cristã (CDU), União Social Cristã Bávara (CSU) e do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) dizem que a nova lei é necessária para acompanhar de perto os passos de terroristas e outros criminosos, que normalmente se comunicam online, e não mais por telefonemas.

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Para a oposição, porém, as regras são perigosamente invasivas e violam os direitos à privacidade. O WhatsApp, que pertence ao Facebook, e o Skype, da Microsoft, usam a criptografia de dados para garantir a confidencialidade das conversas de seus usuários. Ambos se recusam a se submeter a leis que, em alguns países, obrigam as operadoras de telecomunicações a fornecer os dados de seus clientes.

Com informações de agências

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Uma fiscalização apreendeu 454,47 kg de produtos no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no Recife, na manhã desta terça-feira (28). Pelo menos 162 kg das apreensões foram de carnes.

Ao todo, foram confiscados 60 kg de charque, 62 kg de carne bovina, mais de 40 kg de salsicha, além de manteiga, queijo coalho, peixes, pão e outros produtos. As equipes passaram em quatro estabelecimentos e apenas um não possuía irregularidades.

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As principais irregularidades foram itens que não estavam na validade ou não tinham registro em órgão de fiscalização. Um dos estabelecimentos vistoriados é reincidente e, além de ter os produtos apreendidos, receberá um auto de infração. Nele, havia manteiga de garra com adulteração no selo do serviço de inspeção federal.

Com relação à carne, item que tem chamado mais a atenção da população nas últimas semanas, o gerente estadual de Inspeção Animal, André Sérgio Dias, destaca que o consumidor precisa estar alerta. “O consumidor tem que saber a procedência daquele produto. Se é uma carne que não possui certificação, provavelmente é um produto clandestino, que não foi observado seu processo de preparo e de higiene. O mesmo acontece com o quejo coalho, cuja grande parte da procedência é clandestina”, comenta Dias. 

A operação foi realizada pelo Ministério Público, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO), Procon, Ipem, Delegacia do Consumidor, Agência Pernambuca de Vigilância Sanitária (Apevisa) e Vigilância Sanitária do Recife. 

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