Empresa cria backup do seu cérebro, mas te mata por isso
Mais de 20 pessoas já pagaram US$ 10 mil e entraram numa lista de espera para utilizar o serviço de preservação cerebral
Uma startup dos EUA está prometendo fazer backup dos cérebros de seus clientes para a nuvem e preservar suas memórias usando uma técnica pioneira que já foi testada em coelhos e porcos. O problema é que, de acordo com o fundador da empresa, o processo é 100% fatal. Chamada Nectome, a companhia foi criada em 2016, por pesquisadores do renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
A empresa espera oferecer uma aplicação comercial de um novo processo para a preservação dos cérebros, denominado criopreservação estabilizada com aldeído. A técnica, que faz com que o órgão seja vitrificado, ou essencialmente transformado em vidro, é bastante promissora e ganhou dois prêmios por ser concluída com sucesso em um porco.
Mas há uma desvantagem fundamental no processo. Para que a vitrificação seja concluída com sucesso, ela deve ser realizada no momento da morte. Isso porque o cliente deve ter seu fluxo sanguíneo substituído pelos produtos químicos de embalsamamento que preservam a estrutura neuronal, mesmo quando ele está sem vida.
Mesmo com esse adendo, 25 pessoas já pagaram US$ 10 mil e entraram numa espécie de lista de espera para utilizar o serviço de preservação cerebral quando ele for lançado. A quantia em dinheiro, segundo a empresa, é totalmente ressarcível caso a pessoa mude de ideia. A Nectome acredita que o processo é legal em certos estados dos EUA, onde a eutanásia ou o suicídio assistido são práticas legais. Mesmo assim, a empresa não prevê o uso real de sua técnica até 2021.
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