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“O que os megaempresários bilionários têm de diferente, o que os faz atingirem conquistas, cifras e números tão extraordinariamente elevados e muito além do que as pessoas normalmente conseguem?” Essa pergunta é uma das premissas do livro “Mentalidade de Riqueza”, lançamento do empreendedor Janguiê Diniz. Na obra, o autor fala sobre como atingir essa programação mental orientada ao sucesso e a importância dessa habilidade na trajetória de qualquer empreendedor. O livro já está disponível em pré-venda e lançado oficialmente em noites de autógrafos em São Paulo e no Recife.

Para Janguiê, a mente é a principal aliada e mais poderosa ferramenta de quem quer empreender e ter sucesso na vida e nos negócios. “Eu sempre defendi e defendo que, se você não condicionar sua mente da forma que deseja, na direção que quer seguir, você não conseguirá alcançar seus objetivos. É que o corpo só faz aquilo que a mente comanda, então, o sucesso é algo que vem de dentro para fora”, pontua. 

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A ideia de lançar esse livro com a temática da programação mental veio do desejo de aprofundar mais o tema, já tratado em outras obras do empreendedor. “Eu já escrevi sobre a mentalidade em outros livros, mas considero que essa é uma das principais, ou talvez a principal ferramenta para alcançar sucesso, prosperidade e até mesmo riqueza financeira. Digo isso de forma até empírica, porque, na minha vida, foi a minha programação mental que me fez sair de uma situação de extrema pobreza e construir grandes empreendimentos”, esclarece.

Em “Mentalidade de Riqueza”, Janguiê envereda pelos segredos da mente e do cérebro, por meio da neurociência e programação neurolinguística (PNL). “É compreendendo os princípios da neurociência que atuaremos com mais segurança no nosso processo de transformação rumo à construção de um mindset poderoso de riqueza, crescimento e prosperidade”, explica. “Compreender como o cérebro cria e mantém certos padrões de pensamento ajuda a identificar estratégias eficazes para desafiar crenças limitantes e substituí-las por outras mais construtivas, promovendo uma mentalidade de crescimento”, completa.

Foto: Divulgação

Com prefácio do psiquiatra e escritor Augusto Cury, “Mentalidade de Riqueza” será lançado com coquetel e noite de autógrafos em duas ocasiões: no dia 7 de dezembro, na Livraria da Vila do Shopping Iguatemi, em São Paulo; e no dia 18 de dezembro, na Livraria Jaqueira, no Recife, em Pernambuco. A obra já está disponível em pré-venda no site da Editora Gente.

Serviço

Lançamento o livro “Mentalidade de Riqueza”, de Janguiê Diniz

7 de dezembro, a partir das 18h

Livraria da Vila – Shopping JK Iguatemi - Av. Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo

18 de dezembro, a partir das das 18h

Livraria Jaqueira – R. Madre de Deus, 110, Bairro do Recife, Recife

Cientistas americanos desenvolveram tecnologias capazes de traduzir sinais cerebrais de pessoas que não conseguem falar em palavras de forma bem rápida, segundo dois estudos publicados nesta quinta-feira (24), na revista Nature.

Pat Bennett, de 68 anos, que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) testou a tecnologia e afirmou que ela a ajudará a se manter conectada com o mundo. Eletrodos implantados em seu cérebro decodificam as palavras que ela quer falar.

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A tecnologia pode ser crucial para pessoas que não conseguem falar por terem sofrido um derrame, por terem doenças cerebrais ou paralisia. Elas conseguem comunicar seus pensamentos em tempo real.

Antes de ser diagnosticada com ELA, Pat Bennett montava a cavalo e corria todos os dias. A doença, identificada em 2012, afeta áreas do cérebro que controlam o movimento, causando paralisia. A fala foi a primeira coisa a ser afetada.

Embora o seu cérebro não tenha sido afetado em sua capacidade de gerar a linguagem, os músculos de sua boca, língua, laringe e mandíbula estão paralisados e não permitem que ela fale.

Para realizar a pesquisa, um cirurgião implantou quatro sensores do tamanho de um pílula no cérebro de Pat, especificamente em áreas responsáveis pela fala. Quando essas regiões do cérebro enviam comandos para a boca e a mandíbula para emitir sons e formar palavras, um algoritmo decodifica a informação.

"O sistema é treinado para saber quais palavras devem vir antes das outras e os fonemas usados em cada uma delas", afirmou Frank Willett, da Universidade de Stanford, co-autor do estudo, acrescentando que a tecnologia consegue traduzir corretamente três em quatro palavras. "Mesmo que alguma coisa seja interpretada erroneamente, ainda assim será um bom palpite."

"Para aqueles que não são verbais, isso significa que podem permanecer conectados com o mundo, talvez continuar a trabalhar, manter amigos e relacionamentos familiares", afirmou Willet em comunicado à imprensa.

Depois de quatro meses treinando o software para interpretar a fala de Pat Bennett, a sua atividade cerebral começou a ser traduzida em palavras em uma tela, na velocidade de 62 palavras por minuto. Uma conversa normal pode chegar a ter 160 palavras por minuto, segundo os cientistas, e o objetivo agora é conseguir adaptar a tecnologia para que ela possa ser usada no dia-a-dia.

Em um outro estudo, da Universidade da Califórnia em San Francisco, Ann Johnson, que ficou gravemente paralisada depois de um derrame, conseguiu falar através de um avatar digital que conseguia, inclusive, reproduzir suas expressões faciais.

Os cientistas detectaram sinais de mais de 250 eletrodos implantados no cérebro da paciente e usaram um algoritmo para recriar a sua voz baseada na gravação de um discurso feito em seu casamento. O sistema alcançou cerca de 80 palavras por minuto e cometeu poucos erros.

"Me senti uma pessoa completa novamente", afirmou Ann ao jornal The New York Times.

Para funcionar, o implante de Johnson teve de ser conectado por um cabo ao computador. Mas os cientistas já estão trabalhando em versões sem fio. Os pesquisadores esperam que as pessoas que perderam a fala possam conversar em tempo real por meio de imagens computadorizadas de si mesmas, que transmitam ainda tom, inflexão e emoções, como alegria e raiva.

"A tecnologia tem potencial para, dentro de algum tempo, seja possível que os pacientes conversem normalmente praticamente em tempo real", afirmou Sean Metzger, que ajudou a desenvolver a tecnologia.

Nesta sexta-feira (21) é comemorado o Dia Mundial do Cérebro. Antes de tudo, é preciso compreender que, embora se use o termo cérebro e mente como sendo os mesmos, na verdade são conceitos distintos. O cérebro é adaptável e pode se beneficiar de mudanças positivas no estilo de vida, mesmo que sejam feitas de forma gradual. Portanto, é importante incorporar práticas em sua rotina de maneira consistente para obter melhores resultados a longo prazo. 

A leitura, escrita, contas ou novas habilidades – como uma nova língua ou tocar um instrumento - são exemplos do cérebro estar se exercitando. “Isso acontece porque as conexões entre as células cerebrais, chamadas de neurônios, ficam mais ativas e se tornam mais fortes. Além disso, quando exercitamos nosso cérebro, aumentamos a produção de neurotransmissores essenciais, como a dopamina e a serotonina. Essas substâncias químicas são vitais para a comunicação entre as células nervosas e estão diretamente associadas à nossa motivação, humor e bem-estar geral”, explica a especialista em Programação Neurolinguística, Mari Possidônio.

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Segundo ela, o cérebro se adapta e modifica ao longo da vida. “Quando trabalha ambos os lados do cérebro, está buscando um equilíbrio entre a criatividade e a lógica, maximizando o potencial que ajudará a enfrentar os desafios do dia a dia com mais facilidade”, acrescentou. 

Para trabalhar os lados do cérebro podem ser feitos no lado esquerdo (lógica) jogos de estratégia: xadrez, tabuleiros, problemas matemáticos. Estudar ciências exatas, como matemática, física e química. Já para o lado direito (criatividade) artes e expressões: desenho, pintura, dança, música, escrita. Isso inclui também jogos visuais como quebra-cabeças, jogos de imagens e associação de ideias. Para integrar os dois lados: praticar atividades físicas como tênis, basquete ou natação. Medite e pratique mindfulness, resolva problemas complexos, aprenda novas habilidades, descanse, cuide do sono, da alimentação.   

Formas de desacelerar o cérebro e relaxar o corpo 

“Não é possível desacelerar o cérebro totalmente de maneira literal. O cérebro é um órgão complexo e essencial para o funcionamento do corpo humano e não há uma maneira segura de diminuir sua velocidade de operação. No entanto, existem algumas técnicas e práticas que podem ajudar a acalmar a mente e reduzir a sensação de sobrecarga mental, proporcionando uma sensação de relaxamento e foco”, especifica a sócia fundadora da Casa Sharani Meditação e Bem-estar e terapeuta integrativa especializada em neurociências do comportamento, meditação ativa, Marcelle Menezes do Amaral.

Para a redução do estresse, ela recomenda meditação, exercícios físicos, prática de relaxamento, sono adequado e evitar estimulantes como o excesso de cafeína.  

Além da cabeça, existem outras áreas do corpo que podem ser massageadas para ajudar a relaxar a mente e o corpo. A massagem é uma forma de aliviar o estresse, melhorar a circulação sanguínea, liberar tensões musculares e promover uma sensação geral de bem-estar. Algumas das áreas do corpo que podem ser focadas durante uma massagem relaxante, segundo a Marcelle, incluem pescoço e ombros; costas; mãos e pés; pernas e braços; peito; rosto e abdômen. 

Alimentos benéficos e maléficos para o cérebro 

Segundo o nutrólogo, Dr. Vinícius Sampaio, os alimentos benéficos e que podem ser consumidos para a saúde cerebral são os peixes por causa do Ômega 3 – pois possui duas substâncias importantes para o organismo – incentiva a informação de novos neurônios. Outros alimentos como abacate e carne vermelha também são recomendados e benéficos. Já os alimentos que podem causar uma inflamação e intoxicação do cérebro devem ser evitados. “Hoje, mais do que nunca, está bem elucidado e diversos estudos falam sobre a inflamação que o açúcar traz e a polêmica dos adoçantes artificiais. A Anvisa levantou essa questão semana passada, classificando os adoçantes artificiais como ‘possivelmente cancerígeno’. Isso acaba fazendo com que algumas pessoas se assustam e acabam voltando para o uso do açúcar. Portanto, é bom orientar a evitar o uso de adoçante artificial e açúcar. Também é recomendado evitar gordura de má qualidade e farinha branca”, termina. 

Óleos essenciais como benefícios do cérebro 

A Aromaterapia, que utiliza óleos essenciais para estimular os sentidos e promover o bem-estar, é considerada uma abordagem holística para cuidar da saúde física e emocional e alguns óleos essenciais têm sido sugeridos como potencialmente benéficos para o cérebro com base em evidências anedóticas e estudos preliminares.

 “A Aromaterapia, hoje em dia, é utilizada com comprovação científica para a doença do cérebro que é muito comum. A gente chama de doença do século que são a depressão e a ansiedade. E a aromaterapia de lavanda é utilizada com mais frequência e existem inúmeras aromaterapias, mas, com mais evidência hoje, a lavanda é utilizada e com comprovação científica para o tratamento das doenças”, afirma Vinícius.  

Outros óleos, no ponto de vista da Marcelle que podem ser usados são: alecrim, hortelã-pimenta e tangerina. “Os óleos essenciais não devem ser considerados tratamentos isolados para problemas graves de saúde mental ou neurológicos. Em geral, a aromaterapia pode ser uma prática complementar agradável e relaxante, mas suas capacidades específicas para melhorar o cérebro ainda são objeto de investigação científica e podem variar de pessoa para pessoa”, complementa Marcelle. 

Se você quiser praticar o exercício do cérebro, conheça o Método SUPERA. Para saber mais, acesse o link a seguir: https://metodosupera.com.br/ 

 

Tirar cochilos durante o dia pode ajudar a preservar a saúde do cérebro e evitar quadros de demência, sugeriram pesquisadores britânicos e uruguaios, em estudo publicado na revista científica Sleep Health. Eles encontraram uma "ligação causal modesta" entre as sonecas e um maior volume cerebral.

Para chegar a esse resultado, os estudiosos da University College London (UCL) e da University of the Republic, do Uruguai, analisaram dados de mais de 378 mil pessoas, de 40 a 69 anos, do estudo UK Biobank. Eles compararam as medidas de saúde do cérebro e cognição de indivíduos "geneticamente programados" para tirar sonecas com aqueles que não tinham as variantes genéticas que marcam o hábito.

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Ao portal da UCL, a principal autora da pesquisa, a doutoranda Valentina Paz, disse que essa é a primeira pesquisa "a tentar desvendar a relação causal entre cochilo diurno habitual e resultados cognitivos e estruturais do cérebro". "Espero que estudos como este, mostrando os benefícios para a saúde de cochilos curtos, possam ajudar a reduzir qualquer estigma que ainda exista em relação a eles", afirmou Victoria Garfield, autora sênior.

No artigo, os pesquisadores explicam o declínio no volume do cérebro conforme envelhecemos. Uma metanálise anterior mostrou que, em pessoas saudáveis, após os 35 anos, o encolhimento é constante, a taxas de 2% ao ano, que aceleram aos 60. Assumindo esse declínio linear, os pesquisadores encontraram diferenças entre 2,6 e 6,5 anos entre quem estava geneticamente programado para cochilar e os que não.

ANOS ECONOMIZADOS

Esses "anos economizados", escreveram, podem equivaler à diferença entre um volume do cérebro de alguém com função cognitiva normal e comprometimento cognitivo leve. "Compreender essa diferença tem implicações clínicas importantes para a prevenção de prejuízos cognitivos relacionados ao envelhecimento, especialmente se generalizáveis para toda a população", diz o artigo. Uma das limitações do novo estudo é que é uma amostra com apenas pessoas de ascendência europeia e branca.

Nesse sentido, os estudiosos explicam que medidas de volume cerebral têm sido usadas como indicadores de neurodegeneração. O encolhimento do cérebro é mais acelerado em pessoas com declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. Outras pesquisas já abordaram como problemas no sono podem afetar negativamente essas mudanças estruturais. "De acordo com esses estudos, encontramos uma associação entre cochilos diurnos habituais e maior volume cerebral total, o que pode sugerir que cochilar regularmente fornece alguma proteção contra a neurodegeneração ao compensar o sono ruim", escreveram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois dias antes de nascer, a pequena Denver passou por uma cirurgia inédita para solucionar uma rara condição pré-natal. Com uma malformação da veia de Galeno, a bebê passou por um procedimento no cérebro enquanto ainda estava no útero da mãe, em Massachusetts, nos Estados Unidos. 

Exames de rotina apontaram a condição que afeta na circulação sanguínea nas artérias. Caso não tivesse sido operada, a menina poderia ter morrido logo após o parto por falta de sangue necessário no coração, pulmão e no próprio cérebro. 

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Médicos do Boston Children's Hospital decidiram realizar um procedimento de embolização in-utero no feto de 34 semanas e se orientaram através de ultrassom. Denver nasceu por parto normal, dois dias após a cirurgia. Ela passou por avaliação e nenhuma apontou alteração no coração ou quadro fora da normalidade. 

"Ficamos emocionados ao ver que o declínio agressivo, geralmente observado após o nascimento, simplesmente não apareceu. Temos o prazer de informar que, com seis semanas, o bebê está progredindo notavelmente bem, sem medicamentos, comendo normalmente, ganhando peso e voltando para casa. Não há sinais de nenhum efeito negativo no cérebro", informou o médico Darren B. Orbach, que participou da equipe responsável pelo procedimento. 

A família de Suzana Alves está passando por momentos tensos. Isso porque o marido da ex-Tiazinha, Flávio Saretta, de 42 anos de idade, contou nas redes sociais que descobriu um problema raro no cérebro. Na última quarta-feira (8), o ex-tenista abriu o coração relembrando como tudo aconteceu.

Em 31 de janeiro, Saretta desmaiou enquanto corria na esteira e precisou ser internado em São Paulo, onde recebeu o diagnóstico e passou por uma cirurgia de emergência.

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"Fui direto para a emergência. Fiz uma bateria grande de exames, uma tomografia, e acharam algo diferente na minha cabeça, no cérebro. Faço uma outra tomografia como contraste e encontram uma ligação de uma artéria direto com uma veia, o que é, de uma certa forma, raro. Se não tivesse descoberto isso, era certeza que eu teria um AVC ou alguma coisa que seria fatal e levar à morte, sem eu saber, porque, até então, eu achava que estava muito saudável", disparou.

E continuou: "Deu tudo certo, garças a Deus. Eles fecharam essa ligação que tinha entre a artéria e a veia, o que poderia ter tido um sangramento quando eu desmaiei. Ainda não se sabe quando surgiu esse problema da minha cabeça. Ainda estou um pouco baleado, me recuperando. Ralei muito o joelho quando eu desmaiei na esteira. Foram oito dias de muita dureza no hospital, muito medo também, mas que deu tudo certo. Pelo menos esse problema da cabeça já está solucionado. Tenho que fazer outros exames daqui a alguns meses para ter a certeza. Se eu não tivesse desmaiado, eu não saberia que eu teria isso na cabeça e poderia ser fatal. Essa cirurgia também não era tão simples, eu poderia ter perdido a visão do olho direito, mas que deu tudo certo. Foi o maior susto da minha vida".

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Em 2012, um operário da construção civil do Rio, de 24 anos, teve uma barra de ferro atravessada na cabeça. Quem testemunhou a cena jamais poderia esperar que o homem sobrevivesse. Hoje, ele tem uma vida praticamente normal. Depois de dez anos estudando o caso, cientistas brasileiros e americanos conseguiram comprovar o motivo do "milagre": o lado do cérebro não afetado pelo acidente assumiu as funções da área lesionada. A descoberta inédita, publicada na revista Lancet, abre caminho para novos tratamentos.

O acidente foi em 16 de agosto de 2012. Ele amarrou um vergalhão de 2,5 metros de comprimento. Fez sinal para um colega que estava a 15 metros de altura puxar a barra de ferro. Quase chegando ao seu destino, o vergalhão se soltou e caiu na cabeça do trabalhador. Foi um impacto de cerca de 300 quilos. A barra entrou pelo lado superior direito da cabeça e a ponta saiu entre os olhos.

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Mesmo com o vergalhão atravessado na cabeça, o jovem chegou ao hospital lúcido e orientado. Foi submetido a uma cirurgia de seis horas e ficou duas semanas internado. Segundo os médicos que o atenderam, ele perdeu aproximadamente 11% de massa encefálica. A perda foi do lado direito do córtex pré-frontal. Essa região do cérebro é uma das mais importantes.: responsável pela tomada de decisões, comanda impulsos, atenção, raciocínio, planejamento das ações e controle das emoções.

HISTÓRICO

O único registro disponível na história da Medicina de acidente similar indicava que o operário teria alterações comportamentais significativas. Foi em 1848. O operário americano Phineas Gage, de 25 anos, sofreu um acidente muito parecido com o do brasileiro. Perdeu cerca de 15% de massa encefálica. A única diferença foi que, no caso de Gage, a barra de ferro entrou pelo lado esquerdo da sua cabeça.

Os relatos mais conhecidos da época, no entanto, dão conta de que, após o acidente, o americano se tornou agressivo e grosseiro. São recorrentes as descrições de que ele "não era mais o mesmo homem".

Pesquisadores da Fiocruz, da UFRJ, no Rio, e da Escola de Medicina Albert Einstein e da Universidade de Nova York, nos EUA, decidiram acompanhar o caso recente. Queriam traçar paralelos. O trabalho é fruto da tese de doutorado de Pedro de Freitas, sob orientação do professor Renato Rozental, pesquisador da UFRJ e da Fiocruz. A pesquisa contou com recursos não disponíveis na época do acidente do americano: exames como tomografia, eletroencefalograma, ressonância magnética, modulação da atividade elétrica cerebral e exames neuropsicológicos para avaliar as disfunções no lobo frontal e estimar as consequências da lesão.

O operário brasileiro não apresentou alterações no comportamento. A única sequela do grave acidente é uma epilepsia pós-traumática. É comum em caso de ferimentos graves na cabeça e é controlável com medicamentos. Os pesquisadores começaram, então, a questionar os relatos relacionados a Phineas Gage. Descobriram outras impressões, menos conhecidas. E sustentam que ele não teria tido alterações comportamentais.

"Os relatos da época em que ele morou no Chile (de 15 a 20 anos depois do acidente nos EUA) não descrevem um homem grosseiro. Lá, ele trabalhou como cocheiro, lidava com cavalos, que são animais sensíveis, e com o transporte de passageiros em charretes. Era tido como uma pessoa educada, sensível e responsável.", conta Renato Rozental. "Nosso estudo acabou contribuindo também para a compreensão do caso de Phineas Gage, considerado um dos grandes mistérios da neurociência."

COMPENSAÇÃO

No caso do brasileiro, já logo depois do acidente, os pesquisadores constataram que o seu lobo frontal esquerdo começou a compensar o lado lesionado. Isso ocorria desde que aquele lado não fosse recrutado para outra atividade. As diferentes áreas do cérebro se comunicam por meio de impulsos elétricos. Quando uma área é lesionada, a atividade elétrica começa a funcionar mal e essa comunicação cerebral interna piora muito. Entretanto, explica Rozental, o hemisfério sadio começa a compensar essa atividade.

Para testar essa compensação, os pesquisadores pediram ao operário brasileiro que observasse um desenho cheio de detalhes. Em seguida, deveria copiá-lo sem olhar. Depois de três minutos, eles repetiram o pedido. Por fim, pediram novamente, depois de meia hora.

Os desenhos se mostraram muito acurados, mesmo após o período mais longo do experimento. Mas quando os cientistas suprimiram a atividade elétrica no lado sadio do cérebro e pediram que ele repetisse a tarefa, o resultado não foi tão bom. Isso mostrou uma capacidade deteriorada tanto da memória quanto do desenho. O operário também tem dificuldades para tarefas que exijam o recrutamento simultâneo dos dois lados do cérebro. "Não houve declínios perceptíveis em seu processamento mental, raciocínio moral, comportamento social, capacidade de resolver problemas diários, capacidade de interagir com colegas de trabalho ou com familiares ou capacidade de agir com eficiência", conclui o trabalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Você provavelmente já se viu nessa situação. Largado no sofá, após um longo e cansativo dia de trabalho, no qual teve de "pensar demais". Não quer se concentrar em mais nada, namora o aplicativo de delivery ou navega sem rumo pelas redes sociais. Mas por quê? Em estudo publicado na revista científica Current Biology, pesquisadores franceses sugerem que isso está relacionado "à necessidade de reciclagem de substâncias potencialmente tóxicas acumuladas durante o exercício do controle cognitivo". A substância em questão se trata do glutamato, principal neurotransmissor excitativo do cérebro, que desempenha papel importante em aprendizado e memória.

Conforme a pesquisa, a substância se acumula em "condições estressantes" ou "com demandas crescentes de tarefas". "O problema com concentrações muito altas de glutamato extracelular (fora da célula) não é apenas a ruptura do equilíbrio excitação/inibição, mas também a indução de bursts (explosões) de ativação, que podem prejudicar a transmissão de informações e causar excitotoxicidade (que pode causar morte ou lesão neural) nos casos mais graves", escrevem.

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Para a revista científica Science, o autor principal do estudo, Antonius Weihler, psiquiatra do GHU Paris Psychiatry and Neurosciences, falou que a ciência ainda está longe de poder dizer que "trabalhar duro mentalmente causa um acúmulo tóxico de glutamato no cérebro". À outra publicação científica, a Nature, ele explicou que quer usar os resultados para aprender como se recuperar da exaustão mental. "O sono ajuda? De quanto tempo as pausas precisam ser para ter um efeito positivo?"

Fadiga

Para testar essa hipótese metabólica da fadiga cognitiva, os cientistas analisaram 40 pessoas divididas em dois grupos, executando tarefas cognitivas por cerca de seis horas. Parte fazia atividades mais complexas e os outros, tarefas consideradas mais simples.

Após blocos de atividades, os participantes tinham de fazer quatro escolhas econômicas, associadas a recompensas monetárias. Elas serviram para análise da fadiga. Isso porque os maiores valores eram associados a demandas de alto esforço - pensar ou se exercitar fisicamente, por exemplo - e a um maior tempo para recebê-la - atraso no recebimento.

Enquanto se faziam essas escolhas, os cientistas analisavam os níveis de glutamato no córtex pré-frontal lateral, por meio de ressonância magnética. A região cerebral está envolvida na tomada de decisões e na regulação emocional - é uma das últimas do cérebro a se desenvolver e tem maturação importante na adolescência. E também faziam um rastreamento ocular para observar a dilatação da pupila, que, segundo eles, já "foi validada como um índice de esforço cognitivo".

Os pesquisadores descobriram que o grupo que fez tarefas mais complexas apresentava "alto nível" de glutamato no córtex pré-frontal lateral, e uma redução de dilatação da pupila na hora de fazer as escolhas econômicas. Ao contrário daqueles que fizeram atividades mais simples, que preferiram opções imediatas de recompensa que envolviam menos esforço, mesmo que, no longo prazo, representassem ganho menor. Segundo eles, os resultados replicam e estendem pesquisas que mostraram que exercer "intenso controle cognitivo", em trabalho intelectual ou esporte de resistência, induz uma forma de fadiga cognitiva que "se manifesta como uma maior preferência por opções imediatas".

Limitações

Mas o estudo apresenta limitações. "Nossos resultados são apenas correlacionais e não podem ser tomados como prova de que o que limita o esforço do controle cognitivo é a necessidade de prevenir o acúmulo de glutamato", advertem. Além disso, há limitações técnicas: os scanners usados não são capazes de quantificar a presença de outras substâncias.

Emilia Clarke, conhecida por interpretar Daenerys Targaryen na série Game of Thrones, revelou em um bate papo com o canal de TV britânico BBC One que parte do seu cérebro ficou inutilizável após dois aneurismas, um em 2011 e outro em 2013.

Sobre as sequelas, ela conta:

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- Uma parte do meu cérebro não é mais utilizável. É notável que eu seja capaz de falar, às vezes de forma articulada, e viver minha vida normalmente, sem absolutamente nenhuma consequência. Faço parte da minoria muito, muito, muito pequena de pessoas que podem sobreviver a isso.

Na época, Clarke ainda estava gravando a série, e precisou de períodos afastada para se recuperar.

- Foi a dor mais excruciante. Foi incrivelmente útil ter Game of Thrones me arrebatando e me dando um propósito.

E continua, dizendo ter ficado surpresa por poder viver normalmente.

- O que sempre me faz rir, porque derrames, basicamente, assim que qualquer parte do seu cérebro não recebe sangue por um segundo, ele desaparece. E assim o sangue encontra uma rota diferente para se locomover, mas então qualquer pedaço que esteja faltando desaparece.

A primeira vez que Emilia falou sobre o assunto foi em 2019, em uma entrevista para a revista The New Yorker. Na época, ela contou que sofreu desmaios durante as gravações da segunda temporada de Game of Thrones.

Em seu relato, ela disse:

Meu nome completo é Emilia Isobel Euphemia Rose Clarke. Mas eu não conseguia me lembrar. Em vez disso, palavras sem sentido saíram da minha boca e eu entrei em pânico cego. Eu sofria de uma condição chamada afasia, consequência do trauma que meu cérebro sofreu. Nos meus piores momentos, eu queria puxar o plugue. Pedi à equipe médica que me deixasse morrer. Meu trabalho, todo o meu sonho de como minha vida seria, centrava-se na linguagem, na comunicação. Sem isso, eu estava perdida. Fui mandada de volta à UTI e, depois de cerca de uma semana, a afasia passou. Eu consegui falar.

Gloria Maria, que participou na última segunda-feira, dia 14, do programa Roda Vida, da TV Cultura, contou sobre sua luta contra um tumor no cérebro, em 2019 - durante a entrevista, ela foi questionada pela jornalista Claudia Lima sobre o câncer e então a repórter explicou como foi todo o processo.

"Não pensei na possibilidade do fim nem por um segundo. Eu estava viva e com um diagnostico de tumor no cérebro. Muitos pensaram que era um câncer, mas não. Se eu não tivesse descoberto naquele momento, teria morrido em 15 dias."

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"Esse tumor criou um edema em volta dele, logo em seguida inflamou e tive uma convulsão. Acabou sendo uma benção, porque não sofri sequelas. Mas não tive medo, pois a vida é isso. É preciso passar todo tipo de experiência", contou.

Presa acusada de mandar matar o próprio namorado Vitor Lúcio Jacinto, a empresária Anne Cipriano Frigo, 46 anos, foi diagnosticada com câncer no cérebro e precisou passar por uma cirurgia no Albert Einstein para a retirada do tumor. 

A acusada está algemada em um quarto da unidade de saúde sob escolta de agentes da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Segundo o UOL, os advogados de Anne pediram que, por razões humanitárias, a Justiça retirasse as algemas da suspeita e que autorizasse que ela fosse acompanhada por um familiar ou um cuidador.

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No entanto, a juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida negou o pedido e afirmou que a escolta e o uso das algemas são necessárias para garantir a segurança da acusada. 

Anne estava presa na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, no Carandirú, Zona Norte de São Paulo capital, desde o dia 18 de agosto deste ano. No dia 1º de outubro foi constatado que a mulher estava com dificuldade para andar, alterações de reflexo e coordenação motora, além de ter quedas frequentes. 

Ela chegou a ser levada para o Hospital do Mandaqui, mas depois foi transferida para o Hospital Albert Einstein, onde foi operada no dia cinco de outubro. 

Os advogados da acusada disseram ao site que ela sofreu paralisia do lado esquerdo do corpo e está sendo submetida à fisioterapia e medicações específicas - necessitando passar por quimioterapia e radioterapia.

Sobre o caso

Anne foi presa no final de junho deste ano, acusada de mandar matar o namorado Vitor Lúcio Jacinto. O corpo da vítima foi encontrado no dia 18 de junho, parcialmente queimado.

O corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro, 28 anos, teria recebido R$ 200 mil da acusada para praticar o crime. Ele confessou ter atirado em Vitor pelas costas. Anne, por sua vez, chegou a negar que tinha encomendado o assassinato do namorado.

De acordo com um estudo científico publicado na última semana no jornal Cérebro, a qualidade de sono de um determinado indivíduo impacta diretamente no desempenho cognitivo e neural, esteja ele na infância, adolescência, fase adulta, ou fase idosa.

Além disso, um dos envolvidos na pesquisa, Brendan Lucey, que trabalha no Centro de Medicina do Sono na Universidade de Washington, informou que existe um horário ideal de sono, que pode estabilizar os processos neurais a longo prazo.

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A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma análise envolvendo mais de 100 adultos, e a partir disso, foi descoberto que apenas aqueles que dormiam entre seis a oito horas diárias mantinham uma boa qualidade de função cerebral.

Já aqueles que costumam dormir menos de cinco horas por dia, foram diagnosticados com desempenho cognitivo prejudicado. Vale lembrar que o mesmo malefício também se aplica a pessoas com longa duração de sono, geralmente acima de sete horas e meia por dia.

O resultado final da pesquisa também reforça a orientação dada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos: crianças em idade escolar devem dormir entre nove e 12 horas por dia, e adolescentes entre oito  e dez horas.

 

 

Um grupo de cientistas brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto D'Or de Pesquisa descreveu pela primeira vez como o Sars-CoV-2 invade as células neuronais e provoca danos ao cérebro. Os cientistas constataram que, embora o vírus não se replique dentro dos neurônios, ele provoca uma resposta inflamatória sistêmica que leva a danos nas células neuronais. A descoberta, feita em laboratório, será crucial para a compreensão das sequelas neurológicas e psiquiátricas da covid-19.

Inicialmente, a doença foi descrita como uma infecção do trato respiratório. No entanto, já se sabe que o vírus afeta vários outros órgãos, como os rins, o fígado, os vasos sanguíneos, o coração e o cérebro. Pelo menos a metade dos pacientes apresenta sintomas neurológicos, como confusão mental, anosmia (perda de olfato), delírio e risco aumentado de AVC. O novo trabalho foi submetido na forma de pré-print à Stem Cell Research, uma das revistas científicas mais importantes do mundo.

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Em setembro, o mesmo grupo havia constatado pela primeira vez a presença do Sars-CoV-2 dentro do cérebro. A equipe teve acesso aos resultados de uma necropsia feita em uma criança de 1 ano e 2 meses morta por covid-19. Os cientistas conseguiram constatar a destruição dos tecidos cerebrais, mas, em testes in vitro, não conseguiram identificar a replicação do vírus dentro das células cerebrais.

Desta vez, voltou-se a testar o processo com a ajuda de neuroesferas humanas (microcérebros mais simplificados, feitos com células tronco) em laboratório. Eles conseguiram constatar que o vírus entra nos organoides, mas, de fato, não se replica dentro das células.

"Comprovamos por exemplo, também em laboratório, que o vírus se replica em células cardíacas, mas não nas células neurais, mesmo quando submetidas a uma grande quantidade de Sars-CoV-2", explicou a neurocientista Marília Zaluar Guimarães, da Federal do Rio e do Instituto D’Or, uma das autoras do trabalho. "Mas mesmo não mobilizando a maquinaria celular para criar outros vírus, ele provoca um estrago nas células, por meio da produção e liberação de citoquinas."

Evolução

A inflamação, segundo o novo estudo, enfraquece o sistema imunológico e causa danos neurológicos e psiquiátricos. "Essa descoberta é condizente com a hipótese atualmente mais aceita de que a maioria dos danos neurais causados pela covid-19 está relacionada a uma inflamação sistêmica que leva a danos indiretos no sistema nervoso central", conclui o trabalho.

"Essa ‘tempestade de citoquinas’, característica da covid severa, tem um grande impacto no funcionamento cerebral", explica a pesquisadora. "Ela prejudica a memória, a manutenção das atividades neurais, as sinapses, entre muitas outras."

Para a neurocientista, a descoberta será crucial para entender as sequelas neurológicas e psiquiátricas deixadas em pacientes de covid. "Acho que esse estudo pode ser uma semente para entender os processos das sequelas que, infelizmente, começaremos a ver cada vez mais", concluiu. Projeções feitas pelos serviços de saúde e pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, no fim do ano, indicavam sequelas em mais de 40% dos infectados pelo vírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A apresentadora Glória Maria usou suas redes sociais, nesta segunda-feira (4), para relatar alguns detalhes do período em que estava com um tumor no cérebro. Segundo a apresentadora, na época poucas pessoas sabiam a realidade do seu estado.

Glória revelou que, ainda no início de 2020, passou duas semanas internadas, devido a uma infecção pulmonar, e precisou lutar por sua vida, logo após a retirada do tumor.

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"Feliz e agradecida por estar vivendo com toda plenitude essa primeira segunda feira de 2021. Hoje, 4 de janeiro, exatamente um ano atrás depois da cirurgia no cérebro voltei a ser internada com uma infecção pulmonar! Pouquíssimos ficaram sabendo mas foram mais duas semanas lutando como uma guerreira pela vida!", revelou a jornalista.

"Graças a Deus venci! Uma benção! Obrigada também a vocês que dividem comigo esse espaço e torceram tanto!", agradeceu Glória.

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O neurologista Eduardo Melo, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), deu dicas valiosas para prevenir os fatores de risco que culminam em um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesse domingo (1º), Tom Veiga, o intérprete do Louro José, morreu aos 47 anos após sofrer da doença, popularizada como 'derrame'.

Na última quinta-feira (29), o Dia Mundial do AVC reforçou a conscientização sobre a importância do combate à doença. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 100 mil brasileiros morrem por ano em decorrência do derrame cerebral.

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O médico explica que a condição ocorre quando os vasos sanguíneos do cérebro são obstruídos e a parte do órgão atingida começa a ser destruída. Para reduzir a chances de sofrer um derrame, ele sugere que os pacientes controlem fatores de risco como a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol e triglicerídeos elevados, o sedentarismo e o uso de cigarro. “Se buscamos prevenir esses fatores de risco e temos uma boa qualidade de vida, a chance de apresentar um AVC diminui bastante”, garante.

“Todo paciente que apresenta subitamente fraqueza de um lado do corpo, dificuldade para mover os membros (braço e perna) – acompanhado de dormência ou não –, alteração na fala e na compreensão de palavras, tontura/desequilíbrio e alterações na visão, deve procurar imediatamente um serviço de urgência para realizar tratamentos que podem aumentar as chances de reversão da doença", alerta o especialista. Confira mais informações no vídeo produzido pela UFPE:

A apresentadora Glória Maria tem usado seu tempo para estudar sobre o funcionamento do cérebro, após sua experiência vivida no último ano. Glória compartilhou, na última segunda-feira (26), uma imagem onde aparece lendo o livro do Dr. Paulo Niemeyer Filho, que foi o neurocirurgião responsável pela retirada do tumor que teve. 

“Amando ler 'No Labirinto Do Cérebro' do Paulo Niemeyer Filho. Até descobrir um tumor um ano atrás nunca tinha me interessado verdadeiramente por esse órgão que comanda nossa vida. Agora recuperada comecei a entrar nesse labirinto! Nossa !!!!! Que mundo fascinante! Leitura para quem como eu não é especialista, mas curioso! Amando! Obrigada Paulo por me fazer entender um pouco mais deste universo tão misterioso”, escreveu a apresentadora em suas redes sociais.

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Glória descobriu o tumor em 2019, após desmaiar em sua casa no Rio de Janeiro. A apresentadora retornou ao trabalho há algumas semanas, após ficar afastada devido a pandemia do novo coronavírus, por fazer parte do grupo de risco. 

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O novo coronavírus afeta não só pacientes em estado grave ou moderado, como também pessoas que têm casos leves e ainda não precisam de tratamento hospitalar, segundo uma pesquisa publicada no jornal de pré-impressão medRxiv.

De acordo com o estudo realizado por pesquisadores brasileiros, que coletaram 26 amostras em autópsias minimamente invasivas em pacientes que morreram da doença, o SARS-CoV-2 infecta a estrutura do córtex e os astrócitos, regiões do cérebro ricas "em neurônios e responsáveis por funções complexas como memória, atenção, consciência e linguagem", e no sistema nervoso central, indica o estudo.

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Estudos anteriores já demonstraram que o novo coronavírus entra no cérebro e o ataca, mas não descobriram uma propagação nos astrócitos.

O mecanismo de ataque do coronavírus consiste em atacar uma espécie de célula responsável pelos processos metabólicos, impedindo a produção de energia e a nutrição dos neurônios, levando, assim, à morte do tecido cerebral. Além disso, o patógeno usa o nariz para entrar no cérebro.

Apesar de muitos casos da COVID-19 registrarem cérebros com espessura menor que os não afetados pela doença, outros verificaram um aumento de tamanho, onde foram observadas atrofias, e em quais também foi indicado algum grau de edema.

Mais complicações

Outro problema é a possibilidade de o novo coronavírus estar ativando doenças genéticas como esquizofrenia, Parkinson e Alzheimer, devido a 30% dos infetados revelarem sintomas neurológicos ou psiquiátricos.

"O que nós ainda não sabemos é a gravidade destas lesões, se são passageiras ou se podem ser irreversíveis, por isso vamos acompanhar esses pacientes pelos próximos três anos para saber se o vírus desencadeia doenças degenerativas em quem tem algum potencial genético", explica a pesquisadora Clarissa Lin Yasuda, da Unicamp.

Como resultado, uma pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas relatou que mesmo pacientes curados continuaram sentindo os efeitos do vírus.

"Nós encontramos muitos pacientes que, mesmo já tendo se curado da COVID-19 há cerca de dois meses, continuavam apresentando sintomas neurológicos, como fortes dores de cabeça, sonolência excessiva, alteração da memória, além de perda de olfato e paladar. Em alguns casos raros, até convulsões, e esses pacientes nunca tinham sentido isso antes", conta a pesquisadora Clarissa Lin Yasuda.

A utilidade do estudo, defendem os cientistas, é de destacar a importância de criar medicamentos para evitar que o SARS-CoV-2 entre nos astrócitos e através do nariz.

Da Sputnik Brasil

A pequena Lyric Jacks viralizou na internet ao gravar Love on Top, de Beyoncé, e postar nas redes sociais.

Lyric luta contra um câncer raro no cérebro, e já passou por quatro cirurgias. Acontece que o vídeo chegou até à diva pop, e Beyoncé enviou flores com um cartão fofo para Lyric, que apareceu emocionada no post onde dividiu a notícia com seus seguidores.

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No cartão, Bey colocou um trecho de Love on Top e fez uma rima dizendo que Jacks a inspirou muito mais do que o contrário, e contando que não vê a hora de conhecê-la.

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O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, é capaz de invadir o cérebro, podendo provocar uma infecção potencialmente mais grave e letal do que a registrada nos pulmões. A conclusão está em dois trabalhos científicos brasileiros assinados por especialistas da UFRJ, Fiocruz e Instituto D'or, publicados nesta segunda-feira (14) em plataformas de pré-publicação.

Um terceiro trabalho, da Universidade de Yale, publicado na quarta-feira (9) passada, chega a conclusões semelhantes de forma complementar aos estudos brasileiros.

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O principal alvo do coronavírus é o pulmão. Já ficou bem claro, no entanto, que ele também ataca os rins, o fígado, os vasos sanguíneos e o coração, entre outros. Metade dos pacientes apresenta sintomas neurológicos, como confusão mental, anosmia (ausência de olfato), delírio e risco aumentado de AVC, sugerindo que o vírus ataca também o cérebro.

"Nosso laboratório trabalha com o cérebro e o sistema nervoso central. Essa era a pergunta natural de se fazer diante dos relatos médicos", afirmou o neurocientista Stevens Rehen, da UFRJ e do Instituto D'or, principal autor dos estudos brasileiros, explicando por que resolveu investigar a questão.

O grupo teve acesso aos resultados de uma necropsia feita em uma criança de 1 ano e 2 meses morta por Covid. "Essa é a primeira evidência que temos da presença do vírus dentro do cérebro", constatou Rehen. "Os estragos são óbvios, há uma clara destruição dos tecidos." O segundo estudo, feito a partir das observações in vitro, não foi capaz de identificar a replicação do vírus Sars-Cov2 dentro das células cerebrais, como o grupo já havia demonstrado com o vírus da zika no passado.

Entretanto, ficou constatada uma ligação do vírus com as células da barreira hematoencefálica - que protege o cérebro contra agentes infecciosos. A forte reação inflamatória causada para a defesa do organismo seria responsável pelas alterações neurológicas encontradas. O estudo da Universidade de Yale, que também foi divulgado em uma plataforma de pré-print, e ainda sem revisão dos pares, chega a uma conclusão um pouco diferente. O grupo de Yale, liderado pela imunologista Akiko Iwasaki, conseguiu flagrar a replicação do vírus nas células.

O grupo americano estudou o tecido cerebral de um adulto morto por Covid, um camundongo infectado e também organoides (células cerebrais cultivadas em laboratório). As descobertas são consistentes com observações feitas por outros especialistas, como o brasileiro Alysson Muotri, neurocientista da Universidade da Califórnia, em San Diego, que também trabalha com organoides in vitro. "Poucos dias depois da infecção constatamos uma redução drástica no número de sinapses", afirmou Muotri, em entrevista ao New York Times. "Não sabemos ainda se isso é reversível ou não."

As descobertas são também compatíveis com as observações feitas pelos clínicos na linha de frente do tratamento de pacientes com Covid-19. "Constatamos que a doença apresenta manifestações neurológicas diferentes do que estávamos acostumados a ver", afirmou o infectologista Victor Cravo, coordenador das UTIs do grupo Américas Serviços Médicos. "Há, inclusive, uma necessidade diferente de sedação, não só na quantidade, mas no tipo de sedativos usados. Voltamos a usar drogas que já considerávamos ultrapassadas na UTI porque são pacientes muito difíceis de sedar."

Sistema de infecção

O vírus infecta as células por meio de uma proteína chamada ACE2. Essa proteína aparece em diversas partes do corpo, especialmente nos pulmões. O Sars-Cov2 chega ao cérebro pelo bulbo olfatório, pelos olhos, e pela corrente sanguínea.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dores de cabeça, confusão e delírios apresentados por alguns pacientes com covid-19 podem ser resultado de uma invasão direta do coronavírus no cérebro, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (9).

Embora a pesquisa ainda seja preliminar, traz novas evidências para apoiar o que até agora era apenas uma teoria não comprovada.

De acordo com o estudo, liderado por Akiko Iwasaki, imunologista da Universidade de Yale, o vírus pode se duplicar dentro do cérebro e sua presença priva as células cerebrais próximas de oxigênio. A frequência com que essa situação acontece ainda não está clara.

Andrew Josephson, chefe do departamento de neurologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, elogiou as técnicas usadas no estudo e destacou que "compreender se existe ou não uma participação viral direta no cérebro é extremamente importante".

Entretanto, acrescentou que ele seria cautoloso até que a pesquisa seja objeto de uma revisão por pares. Não seria uma grande surpresa o SARS-CoV-2 ser capaz de penetrar a barreira hematoencefálica, uma estrutura que envolve os vasos sanguíneos do cérebro e tenta bloquear substâncias estranhas.

Os médicos até agora acreditavam que as consequências neurológicas observadas em aproximadamente metade dos pacientes hospitalizados com covid-19 poderiam ser resultado de uma resposta imunológica anormal, "a tempestade de citocinas", que causava uma inflamação do cérebro em vez de uma invasão do vírus no cérebro.

A professora Iwasaki e seus colegas decidiram abordar o problema de três maneiras: infectando minicérebros criados em laboratório (os chamados organoides cerebrais), infectando ratos e examinando o cérebro de pacientes que morreram de covid-19.

Nos organoides cerebrais, a equipe descobriu que o vírus poderia infectar neurônios e depois "invadir" o mecanismo da célula neuronal para se duplicar.

As células infectadas provocavam a morte das células circundantes ao privá-las de oxigênio.

Um dos principais argumentos contra a teoria da invasão cerebral direta é que o cérebro não possui altos níveis de uma proteína chamada ACE2, à qual o coronavírus se liga e que é encontrada em abundância em outros órgãos, como os pulmões.

No entanto, a equipe descobriu que os organoides tinham ACE2 suficiente para facilitar a entrada do vírus e que as proteínas também estavam presentes nos cérebros dos pacientes falecidos.

Os pesquisadores também analisaram dois grupos de ratos: um modificado geneticamente para ter receptores ACE2 somente nos pulmões e o outro apenas no cérebro.

Os ratos infectados nos pulmões apresentaram lesões nesses órgãos; os animais infectados no cérebro perderam peso e morreram rapidamente, um potencial sinal de maior letalidade quando o vírus penetra no cérebro.

Além disso, os cérebros de três pacientes que morreram por complicações graves relacionadas ao coronavírus também mostraram rastros do vírus, em vários graus.

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