Telegram terá de prover dados de usuários ao governo russo
App recebeu 15 dias para cumprir as demandas do regulador de comunicações russo ou corre o risco de ser bloqueado no país
O principal tribunal da Rússia decidiu que o aplicativo Telegram, que oferece um serviço similar ao WhatsApp, pode ser forçado a fornecer dados de usuários às autoridades. O aplicativo protestava contra as demandas da agência de inteligência do Serviço Federal de Segurança (FSB) para que ele entregasse chaves de criptografia e histórico de conversas ao governo.
O Telegram argumentou que o FSB violou os direitos do consumidor exigindo chaves de criptografia e históricos de bate-papo dos usuários. O aplicativo recebeu 15 dias para cumprir as demandas do regulador de comunicações russo ou corre o risco de ser bloqueado no país.
Com versões para Android e iPhones, o aplicativo permite que os usuários conversem com pessoas ou em grupos e oferece a tecnologia da criptografia de ponta-a-ponta, a mesma usada no WhatsApp. Com o recurso, ninguém além do remetente e do destinatário pode ver o conteúdo de uma mensagem.
Ele também oferece um recurso de mensagens que se autodestroem, o que significa que as conversas podem ser configuradas para desaparecer após algum tempo. Fundado pelo empresário russo Pavel Durov em 2013, o Telegram teria sido usado por simpatizantes do Estado Islâmico (EI) para se comunicar, organizar e espalhar propaganda extremista.
A empresa disse que bloqueou 78 canais relacionados ao EI em novembro de 2015, depois que surgiram notícias de que o grupo usava o Telegram para planejar e reivindicar a responsabilidade por ataques terroristas.
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