WhatsApp é criticado por não conter pornografia infantil

Instituições de caridade encontraram vários grupos de fácil acesso que continham material de abuso sexual infantil no aplicativo

por Nathália Guimarães sab, 22/12/2018 - 12:29
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A pornografia infantil está sendo amplamente compartilhada no WhatsApp, segundo uma pesquisa de duas ONGs israelenses. O aplicativo de mensagens, que foi comprado pelo Facebook em 2014, não está conseguindo controlar o problema, apesar de banir milhares de contas todos os dias.

De acordo com um relatório do jornal Financial Times, as instituições de caridade israelenses - Netivei Reshet e Screensaverz - foram primeiramente alertadas sobre o problema por um jovem que ligou para sua linha direta em agosto para relatar a exposição a tal conteúdo no WhatsApp.

Após uma extensa investigação, as instituições de caridade encontraram vários grupos de fácil acesso que continham material de abuso sexual infantil, alguns deles com até 256 membros, com nomes e fotos de perfis que indicavam explicitamente a distribuição de conteúdos de crianças sendo abusadas.

Apesar desses identificadores, muitos dos grupos do WhatsApp com pornografia infantil passaram despercebidos pela empresa. O relatório afirma que, embora as ONGs tenham notificado o Facebook sobre a existência desses grupos no mês passado, vários deles foram encontrados ativos até recentemente.

Desses, um grupo em particular tinha participantes com números de telefone da Índia, Paquistão, Argélia e EUA, acrescenta o relatório. Um porta-voz do WhatsApp disse ao Financial Times que a empresa tem uma política de tolerância zero em relação ao abuso sexual infantil.

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