Até 2050, 120 milhões de toneladas de lixo eletrônico
Segundo relatório da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE), mais de 44 milhões de toneladas de lixo eletrônico e elétrico foram produzidas globalmente em 2017
Até 2050, a produção de lixo eletrônico no mundo deverá alcançar 120 milhões de toneladas ao ano, se as tendências atuais permanecerem. A Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com outras entidades, pedem que uma inspeção do sistema atual de eletrônicos. "Enfatizando a necessidade de uma economia circular na qual recursos não sejam extraídos, usados e descartados".
A informação foi compartilhada pela ONU, baseada no relatório da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE) e da coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico, divulgado em Davos, Suíça, na última quinta-feira (24).
Mais de 44 milhões de toneladas de lixo eletrônico e elétrico foram produzidas globalmente em 2017, de acordo com o relatório. Esse número equivale a mais de 6 quilos para cada habitante do planeta. Por isso, anualmente, o impacto financeiro do lixo eletrônico é superior a 62,5 bilhões de dólares, segundo levantamento.
A PACE avalia que menos de 20% do lixo eletrônico é formalmente reciclado no mundo. "Outros 80% vão para aterros, ou são reciclados informalmente", divulga a plataforma. Relatório traz a informação de que, em países em desenvolvimento, os trabalhadores são expostos à substâncias tidas como perigosas e cancerígenas como o mercúrio, chumbo e cádmio.
"A presença de lixo eletrônico em aterros contaminam o solo e os lençóis freáticos, colocando em riscos sistemas de fornecimento de alimentos e recursos hídricos", acentua a ONU.
Para ajudar a responder ao desafio do lixo eletrônico global e alcançar a oportunidade de economia circular, o governo da Nigéria, o Fundo Mundial para o Ambiente e a ONU Meio Ambiente anunciaram na quinta-feira um investimento de 2 milhões de dólares para dar início a uma indústria formal de reciclagem de lixo eletrônico na Nigéria. O novo investimento deve alavancar mais de 13 milhões de dólares em financiamentos adicionais do setor privado.
"O investimento irá ajudar a criar um sistema que formaliza estes trabalhadores, dando a eles empregos seguros e decentes, enquanto ao mesmo tempo captura o valor latente nas 500 mil toneladas de lixo eletrônico despejadas na Nigéria todos os anos", garante a Organização das Nações Unidas.