Novos 'Resident Evil' e 'Final Fantasy' dividem opiniões
Acostumados com os clássicos, jogadores contam se aprovam ou não os lançamentos
Os anos 1990 marcaram a infância de muitas pessoas, principalmente pelos produtos da cultura pop, como desenhos, filmes e histórias em quadrinhos. Outro segmento destaque do período foi o dos games, entre eles, o "Final Fantasy 7" (Square Enix, 1997), que revolucionou o mercado por ser um dos primeiros RPGs levado para as telas com gráficos tridimensionais, e "Resident Evil 3" (Capcom, 1999), que levava o jogador para um universo apocalíptico, onde era preciso gerenciar recursos e sobreviver a zumbis.
Em 2020, ambos os títulos foram relançados para os consoles modernos e receberam versões totalmente novas. Assim, aqueles que jogaram os originais em suas épocas de lançamento tiveram a chance de reviver os jogos na atualidade. "Rever aqueles cenários antigos com os gráficos atuais é algo absurdo, bateu uma forte emoção”, diz o streamer Célio Nunes, 32 anos. Segundo ele, o avanço da tecnologia permitiu às empresas acrescentarem aos games mecânicas que, na época, não eram possíveis.
Mesmo satisfeito com a nova versão de "Resident Evil 3", Nunes aponta falhas. "Acredito que com os recursos atuais seria possível fazer um jogo de maior durabilidade, pois está muito curto", comenta. "O novo 'Final Fantasy 7', por exmeplo, foi dividido em partes, que cobrem apenas uma pequena porcentagem do jogo original", complementa.
Já o analista de T.I Agenor Junior, 32 anos, acredita que, apesar das mudanças, a essência de ambos os jogos foi mantida. "É tudo uma questão de adaptação. Eu gostava do 'Final Fantasy 7' antigo por ser um jogo de turno, mas agora ele está mais voltado para ação, e isso dá mais dinâmica", conta ele que se emocionou no momento em que viu as animações de summons (criaturas que o jogador invoca nas batalhas do jogo). "Já no 'Resident Evil 3', o monstro Nemesis está muito mais perigoso se comparado com o anterior", complementa.
O youtuber Elias Moraes, 37 anos, teve algumas decepções com a nova versão de "Resident Evil 3", pois esperava que o jogo fosse mais grandioso em comparação ao original. "O policial Brad, por exemplo, foi morto por Nemesis no original, enquanto que no remake ele morre pelas mãos de um simples zumbi", diz. "O único remake que conseguiu me fazer sentir uma nostalgia genuína foi o do 'Final Fantasy 7', finaliza.