O ramo da beleza como profissão
Cabeleireiros cada vez mais se firmam no segmento. Para abrir um salão de beleza, além de um curso, é preciso uma autorização da Vigilância Sanitária
Corta, passa o pente, escova e cuida das unhas. Para embelezar mais ainda o cliente, que tal propor uma mudança de corte? O cabeleireiro conquistou de vez o mercado de trabalho e esse segmento profissional cada vez mais ganha força. Quem está fora do ramo, vislumbra a possibilidade de se tornar um profissional da beleza, e, para isso, existem diversos cursos de qualificação.
Uma das instituições que oferecem esses cursos é o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). NO Recife, a sede fica na Avenida Visconde de Suassuna, 500, no bairro de Santo Amaro, área central da capital pernambucana. Porém, para abrir um salão de beleza, é preciso também ter uma certificação de saúde.
De acordo com a gerente do serviço de interesse da saúde da Vigilância Sanitária do Recife, Rosimari Sales, não há uma legislação exclusiva para a abertura dos salões de beleza. O que há são várias atividades dentro desse ramo, e, entre elas, é preciso uma autorização para o funcionamento. “Por exemplo, se um salão oferece o serviço de podólogo, nós fiscalizamos e orientamos os empresários sobre o que é preciso para oferecer esse trabalho”, comenta Rosimari.
A gerente orienta que, as pessoas que almejam abrir salões de beleza precisam entrar em contato com a Vigilância Sanitária. Lá, o público recebe orientações necessárias para abertura dos estabelecimentos, bem como a certificação que autoriza o funcionamento. A sede da instituição fica o Edifício Julião Paulo da Silva, na rua Major Codeceira, 194, no bairro de Santo Amaro, área central.
Eles embelezam a população
Comunidade do Entra Apulso, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Esse local reúne um grande número de cabeleireiros, nos dois lados da rua. Além da concorrência entre eles, os empresários da beleza ainda têm que competir com os estabelecimentos instalados dentro do centro de compras próximo à comunidade.
Apesar disso tudo, há 20 anos, Verônica Freitas, 45, é responsável por um salão no local. “Eu me profissionalizei e tenho esse trabalho como um fator de sobrevivência. Sou nascida e criada aqui e não penso em mudar de ramo”, conta a cabeleireira. Um dos clientes mais antigos de Verônica, Francisco Suassuna, aprova o trabalho da profissional. “Há mais de seis anos eu tiro cabelo com ela e posso dizer, ela trabalha muito bem. Eu desejo que ela continue firme neste ramo”, opina Suassuna.
Os homens também têm espaço no segmento de beleza. Wagner Araújo, de 30 anos, é natural do interior pernambucano de Inajá, mas, foi no Recife que percebeu a oportunidade de se firmar em uma profissão. “Através da minha esposa, fiz um curso de cabeleireiro, e há quatro anos desempenho a função. No começo foi bem difícil, porém, com o tempo, fui conquistando os clientes”, declara Araújo.
Por dia, o profissional afirma que atende em média 10 clientes. Os preços variam, mas, o que prevalece é a quantia de R$ 15 para cortes simples. O salão de beleza de Célio Luíz de Araújo, 25, é destaque na Entra Apulso. O tom rosa das paredes do local atrai quem passa na rua.
Há oito anos trabalhando no local, o profissional já tem uma clientela certa. “No começo foi difícil porque as pessoas não me conheciam. Hoje, muita gente vem no salão, mas, posso afirmar que os meses com mais movimento são outubro, novembro e dezembro”, diz o cabeleireiro.