Recife ganha espaço para a economia solidária

Outra novidade é que Pernambuco terá o primeiro banco comunitário, que funcionará no bairro de Santo Amaro

por Nathan Santos qui, 23/05/2013 - 11:53
Nathan Santos/LeiaJáImagens Espaço funcionará no bairro de Santo Amaro, no centro da cidade Nathan Santos/LeiaJáImagens

O bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, ganhou, na manha desta quinta-feira (23), um espaço multifuncional para o desenvolvimento da economia solidária. O local, situado no Espaço Cultural do bairro, faz parte do Projeto Integra Economia Solidária, da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco (STQE). A ideia da ação é disseminar e fortalecer esse segmento econômico, por meio da comercialização de produtos oriundos do artesanato e da agroecologia.

De acordo com o secretário da STQE, Antonio Carlos Maranhão de Aguiar, a economia solidária já é realidade em outros países e trará benefícios para o Estado. “É uma forma de fazer com que a riqueza seja produzida no próprio bairro. Nós temos que ser realistas. A economia solidária ainda não está consolidada como um empreendimento de força na economia de Pernambuco, mas, tende a se desenvolver”, disse o secretário.

Aguiar também destacou como a STQE vai atuar para apoiar a iniciativa. “A Secretaria vai animar os empreendedores. Nós também vamos capacitar as pessoas”, afirmou. A secretária executiva de fomento ao empreendedorismo de Pernambuco, Ana Cláudia Dias, falou da criação do primeiro banco comunitário do Estado, que funcionará na comunidade de Santo Amaro. Baseado no banco Palmas, de Fortaleza, a instituição terá uma moeda chamada de Salinas.

“Nosso objetivo é gerar mais renda e empregos para a população. A criação do banco comunitário proporcionará a criação de renda local, além da facilidade de acesso ao crédito”, explicou Ana Cláudia. “A escolha de Santo Amaro não foi em vão. Aqui já existia a economia criativa. Queremos trabalhar junto aos empreendedores, os ajudando com planejamento e com as melhores formas de administrar os negócios”, completou a secretária.

O coordenador do espaço de economia solidária, Edvaldo Santos, estima que “5 mil pessoas sejam beneficiadas com o espaço multifuncional”. “Para nós, esse projeto será muito importante. A moeda comunitária também vai movimentar a economia local. A economia solidária precisava desse incentivo”, frisou Santos, que é morador do próprio bairro e empreendedor do segmento.

No total, 50 empreendimentos serão atendidos, oriundos de mil famílias envolvidas no projeto. O início do banco comunitário, segundo a STQE, é neste ano, porém, ainda não há data definida.

COMENTÁRIOS dos leitores