Simpere afirma que a greve dos professores vai continuar

Apesar do decreto do TJPE de que a paralisação é ilegal, Sindicato dos professores garante que o ato está mantido

por Nathan Santos qua, 16/07/2014 - 15:57
Libia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo Categoria já realizou diversos protestos neste ano Libia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Depois do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretar a ilegalidade da greve dos professores da Rede Municipal de Ensino do Recife, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) garantiu, na tarde desta quarta-feira (16), que a greve está mantida, por meio de nota enviada à imprensa. A categoria alega que a Prefeitura não cumpriu o acordo de implementação total da aula atividade.

“Estamos negociando com a Prefeitura desde inicio de 2013, quando foi composta uma comissão paritária para estudar as formas de implementação da aula atividade com o compromisso de, encerrado os trabalhos, a aula atividade seria implementada. Os trabalhos da comissão encerraram-se em maio de 2013, e apresentados para a Secretaria de Educação, que elogiou o trabalho final da comissão. Só em agosto de 2013 a aula atividade foi garantida para os professores II, de ensino fundamental anos finais (6º ao 9ºano) – cerca de 700 docentes. A maioria dos professores, que ensinam educação infantil 1º ao 5º ano, os professores I (mais ou menos 3.7 mil), não foi contemplada. A Prefeitura deu um abono provisório de agosto à dezembro de 2013 e o compromisso da aula atividade iniciar em fevereiro de 2014. Mais uma vez esse prazo foi descumprido e foi dado um novo abono provisório para os meses de fevereiro à maio e a garantia de iniciar a aula atividade em junho deste ano. Esse acordo está publicado no Diário Oficial de 27 de março de 2014”, informou a nota do Simpere.

De acordo com o Sindicato dos professores, “quem descumpriu todos os acordos foi a Prefeitura”. O Simpere também informou que não foi notificado de forma oficial e que já está em contato com o seu departamento jurídico. “A greve está mantida. Vamos fortalecer cada vez mais a nossa luta”, finalizou a nota.

 

COMENTÁRIOS dos leitores