'Vestibulinho' explica melhor escola pública de SP no Enem

Escola Técnica de São Paulo (Etesp) se destaca em meio a um grupo de colégios privados. A instituição, localizada na Luz, região central da capital paulista, seleciona seus alunos por meio de vestibulinho

qua, 05/10/2016 - 08:40

Líder entre as escolas públicas do Estado de São Paulo na nota do Enem pela sétima vez consecutiva, a Escola Técnica de São Paulo (Etesp) se destaca em meio a um grupo de colégios privados. A instituição, localizada na Luz, região central da capital paulista, seleciona seus alunos por meio de vestibulinho, o que explica parte do bom desempenho dos estudantes. A escola teve nota 656,6 na prova objetiva, que lhe confere posição de número 118 no ranking nacional e o 33.º posto no Estado de São Paulo.

"Nós temos alunos que são envolvidos, engajados e se interessam pelo estudo. Gostam de estudar e de permanecer na escola. Temos professores capacitados, que realmente planejam as suas aulas e que vêm para a escola com o intuito de passar conteúdo para os seus alunos", diz o diretor Negipe Valbão Júnior.

Os estudantes concordam que o interesse pelo estudo é um dos principais motivos que levaram a unidade ao sucesso no Enem. "No ano passado, alunos do 3.º ano do ensino médio deram aulas de Matemática para a gente", contou Luann Calixto, de 16 anos, estudante do 2.º ano do ensino médio. Ele conta que os alunos também se unem para estudar fora do horário normal das aulas.

Queixas

Mas também há reclamações. A estudante Natália Martinho, de 16 anos, aluna do 2.º ano do ensino médio, diz que sua sala chegou a ficar oito meses sem aulas de Matemática.

Reclamou também que faltaria didática por parte de alguns dos professores da instituição. "A escola é boa, mas precisamos fazer cursinho antes do vestibular", diz.

Em nota, o Centro Paula Souza, responsável pela Etesp, nega que os estudantes tenham ficado sem aulas de Matemática e que um professor substituto foi designado para a disciplina, até a contratação de um definitivo, ainda no primeiro bimestre deste ano. A instituição destacou ainda que aulas perdidas foram repostas "e a situação foi rapidamente normalizada". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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