Funcionária amarrada no trabalho perde batalha judicial
O juiz do caso considerou a foto do caso 'muito velha' e deu causa perdida à funcionária que afirma ter sofrido assédio e bullying no ambiente de trabalho
Depois de recorrer judicialmente contra um episódio de suposto assédio e bullying em que foi amordaçada e presa a uma cadeira com fita adesiva por colegas de trabalho, a funcionária pública DeeAnn Fitzpatrick perdeu batalha judicial na qual pedia o valor de R$ 208 mil de indenização por danos psicológicos e morais. O caso aconteceu na Escócia.
A trabalhadora canadense de 49 anos, da Marine Scotland, órgão do governo que cuida da proteção da região costeira da Escócia, detalha que foi amarrada por colegas de trabalho - todos eles homens - e recebeu como justificativa pela ação a reposta de que “isso é o que você ganha quando fala contra os garotos”. Ela ainda pontua que as atitudes eram constantes e se considera vítima de comentários agressivos e racismo no escritório da empresa.
O juiz responsável pelo caso considerou a foto 'velha', por ter sido apresentada há mais de três anos depois do acontecido. De acordo com os registros, a fotografia é datada no ano de 2010. DeeAnn disse em entrevista à BBC que estava desapontada com o tribunal e considera a decisão “injusta”. Ainda de acordo com o site, o episódio teria afetado a sua forma de se comportar, por sentir-se humilhada.
No tribunal, DeeAnn ainda pontuou outros episódios vivenciados no ambiente de trabalho, como o recebimento de cartões no seu aniversário e dia dos namorados, entre 2015 e 2017, com conteúdo abusivo e com palavras a chamando de nomes pejorativos. Os homens envolvidos negaram o envio dos cartões.
DeeAnn ainda disse à BBC que está considerando a possibilidade de recorrer da decisão do tribunal, acrescentando que espera que a avaliação de Leslie Evans - secretária permanente do governo - leve a uma situação em que ela possa voltar ao trabalho.
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