'O pior já aconteceu', acredita secretário de Trabalho

Em live do LeiaJá, Alberes Lopes explicou de que forma o Governo de Pernambuco tem trabalhado para combater a crise econômica provocada pela Covid-19

por Nathan Santos qui, 16/07/2020 - 14:30
Divulgação/STEQ Lopes participou de uma live com o LeiaJá Divulgação/STEQ

O LeiaJá promoveu mais uma live do programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?”, que teve como tema "Reduções salariais ao home office: qual o destino do trabalhador brasileiro?". A transmissão contou com a participação da procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, Débora Tito, da mestra em direito do trabalho Schamkypou Bezerra, e do secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado, Alberes Lopes.

A pandemia da Covid-19 trouxe diversas crises para a população brasileira, como nos casos das relações trabalhistas entre os empregados e as empresas. Na live, o secretário Alberes Lopes contou qual foi o pior momento para os trabalhadores neste ano. "O pior momento foi o mês de abril, porque nós tivemos mais de 26 mil perdas de posto de trabalho. Depois de maio e junho, o mercado começou a se recuperar devido à abertura gradual do comércio. Nós acreditamos que o pior já aconteceu, mas o número total de demissões foram, até agora, mais de 90 mil nesse período”, informou.

“No mês passado, chegamos a ter um saldo positivo porque o Estado de Pernambuco tem muitos investimentos que estão acontecendo como, por exemplo, a empresa de energia eólica que está indo para a cidade de Tacaratu, contratando 600 postos de trabalho, além da Provider, que está contratando 1.550 pessoas. Várias empresas estão vindo para Pernambuco e os investimentos estão mantidos. Claro que muitos recuaram, mas nós estamos tendo esses investimentos”, acrescentou o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação. 

Durante a transmissão, a professora Schamkypou afirmou que as medidas provisórias foram péssimas para o trabalhador. “Na medida provisória 927, o empregado tem um prejuízo brusco em várias situações, inclusive com o próprio teletrabalho, porque ele acaba tendo uma extensa jornada de trabalho, o pagamento das férias adiado e um terço postergado para dezembro juntamente com o décimo terceiro. O empregado meio que arcou com todo ônus disso”, falou. Ela ainda mencionou que essa medida foi bastante discutida logo que surgiu. “Quando ela surgiu, foi bastante discutida e foi até apelidada de 'medida provisória da morte', porque ela vinha em total prejuízo para o trabalhador”, comentou. Confira como foi a live:

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