Pandemia mudou percepção do home office, diz pesquisa
Segundo estudo da Robert Half, 80% dos profissionais empregados entrevistados passaram a considerar o home-office como um modo de trabalho e não mais como um benefício
A pandemia da Covid-19 já está modificando a percepção dos trabalhadores a respeito das relações de trabalho e dos benefícios oferecidos pelas empresas. De acordo com pesquisa da Robert Half, empresa especializada em recrutamento, o home office passa a ser definitivamente compreendido como modelo de trabalho e o auxílio psicológico tornou-se um dos novos auxílios oferecidos pelos empregadores. O estudo foi desenvolvido entre os dias 20 e 31 de julho, a partir de um universo de 650 entrevistados.
Segundo os dados obtidos pela Robert Half, a porcentagem de trabalhadores que passou a atuar por meio de trabalho remoto durante a pandemia do novo coronavírus passou de 35% para 95%. Durante o período, o home office também deixou de ser visto como um benefício e passou a ser um formato de trabalho para 80% dos profissionais empregados e 77% dos desempregados.
Já 11% dos empregados disseram que não aceitariam uma proposta de trabalho de uma empresa que não oferecesse trabalho remoto de maneira parcial ou integral. Entre os desempregados, esta prerrogativa é a de apenas 3%.
Benefícios
A pesquisa concluiu que 67% dos empregados acreditam que suas empresas fizeram uma gestão de benefícios acertada durante a pandemia, estando 75% dos entrevistados satisfeitos com os auxílios que recebem atualmente. Embora 65% deles não tenham tido nenhum benefício retirado, o corte mais corriqueiro foi o de vale-transporte (19%).
Dentre os benefícios tradicionais, assistência médica, vale alimentação e vale refeição são os mais valorizados pelos funcionários. O mais importante, segundo eles, é o auxílio médico (77,8%), que também é amplamente disponibilizado pelos empregadores (85%).
A lista de novos benefícios recebidos durante a pandemia é encabeçada pelo apoio psicológico (14%), seguido por notebooks (11%). O auxílio financeiro para montar home-office, que ocorria antes em menos de 1% dos casos, passou a ser concedido a 8% dos entrevistados.