Fábrica de panos contrata reeducandos no Paulista
Empresa conta com 20 reeducandos em regime aberto e semiaberto para atender ao crescimento da demanda
A fabricante de flanelas e panos de chão Algo Bom, localizada em Paulista, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), contratou 20 reeducandos em regime aberto e semiaberto para ajudar a atender à demanda, que cresceu na pandemia de Covid-19. O trabalho é supervisionado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).
A empresa contrata reeducandos desde o ano 2000,através de convênios de empregabilidade com o Patronato Penitenciário e com a Seres, e já contava com outros 32 reeducandos em seu parque industrial antes das contratações recentes. Além dos 52 apenados, a companhia também tem 16 funcionários que já terminaram de cumprir suas penas e foram contratados através do regime CLT.
“Gosto muito da empresa, ela me deu a oportunidade de progredir de regime, hoje estou na condicional. Foi o primeiro serviço depois que saí da unidade e pretendo continuar neste local”, explica José Lucas, de 26 anos. Maria Ediane Ferreira, de 33 anos, exerce funções de costura na empresa e está em regime semiaberto. Ela agradece pela oportunidade de trabalhar. “está mudando a minha vida”, disse a funcionária.
A remuneração dos reeducandos é de um salário mínimo (R$ 1.045), passagem, alimentação e uma cesta básica para jornadas de trabalho das 6h às 16h. "Aqui em Pernambuco seguimos acreditando que a educação e a profissionalização são os principais pilares para a ressocialização. Os números reforçam essa ideia, quando demonstra que apenas 1% dos reeducandos que trabalham voltam a reincidir", analisa o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
Para o diretor da Algo Bom, é muito positivo colaborar para a reinserção dos reeducandos no mercado de trabalho. “O reeducando que trabalha na fábrica, ao final da pena, tem a carteira de trabalho assinada e todos os direitos de acordo com a CLT”, explica.
*Com informações da de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco
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