Diversidade nas empresas deve ir além do discurso

17 de maio é o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia

por Elaine Guimarães ter, 17/05/2022 - 17:32
Unsplash 75% dos profissionais LGBTI+ já esconderam sua orientação sexual e/ou identidade de gênero no ambiente de trabalho Unsplash

Iniciativas que promovem a inclusão e equidade nos espaços corporativos são necessárias para a população LGBTI+. A pesquisa “A Workplace Divided”, da Human Rights Campaign Foundation, realizada em 2018, mostra que 75% dos profissionais LGBTI+ já esconderam sua orientação sexual e/ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.

Além disso, o levantamento aponta que mais de 50% desses profissionais vivenciaram situações vexatórias envolvendo piadas nas corporações. E 31% desses contratados se sentiram infelizes ou deprimidos no ambiente empresarial.

Para a especialista em diversidade e co-founder da consultoria Div.A Diversidade Agora, Renata Torres, trazer o tema diversidade para o mercado de trabalho é essencial para que haja, de fato, igualdade e inclusão. Na análise de Renata, muitas empresas ainda não oferecem um ambiente seguro para profissionais LGBTI+.

“Quando a empresa começa a ter um olhar genuíno para a diversidade, inicia também um processo de transformação para uma cultura inclusiva, no qual todas as pessoas passam a se sentir seguras para serem elas mesmas, sabendo que suas diferenças serão respeitadas, sem medo de se envergonhar ou sofrer qualquer tipo de preconceito”, explica a especialista.

Endossando a explicação de Renata Torres, a também co-founder da Div.A e especialista em diversidade, Kaká Rodrigues, ressalta que é necessário que as empresas passem por mudanças e entendam que o respeito e a inclusão devem ser feitos na prática.

“Diversidade é ter diversos tipos de pessoas dentro das organizações, em todos os níveis hierárquicos. Trazendo esse recorte para as pessoas LGBTQIAP+, estamos falando de cerca de 20 milhões de indivíduos no Brasil. Ou seja, 20% da população brasileira (ABGLT) que precisa, além de políticas públicas efetivas que garantam seus direitos civis, de ações afirmativas por parte das empresas que garantam o acesso e a inclusão a empregos dignos”, expõe.

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