Sem profissionais, autistas não vão à escola em Olinda
Denúncia foi realizada pelo vereador Vini Castello, nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira (1), o vereador Vini Castello (PT) denunciou que crianças autistas estão sem acompanhamento especializado e, por isso, sem acesso à Educação em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com Castello, que usou o Twitter para falar sobre o caso, há mães que estão acompanhando os filhos em sala de aula.
"As aulas já começaram em Olinda e as crianças que tem autismo estão sem ACESSO A EDUCAÇÃO porque NÃO estão tendo ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO Tem mãe que tá acompanhando seu filho em sala de aula e até agora a secretaria de educação de Olinda não solucionou a questão", criticou o vereador.
Na publicação, ele ressalta estar em contato direto com conselheiros tutelares e demais órgãos do município. "Eu oficiei a subdefensoria de Olinda e eles se colocaram a disposição das mães e pais que queiram denunciar a indisponibilidade de vagas, que se estende às crianças autista."
Vini Castello também chama atenção para a sobrecarga dos professores, que "além de terem que cumprir metas pedagógicas precisam dar suporte as crianças com autismo que deveriam ser acompanhadas por profissionais habilitados".
O que diz a Prefeitura de Olinda
A reportagem questionou a Prefeitura de Olinda sobre a denúncia do vereador. Por meio de nota, a assessoria da gestão municipal esclarece que tem "atuado com máximo afinco na inclusão, socialização e o devido acolhimento de crianças com necessidades especiais, ofertando também a orientação aos pais e/ou responsáveis".
Ainda segundo o comunicado, a cidade conta com "espaços físicos estruturados para atender a este público, a exemplo do Núcleo Infantil de Integração, que disponibiliza terapias nas áreas de natação, judô, karatê, fisioterapia, fonoaudiologia, psicomotricidade e nutrição, para crianças entre 2 e 7 anos".
Ao LeiaJá, a comunicação ressalta que os alunos matriculados na rede municipal estão sendo devidamente acompanhados e, atualmente, as ações cotam com cerca de 400 profissionais de apoio pedagógico e 500 estudantes acompanhados. "Este quantitativo está em fase de expansão, com novas contratações sendo efetivadas neste primeiro trimestre. Vale ressaltar que, conforme especialistas, o compartilhamento desta assistência entre os estudantes, respeitando suas especificidades e graus de comprometimento, é defendido como mais uma ferramenta para socialização e avanço do aprendizado".