Professores do Recife rejeitam nova proposta da Prefeitura
Dessa vez, a porcentagem ofertada foi de 8%, aplicado à carreira, e 7,5% de abono
O professores da rede municipal do Recife rejeitaram a nova proposta de reajuste do piso salarial oferecida pela Prefeitura, nesta quinta-feira (13), durante assembleia organizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). Dessa vez, a porcentagem ofertada foi de 8%, aplicado à carreira, e 7,5% de abono.
Ao LeiaJá, Anna Davi, coordenadora geral do Simpere, falou sobre a rejeição e destacou que a categoria reivindica o reajuste, previsto por lei federal, de 14,95%. "As professoras e professores do Recife resolveram, em assembleia, rejeitar a proposta do prefeito [João Campos]. A categoria está reivindicando os 14,95% na carreira, mas aceitaria uma contraproposta de, pelo mesnos, 12%. Infelizmente, a Prefeitura do Recife não aceitou a contraproposta apresentada pelos professores", frisou.
À reportagem, Anna Davi salienta que os docentes decidiram encerrar a greve, por ter sido decretada ilegal, "mas continuar em luta". Após a assembleia, a categoria saiu em passeata pela avenida Conde da Boa Vista, na área central da capital pernambucana, para apontar o descumprimento da lei do piso. "A agenda de paralisação inclui os dias 20 e 26 de abril. Continuaremos firmes na defesa do piso em toda a carreira", afirmou.
Reivindicação dos professores
Desde o final de março, os professores da rede municipal de ensino do Recife estão em greve. Organizados pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), a categoria reivindica o reajuste salrial de 14,95%, previsto por lei federal, aplicado à carreira.
No entanto, a gestão municipal, no dia 29 de março, ofertou um reajuste, aplicado à carreira, de apenas 7,5%, que foi rejeitado pelos profissionais. Na ocasião, de acordo com a coordenadora geral do sindicato, Jaqueline Dornelas, a gestão municipal afirmou que tem condições financeiras para oferecer o reajuste [14,95%].
"A Prefeitura assume que tem condições financeiras, que o limite prudencial não está no seu limite. A arrecadação está boa para pagar esse ano, eles mesmo alegam isso. Mas, eles não querem deixar esse 14,95% para o compromisso de pagar em 2024", disse.