Artistas fazem ato contra governo Temer e fim do Minc
De acordo com os representantes do movimento, não há legitimidade do gestão do peemedebista e eles prometem que não vão permitir que novos ministros assumam os cargos
No final da tarde desta segunda-feira (16), dezenas de integrantes do movimento Artistas Pela Democracia realizaram, na Praça do Arsenal, no bairro do Recife Antigo, uma mobilização contra o Governo Michel Temer (PSDB) e a extinção do Ministério da Cultura (Minc), anunciado pelo atual presidente interino. De acordo com os representantes do movimento, não há legitimidade do gestão do peemedebista e eles prometem que não vão permitir que novos ministros assumam os cargos. O ato faz parte de uma ação nacional, que acontece em vários estados do Brasil.
Uma das organizadoras do evento, a atriz Hilda Torres falou que a ação de hoje não diz respeito apenas ao Ministério da Cultura, mas também alcança uma reivindicação bem maior. "A maior luta é contra o golpe! Não aceitamos o Governo Temer, que não é legítimo e vamos reivindicar contra e qualquer decisão que vá de encontro às conquistas de um povo, como o Minc, que foi criado há 30 anos", defendeu.
O músico e produtor Renato Ramos ressaltou também que as decisões tomadas pelo novo governo é um retrocesso e apresenta características de gestões antigas, como a do ex-presidente que sofreu impeachment, Fernando Collor de Mello. "Está acontecendo a mesma coisa da gestão de Collor, quando o Minc foi deixado de lado. Essa história de Secretaria Nacional, ligada diretamente à presidência, é balela. Com isso vai ficar ainda mais difícil a classe conquistar e reivindicar novos projetos em prol da cultura", enfatizou.
A produtora cultural Ana Paula de Renor endossou também que a mobilização é extremamente importante para o empoderamento e fortalecimento da cultura. Após realizar vários discursos, os artistas seguiram para a sede do Ministério da Cultura do Recife. Na próxima quarta-feira (18), às 18h, será realizada, na igreja da Praça do Diário, uma Missa de Sétimo Dia para o "golpe" e o governo de Temer.