Funcionários encerram greve no Santa após promessas
Presidente Alírio Morais esteve reunido com representantes dos empregados do clube e prometeu quitar dívidas até o fim do ano
Uma reunião que durou cerca de duas horas e terminou com fim da greve dos funcionários do Santa Cruz. Apos não ter comparecido ao Arruda nesta quinta-feira, o presidente Alírio Morais se encontrou nesta sexta-feira pela manhã (21) com representantes de todos os setores do clube para esclarecer os cinco meses de salários atrasados e se comprometeu a elaborar um plano de pagamento para que até dezembro todos os débitos sejam quitados.
“Fizemos um encontro de transparência e estabelecemos um pacto para que fosse criada uma comissão permanente para estar contato direto comigo. Não adianta só discutir os atrasados, mas evitar que situações como essa se repitam. A gente vai apresentar na próxima semana um plano de pagamento que está sendo elaborado para não ter falha", afirmou o cartola. Alírio ainda afirmou que entende e considera legítima a greve, mas que ela "poderia manchar a imagem do Santa Cruz diante de investidores”.
Alírio reconheceu erros da gestão com os funcionários do clube e garante que o planejamento é de corrigi-los a partir de agora. “O fato é que funcionários foram sacrificados, tem havido falhas de comunicação e estamos revendo isso. Tenho me colocado num patamar de ouvir as pessoas e ontem estava correndo atrás de receita, o quadro se agravou e precisava que houvesse uma manifestação nossa para criar um cenário satisfatório para eles”, pontua.
Os bloqueios na justiça e dívidas trabalhistas foram colocadas pelo presidente como fatores que levaram o clube à situação atual. “A partir de julho, quando estávamos voltando para Série A, começamos a sofrer uma série de bloqueios judiciais por situações trabalhistas. Ficamos julho, agosto e setembro com a receita paralisada. Criei um aporte junto com investidores, mas a partir de determinado momento o clube ficou em uma dificuldade e isso se reproduziu nas folhas”, revela Alírio.
Com cotas a serem desbloqueadas, o presidente coral destaca que o Santa ainda tem um valor a receber, mas que deve ser insuficiente para sanar todas as dívidas, sendo assim terá que tentar alguns empréstimos. “Temos de três a quatro milhões para receber, devo passar próxima semana fora para consolidar esse desbloqueio, mas garanto desde já que esse valor ainda é insuficiente para pagar a conta que precisa ser paga”, afirmou. “Há uma preocupação permanente em transformar o Santa em um bom cumpridor das suas obrigações”, completou esperançoso de que consiga encerrar o ano com as folhas em dia.
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