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Ao longo de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu uma série de medidas como carros-chefe de sua gestão, mas não foi capaz de cumprir todas as promessas antes do fim do ano. O governo realizou parte das propostas, como o Desenrola Brasil, para a renegociação de dívidas, o fim do teto de gastos, substituído pela nova regra fiscal, e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros projetos, no entanto, não tiveram o mesmo destino.

O Voa Brasil, que prometia passagens aéreas a preços acessíveis, não saiu do papel, e o ministro que estava à frente da ideia foi despachado para outra pasta do primeiro escalão. Uma Medida Provisória editada por Lula em julho prometia zerar as filas do INSS, mas não surtiu o efeito esperado. E o desmatamento zero até 2030, apesar do prazo extenso, encontra-se com a viabilidade ameaçada em razão da onda de queimadas que afetou a região da Amazônia em 2023.

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Além disso, Lula prometeu ao longo da campanha e durante o discurso de posse rever a legislação trabalhista. Uma revisão mais ampla das leis do trabalho nem sequer chegou a ser enviada ao Congresso. O governo apenas criou um grupo para discutir normas para trabalhadores de empresas por aplicativo, mas a regulamentação ainda está emperrada. O Estadão procurou a Presidência e os ministérios, que não se manifestaram. Confira as promessas não cumpridas.

Voa Brasil

Em março deste ano, o ministro Márcio França, então na pasta de Portos e Aeroportos, divulgou detalhes de um programa denominado Voa Brasil, por meio do qual estudantes, aposentados e pessoas com renda até R$ 6,8 mil poderiam ser beneficiados com passagens aéreas a preços subsidiados. Havia até a previsão para o início do programa, que estaria em vigor no segundo semestre de 2023.

Os problemas do Voa Brasil, no entanto, começaram dias depois das manifestações do ministro. Lula se irritou com a atitude de França em apresentar o programa em público, alegando que não havia tomado conhecimento da medida. Em reunião ministerial, na mesma semana, sem citar o nome do aliado, repreendeu as "genialidades" de ministros, divulgadas antes de passar pelo crivo do governo. "É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordada com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo", disse Lula.

Em julho, Márcio França chegou a confirmar ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o Voa Brasil seria lançado no fim de agosto. No início de setembro, no entanto, a Esplanada passou por uma reforma para acomodar políticos do Centrão. França foi remanejado e, em seu lugar, foi nomeado Silvio Costa Filho, que se comprometeu com o avanço da medida, mas não a entregou até agora. Segundo Costa Filho, o programa ficou para 2024. O Estadão questionou a pasta dos Portos e Aeroportos sobre as razões do adiamento do programa, mas não obteve resposta.

Aplicativos

A proposta de regulamentar o trabalho por aplicativo foi prometida por Lula em janeiro. No dia 1.º de maio, o governo instituiu, por meio de decreto, um grupo de trabalho para discutir as normas para os apps de entrega e de carona. Naquele mês, as reivindicações da categoria por melhores condições de trabalho culminaram em paralisações pelo País.

Segundo o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), há mais de 1,7 milhão de motoristas e entregadores por aplicativo no Brasil. No atual modelo de operação, eles estão desprovidos de direitos trabalhistas, como férias remuneradas, indenizações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e auxílio-desemprego.

A negociação avançou com as empresas de transporte de passageiros, mas está emperrada com os aplicativos de entregas. O grupo que discute o tema, no Ministério do Trabalho, de Luiz Marinho, enfrenta um impasse em duas questões: o valor mínimo da hora trabalhada e o que se consideraria, de fato, a hora trabalhada dos profissionais.

O ministro alegou que os aplicativos de entrega ainda não chegaram a um acordo porque "as empresas não fizeram proposta que correspondesse aos anseios e às necessidades que os trabalhadores colocaram na mesa". Ele ressaltou que a regulamentação "não é um acordo com o governo", mas sim um acerto entre as partes. "O governo é estimulador e intermediador."

Não há consenso quanto às horas que devem ser computadas para pagamento: os trabalhadores querem que as horas totais sejam consideradas, ou seja, todo o instante em que o aplicativo estiver ligado; as empresas não querem pagar as horas quando o motorista estiver esperando por novas entregas.

Fila do INSS

Em julho, o governo editou Medida Provisória para criar o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS). O objetivo era cumprir uma promessa feita no discurso de posse: reduzir as filas de atendimento no INSS.

Naquele momento, 1,79 milhão de pessoas aguardava por análise de solicitação de benefício e perícia médica. A MP previa o pagamento de bônus por produtividade aos servidores. Em um mês de programa, no entanto, a redução no volume foi de apenas 5,7%: de 1,79 milhão para 1,69 milhão de pedidos sob análise. O INSS manteve a meta de zerar as esperas acima de 45 dias até o fim do ano, mas o objetivo não foi cumprido.

Desmatamento

"Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica", disse Lula, no discurso de posse, sem estabelecer prazos. Em junho, na cúpula do Novo Pacto de Financiamento Global, na França, Lula afirmou a líderes europeus que eles poderiam visitar a Amazônia com desmatamento zero em 2030. O prazo foi selado semanas depois, na assinatura da 5.ª fase do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (Ppcdam).

Para Pedro de Camargo Neto, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira, a meta de zerar o desmate só em 2030 é "inaceitável", pois Belém sediará a 30.ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em 2025 e, até lá, o País já deveria estar em posição de liderança no tema.

O desmatamento na Amazônia caiu 22,3% em um ano. O balanço do Ministério do Meio Ambiente trata do período entre agosto de 2022 e julho de 2023. É a primeira vez desde 2019 que a taxa de desmate fica abaixo de 10 mil km². No período da gestão de Lula, a queda foi mais acentuada. A onda de queimadas na região do bioma, no entanto, ainda é preocupante. Em outubro, Manaus, foi encoberta por uma nuvem de fumaça e registrou a segunda pior qualidade de ar do mundo.

A situação pode piorar em 2024. A verba para Prevenção e Controle de Incêndios Florestais nas Áreas Federais Prioritárias encolheu e terá R$ 4 milhões a menos no Orçamento da União, aprovado pelo Congresso. O valor caiu de R$ 67 milhões para R$ 62,6 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a cerimônia de posse de seu novo ministro, o advogado Cristiano Zanin.  

A solenidade foi apresentada pela presidente da corte, ministra Rosa Weber, e contou com a presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e do procurador-geral da República, Augusto Aras.  

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“Como todos sabem, vossa excelência também, a cerimônia de posse do Supremo Tribunal Federal não comporta espaços para discursos. Mas eu, na condição de presidente do STF, em nome de todo o colegiado, quero dar a vossa excelência as boas-vindas, desejando-lhe muita felicidade no exercício da jurisdição constitucional, e também de todos os ministérios e atribuições cometidas ao ministro desta Casa. Eu estou convicta de que vossa excelência, com a sua cultura jurídica, seu preparo técnico, sua experiência, e sua extrema lhaneza, enriquecerá, sobremodo, este colegiado” declarou a ministra Rosa Weber em sua fala ao novo ministro. 

Promessas da sabatina 

Durante sua sabatina, realizada ainda em junho, o recém-empossado afirmou algumas atitudes que serão mantidas no seu trabalho como ministro. Confira aqui as principais promessas feitas por Zanin, e trechos de sua fala. 

1- Não será subordinado a Lula 

“Estou aqui hoje indicado pelo presidente Lula pelo fato de ele ter conhecido meu trabalho jurídico, a minha carreira na advocacia e por ter a certeza de que eu, uma vez, nomeado e aprovado por esta Casa, vou me guiar exclusivamente pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja.” 

2- Não vai mudar de lado 

“Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do STF, se aprovado por este Senado. Eu não vou mudar de lado, pois o meu lado sempre foi o mesmo, o lado da Constituição, o das garantias, o do amplo direito de defesa, o do devido processo legal. Para mim, só existe um lado. O outro é barbárie, é abuso de poder” 

3- Respeito à democracia 

“Continuarei respeitando as nossas instituições democráticas como sempre fiz como advogado.”

4- Compromissos singulares 

“Não permitirei investidas insurgentes e perturbadoras à solidez da República pois a responsabilidade desse cargo tem impacto direto na nação brasileira para se conquistar o futuro próximo.” 

5- Ouvir todos os lados 

“Exijo ouvir todas as partes, a sociedade, as instituições representativas, sejam elas públicas ou privadas.” 

6- Independência 

“Exijo independência para julgar de acordo com a Constituição e com as leis brasileiras. Portanto, me comprometo com a democracia e com o estado democrático de direito” 

7- Atuação  

Meu compromisso em atuar no judiciário como agente pacificador entre os possíveis conflitos envolvendo os poderes, a fim de garantir a legítima atuação dos três poderes da República, sempre desprovido de ativismos ou interferências excessivas e desnecessárias.” 

8- Defender causas 

“Erradicação da pobreza, fome zero, e agricultura sustentável. Saúde e bem-estar para todos em todas as idades. Educação de qualidade através da educação inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para cada cidadão brasileiro, e alcançar a igualdade de gênero.” 

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu neste sábado, 21, que seu governo trabalhará para dar dignidade para os indígenas e, sem detalhar, que acabará com o garimpo ilegal. O presidente viajou neste sábado para Boa Vista, Roraima, por conta da situação sanitária das populações em território Yanomami.

O governo decretou na sexta-feira emergência em saúde pública de importância nacional. "Saio daqui com compromisso com nossos queridos irmãos, que nós vamos dar a eles a dignidade que eles merecem, na saúde, na educação, na alimentação e nos direitos de ir e vir para fazer as coisas que necessitam na cidade", disse Lula.

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O presidente afirmou que levará muito a sério o fim do garimpo ilegal. "Mesmo que seja uma terra que tem autorização para fazer pesquisa, ele pode fazer sem destruir a água, a floresta e sem colocar em risco a vida das pessoas que dependem da água para sobreviver", disse.

Contudo, não detalhou quais medidas seu governo pretende adotar ou uma previsão. "O que posso dizer é que não vai existir mais garimpo ilegal, e sei da dificuldade de tirar o garimpo ilegal, sei que já se tentou outras vezes e eles voltam, mas nós vamos tirar."

Lula afirmou que o Brasil tem um novo governo, que agirá com seriedade no tratamento das pessoas. "Vamos tratar nossos indígenas como seres humanos, responsáveis por parte daquilo que somos. Nós vamos cuidar para serem tratados como se fossem seres humanos de primeira classe, não tratar como se fosse gente de quarta ou quinta classe."

Críticas à gestão de Jair Bolsonaro

Durante a declaração, Lula também fez referências e críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. "É desumano o que vi aqui. Sinceramente, o presidente que deixou a Presidência esses dias, se ao invés de fazer tanta motociata tivesse vergonha e visse aqui uma vez, quem sabe esse povo não estaria abandonado como está", afirmou.

Visita necessária

A viagem a Roraima acontece às vésperas da ida de Lula para a Argentina. O presidente afirmou que não gostaria de deixar o País sem fazer a visita.

Ele foi acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

O presidente afirmou que pretende participar, em março, da assembleia na Raposa Serra do Sol.

"Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas tratadas de forma desumana, como eu vi o povo Yanomami ser tratado aqui, eu não acreditaria. Por acaso tive acesso a algumas fotos essa semana e elas, efetivamente, me abalaram. Um País que tem condições como o Brasil não pode deixar nossos indígenas abandonados como estão aqui", disse Lula.

O presidente citou que durante a visita viu "crianças magrinhas e desnutridas, que precisam de vitaminas".

Medidas

Lula afirmou que as primeiras medidas devem ser no setor de transportes na região devido à precariedade do serviço. O objetivo, segundo ele, é garantir transporte para pessoas que estão aguardando há seis meses e ficaram abandonadas.

Ele também citou ser necessário aumentar a pista de pouso para possibilitar a utilização de uma aeronave maior, que tenha capacidade de transportar um número maior de passageiros e de alimentos.

O presidente ainda afirmou que equipes de saúde serão enviadas para a localidade. "Acho que uma das formas da gente resolver isso é a gente montar um plantão da saúde nas aldeias, para que possa cuidar deles lá. Fica mais fácil transportar dez médicos do que transportar 200 índios. É apenas uma questão de mudança de comportamento. Prometo a vocês que vamos melhorar a vida deles", disse citando que a ministra da Saúde tem conhecimento dessa intenção.

A partir de 1.º de janeiro, o futuro governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai passar para o outro lado na mesa de negociações se quiser tirar do papel projetos de interesse dos paulistas que se arrastam há anos - em alguns casos, por demora ou discordância do próprio Tarcísio quando ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro. Na lista, estão as históricas promessas de se fazer uma ponte ou túnel para ligar Santos ao Guarujá, na Baixada Santista, e de conceder à iniciativa privada a Hidrovia Tietê-Paraná. Em ambas as propostas, o aval terá de vir agora do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a campanha, Tarcísio pouco detalhou suas intenções em cada uma das áreas do governo, mas firmou o compromisso de executar a ligação no litoral e incentivar o transporte hidroviário, assim como manter políticas em parceria com o governo federal na segurança pública, Justiça e habitação, principalmente. Parte das promessas foi atrelada à reeleição de Bolsonaro, como, por exemplo, trabalhar para reduzir a maioridade penal, colocar um fim às audiências de custódia e construir 200 mil unidades habitacionais a partir do programa federal Casa Verde e Amarela, o antigo Minha Casa, Minha Vida.

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Com a volta de Lula à Presidência, o ex-ministro terá de negociar em sua antiga pasta a liberação, pela Autoridade Portuária de Santos, de uma licença para executar uma ponte com o Guarujá, conforme projeto defendido pelo Estado, ou um túnel, modelo preferido por Tarcísio. O futuro governador só escapará dessa condição se a concessão da gestão do Porto de Santos sair até o final do ano, o que tem se tornado cada vez mais improvável.

Quando comandou o Ministério da Infraestrutura, Tarcísio não deu andamento à proposta paulista. De acordo com a gestão Rodrigo Garcia (PSDB), o projeto da ponte sofreu uma série de alterações a pedido do ex-ministro e segue à espera de resposta federal desde novembro de 2020. A obra é orçada em R$ 3,9 bilhões.

A assessoria do ex-ministro reforçou sua preferência pelo túnel, conforme previsto no projeto de desestatização do Porto de Santos, desenvolvido pela pasta durante sua gestão, e que, neste momento, é analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Uma ponte comprometeria a área de manobra dos navios (que estão cada vez maiores), o que causaria possíveis acidentes e colisões. Além disso, seria necessária uma área maior de desapropriações dentro do próprio porto para a construção de alças suficientemente altas para não prejudicar o fluxo das embarcações", informou, por meio de nota.

Também em processo de transição, o futuro governo Lula não tem se manifestado sobre projetos pontuais, mas dado prioridade à aprovação do Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem. A questão da desestatização do Porto de Santos, no entanto, foi tema de campanha em São Paulo e recebeu críticas do então candidato petista Fernando Haddad, que é contra repassar a gestão para a iniciativa privada.

Outra discordância clara entre os futuros governos diz respeito ao porte e posse de armas. Durante a campanha, Tarcísio defendeu que o paulista possa ter "liberdade" para buscar seu porte e posse de armas, medida que será dificultada pela terceira gestão Lula. Em um dos poucos anúncios até agora, a equipe de transição federal afirmou que vai propor um "revogaço" dos decretos editados por Bolsonaro para facilitar o acesso a armas no Brasil.

No plano de governo apresentado à Justiça Eleitoral, Tarcísio ainda propõe uma Cooperação SP-Brasília para enfrentar o crime organizado no Estado por meio de parcerias entre as polícias estaduais e federal, assim como trabalhar em sintonia com a União em programas de transferência de renda e combate à fome.

Hidrovia e trem

Se a promessa de uma ligação entre Santos e Guarujá segue sem prazo, a candidatura de Tarcísio fez andar a liberação de um outro convênio esperado pelo governo tucano para a ampliação do canal de Avanhandava, na Hidrovia Tietê-Paraná. Depois de permanecer parado por um ano e meio no Ministério da Infraestrutura, a pasta autorizou o projeto em março deste ano.

Com o repasse de R$ 340 milhões para realização da obra, o prazo de conclusão está previsto para o próximo dia 30. A ampliação permitirá a navegabilidade de cargas durante todo o ano, mesmo nos períodos de seca, abrindo caminho para uma eventual concessão da hidrovia, o que dependerá de novo aval federal. Também por nota, Tarcísio afirmou que a "concessão será estudada", visto que a hidrovia é prioritária para o Estado por sua importância para o equilíbrio e eficiência da matriz de transportes.

No caso do trem intercidades, projeto de ligação por trilhos entre São Paulo e Campinas, o futuro governo vai se beneficiar da assinatura de um termo de cooperação técnica assinado entre o Estado e o Ministério da Infraestrutura no último dia 4. O ato, que libera o uso de trilhos já existentes, mas sob gestão federal, foi celebrado pelo substituto de Tarcísio na pasta, o atual ministro Marcelo Sampaio Cunha Filho.

A demora federal em liberar os trilhos, no entanto, postergou a licitação, programada apenas para 2023. Durante a campanha eleitoral, a mesma promessa de executar o trem foi defendida por Haddad e já prometida pelo futuro vice-presidente Geraldo Alckmin.

Ao Estadão, Tarcísio afirmou que, enquanto esteve como ministro da Infraestrutura, prezou por manter diálogo aberto com representantes de todas as Federações do Brasil, sempre em busca da melhor solução para a população e para o setor de transportes do País.

Dutra e Rio-Santos

Ao virar governador, Tarcísio vai se deparar com ao menos outras duas demandas na área de mobilidade que poderiam ter sido resolvidas durante sua passagem pelo ministério. Uma delas diz respeito ao preço cobrado nos pedágios do trecho paulista da Via Dutra. Antes de desembarcar em São Paulo, o então ministro autorizou a concessão da rodovia com descontos maiores nas praças do Rio, em decisão que provocou reação dos prefeitos paulistas. A redução dos valores cobrados nas regiões de Arujá e de Guararema, por exemplo, foi de 3%, enquanto em Itatiaia chegou a 21%.

No mesmo negócio comandado pelo ex-ministro ficou estabelecido que a Rodovia Rio-Santos seria duplicada da capital fluminense até Angra dos Reis, deixando a parte paulista de fora. A solução adotada por Doria, à época, foi pedir que o trecho paulista passasse ao comando do Estado, que agora precisa de recursos para tocar a obra.

Em ambos os casos, Tarcísio indica que não deve propor mudanças. Segundo ele, a modelagem da concessão das rodovias Dutra e Rio-Santos foi baseada em critérios técnicos, que deram lugar a um dos contratos rodoviários mais modernos do País.

"Vale ressaltar que realizar uma nova concessão - e não uma renovação - possibilitou uma série de melhorias no contrato, incluindo um aporte total de quase R$ 15 bilhões em investimentos e uma redução tarifária importante na ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, além de outros mecanismos à disposição para o usuário que reduzem ainda mais o valor a ser pago e a isenção de pedágio para motociclistas."

Sobre a Rio-Santos, o novo governo considera que uma duplicação da rodovia no trecho paulista elevaria o valor da tarifa a ser cobrada e demandaria de um alto investimento por causa da complexidade da obra no trecho que abrange a Serra do Mar, além do severo impacto ambiental na região.

Confira as promessas que dependem de aval federal:

- Ligação Santos-Guarujá.

- Concessão da Hidrovia Tietê-Paraná.

- Trem intercidades.

- Fim das audiências de custódia.

- Redução da maioridade penal.

- Cooperação SP-Brasília para combate ao crime.

- Construção de 200 mil moradias.

Depois de ter prometido nesta quinta, 20, durante entrevista a um podcast, o aumento real do salário mínimo no ano que vem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo nesta sexta-feira, 21, para reforçar a proposta. A campanha do candidato à reeleição teme o impacto na opinião pública da polêmica sobre uma possível desindexação do mínimo e dos benefícios previdenciários. Como mostrou nesta sexta, 21, o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, aliados de Bolsonaro têm colocado o desgaste na conta do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Consertamos a economia do Brasil, estamos arrecadando muito. Assim sendo, a partir do ano que vem, a nossa garantia de darmos a todos os aposentados e pensionistas um reajuste acima da inflação. A mesma coisa no tocante aos servidores públicos: conceder no ano que vem um reajuste acima da inflação. E o valor do salário mínimo como fica? Também será dado um reajuste acima da inflação", diz Bolsonaro, no vídeo que está sendo compartilhado por seus apoiadores.

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"Todos vocês, não acreditem nessas mentiras da esquerda, que nunca nada fizeram por ninguém e querem apenas nos caluniar, mentir sobre essas questões", emendou Bolsonaro, ao exaltar o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil e as contas públicas "ajustadas", sem citar as flexibilizações do teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior - durante o seu mandato.

Bolsonaro foi orientado pela campanha a entrar em campo para "reduzir danos". Na entrevista ao podcast Inteligência Ltda, nesta quinta, 20, disse que Guedes havia anunciado o aumento real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação. O ministro, contudo, garantiu apenas o reajuste "pelo menos" com base no índice de preços. "O Paulo Guedes fala muito em desindexação da economia, daí no bolo o que ele quer desindexar? O porcentual fica indefinido", disse também Bolsonaro.

A fala de Guedes foi recebida com preocupação no QG de reeleição "porque toca em um público sensível, que tem sido conquistado aos poucos", disse um ministro do governo. Como mostrou o Broadcast Político nesta sexta, existe internamente uma avaliação de que "finalmente, as medidas de cunho social adotadas desde o meio do ano estão surtindo efeito junto à população de baixa renda", de acordo com outro integrante do QG bolsonarista, que já havia destacado este entendimento ao longo da semana.

Esta mesma pessoa ressaltou que "nada pode sair do script neste momento, em especial junto a um eleitorado que é majoritariamente favorável a Lula". Por isso, frisou a fonte, Bolsonaro partiu para desmentir seu ministro. A intenção, relataram três aliados à reportagem, é "acalmar as pessoas".

O governo vem intensificando lançamentos de medidas de cunho econômico desde o meio do ano, mas especialmente entre o primeiro turno e o segundo. Um calendário ao qual a reportagem teve acesso mostra que, desde 3 de outubro, ocorreram ao menos 12 anúncios de concessão de benefícios. A empreitada vem por ordens do próprio presidente, que mandou Guedes tirar da cartola ao menos uma medida a cada dois dias até o fim da corrida eleitoral, como o Broadcast Político informou no início desta semana.

O Datafolha desta quinta, 20, mostrou, em números, o efeito positivo das ações e a importância de manter a "vigilância", nas palavras de um bolsonarista, sobre a população de baixa renda. Bolsonaro saltou de 33% para 40% entre os beneficiários do Auxílio Brasil, na comparação com o levantamento anterior, de 14 de outubro, enquanto Lula encolheu de 62% para 56%.

Com a largada para o segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, nessa terça-feira (4), a promessa de conceder o 13.º a mulheres chefes de família que recebem o Auxílio Brasil em 2023 caso reeleito - sem dizer, porém, de onde sairiam os recursos. Com isso, as promessas eleitorais do presidente - parte delas sem a garantia de recursos no Orçamento - já somam R$ 158,6 bilhões.

Depois de prometer a manutenção do Auxílio em R$ 600, correção da tabela do Imposto de Renda, reajuste salarial para os servidores e prorrogação da desoneração dos tributos federais sobre combustíveis, Bolsonaro aposta agora em novas "bondades" nos benefícios sociais para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Na segunda-feira, ele já havia anunciado a antecipação do pagamento do Auxílio em outubro.

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Competição predatória

"O segundo turno inaugura um período de competição fiscal predatória promovida principalmente pelo Bolsonaro", avalia o coordenador do Observatório Fiscal da Fundação Getúlio Vargas, Manoel Pires. O custo de conceder a 13.ª parcela a mulheres que recebem o Auxílio Brasil é de R$ 10,1 bilhões. Segundo informações da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania, são 16,85 milhões de famílias chefiadas por mulheres que recebem o mínimo de R$ 600 do programa.

A promessa do presidente não tem espaço no Orçamento de 2023 enviado ao Congresso, que prevê o pagamento médio de R$ 405. Segundo o Ministério da Economia, o custo extra para a manutenção dos R$ 600 seria de R$ 52 bilhões. Já na comparação com o orçamento do programa em 2022, o custo adicional para o ano que vem é R$ 67 bilhões - pois contempla a inclusão de novos beneficiários, totalizando 21,6 milhões de famílias.

A "fatura" ainda deve aumentar. No mês passado, Bolsonaro prometeu pagar um adicional de R$ 200 a beneficiários que conseguirem um emprego formal. O chamado Auxílio Inclusão Produtiva Urbana já consta na lei do Auxílio Brasil e prevê o pagamento extra, mas ainda não saiu do papel. Procurado, o Ministério da Cidadania afirmou que o programa "está em fase de regulamentação". Ainda não se sabe quanto a medida vai custar.

"Ainda temos um longo mês pela frente para ver o poder da caneta ressuscitando propostas e comprometendo ainda mais o Orçamento do ano que vem", avalia Juliana Damasceno, economista da Tendências.

Outra medida que ficou de fora do Orçamento do ano que vem é a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, que levaria a uma perda de no mínimo de R$ 17 bilhões de arrecadação. A promessa, aliás, vem desde a campanha de Bolsonaro 2018. Há medidas inclusas no Orçamento, como os R$ 11,6 bilhões reservados para reajuste dos servidores do Executivo. Esse valor, porém, só permite uma correção de 4,8%, menos do que a inflação prevista.

Desonerações

Também foram prorrogadas as desonerações sobre combustíveis - grande aposta de Bolsonaro na campanha. A prorrogação da redução do PIS/Cofins e da Cide sobre gasolina, gás natural e etanol custará R$ 34,3 bilhões. Já a do PIS/Cofins sobre diesel e gás de cozinha, R$ 18,6 bilhões.

"Temos a obrigação de, num horizonte de oito anos, reduzir os gastos tributários pela metade - e estamos indo na contramão", diz Damasceno. "Por que a gente prorrogaria essa desoneração se o próprio Ministério da Economia diz que não teremos pressão pelo lado do preço no ano que vem, nem do petróleo, nem do câmbio?", questiona. (COM BROADCAST)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato ao Governo do Estado, Danilo Cabral, prometeu criar a Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência para fazer a interface entre secretarias diversas e projetos, ampliando, segundo ele, os serviços voltados à pessoa com deficiência. Danilo se compromete ainda a construir centros regionais especializados, expandir a educação inclusiva e instalar centros desportivos que atenderão atletas e paratletas.

“Vamos garantir que essas pessoas sejam reconhecidas e tenham seus direitos respeitados. Faremos isso com a implantação de políticas públicas transversais que responderão às demandas que estão postas”, afirmou Danilo Cabral nesta quarta-feira (21), Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. 

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No que toca à saúde, Danilo projetou a criação de cinco unidades de Centros Regionais de Reabilitação, como parte do programa “Pernambuco TEAma”. De acordo com o candidato, os centros devem ser destinados ao atendimento especializado de pessoas com deficiência, doenças crônicas e transtornos funcionais, incluindo Transtornos do Espectro Autista. Caso seja eleito, ele disse que deve distribuir as unidades da seguinte forma: duas instaladas na macrorregião do Sertão, uma na Região Metropolitana do Recife, outra na Zona da Mata e uma última no Agreste.

Outra proposta de Danilo é a expansão da educação inclusiva, tendo como meta a universalização da educação inclusiva na Rede Estadual de Ensino. O programa de educação inclusiva deve ser desenvolvido a partir de três frentes: da capacitação, do incremento e da adaptação. 

Uma outra ação do eventual governo de Danilo beneficiará as pessoas com deficiência e diz respeito à construção de três unidades de centros desportivos regionais, na Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco. Os centros servirão a atletas e paratletas e estudantes com pistas, piscinas, quadras para esportes olímpicos e paralímpicos. Todos com perfil semelhante ao do Complexo do Santos Dumont, no Recife.

Segmentos vinculados a pessoas com deficiência e ligados aos partidos da Frente Popular elaboraram um Manifesto que destacam avanços em ações promovidas pelo Governo Paulo Câmara (PSB) - como a regulamentação da Lei 12.045/2001, que versa sobre a gratuidade no transporte público de passageiro intermunicipal - e elencaram 32 propostas como colaboração dada ao eventual governo, caso seja eleito. 

*Da assessoria de imprensa

A candidata à Presidência da República Soraya Thronicke disse, nesta sexta-feira (16), que, entre os tributos federais, só vai manter os que incidem sobre importação, exportação e o imposto de renda. Esse último, no entanto, não será cobrado de professores e de trabalhadores com ganhos de até cinco salários mínimos. A promessa foi feita durante o evento organizado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. 

A candidata pelo União Brasil defendeu o uso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) - no caso a TV Brasil - como ferramenta de educação. Ela disse que o uso do veículo público poderia ter ajudado a amenizar os problemas causados pela pandemia aos estudantes brasileiros, em especial os que não têm acesso à internet, para assistirem aulas à distância. 

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“A exemplo do que foi feito [com os veículos de mídia pública] em outros países, como Portugal, a EBC poderia ter sido utilizada para dar aulas aos brasileiros”, defendeu Soraya.  Sobre os planos para a área econômica, Soraya reiterou que, dos tributos federais, só manterá aqueles que incidem sobre importação, exportação e sobre o imposto de renda, que, segundo ela, “deixará de ser cobrado de professores e de pessoas que recebam até cinco salários mínimos”.

  Dirigindo-se aos engenheiros presentes no evento, disse ser favorável a uma lei de licitações similar à aplicada em outros países, que incluem, no edital, um seguro que garanta a entrega da obra no tempo contratado.

Em nova visita ao Sertão do Araripe nesta quarta-feira (14), Miguel Coelho foi a Ouricuri e declarou que levará importantes investimentos à região nos próximos quatro anos. O candidato do União Brasil disse que dentre os projetos previstos vai investir em obras estruturais e de saúde. 

 "O Sertão será lembrado nos quatro anos do meu governo. Vamos construir uma maternidade em cada região do estado e vamos trazer uma delas para o Sertão do Araripe, para ficar aqui em Ouricuri, cuidando de todas mães sertanejas", afirmou Miguel, que tem no plano de governo a proposta de implantar 8 maternidades regionais. 

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O ex-prefeito de Petrolina também declarou que pretende investir na malha viária do Araripe. A região reúne importantes rodovias para a escoamento da produção de gesso, mas há anos não recebe ações de conservação e recuperação. “Vamos tirar do papel a PE-630, conectando Petrolina a Trindade, e duplicar a 316, de Ouricuri a Araripina, que é fundamental para o desenvolvimento do Polo Gesseiro", pontuou.   

O candidato do União Brasil também reafirmou que água será uma prioridade de sua gestão. "Além das grandes obras de abastecimento, nosso plano de governo tem a proposta de construir 120 mil cisternas em quatro anos para ser um suporte ao homem do campo", declarou.   

O ato político em Ouricuri, cuja base de apoio a Miguel tem o ex-prefeito Dario Peixoto e o candidato a estadual Cícero de Euclides, teve a presença do deputado federal Fernando Filho, da vereadora Adelúcia Cléa, dos suplentes Charles Nunes e Dodô, do empresário Petronilo Mendes, e do ex-vereador Chico Neto. No município, Miguel ainda conta com o apoio de mais cinco vereadores: Galeguinho Dantas, Galego do Coco, Alex Bar, Quinho da Extrema e Pedro Augusto.

Mais apoios 

A 18 dias da eleição, a candidatura de Miguel Coelho ao governo de Pernambuco recebeu dois novos e importantes aliados na região do Sertão. Nesta quarta-feira (14), a vice-prefeita de Ouricuri, Gildevânia Melo (PSD), e o ex-prefeito de Santa Cruz, Zé do Brejo, bateram o martelo e vão marchar com o candidato do União Brasil na reta final do primeiro turno.

  Em ato político em Ouricuri, Gildevânia Melo disse que Miguel é a melhor opção entre os postulantes e destacou que a gestão do ex-prefeito de Petrolina o capacita para assumir o comando do estado. “Conheço Miguel desde quando ele iniciou sua trajetória política e já se destacava. A gestão em Petrolina é apenas uma amostra grátis do que ele fará no estado. Sem dúvida é a melhor opção", disse Gildevânia. No município, Miguel conta ainda com apoio do ex-prefeito Dario, do candidato a estadual Cícero de Euclides e mais seis vereadores (Adelúcia, Galeguinho Dantas, Galego do Coco, Alex Bar, Quinho da Extrema e Pedro Augusto). 

Outra base política reforçada nesta quarta foi Santa Cruz. No início da manhã, Miguel teve oficializado o apoio da oposição na cidade de Santa Cruz, liderada pelo ex-prefeito Zé do Brejo e que tem ainda os vereadores José Ion, Zé Neilton, Solidade, e a suplente Cicinha de Romero. As lideranças Arthur Marinho e Jobeth Granja também estavam presentes à reunião que consolidou a aliança. O ato teve ainda a presença da vereadora de Petrolina e candidata a deputada estadual, Maria Elena, e do deputado federal Fernando Filho. 

 Também pela manhã, Miguel visitou a cidade de Santa Filomena para um encontro com lideranças locais articulada pelo prefeito Gildevan Melo e a vice-prefeita Dona Francinete. O evento teve ainda os vereadores Edivaldo Barros, Adelvan do Campo Santo, Erinho de Cícero Henrique, Tico de Pedro Otávio e Wallace Mororó. O vereador Jackson Reis, de Dormentes, também prestigiou a agenda.

*Da assessoria 

 

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) visitou na manhã desta segunda-feira (5) a Coopercaps, uma cooperativa de reciclagem de materiais, na capital paulista. Segundo a presidenciável, a visita foi marcada em homenagem ao Dia da Amazônia, celebrado hoje.

“Fizemos questão de vir aqui para mostrar que cuidar do meio ambiente é também garantir desenvolvimento sustentável com qualidade de vida, renda, salário, não só para os catadores, mas para toda uma cadeia de produção”, ressaltou. 

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Durante a visita, a candidata lembrou que apesar de ser campeão na reciclagem de latinhas de alumínio, o Brasil só consegue reciclar 30% de todo lixo que produz: “o que nós queremos é colocar a União como partícipe e parceira. A União ajudando os municípios e os consórcios a construírem aterros sanitários porque eles têm prazos pra isso. Cuidando do meio ambiente, mas também ajudando as cooperativas com redução da carga tributária para que eles possam reciclar esse lixo, garantindo emprego e renda para as nossas famílias, especialmente pras nossas mulheres”. 

Sobre como se daria a redução dessa carga tributária para as cooperativas, a presidenciável defendeu a reforma tributária. Segundo ela, a medida não vai prever aumento na carga tributária para cooperativas, além de desburocratizar e unificar impostos. Simone Tebet acrescentou que também pretende incentivar o setor com linhas de financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O alvo seriam todos que, por meio de cooperativas, querem abrir esse tipo de negócio que, segundo ela, faz bem pro meio ambiente e garante cidadania, para as pessoas. “Temos mais de 800 mil pessoas que são consideradas catadores pra linha da formalidade”, lembrou. 

Outra proposta apresentada por Simone Tebet hoje foi a criação de uma Secretaria Executiva voltada para as políticas públicas pra Amazônia. “Ela vai ter o papel decisivo de cuidar dos biomas junto com o Ministério das Relações Exteriores fazer essa dobradinha. Primeiro para mostrar para o mundo que nós somos [um país] sustentável, cuidamos dos nossos biomas não só com os órgãos de fiscalização e controle atuando, mas também fazendo com que investimentos privados estrangeiros possam vir para que a gente possa aquecer a economia, fazer o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e renda para população”, afirmou.

  Em agenda realizada em Minas Gerais, a candidata defendeu que a atividade de mineração seja praticada com responsabilidade no país. "Somos dependentes dessa riqueza para gerar emprego e renda, mas a mineração tem que ser praticada com responsabilidade. A Serra do Curral é um patrimônio histórico e ambiental. Tem de ser preservada. Sem meio ambiente não há vida", disse.

Para entender as principais ideias de cada um dos candidatos à Presidência da República e, assim, antecipar em parte os movimentos de mercado, a Necton Política elaborou um comparativo entre os programas de governo dos dois candidatos favoritos no pleito: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Alguns dos temas mais caros aos investidores, como reformas, compromisso fiscal e privatizações de empresas estatais, estão presentes. E mostram a diferença entre os posicionamentos de Lula e Bolsonaro.

"Nesse recorte que fiz, não interessa muito o plano em si, mas, sim, como o mercado vai reagir aos pontos que foram levantados pelos candidatos. Dá para falar muito claramente que o mercado prefere o Bolsonaro, porque concorda com ele no sentido ideológico, essa coisa liberal de que o Estado não pode cuidar de todo mundo", explica André Perfeito, economista-chefe da Necton e autor do levantamento.

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Quando o assunto é economia, o plano de governo do candidato do PT faz menção a uma estratégia nacional de desenvolvimento para superar o "modelo neoliberal que levou o País ao atraso". "Lula tem insistido muito em colocar o pobre no Orçamento. Isso traz a ideia de alta do salário mínimo e novos benefícios, o que seria financiado por uma política fiscal tributária mais progressiva, avançando sobre os mais riscos. Só que não fica claro que é isso que ele quer fazer", diz.

Já em seu plano de reeleição, Bolsonaro coloca como prioridade os esforços para garantir a estabilidade econômica e a sustentabilidade da dívida pública por meio do ajuste fiscal. "É uma situação um pouco difícil para determinar porque, como ele ainda está no comando do País, toma cuidado de não se amarrar. Mas, aparentemente, eles vão fazer algum tipo de elevação de imposto, tributando os mais ricos via lucro e dividendos. Só que também fica muito pouco claro no plano", diz o economista.

O plano de governo do ex-presidente Lula traz alguns pontos sobre diferentes reformas. Para a parte de tributos, propõe uma simplificação no sistema tributário, de forma a fazer com que pobres paguem menos e ricos paguem mais. Passaria por reduzir a tributação do consumo e aperfeiçoar a tributação sobre o comércio internacional.

O candidato do PT fala ainda de uma reforma administrativa, reafirmando o compromisso com as instituições federais e a valorização dos servidores.

O presidente Bolsonaro também coloca as prioridades para seu segundo mandato. Na parte tributária, a meta é simplificar a arrecadação, aumentando a progressividade. Na trabalhista, o candidato promete que a nova legislação aprovada será mantida com segurança jurídica e diz que pretende se concentrar em políticas para redução da informalidade.

ESTATAIS

Sobre gestão das estatais, Lula e Bolsonaro têm posicionamentos opostos: enquanto o candidato do PT propõe recompor o papel indutor e coordenador do Estado, o candidato do PL defende ampliar e fortalecer o processo de desestatização e concessões da infraestrutura nacional.

O plano de governo de Lula relata oposição forte à privatização, em curso, da Petrobras. Propõe que a estatal tenha seu plano estratégico e de investimentos orientados para a garantia do abastecimento de combustíveis, voltando a ser uma empresa integrada de energia, exploração, produção, refino e distribuição. Lula também se opõe à privatização da Eletrobras, concluída em 2022, e à dos Correios.

Já o plano de Bolsonaro não menciona expressamente a privatização da Petrobras ou dos Correios. Mas defende que a desestatização da Eletrobras é um exemplo de que tais operações são possíveis.

Os candidatos propõem mudanças no Imposto de Renda. Enquanto Lula defende que os "muito ricos paguem imposto de renda", Bolsonaro promete isentar trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos durante a possível gestão.

Em relação ao teto de gastos, Lula propõe sua revogação e pretende rever o atual regime fiscal brasileiro, que classifica como "disfuncional e sem credibilidade". Bolsonaro não menciona expressamente o tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Orçamento de 2023, que o governo precisa enviar até o fim do mês para análise do Congresso, já tem um buraco de R$ 142,7 bilhões caso todas as principais promessas do presidente Jair Bolsonaro sejam atendidas. Entre elas, estão a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil; a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF); o reajuste salarial para os servidores; e a prorrogação da desoneração dos impostos federais sobre o diesel, gás de cozinha e gasolina.

Economistas de fora do governo avaliam que o projeto orçamentário corre o risco de se transformar numa peça de "ficção", que serviria mais para turbinar a campanha à reeleição de Bolsonaro.

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A área econômica já reservou R$ 17 bilhões para a correção da tabela do IR e outros R$ 11,7 bilhões para o funcionalismo, mas ainda tenta demover o Palácio do Planalto da promessa de manter a desoneração da gasolina, deixando apenas a prorrogação da desoneração do diesel. Se a desoneração valer para os dois, o custo extra chegaria a R$ 54 bilhões. O projeto de Orçamento não deverá especificar como a reserva para o aumento dos salários será dividida entre as carreiras, tampouco o modelo de correção do IR.

Em entrevista recente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou com a possibilidade de correção dos salários com base na inflação prevista para o ano que vem, mas técnicos do governo preferem priorizar algumas carreiras que têm hoje salários mais defasados em relação à iniciativa privada.

Os técnicos do Ministério da Economia buscam ainda uma saída técnica para não incluir o Auxílio Brasil de R$ 600 no projeto de Orçamento por falta de espaço no teto de gastos, mas Bolsonaro tem cobrado a elevação do piso do benefício social. Ele até já se adiantou e acenou com o envio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acomodar o aumento de gastos.

Com o valor do Auxílio em R$ 400, o custo das promessas a serem "incluídas" no projeto de Orçamento cai para R$ 92,8 bilhões. Nesse cenário, segundo apurou o Estadão, o orçamento do Auxílio Brasil subiria R$ 10,1 bilhões no ano cheio, passando de R$ 89 bilhões para R$ 99,145 bilhões. Com R$ 600, o valor chegaria a R$ 150 bilhões, sem considerar mais recursos para os benefícios adicionais previstos no programa - como o auxílio rural, urbano e creche.

‘DOIS ORÇAMENTOS’

Técnicos do governo avaliam que a elaboração do projeto está sendo mais complexa porque existiria um Orçamento do "candidato" e outro do "presidente". Um dos riscos é o governo prever gastos menores do que é esperado para acomodar as demandas do presidente.

O espaço poderia ser maior se o Ministério da Economia não tivesse ainda de acomodar cerca de R$ 19 bilhões em emendas parlamentares de relator, provenientes do chamado orçamento secreto. O presidente acertou que não vai vetar essas emendas na sanção da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Para o coordenador do Observatório Fiscal da Fundação Getulio Vargas, Manoel Pires, o custo do lado da redução das receitas seria mais fácil de ser acomodado com o aumento do déficit previsto para o ano que vem. Já do lado das despesas, o teto de gastos é um limitador legal. Segundo ele, é possível incorporar as renúncias de tributos no Orçamento sem precisar compensação com o corte de despesas ou aumento de tributos.

"Está ficando evidente que tem muita coisa fora, e que o Orçamento está ficando cada vez mais distante do que o País precisa", diz Pires. Para a economista da Tendências Juliana Damasceno, seria "enorme" a probabilidade de o Orçamento a ser enviado para o Congresso ficar mais próximo de uma "peça de ficção". "A gente já viu isso acontecer antes. E, neste ano, por motivo eleitoral, o Orçamento acabou se desvirtuando do seu compromisso."

Nesta quarta-feira (27), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que, se eleito, pretende retomar programas sociais que criou no seu governo e que foram substituídos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele prometeu manter os R$ 600 pagos atualmente no Auxílio Brasil, mas retomando o Bolsa Família. 

No entanto, o petista afirma que deve rever os critérios colocados para as famílias brasileiras para receber o valor completo. "Tem que levar em conta número de pessoas por família, não pode ser igual para todo mundo", disse o ex-presidente em entrevista ao UOL.

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Além do programa de transferência de renda, Lula assegura que deve retornar com o Minha Casa Minha Vida e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Inclusive, o petista aponta que - num possível governo -, quer que o Brasil cresça "40 anos em 4". Para isso, a sua vontade é de reunir todos os governadores do Brasil e fazer um levantamento de três principais obras em cada Estado. 

"Não tem muito tempo. São quatro anos que a gente pretende fazer aquilo que Juscelino [kubitschek] fez 50 em 5, vamos tentar fazer 40 em 4, porque o Brasil precisa de muita urgência para recuperar o seu emprego e a qualidade de vida do povo", destacou.

Recriação dos Ministérios

O ex-presidente Lula salientou que, em um eventual novo governo, pretende recriar os ministérios da Cultura, Igualdade Social, Direitos Humanos, Pesca e Planejamento.

Um novo Ministério das Causas Indígenas, comandado por um índio, também foi prometido pelo ex-metalúrgico. "Vamos criar os ministérios que for necessário criar. É uma bobagem a gente imaginar que ministério custa muito, mas se a gente for ver, as agências reguladoras custam mais", pontuou.

Conforme divulgado em seu plano de diretrizes macro, o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), em quatro anos, pretende utilizar o montante de R$ 12 bilhões em investimentos do Executivo no estado. Deste valor, R$ 4 bilhões seriam captação estadual através dos impostos e serviços, e o restante, através de concessões e parcerias. Segundo o ex-prefeito, é possível fazer essas aplicações com o potencial do estado e ele não irá aumentar os impostos à população nos quatro anos de mandato.

“Aqui estamos sendo modestos. Privatizando a Compesa hoje, ela vale, em média, R$ 10 bilhões; a Copergás vale mais R$ 800 milhões; a concessão do Porto do Recife vale mais um ‘bocadinho’. Internalizar a fibra óptica vale R$ 1,5 bilhão, no modelo que o Ceará e a Paraíba fizeram. Entre as outras que defendemos. Nós não vamos aumentar um imposto sequer nos próximos quatro anos, muito pelo contrário, reutilizar e poder diminuir [os impostos] o inchaço da conta pública, que hoje é muito grande, mas sem perder o fio da responsabilidade fiscal”, prometeu Coelho.

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A questão tributária foi uma das mais fortes no discurso de Miguel Coelho. O pré-candidato prometeu um "decretaço" para implantar um pacote de simplificação tributária, com o objetivo de reduzir em 50% a burocracia e os custos dos contribuintes. O ex-gestor de Petrolina também prometeu isenção de IPVA para todas as motocicletas de até 160 cilindradas e isenção do IPVA para automóveis com mais de 10 anos.

Conta de luz

Miguel prometeu diminuir o valor pago pelos pernambucanos na conta de luz, referente a um dos serviços mais oscilantes e caros do estado. De acordo com o quadro proposto, haveria redução no ICMS de 25% para 17,5%. Em uma conta de R$ 200, isso representaria uma economia de R$ 15. "Isso é fundamental para atender a toda a população. Pernambuco tem quase quatro milhões de famílias beneficiárias de contas de luz. 1,3 milhões já fazem parte da Tarifa Social. Então, teremos 2,6 milhões de famílias e empresas que serão beneficiadas com essa proposta", afirmou o pré-candidato.

Privatização da Compesa

“Não tem outro caminho, nem tem meias palavras para defender o que a gente acredita. Alagoas, Rio de Janeiro e Ceará são exemplos disso; o mundo já fez isso e Pernambuco ainda está no século 19, não querendo encarar a realidade. A gente tem hoje a Compesa, uma empresa que arrecada mais de R$ 2 bilhões por ano, e que, mesmo assim, o estado aporta mais de R$ 350 milhões por ano, para poder cobrir custos administrativos”, argumentou Miguel.

De acordo com o plano proposto, as responsabilidades da empresa não seriam completamente repassadas à iniciativa privada. As barragens, a captação e tratamento da água, e a gestão operacional, continuariam sendo uma tarefa da estatal. Já a distribuição de água e esgoto seriam privatizadas. Coelho também prometeu a instalação de 100 mil cisternas até o fim do mandato.

O plano de diretrizes

O anúncio das diretrizes do plano de governo do pré-candidato Miguel Coelho foi feito na manhã desta segunda-feira (13), em um evento aberto no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Centenas de lideranças partidárias e aliados do ex-prefeito participaram da solenidade, como o ex-ministro Mendonça Filho (MDB), o presidente do Podemos em Pernambuco, Ricardo Teobaldo, e o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

Conforme anunciado pelo postulante e por sua coordenadora de campanha, a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino (MDB), a gestão de Coelho será contemplada por quatro eixos, sendo eles o estado inclusivo e sustentável, infraestrutura, ambiente favorável aos negócios; e serviços públicos e políticas públicas de qualidade.

Para coparticipar no plano de governo de Miguel, que será divulgado gradualmente até outubro, o público poderá enviar sugestões através dos sites porpernambuco.com.br e pernambucodetodos.com.br.

   Nesta sexta-feira (21), o pré-candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), durante a convenção do seu partido assumiu um compromisso de que - se eleito -, irá lançar um plano emergencial de pleno emprego, que criará 5 milhões de vagas nos dois primeiros anos de gestão. 

Além da criação emergencial de vagas de empregos, o pedetista elencou alguns dos projetos que colocará em prática se for escolhido pelo povo brasileiro o novo presidente do país, confira: Programa internet do povo deve facilitar o acesso da população pobre à internet, com financiamento de smartphones em 36 vezes sem juros.

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Além disso, o pedetista promete wi-fi grátis nas áreas mais pobres do país; cursos de capacitação em informática gratuitos e online, além de cursos profissionalizantes e gratuitos de games Minha Escola, Meu emprego, meu negócio pretende unir o ensino trabalho e assistência profissional.

Estágios remunerados pelo governos devem ser garantidos.

Escolas em tempo integral nos bairros mais pobres e populosos das grandes cidade  Programa de reforma urbana e regularização fundiária para regularizar a posse de terrenos e da casa, junto a um projeto para financiar em dez anos a reforma de moradias populares, com a contratação de mão de obra preferencialmente da família ou da comunidade.

Programa Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy deverá englobar os pagamentos feitos pelos programas Auxilio Brasil, Seguro Desemprego e aposentadoria rural  Estoques Reguladores para baixar o preço da comida.

Gás de cozinha pela metade do preço para as famílias de renda mensal de até três salários mínimos.

  Defesa do Meio-Ambiente com incentivo à novas fontes de energia, reorientação do uso de petróleo, alteração na forma de produzir carne e outros alimentos, implantação de baixo uso de carbono.

  Plano de combate à corrupção terá como principal característica uma ação preventiva e permanente, apoiada no resgate da institucionalidade, isenção e na capacidade de trabalho dos órgãos de controle e punição.

A Copa São Paulo de Futebol Júnior é famosa por ser celeiro de futuros craques e reúne muitas promessas do futebol brasileiro ano a ano. Mas monitorar jogadores em uma competição com 128 times não é tarefa fácil. Os principais clubes contam com banco de dados detalhados que constam nomes que já foram observados em outros torneios ou indicações de colaboradores, mas novos atletas que se destacaram na competição podem aparecer na lista.

A edição 2022 ainda trouxe uma notícia boa para quem faz o "scouting" dos jogadores na competição. Todos os jogos do torneio tiveram transmissão, seja pela TV, YouTube ou através do aplicativo Paulistão Play. Pessoas ouvidas pela reportagem contam que a acessibilidade para assistir às partidas foi de grande ajuda para o trabalho de observação e análise de atletas.

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O coordenador de captação de atletas para a base do Palmeiras, William Santos, explica que o clube conta com toda a equipe de observação (oito profissionais) na Copinha, além da participação do coordenador geral João Paulo Sampaio, que está presente em diversos jogos.

"A estratégia foi manter uma base de três profissionais analisando por vídeo e cinco presenciais. Todos os dias, após o término dos jogos, realizamos debates sobre destaques e possíveis situações interessantes", avalia.

O coordenador de captação do Santos, Rodrigo Augusto, revela que sete a oito profissionais acompanharam jogos da Copinha, sendo que todas as partidas da primeira fase da competição foram analisadas. Augusto está presencialmente na maioria dos jogos em que é designado para monitorar jovens promessas e diz que acompanha de quatro a seis partidas por dia. Os profissionais da captação ainda contam com suporte da análise de mercado do clube, além de dispor de uma parceria com um grupo que também assiste jogos por vídeo ou in loco.

"Temos que ser bem pontuais e certeiros para não supervalorizar um atleta que, daqui a pouco, pode não ter esse valor de mercado. É preciso cautela. Nós não entramos em leilão. Muitas vezes quando você vai falar com um clube durante a competição sobre um jogador, o valor da negociação é surreal, parece que estamos falando de atleta profissional. Então, nós somos muito exigentes porque já temos vários atletas de idade de Copinha que já estão no elenco profissional (cerca de dez nomes) e a equipe tem desempenhado muito bem na competição", analisa Augusto, que também explica como o mercado da base funciona depois da disputa da Copa São Paulo.

"Depois da Copinha, em fevereiro, os clubes menores que não conseguiram negociar jogadores já buscam parcerias com os maiores. Os que não conseguem algum tipo de parceria, em março, quando são geralmente as férias da categoria, tentam fazer com que os atletas façam avaliações para a categoria sub-20 nesses clubes".

Uma das surpresas da Copa São Paulo foi o Resende, que eliminou Fortaleza e Corinthians na fase mata-mata e negociou um dos seus destaques durante o torneio. As ótimas atuações do goleiro Pedro chamaram a atenção do Portimonense, de Portugal, que o contratou por empréstimo. O camisa 1 deixou a delegação antes mesmo de a equipe enfrentar o Corinthians pela terceira fase.

"Eles (Portimonense) assistiram logo ao primeiro jogo e gostaram dele. Foram em todas as partidas. Quando o Pedro pegou três pênaltis contra o Fortaleza, eles bateram o martelo: ‘É pegar ou largar porque temos um plano B já. Precisamos de um goleiro com urgência’. Nossa avaliação era de que o reserva (Sales) é do mesmo nível dele, já tínhamos outros dois goleiros para o profissional e o nosso calendário ainda é restrito", explica o diretor de futebol do Resende, Hugo Machado, que conquistou o título da Copinha como jogador pelo Internacional (1974) e também como gerente da base por Corinthians (2004 e 2005) e Santos (2014).

O Resende realiza desde 2016 uma parceria com a Pelé Academia e, em 2019, firmou acordo com o Lyon, da França, para desenvolvimento de jovens talentos. O clube francês traz profissionais ao Brasil para capacitação dos funcionários e, em troca, tem prioridade na transferência de jogadores formados no time do Rio de Janeiro. A equipe vai promover nove atletas que disputaram a Copa São Paulo ao elenco profissional, que disputará o Campeonato Carioca.

"Tivemos outras três propostas que envolvem alguns dos jogadores que, inclusive, vão visitar o Lyon agora a partir de domingo", disse Machado, citando o zagueiro Peixoto, o meia David Kauan e o atacante Kaio. "Quem tem a preferência é o Lyon. Se recebermos uma proposta por um jogador, avisamos o clube".

O governo Bolsonaro chega ao último ano do mandato sem ter privatizado uma única estatal, apesar da promessa de se desfazer de 17 empresas, feita em 2019. As apostas foram renovadas para 2022, em pleno ano eleitoral, com sete empresas na lista, quatro delas de peso: a Eletrobras, duas companhias do setor portuário - entre elas a que administra o Porto de Santos, o maior da América Latina - e os Correios.

Além das sete, com destinos mais bem definidos, o governo quer concluir a desestatização da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) neste ano.

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A venda da estatal de correspondências ainda é contabilizada no cronograma, apesar de o avanço ser visto com cada vez mais cautela, já que o projeto de lei que abre caminho para o leilão da empresa emperrou no Senado. Na privatização da Eletrobras, como mostrou o Estadão/Broadcast, nem o Congresso confia, tanto é que não colocou a previsão de receitas da operação para o Tesouro Nacional no Orçamento.

O Ministério da Economia também espera em 2022 privatizar a Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), a praça de Minas Gerais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos (Trensurb) de Porto Alegre.

As previsões são dadas pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, em entrevista ao Estadão/Broadcast. No posto desde agosto de 2020, Mac assumiu após a saída do empresário Salim Mattar, insatisfeito com o ritmo das privatizações.

Assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário classifica as críticas à agenda de desestatização como parte de uma "narrativa política". Mas, enquanto o chefe costuma terceirizar a responsabilidade pela demora nas vendas, Mac Cord reconhece fragilidades internas do Executivo em tocar essa pauta. Segundo ele, o governo não tinha mais expertise para realizar privatizações e precisou reconquistá-la. A última venda de estatal federal foi da Embratel, em 1998, lembrou Mac Cord.

"Não havia estrutura interna para fazer isso, memória. Tivemos de reconquistar esse conhecimento dentro do governo", disse. A ala tucana de oposição ao governo Bolsonaro costuma rivalizar o avanço tímido da atual administração com as privatizações em série feitas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Hoje tem uma série de limitações e governança que não havia na década de 90, esses ritos todos do Tribunal de Contas da União (TCU)", justificou Mac Cord.

Cautela

No mercado, não há confiança de que todas sairão neste ano. O risco está cotado principalmente para os ativos que deverão ser leiloados no segundo semestre, marcado pelo pleito eleitoral, como é o caso do Porto de Santos.

Sócio-diretor da UNA Partners, o economista Daniel Keller considera difícil que a capitalização da Eletrobras se concretize em 2022, em razão da complexidade da operação e das arestas que o governo ainda precisa aparar. "De novo, vem a agenda política, que está começando forte com quem quer se candidatar já se colocando (contra as privatizações)", disse Keller.

Mac Cord rebate a avaliação de que o pleito eleitoral representa um empecilho às desestatizações. Para ele, o volume de investimentos previstos nos projetos é um fator que atrai apoio às vendas. A privatização do Porto de Santos, por exemplo, promete movimentar R$ 16 bilhões. Para Mauricio Lima, sócio-diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), o volume de investimentos previstos nos empreendimentos pode ajudar a vencer resistências.

Mac Cord afirmou que houve uma "mudança grande de rota", com a aprovação de marcos legais no Congresso, como do saneamento, das ferrovias, da cabotagem e do gás. "Para um próximo governo, a ferramenta está pronta", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pacote de medidas e promessas do presidente Jair Bolsonaro para buscar sua reeleição em 2022 pode ter um custo superior a R$ 90 bilhões, mais do que o dobro do valor previsto para o rombo nas contas do governo no ano que vem.

Se não fossem esses gastos eleitorais, o déficit poderia ser praticamente zerado, mesmo com o benefício mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil. O levantamento feito pelo Estadão inclui tanto novas despesas quanto renúncias tributárias.

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"O presidente está numa toada desesperada por votos, e o único que segura a chave do cofre está em minoria política", diz o pesquisador do Insper Marcos Mendes, referindo-se ao ministro da Economia, Paulo Guedes - que vem cedendo às pressões de Bolsonaro por mais despesas, como o aumento a policiais. "O interesse do presidente em expandir gastos casa com o da maioria das lideranças do Congresso, com o objetivo de garantir suas próprias eleições."

O custo adicional de R$ 54,4 bilhões para bancar o Auxílio Brasil está entre as medidas já acertadas. O planejado era fixar um valor menor, entre R$ 275 e R$ 300, mas o presidente resolveu pagar os R$ 400, aconselhado pelos seus ministros políticos. O pacote já conta também como certo o vale-gás, com custo de R$ 1,9 bilhão, despesa que já será incorporada ao Orçamento pelo relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ).

A expectativa entre aliados políticos do governo é de que Bolsonaro ainda vai buscar a aprovação de outras medidas, como a correção da tabela do Imposto de Renda, promessa de campanha em 2018, com o aumento da faixa de isenção no início de 2022 para entrar em vigor no mesmo ano. Para a faixa subir dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil, a renúncia seria de cerca de R$ 23,5 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"A fé move montanhas", se repete entre os devotos de Nossa Senhora da Conceição pelas escadarias e ladeiras da Zona Norte. Nesta quarta-feira (8) é celebrado o dia da padroeira afetiva do Recife e durante o ciclo de homenagens no Morro da Conceição, cenas de fieis em lágrimas acompanham relatos de graças alcançadas pela intercessão da Santa. 

Cada degrau superado com os joelhos é uma demonstração de gratidão pelas promessas alcançadas pela Analista de Recursos Humanos, Isabela Caroline. “Eu vou chegar lá em cima agradecida, mesmo se chegar machucada”, disse durante uma pausa no caminho de orações.

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“Saber que [Ela] intercede por mim renova a minha fé e próximo ano eu estou aqui de novo porque eu sei que Ela faz por mim. A minha fé é muito maior que tudo, mesmo que as outras pessoas não acreditem, mas eu acreditei nela”, declarou a fiel.

Aos 27 anos, a relação com a Santa começou antes mesmo de nascer. A mãe não conseguia engravidar e decidiu depositar a vontade de ter filhos na fé em Nossa Senhora da Conceição, quando finalmente deu à luz à Isabela e o irmão mais velho.

Após muita dedicação, neste ano, ele conseguiu passar em um concurso público federal e, mesmo sem saber, era acompanhado pelas bênçãos da irmã. "Eu fiz uma promessa difícil em prol do meu irmão e ele conseguiu, mas não sabe que eu tinha feito essa promessa [...] eu disse a Santa que se ele passasse, eu ia subir de joelho esse ano, e agora vou pagar a ela muito mais feliz”, conta.

Aos 85 anos, José Marcelino caminha 85 km para visitar o santuário. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A princípio foi uma promessa, mas a caminhada de aproximadamente 85 quilômetros para o encontro com a imagem do Morro da Conceição já a tradição de fim de ano de José Marcelino. Há seis anos consecutivos ele sai de madrugada de Vicência, na Mata Norte, e vai a pé ao santuário.

"É muito gratificante, porque Deus se sacrificou muito mais que isso por nós. Ela merece muito mais do que isso que eu faço", destaca.

Aos 68 anos, o agricultor abandona por uma noite o cultivo de subsistência e peregrina solitário pelas rodovias e avenidas que o levam ao Morro. 

"Eu saí ontem de 4h da manhã, aí caminhei 11 horas até Tiúma e dormi na casa do meu irmão. Hoje saí de 5h e cheguei aqui de 10h05", explica.

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Nos pés uma sandália simples, nas mãos um terço e nas costas uma bolsa com pedidos de cura aos enfermos que não puderam fazer a visita. "Nossa Senhora da Conceição é minha intercessora muito especial, junto ao seu filho Jesus Cristo. Eu realmente já consegui muitas graças", comenta.

 Assim, Marcelino chega ao Morro e aproveita ao máximo o tempo junto a milhares fieis como ele. Antes de voltar, o idoso acompanha pelo menos duas missas para agradecer por estar mais uma vez presente na Festa da Santa e pedir saúde para repetir o roteiro no ano seguinte.

Em uma rodovia mexicana, agentes encontram um grupo de migrantes para oferecer-lhes residência temporária, caso abandonem uma caravana, com a qual pretendem chegar aos Estados Unidos sem visto.

Exaustos, alguns aceitam; outros, desconfiados, continuam a caminhada.

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"Convidamos vocês a se aproximarem para que possam receber um cartão!", anuncia pelo alto-falante o funcionário de um posto de controle de imigração na cidade de Suchilapan, no estado de Veracruz, no sudeste do país.

Dezenas de agentes explicam aos migrantes, com mais de 500 km de caminhada pela frente, que o documento vai permitir que eles permaneçam no país por pelo menos um ano por motivos humanitários.

Se aceitarem, devem entrar em um ônibus e ir para um abrigo para receber a credencial. Depois disso, podem até viajar por conta própria para a fronteira com os Estados Unidos, garantem funcionários do Instituto Nacional de Migração (INM).

Cerca de 1.500 pessoas concordaram, segundo a agência, o que reduziu consideravelmente a caravana desde que ela deixou Tapachula, na fronteira sul com a Guatemala, em 23 de outubro.

Outras 800 pessoas seguiram viagem. A maioria delas são centro-americanos que dizem fugir da violência e da pobreza em seus países.

O trabalho convincente dos agentes chega a vincular sua oferta à reunião que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terá nesta quinta-feira, em Washington, D.C., com seus homólogos mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e canadense, Justin Trudeau.

"Será mais fácil ter residência permanente com os presidentes do México e dos Estados Unidos em acordo", garante um migrante em um posto de controle em Nuevo Morelos, no estado de Veracruz.

- Ato de fé -

Nesse ponto, alguns funcionários diminuem o tom, ao perceberem a proximidade da imprensa.

Em Suchilapan, a resposta é direta.

"Mentira, vão deportar a gente!", gritam homens e mulheres indignados. Alguns dizem que colegas que aceitaram essa opção acabaram detidos em postos de imigração.

A hondurenha Elena Raudales mostra à AFP o "cartão de visitante por motivos humanitários" com seu nome e fotografia.

"Vence em abril do ano que vem e, mesmo assim, me prenderam há dois meses e me mandaram de volta (mais perto da fronteira com a Guatemala). Não vamos acreditar em mais nada", disse ela, em Nuevo Morelos.

Irineo Mujica, líder da organização Pueblos Unidos Migrantes, que acompanha a caravana, adverte que o cartão não é válido para trabalhar.

Com o passar dos dias, as condições se tornam mais difíceis, já que as autoridades proíbem os motoristas de veículos de carga de darem carona aos imigrantes.

O fluxo de imigrantes sem documentos se multiplicou, coincidindo com a chegada de Biden à Casa Branca, após uma campanha na qual prometeu adotar um tratamento mais humano.

Mais de 190.000 deles foram detectados pelas autoridades mexicanas entre janeiro e setembro, um número três vezes maior do que em 2020. Destes,cerca de 74.300 foram deportados.

Entre outubro de 2020 e setembro de 2021, os Estados Unidos registraram o ingresso em seu território, pela fronteira mexicana, de 1,7 milhão de pessoas em condições ilegais - um recorde histórico.

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