Para ex-presidente do Atlético-MG,futebol não é para pobre
Alexandre Kalil defende os altos preços dos ingressos nos estádios brasileiros
Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte, defende os altos preços dos ingressos cobrados pelos grandes clubes do Brasil. Em entrevista ao jornal espanhol El País, Kalil justificou sua opinião: "No mundo inteiro, futebol não é coisa para pobre. Doa a quem doer. Ingresso é caro em todo lugar. Torcida dividida e entrada a preço de banana estragada só existem no Brasil. O Atlético coloca ingresso a 20 reais e não lota o estádio. Futebol não é público, não é forma de ajuda social”.
Durante o tempo que presidiu o Atlético-MG, o clube alvinegro teve a maior renda de uma partida de futebol realizada no Brasil. Na final da libertadores, a partida contra o Olimpia no Mineirão teve a presença de 58.620 torcedores, que pagaram em média cerca de R$250 pelo ingresso, e arrecadou mais de 14 milhões de reais.
Em 2008, quando o Atlético-MG ficou na 12ª posição da tabela, Alexandre Kalil colocou os ingressos ao valor de R$ 5, visando atrair mais torcedores. Mas explicou que isso aconteceu por ter sido "em outra época".
O Atlético-MG teve um grande aumento no seu faturamento anual, saindo de R$ 58 milhões, em 2008 - época do primeiro ano de mandato de Kalil como presidente -, para R$316 milhões na última temporada.
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