Símbolo racista é deixado em box de piloto da Nascar

Corda entrelaçada como as que eram usadas no enforcamento de escravos foi encontrada na garagem de Bubba Wallace, único negro a figurar no grid da competição

por Alex Dinarte seg, 22/06/2020 - 16:41

Um ato alusivo ao racismo teve destaque desfavorável no esporte a motor dos Estados Unidos (EUA) no último domingo (21). Membros da equipe do piloto Bubba Wallace, da Nascar Cup Series, encontraram uma corda entrelaçada de modo semelhante ao utilizado em rituais de enforcamento de escravos no passado.

O objeto foi achado no box de Wallace, único esportista negro da categoria, durante preparação para a etapa de Talladega, no estado do Alabama.

A organização da Nascar abriu uma investigação para saber a origem do objeto localizado na garagem da equipe Chevrolet Motorsport.

O episódio foi considerado uma afronta à postura de luta de Wallace. Há cerca de duas semanas, o piloto liderou um ato com outros automobilistas em que exigiam a retirada da bandeira dos Estados Confederados do torneio. A insígnia é vista como menção ao ódio racial, usada pelos supremacistas do sul durante a Guerra Civil Americana (1861-1865).

Os mandatários da competição acataram o pedido e o símbolo não será mais hasteado nas provas. Apesar do banimento, alguns defensores da utilização da flâmula fizeram protesto em favor do estandarte no lado de fora do autódromo.

Em seu perfil no Twitter, Wallace desabafou. "O ato deplorável de racismo e ódio desta noite me deixa muito triste, e serve como um doloroso lembrete do quanto ainda precisamos andar como sociedade, e o quão persistente precisamos ser na luta contra o racismo", escreveu.

Na pista

Devido às chuvas, a etapa de Talladega foi suspensa e deve acontecer nesta segunda-feira (22). A largada acontece às 16h (horário de Brasília).

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