Sanofi prevê uma vacina contra o zika dentro de três anos
"Praticamente estaremos prontos para começar os testes clínicos em um ano com o vírus zika", declarou
![Olivier Brandicourt ERIC PIERMONT](/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/noticias/2016/02/96334cef94a634f3a9105b8781eeb5d79ae482fd.jpg?itok=-ury5LYO)
O grupo farmacêutico francês Sanofi poderá realizar testes clínicos com o vírus zika dentro de um ano, mas a elaboração de uma vacina levará outros três,m afirmou seu diretor-geral, Olivier Brandicourt.
"Praticamente estaremos prontos para começar os testes clínicos em um ano com o vírus zika", declarou, acrescentando, no entanto, que o desenvolvimento da vacina não ocorrerá antes de três anos. O grupo anunciou na terça-feira que entrou na pesquisa de uma vacina contra o vírus zika, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública mundial.
A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo, afirmou que deseja apoiar-se "no êxito obtido no desenvolvimento de vacinas contra vírus similares", como dengue. A OMS classificou na segunda-feira de "emergência de saúde pública mundial" o vírus zika, transmitido pelo mosquito 'Aedes aegypti' e suspeito de provocar más-formações congênitas.
O Brasil, país mais afetado, afirmou que as grávidas devem evitar viajar aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A OMS prevê de três a quatro milhões de casos no continente americano em 2016.
No momento não existe nenhuma vacina ou tratamento específico contra o vírus, que poderia provocar microcefalia nos fetos das grávidas infectadas, assim como a síndrome neurológica de Guillain-Barré, uma doença do sistema nervoso que pode provocar paralisia. O mosquito 'Aedes aegypti' é responsável pela transmissão do vírus zika, dengue e chicungunha.