Homem é preso com documento falso para tirar visto dos EUA

Catarinense informou que teria conseguido os documentos falsos através de terceiros, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 3,4 mil

por Eduarda Esteves qui, 03/03/2016 - 12:09
Divulgação/Polícia Civil Juliano foi autuado em flagrante pelo crime de uso de documentos falsos Divulgação/Polícia Civil

O contabilista Juliano Belmiro Silvano, residente do município de Ararangua, em Santa Catarina, região Sul do país, foi preso na manhã da última terça-feira (1°) no Recife ao apresentar documentos falsos no Consulado Geral dos Estados Unidos, no bairro da Boa Vista, área central da capital pernambucana. De acordo com informações da Polícia Civil do Estado, o catarinense teria viajado a capital pernambucana para conseguir vistos de entrada em Miami e Orlando, nos Estados Unidos.

Durante a entrevista no Consulado, os profissionais responsáveis pela área de fraude documental conseguiram detectar que ele estava apresentando documentos falsos, tentando obter vantagem ilícita. "Ele estava sob posse de um contra-cheque, informando que trabalhava na Prefeitura de Ararangua, além de uma falsa declaração de um imposto de renda com rendimentos que não eram verdadeiros", explicou o delegado Romulo Aires, à frente do caso. 

Após detectar que havia fraude nos documentos do contabilista, o consulado acionou o Ministério Público de Pernambuco e a Polícia Civil do Estado de Pernambuco (PCPE) para que fosse realizada a prisão do homem. "Fizemos a autuação dele em flagrante pelo crime do Art. 304 pelo uso de documentos falsos", contou o delegado. 

Em depoimento, o catarinense informou que teria conseguido os documentos falsos através de terceiros, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 3,4 mil. "Essas pessoas conseguem esses documentos através desses coiotes modernos que vendem essas pseudo-facilidades. Eles criam um perfil falso, mas esquecem que é muito fácil levantar as informações verdadeiras dos suspeitos".

De acordo com informações da PCPE, o homem informou que iria nos EUA para conhecer o local e viajar com a esposa e os dois filhos. Desconfiado desse tipo de atitude, o delegado contou que a realidade é outra. "Essas pessoas querem adentrar nos EUA porque o dólar está em alta, além de querer viver o sonho americano e melhorar de vida. Lá elas ficam na clandestinidade até o serviço de imigração conseguir identificá-la", relatou.

Juliano Belmiro foi enquadrado no crime de falsificação de documentos e submetido a uma audiência de custódia. O catarinense teve uma fiança arbitrada, que não teve o valor divulgado, pra responder o processo em liberdade em Santa Catarina. "Com o intercâmbio de informações entre os consulados do Brasil, essa pessoa que comete a fraude fica proibida de tirar o visto por um certo tempo", concluiu o delegado.

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